
O ex-ministro da Defesa e ex-candidato à vice-presidente da República na chapa de Jair Bolsonaro (PL-RJ), general Walter Braga Netto, será indiciado pela Polícia Federal (PF) no relatório final do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado. A informação é da colunista Juliana Dal Piva, no ICL Notícias.
Ontem (19), a PF deflagrou a “Operação Contragolpe” que prendeu militares do grupo conhecido como “Kid Pretos” suspeitos de atuarem em um plano de emboscada contra o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Lula (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSDB).
Segundo Dal Piva, Braga Netto só não foi preso porque os investigadores decidiram mirar apenas os envolvidos diretamente na execução da emboscada.
Investigações
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a força-tarefa desta terça-feira, aponta que Braga Netto estava no centro da trama golpista orquestrada por militares próximos ao governo Bolsonaro, que tinha como objetivo final a tentativa de golpe de Estado contra o resultado das eleições presidenciais em 2022, na qual o Lula foi eleito presidente.
O relatório da PF sobre o caso, ao qual o GGN teve acesso, mostra que a emboscada contra Moraes e a chapa eleita foi orquestrada em uma reunião na residência de Braga Netto, em Brasília, no dia 12 de novembro de 2022.
O encontro contou com a presença do ex-ajudante de ordens da Presidência, tenente-coronel Mauro Cid, do major Rafael de Oliveira e do tenente-coronel Hélio Ferreira Lima. Esses dois últimos foram presos ontem, suspeitos de, junto com o general Mário Fernandes, articularem o plano de assassinatos, denominado “Punhal Verde Amarelo”.
Essas informações e provas foram recolhidas em computadores e celulares apreendidos pela PF durante e após a Operação Tempus Veritatis, em fevereiro deste. Os aparelhos atribuídos a Braga Netto ainda estão em análise.
Mensagens também foram recuperadas no celular de Cid, que fez um acordo de delação premiada com a corporação.
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