CNMP decide pela demissão de procurador que encomendou outdoor da “lava jato”

O painel foi instalado em março de 2019, em uma via de acesso ao Aeroporto Afonso Pena, na região metropolitana de Curitiba.

Reprodução

do ConJur

CNMP decide pela demissão de procurador que encomendou outdoor da “lava jato”

Por 6 votos a 5, nesta segunda-feira (18/10), a maioria do Conselho Nacional do Ministério referendou a recomendação da conselheira Fernanda Marinela de Sousa Santos, relatora do PAD, e decidiu pela demissão do procurador Diogo Castor de Mattos, responsável por um outdoor em homenagem à “lava jato”.

O painel foi instalado em março de 2019, em uma via de acesso ao Aeroporto Afonso Pena, na região metropolitana de Curitiba. Foram exibidas imagens de nove procuradores e a frase: “Bem-vindo à República de Curitiba. Terra da Operação Lava Jato, a investigação que mudou o país. Aqui a lei se cumpre. 17 de março — 5 anos de Operação Lava Jato — O Brasil Agradece”. Castor, que integrava a força-tarefa, anunciou seu desligamento após seu envolvimento vir à tona.

O caso havia sido inicialmente suspenso, já que Mattos apresentou um atestado médico por estafa física e mental. Mas foi reaberto após depoimento do cantor João Carlos Barbosa, no inquérito das fake news, sobre o contrato com a empresa de propaganda que produziu o outdoor.

Em setembro do último ano, o CNMP instaurou o PAD para apurar a conduta do procurador. Na ocasião, o corregedor Rinaldo Reis constatou falta funcional e violação dos princípios da moralidade e da impessoalidade, e sugeriu a penalidade de suspensão de 90 dias.

PAD 1.00579/2019-37

Redação

5 Comentários

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  1. Nada com uma PEC no pescoço para o CNMP se mexer. Mas esse aí é sardinha, precisa demitir o K para recuperar alguma credibilidade. O Congresso tem, pois, que levar adiante o projeto: se o MP se comporta como um quarto poder, precisa estar sujeito a freios e contrapesos.

  2. Não há prazer em ver uma coisa dessa. O sentimento é de vergonha. Prefiro achar que foi o livre arbítrio que conduziu o Castor para essa situação.
    O cara se deslumbrou, achou que a blindagem era eterna e pra todos.
    Erro grave de calculo. O preço e perder o emprego que tantos estudam a vida toda e não conseguem

  3. finalmente alguém da lava jato é punido. no brasil os juizes e promotores são um bando de mimados que com seus titulos de mestres,doutores e pos-doutores e se consideram acima de todos. por isso a pec é bem vinda

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