Mais de 200 crianças libanesas morreram em ataques israelenses

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Dados da Unicef indicam que três crianças foram mortas diariamente ao longo dos últimos dois meses, em cenário semelhante ao visto em Gaza

Foto: RS via Fotos Públicas

Os ataques de Israel contra Gaza e o Líbano geraram uma espécie de inércia em torno daqueles que poderiam acabar com tais ações, mesmo com o sucessivo número de vítimas fatais nas duas regiões, principalmente entre as crianças.

Levantamento da Unicef revela que mais de 200 crianças libanesas foram mortas pelos bombardeios israelenses ao longo dos últimos dois meses e, segundo a instituição, “tornou-se uma normalização silenciosa do horror”.

“De fato, nos últimos dois meses, mais de três crianças foram mortas no Líbano, em média, todos os dias. Muitas, muitas outras foram feridas e traumatizadas”, disse o porta-voz da Unicef, James Elder, em entrevista coletiva realizada na Suíça.

Elder também destacou as semelhanças “assustadoras” do que tem ocorrido no Líbano com o “nível contínuo de carnificina de crianças em Gaza”, como as centenas de milhares de crianças desabrigadas e a ação militar com foco em infraestrutura da qual as crianças dependem.

“As instalações médicas estão sendo atacadas e os profissionais de saúde estão sendo mortos em uma velocidade cada vez maior. Em 15 de novembro, mais de 200 profissionais do setor de saúde foram mortos e 300 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde Pública do Líbano”, pontuou o representante da Unicef.

Dentre as muitas semelhanças com a tragédia palestina, James Elder destaca que “a escalada de crianças mortas não está provocando nenhuma resposta significativa daqueles com influência”.

“No Líbano, muito parecido com o que se tornou o caso em Gaza, o intolerável está silenciosamente se transformando no aceitável. E o terrível está deslizando para o reino do esperado”, diz o porta-voz da Unicef. “E mais uma vez, os gritos das crianças não são ouvidos, o silêncio do mundo se torna ensurdecedor e, novamente, permitimos que o inimaginável se torne a paisagem da infância. Um novo normal horrível e inaceitável”.

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