Milei demite chanceler que votou contra embargo a Cuba

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Diana Mondino manteve tradição do país em votação realizada na ONU; Gerardo Wertheim deixa embaixada nos EUA para assumir cargo

Diana Mondino, ex-ministra das Relações Exteriores da Argentina. Foto: José Cruz/Agência Brasil

O presidente da Argentina Javier Milei demitiu Diana Mondino do cargo de ministra das Relações Exteriores do país por conta de seu voto contrário ao embargo econômico de Cuba.

A resolução em questão foi aprovada com 187 votos a favor, e apenas Estados Unidos e Israel votaram contra. O tema foi debatido e votado pela 32ª vez na Assembleia Geral das Nações Unidas na última semana.

Segundo informações do La Nacion, Milei disse que a votação argentina estava quebrando sua formação com os Estados Unidos e Israel, o que o levou a convidar a economista a se retirar do Ministério das Relações Exteriores.

Diante disso, através de dois decretos distintos publicados no Diário Oficial, o Governo anunciou a renúncia de Mondino, como Ministro das Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto (970/2024), e a saída de Gerardo Werthein, como embaixador argentino nos Estados Unidos.

Um terceiro decreto ratificou a substituição de Mondino por Wertheim. “O Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário Gerardo Werthein é transferido da Embaixada da República nos Estados Unidos da América para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, Comércio Internacional e Culto”, segundo documento divulgado pelo governo.

Em meio a essas mudanças, a publicação destaca que o governo Milei anunciou que uma auditoria será feita na chancelaria – embora a forma como o processo será feito não tenha sido definido, o governo já encomendou um “relatório pericial” sobre o voto a favor de Cuba para reconstruir “como foi decidida a votação na ONU que foi contrária às instruções de Milei”.

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