Jornal GGN – O parlamento da Grécia aprovou, com grande maioria, a lei sobre o terceiro resgate estipulado com as instituições credoras durante uma longa sessão em que se tornaram evidentes mais uma vez as dissidências no governante Syriza. A aprovação do resgate contou com 222 votos favoráveis, 64 contra, 11 abstenções e três ausências em uma câmara com 300 deputados.
De acordo com informações divulgadas pela agência de notícias EFE, o número de parlamentares do Syriza que negou seu respaldo ao resgate aumentou em relação à última votação sobre as medidas requeridas pelo resgate e até 43 deles deram as costas ao acordo.
O Executivo vê cair assim o “patamar psicológico” de 120 deputados que votam a favor que tinha fixado como número sustentável para continuar mantendo a estabilidade no parlamento. Para a imprensa grega, isso deve desencadear a convocação de uma moção de confiança que se realizaria após o primeiro desembolso do resgate, previsto para antes do dia 20, quando a Grécia deve devolver 3,4 bilhões de euros ao Banco Central Europeu.
A votação começou com atraso devido às diferenças sobre o processo parlamentar, e esteve marcada pelas dissidências no seio do Syriza que provocaram um acalorado debate em que vários membros do governo trocaram duros ataques com a presidente da câmara, Zoé Konstandopulu – que votou contra o acordo, junto ao ex-ministro de Finanças, Yanis Varoufakis.
O primeiro-ministro, Alexis Tsipras, classificou o acordo como uma “escolha forçosa” do governo, que após “esgotar todas as vias de negociação”, teve que escolher entre um programa de ajuda com o euro ou o dracma como moeda nacional.
(Com EFE)
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