
O Ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong-hyun, assumiu a responsabilidade pela crise política instaurada no país, após o presidente Yoon Suk Yeol decretar lei marcial – medida que foi revogada pelo Parlamento horas após ser anunciada.
Em declaração enviada à imprensa, Yong-hyun pediu desculpas aos coreanos e disse também que ofereceu sua renúncia a Suk Yeol. Isso porque como ele é um ministro, o chefe do Executivo precisa aprovar o pedido.
“Em primeiro lugar, lamento profundamente e assumo total responsabilidade pela confusão e preocupação causadas ao povo e relação à lei marcial emergencial. Assumi total responsabilidade por todos os assuntos relacionados à lei marcial e apresentei minha renúncia ao presidente“, disse Kim, no texto enviado aos jornalistas.
Horas antes da renúncia do ministro da Defesa, o chefe de gabinete da presidência e dez dos assessores de Suk Yeol também já haviam entregado o cargo. Entre os que ofereceram a renúncia estão Chung Jin-suk, chefe de gabinete presidencial; o conselheiro de Segurança Nacional, Shin Won-sik; e Sung Tae-yoon, chefe de gabinete para política.
A crise política foi gerada após Suk Yeol impor, nesta terça-feira (3), a lei marcial no país. A medida restringe o acesso a direitos civis e substitui a legislação por leis militares, além de controlar a imprensa e o Parlamento. Segundo o presidente, ação teria o objetivo de proteger a nação “da ameaça das forças comunistas norte-coreanas”.
Poucas horas após o anúncio de Suk Yeol, o decreto foi revogado por legisladores da Assembleia Nacional. O presidente não contava sequer com o apoio do próprio partido. Já a oposição argumentou que a medida foi tomada para ampliar os poderes do governo.
Ainda nesta quarta-feira, seis partidos de oposição apresentaram uma moção de impeachment contra Suk Yeol, assinada por 191 dos 300 legisladores. Devido a “urgência”, o pedido deve ser votado já na próxima sexta-feira (6).
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