
Um comitê das Nações Unidas acusou Israel de violar um tratado global para proteção dos direitos das crianças, destacando que suas ações militares em Gaza estão entre as piores violações cometidas na história recente.
“A morte ultrajante de crianças é quase historicamente única. Este é um lugar extremamente obscuro na história”, disse Bragi Gudbrandsson, vice-presidente do comitê.
“Não acho que já tenhamos visto uma violação tão massiva como a que vimos em Gaza. Essas são violações extremamente graves que não vemos com frequência”, disse ele, segundo informações da Al Jazeera.
O comitê em questão acompanha a conformidade com a Convenção sobre os Direitos da Criança de 1989, que busca proteger as crianças da violência e de outros abusos.
Israel ratificou o tratado em 1991 e, em audiência na ONU realizada em Genebra no início de setembro, as autoridades argumentaram que o tratado não se aplicava a Gaza ou à Cisjordânia ocupada, mas que existia o compromisso israelense de respeitar o direito humanitário.
Os israelenses destacaram que o objetivo da campanha militar em andamento é eliminar o Hamas, mas os combatentes acabam se escondendo entre os civis – algo que o grupo palestino sempre negou.
Mais de 15 mil menores foram mortos pelo exército israelense em Gaza desde os ataques ocorridos no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023.
Enquanto mais de 1,1 mil pessoas (a maioria israelenses) foram mortas nos ataques liderados pelo Hamas, o contra ataque de Israel no enclave matou mais de 41 mil palestinos e reduziu grandes faixas do território a escombros – e não se sabe ao certo quantas pessoas estão soterradas.
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