Jornal GGN – O Supremo Tribunal Federal (STF) enviou um ofício à Fiocruz perguntando se a instituição poderia “reservar” 7 mil doses da vacina AstraZeneca aos servidores da Corte e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em resposta, a entidade negou o pedido.
O pedido de garantir antecipadamente a quantidade de doses solicitadas foi feito em documento enviado à Fiocruz e divulgado pela Folha de S.Paulo. “A produção dessas vacinas será integralmente destinada ao Ministério da Saúde, não cabendo à Fundação atender a qualquer demanda específica por vacinas”, respondeu a Fiocruz.
Segundo o jornal, o STF disse ser “uma forma de contribuir com o país nesse momento tão crítico da nossa história, pois ajudará a acelerar o processo de imunização da população e permitirá a destinação de equipamentos públicos de saúde para outras pessoas”.
“Considerando se tratar de um produto novo e ainda não autorizado pela Anvisa, gostaria de verificar a possibilidade de reserva de doses da vacina contra o novo coronavírus para atender a demanda de 7.000 (sete mil) pessoas”, traz trecho do ofício.
O movimento não é isolado. Além do STF, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) também está se mobilizando para garantir as vacinações aos servidores. Segundo a revista Veja, o documento enviado pelo STJ à Fiocruz é similar.
Em resposta à Folha, o STJ disse que “a intenção de compra de vacinas vem sendo manifestada por diversos órgãos públicos que realizam campanhas de imunização entre seus funcionários, como o STF, que encaminhou ofício semelhante à Fiocruz.”
Ao jornal, a assessoria do STF informou que a escolha da AstraZeneca não foi martelada e que a compra da vacina dependerá do custo. “Também existem outras opções de fornecimento, e a decisão final considerará o custo total, que pode ser inclusive inexistente, como já ocorreu no caso de campanhas de vacinação anteriores.”
Em resposta ao STF, a Fiocruz afirmou, em nota, que a produção está destinada “integralmente” ao Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde.