Depois de sete anos, Alberto Youssef tem autorização para retirar a tornozeleira eletrônica

Ministros entenderam que o monitoramento tão alongado ofende a dignidade humana e é pior do que a pena prisão

O doleiro Alberto Youssef foi peça-chave no esquema de corrupção – Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou nesta terça-feira (6) a retirada da tornozeleira eletrônica do ex-doleiro Alberto Yousseff, condenado por lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. 

Os ministros alegaram que o monitoramento eletrônico se mostrou muito alongado e ofende a dignidade humana. O ex-doleiro utilizava a tornozeleira há sete anos. 

Segundo o acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal, Youssef teria de usar tornozeleira durante 27 anos. 

Mas o ministro Messod Azulay Neto, durante o voto, afirmou que a medida é desproporcional, por ser pior que a pena de prisão e que ninguém pode usar ser monitorado por 20 anos.

Na sessão, foi definido ainda que o juiz da execução penal será o responsável por fazer o controle do cumprimento da pena em regime aberto de Youssef, assim como acordos de colaboração e estabelecimento de outras medidas.

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