Defesa aponta impressionismo para condenar filho de Lula na imprensa

"As vidas de Fábio e de suas empresas já foram devassadas por anos a fio, e nada de irregular foi revelado", apontam advogados

Foto: Reprodução

Jornal GGN – As reportagens sobre o filho do ex-presidente Lula, Fábio Luís Lula da Silva, foram artimanhas do impressionismo para precipitadamente julgar, mesmo que ainda sem provas. As opiniões são dos advogados criminalista e tributarista Fábio Tofic Simantob e Marco Aurélio Carvalho, em artigo para a Folha de S.Paulo, nesta sexta-feira (20).

No artigo intitulado “o fugaz juízo das opiniões precipitadas”, os advogados, que atuam na defesa do filho de Lula, lembram que nas mãos da imprensa, qualquer julgamento tende a ser “mais impressionista do que realista”.

“Dados manipulados pela investigação ao calor das conveniências acabam despertando maior interesse do que os próprios fatos que são objeto da investigação. Basta colocar no título da matéria uma enorme cifra de dinheiro para criar uma suspeita que nenhuma análise lógica é capaz de anular”, anotaram.

As polêmicas chamadas que arrolam o filho de Lula como responsável de um suposto crime dificultam a análise do que é racional ou não dentro da apuração na Justiça. Tratam-se de suspeitas da força-tarefa de Curitiba de que o Fábio teria ocultado informações sobre o imóvel aonde reside, e que o objetivo seria “ocultar vantagens recebidas da Oi” por meio de outras empresas.

Os advogados desmentem a suspeita com uma simples afirmação: “Há, porém, um elemento de irracionalidade nessa tese que passou despercebido. Fábio Luís não só tem participação acionária como é diretor-presidente da Gamecorp”, escreveram, completando: “Não há mistério, nem segredo”.

O impressionismo estaria também, segundo Simantob e Carvalho, nos números divulgados pelos jornais: “fala-se em dezenas de milhões de reais”, sem especificar que se trata da “somatória de tudo que a Gamecorp recebeu ao longo de 12 anos de serviços prestados pela empresa, que chegou a ter quase 200 funcionários”.

“As vidas de Fábio e de suas empresas já foram devassadas por anos a fio, e nada de irregular foi revelado”. Concluindo: “Se a Lava Jato quiser chamar essa colaboração de mentirosa terá que anular três anos de operação. Será um bom teste para a credibilidade e a imparcialidade das investigações.”

 

 

Redação

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