Defesa de Dilma pede acesso a documentos e novas testemunhas

Jornal GGN – A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff protocolou junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um novo pedido ao ministro relator da ação de cassação, Herman Benjamin, de acesso à delação premiada de ex-executivos da Odebrecht.
Os advogados apontaram contradições entre relatos dos ex-executivos Hilberto Silva e Fernando Migliaccio, em relação a pagamentos supostamente feitos ao marqueteiro das campanhas de Dilma, João Santana, e sua esposa, Monica Moura.
Entre as informações, Fernando Migliaccio afirmou que documentos apreendidos pela Operação Lava Jato trazem provas de tais pagamentos. Os advogados pedem que o TSE determine ao Ministério Público Federal (MPF) o compartilhamento desses documentos.
Além disso, pedem o acesso a todos os arquivos que sustentam as acusações de repasses da Odebrecht para campanhas realizadas por Santana em países como El Salvador, Panamá, Angola, Venezuela, República Dominicana e Argentina, dos quais a Lava Jato enxerga conexão de benefícios aos governos petistas.
No pedido, a defesa lembrou que até agora, o TSE vem adotando o procedimento de permitir o acesso a todos os arquivos, inclusive a acordos de colaboração premiada e anexos, às defesas, relacionados às denúncias da Odebrecht junto à Justiça Eleitoral.
Lembraram, ainda, que o acesso não interfere no sigilo dos dados e que tais documentos podem auxiliar na defesa. “É recomendável a máxima cautela com afirmações de delatores e a necessária checagem de todos os depoimentos e documentos, como medida indispensável para o exercício do contraditório e da ampla defesa, conforme reiteradamente decidido pelo Supremo Tribunal Federal”, completaram os advogados de Dilma.
Pediram, novamente, que o ex-ministro Guido Mantega, além dos presidentes dos partidos aliados na eleição de 2014, PRB, PROS, PDT e PCdo B, sejam ouvidos em audiência pelo TSE.
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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  • Eu absolvo Dilma--mesmo ela

    Eu absolvo Dilma--mesmo ela sendo avisada por seu marqueteiro que o dinheiro de sua campanha era sujo

    Tão sujo que foi pago em caixa 4 no exterior.

    Então por que absolvo Dilma ?

    Por excesso de burrice.

    Exemplo : Se ninguém a entendia em português, imagine ela falando em francês.---senti vergonha por ela;

    Dilma é ex PRESIDENTA INOCENTA..

    e que foi GERENTA de uma loja de 1,99  e FALIU.

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