Trump inicia o desmantelamento da Educação nos EUA

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

Trump cortou milhões em pesquisas. Inclusão e diversidade foram desmantelados. Nova Secretária admite fim do Departamento de Educação

Donald Trump em encontro com Linda McMahon, escolhida Secretária do Departamento de Educação, na Casa Branca – Foto: Reprodução Transmissão White House

Em um plano de Donald Trump para desmantelar a Educação e os Direitos Humanos nos Estados Unidos, o presidente norte-americano já cortou US$ 881 milhões de dólares em contratos de pesquisa no início desta semana, sendo mais de US$ 100 milhões deles ligados à pesquisas de diversidade, equidade e inclusão.

A decisão do cortes dos contratos partiu de ninguém menos que o bilionário Elon Musk, que comanda o Departamento temporário de Eficiência Governamental do governo Trump. As ações iniciais foram rápidas e significativas, interrompendo inúmeros projetos e serviços de pesquisa.

Os contratos cancelados são do Instituto de Ciências Educacionais e, de 89 destes contratos cancelados, 29 deles envolvem temáticas de pesquisa de direitos humanos, mais especificamente a redução de desigualdades raciais, de gênero e de pessoas com deficiência.

Além destes, a coleta de dados sobre os Orçamentos em educação, pesquisas sobre a escassez de professores e outros balanços e fiscalizações também foram cortados.

Mas além do corte drástico das pesquisas, a Secretaria de Educação de Trump, comandada pela Secretária Linda McMahon, também acenou para dezenas de medidas como parte da estratégia dos EUA de desmantelar a pasta de Educação no país.

Assim como outros setores do governo Trump, já foram afastados de seus cargos os funcionários contratados em cotas de diversidade, equidade e inclusão na Educação.

A medida já havia sido adotada em decreto que inclui todas as agências de governo dos EUA [relembre aqui]. Além do afastamento dos funcionários, McMahon também informou que pedirá a revisão de todos os subsídios e contratos feitos com as áreas de inclusão, e removeu e arquivou dos portais do Departamento de Educação todos os documentos relacionados à inclusão e equidade.

Durante a sabatina de McMahon para o cargo pelo Senado, nesta quinta-feira (14), os parlamentares norte-americanos questionaram e pressionaram a nova Secretária sobre o fim da pasta de Educação. Em resposta, ela confirmou que a Secretaria de Educação seria, efetivamente, derrubada.

Durante audiência com os senadores, ela confirmou que trabalhará ao lado de Donald Trump para acabar com o Departamento de Educação do governo dos EUA, tornando a área uma responsabilidade exclusiva dos estados.

“Eu realmente sou totalmente a favor da missão do presidente, que é devolver a educação aos estados. Eu acredito, assim como ele, que a melhor educação está mais perto da criança e não em Washington, DC”, afirmou McMahon.

Com informações da Times, ProPublica, ABC News e agências de notícias norte-americanas.

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4 Comentários

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  1. A China investe em educação e já está arrasando o que restava da supremacia tecnológica dos EUA. O que os norte-americanos fazem? Eles investem oceanos de dinheiro em Elon Musk, destroem o sistema educacional e dão mais poder para pastores evangélicos gananciosos, dogmáticos e vagabundos que odeiam a ciência e os cientistas. Em breve, os EUA ficará mais e mais parecido com aqueles países teocráticos do Oriente Médio. O melhor que o Brasil pode fazer nesse momento é se distanciar de Washington DC e aumentar o relacionamento econômico e diplomático com Pequim.

    1. Concordo contigo que devemos nos afastar de Washington. O problema é combinar com a nossa elite, de coloniais, que apenas se divide em deslumbrados com a Opus Dei espanhola, leia-se direita obscurantista; o com a direita anglo-americana, os financistas. Nenhum é brasilianista.
      Por isso sou pessimista quanto ao futuro próximo: o pêndulo pende para oriente. E só para ele. O Brasil poderia fazer a diferença, mas… com quem? Com puxa-sacos?

  2. Teoria da Estupidez e bolsonarismo – Por Francisco Fernandes Ladeira

    Ao refletir sobre o regime liderado por Adolf Hitler, Bonhoeffer apontou que toda forte ascensão de poder na esfera pública – seja de natureza política ou religiosa – infecta grande parte das pessoas com a estupidez

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    Ao refletir sobre o regime liderado por Adolf Hitler, Bonhoeffer apontou que toda forte ascensão de poder na esfera pública – seja de natureza política ou religiosa – infecta grande parte das pessoas com a estupidez

    Capa de vídeo do Youtube que ensina como “lidar com estúpidos”.
    Créditos: Reprodução / Youtube
    Por Francisco Fernandes Ladeira

    Outro dia, recebi a indicação no YouTube de um vídeo, intitulado “Conselhos Para Lidar Com Os Estúpidos (Eles são muitos)”, disponível no canal “Superleituras”. No vídeo em questão, é abordado o pensamento do teólogo, pastor luterano e professor universitário alemão, Dietrich Bonhoeffer, autor da “Teoria da Estupidez”, desenvolvida em uma prisão nazista.

    Ao refletir sobre o regime liderado por Adolf Hitler, Bonhoeffer apontou que toda forte ascensão de poder na esfera pública – seja de natureza política ou religiosa – infecta grande parte das pessoas com a estupidez. Logo, o poder do Führer precisava, inexoravelmente, da estupidez do cidadão alemão médio.

    Isso significa que podemos demonstrar claramente a um estúpido, os erros, corrupção e incompetência do líder político que ele idolatra, mas, mesmo assim, ele jamais se convencerá. Pelo contrário, ele se satisfaz consigo mesmo e com os slogans de sua patota – determinadas bolhas que servem para alimentar falácias e valores deturpados. Ou seja, só é visto um lado das coisas, são consumidos somente os mesmos discursos e visões distorcidas do mundo.

    Para Bonhoeffer, a estupidez é um problema mais sociológico do que psicológico. Sozinhos, boa parte dos estúpidos não agem dessa forma. No entanto, em grupo, a situação é bem diferente. A mesma pessoa que passa despercebida nas ruas e não quer ser notada, muda quando se junta a um grupo com um líder e discurso ideológico. Dito de outro modo, aquele sujeito, aparentemente pacífico, em grupo e motivado por um discurso perigoso, pode até mesmo cometer atos violentos. E, o que é pior, o estúpido é incapaz de reconhecer-se mau ou de reconhecer maldade em seus atos.

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    Ao refletir sobre o regime liderado por Adolf Hitler, Bonhoeffer apontou que toda forte ascensão de poder na esfera pública – seja de natureza política ou religiosa – infecta grande parte das pessoas com a estupidez

    Capa de vídeo do Youtube que ensina como “lidar com estúpidos”.
    Créditos: Reprodução / Youtube
    Por Francisco Fernandes Ladeira
    OPINIÃO14/2/2025 · 11:04 hs
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    Outro dia, recebi a indicação no YouTube de um vídeo, intitulado “Conselhos Para Lidar Com Os Estúpidos (Eles são muitos)”, disponível no canal “Superleituras”. No vídeo em questão, é abordado o pensamento do teólogo, pastor luterano e professor universitário alemão, Dietrich Bonhoeffer, autor da “Teoria da Estupidez”, desenvolvida em uma prisão nazista.

    Ao refletir sobre o regime liderado por Adolf Hitler, Bonhoeffer apontou que toda forte ascensão de poder na esfera pública – seja de natureza política ou religiosa – infecta grande parte das pessoas com a estupidez. Logo, o poder do Führer precisava, inexoravelmente, da estupidez do cidadão alemão médio.

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    Isso significa que podemos demonstrar claramente a um estúpido, os erros, corrupção e incompetência do líder político que ele idolatra, mas, mesmo assim, ele jamais se convencerá. Pelo contrário, ele se satisfaz consigo mesmo e com os slogans de sua patota – determinadas bolhas que servem para alimentar falácias e valores deturpados. Ou seja, só é visto um lado das coisas, são consumidos somente os mesmos discursos e visões distorcidas do mundo.

    Para Bonhoeffer, a estupidez é um problema mais sociológico do que psicológico. Sozinhos, boa parte dos estúpidos não agem dessa forma. No entanto, em grupo, a situação é bem diferente. A mesma pessoa que passa despercebida nas ruas e não quer ser notada, muda quando se junta a um grupo com um líder e discurso ideológico. Dito de outro modo, aquele sujeito, aparentemente pacífico, em grupo e motivado por um discurso perigoso, pode até mesmo cometer atos violentos. E, o que é pior, o estúpido é incapaz de reconhecer-se mau ou de reconhecer maldade em seus atos.

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    Por fim, conclui o teólogo alemão, não adianta contra-argumentar racionalmente com um estúpido. Simplesmente ele vai atacar a reputação de quem apresentou os fatos e argumentos ou utilizar frases de efeito, slogans e chavões.

    Terminado o vídeo do canal “Superleituras”, pensei que, se considerarmos o ex-presidente Jair Bolsonaro como o “líder” e os bolsonaristas como os “estúpidos”, podemos perfeitamente aplicar ao Brasil atual a teoria proposta por Bonhoeffer oito décadas atrás.

    Indivíduos que rezam para pneus e pensam que extraterrestres ajudariam o exército em um provável golpe de Estado, certamente, estão acometidos por estupidez severa. Mas não é só isso! Parafraseando Shakespeare, há mais semelhanças entre bolsonaristas e os estúpidos estudados por Bonhoeffer do que a nossa vã analogia possa imaginar.

    De fato, a força de Bolsonaro depende da estupidez dos bolsonaristas, também conhecidos por “bolsominions” ou “gado”. Podemos demonstrar claramente a um bolsonarista os erros, corrupção e incompetência do “mito” – o caso das joias, conduta inadequada na pandemia da Covid-19, flerte com o golpismo etc. – e, mesmo assim, ele jamais se convencerá ou vai duvidar da infalibilidade de Jair Messias.

    Todas as acusações contra o “mito” são intrigas dos comunistas, da Globo Lixo, da Foice de São Paulo, da extrema imprensa, da esquerda, do sistema globalista, da esquerda fabiana, do marxismo cultural, do PT e por aí vai. Nesse sentido, o bolsonarista vai recorrer aos mantras de sua bolha (também conhecida como “grupo do zap”): “mi-mi-mi”, “ditadura gayzista”, “ideologia de gênero”, “doutrinação comunista”, “o mundo está muito chato” e, é claro, o maior de todos os chavões: “E o Lula, hein? E o PT?

    Como bem pontou Bonhoeffer, o estúpido – ou, atualizando o conceito, o bolsonarista –, em uma discussão, sempre vai atacar a reputação de quem apresentou fatos e argumentos. Se for de alguma minoria social, então, melhor ainda. É o esquerdopata, a feminazi, o maconheiro e o afeminado.

    O bolsonarismo também pode ser um problema mais sociológico do que psicológico. Sozinhos, boa parte dos bolsonaristas não agem dessa forma. Mas, nas redes sociais, em bando, como uma espécie de milícia digital, se transformam. Passam a ter orgulho de sua ignorância. É o empoderamento da estupidez. São haters de todos os tipos, prontos para linchamentos virtuais.

    Senhores e senhoras bolsonaristas, que passam despercebidos nas ruas, mudam radicalmente quando se juntam a um grupo, podendo promover atos como o “8 de janeiro” ou participar de linchamentos (físicos mesmo) Brasil afora. E, o que é pior, o “bolsonarista praticante” é incapaz de reconhecer-se mau ou de reconhecer maldade em seus atos; se considera da “família tradicional”, “cristão exemplar” e “cidadão de bem”.

    Para finalizar este texto, é importante lembrar que, diferentemente da Alemanha de quase um século atrás, os estúpidos daqui até conseguiram chegar ao poder máximo da nação; porém, felizmente, não tiveram a devida competência para dar um golpe e implantar uma ditadura. Enfim, em se tratado de eficiência, os bolsonaristas são mais estúpidos do que os “estúpidos originais”.

  3. United States of America
    president donald trump
    You’re a perverse statement idiot pet . . .
    Bad driver . . . etc
    I go you to hell . . . etc
    I catch your ideology . . . and a letal environment to we the people . . . Shivers . . .
    A gift man . . . gesture . . . You wanna be remastered . . .
    So . . . You wanna be a legend . . . etc
    We Brazilians watching it ourselfes . . .
    I have you . . . You haven’t . . . yet
    You born to swallowed . . . etc
    Casual Military of share . . .
    Over the top . . . .

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