Redes sociais se alinham a Trump contra regulamentação externa

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Empresas como Meta e X precisam do apoio do governo norte-americano para combater processos na União Europeia e no Brasil

Foto de dole777 na Unsplash

O combate às fake news e a regulamentação das redes sociais na União Europeia e no Brasil, especificamente, levou grandes plataformas como Meta (responsável pelo Facebook, WhatsApp e Instagram) e o X (ex-Twitter) a se alinharem com o futuro governo de Donald Trump em busca de apoio contra esse controle.

Em artigo publicado no jornal britânico Financial Times, o advogado David Allen Green destaca que o momento para as plataformas é de fraqueza, uma vez que seu modelo de negócio é dependente do engajamento, e a moderação dos conteúdos pode colocar isso em risco.

“As plataformas de mídia social perceberam que não podem vencer as batalhas com governos estrangeiros e sistemas legais sozinhas. Elas não são poderosas o suficiente para resolver seus próprios problemas. Elas precisam de ajuda”, afirma o advogado.

E exemplos disso foram vistos por Elon Musk no Brasil, quando a rede social foi impedida de funcionar no Brasil por não atender aos requisitos estabelecidos pelo sistema e leis brasileiras, e por Mark Zuckenberg com a jurisdição da União Europeia.

A reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos abriu uma grande oportunidade para essas empresas partirem para o confronto em detrimento da cooperação útil. “Se a Meta conseguisse colocar o governo dos EUA do seu lado em suas batalhas com a UE e outras jurisdições, então maximizaria suas chances de sucesso”, destaca o articulista.

Os líderes de muitas empresas estão interessados em enfraquecer a legislação europeia, e fortalecer o novo governo norte-americano. E isso acontece não por sua força, mas por sua fraqueza e necessidade de ter um aliado forte, já que as empresas não podem enfrentar nenhum governo ou sistema legal em um mercado robusto e vencer.

“Como os modelos de negócios da maioria das plataformas de mídia social exigem engajamento acima de tudo — pois sem engajamento você não pode ter mineração de dados, monetização e publicidade — realmente não importa que o engajamento seja gerado e amplificado por desinformação e desinformação”, pontua David Green.

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