Em manifesto, advogados criticam Operação Lava Jato

Jornal GGN – Manifesto redigido por dezenas de advogados penalistas e constitucionalistas critica a Operação Lava Jato, afirmando que a operação “já ocupa um lugar de destaque na história do país” no desrespeito a direitos e garantias fundamentais dos acusados.

Entre os nomes que subscrevem o documento, estão Antonio Claudio Mariz de Oliveira, Antonio Carlos de Almeida Castro, Nabor Bulhões, Antonio Sérgio de Moraes Pitombo e o ex-ministro do STJ, Gilson Dipp.

O manifesto afirma que a Lava Jato é marcada pelo desrespeito à presunção de inocência, ao direito de defesa, o vazamento de informações seletivas, trazendo “consequências incalculáveis para o presente e o futuro da justiça criminal brasileira”.

Enviado por Gilson AS

Do Uol

Advogados divulgam manifesto contra a Lava Jato

Dezenas de advogados penalistas e constitucionalistas redigiram manifesto contra a Operação Lava Jato. O documento será divulgado nesta sexta-feira (15) nos principais veículos de comunicação. Os advogados, entre eles defensores de políticos e empreiteiras sob suspeita de formação de cartel no esquema de corrupção instalado na Petrobras entre 2004 e 2014, afirmam que “no plano do desrespeito a direitos e garantias fundamentais dos acusados, a Lava Jato já ocupa um lugar de destaque na história do país”.
 
“Nunca houve um caso penal em que as violações às regras mínimas para um justo processo estejam ocorrendo em relação a um número tão grande de réus e de forma tão sistemática”, afirmam.
 
O manifesto, que não cita nenhum protagonista da força-tarefa da Lava Jato, será distribuído apenas alguns dias depois que o ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal, manteve na prisão o empreiteiro Marcelo Odebrecht – capturado na Operação Erga Omnes no dia 19 de junho de 2015, por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.
 
Subscrevem o documento nomes de grande prestígio na advocacia, profissionais que ao longo de muitas décadas travaram embates memoráveis nos tribunais, como Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, Antonio Carlos de Almeida Castro Kakay, Nabor Bulhões e Antonio Sérgio de Moraes Pitombo. O ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson Dipp também assina o manifesto.
 
Um trecho da carta ainda em revisão é categórico: “O desrespeito à presunção de inocência, ao direito de defesa, à garantia da imparcialidade da jurisdição, o desvirtuamento do uso da prisão provisória, o vazamento de informações seletivas e confidenciais, a execração publica dos réus, dentre outros graves vícios, estão se consolidando como marca da Lava Jato, com consequências incalculáveis para o presente e o futuro da justiça criminal brasileira.”
 
A carta diz que “o que se tem visto nos últimos tempos é uma espécie de inquisição, ou neoinquisição, em que já se sabe, antes mesmo de começarem os processos, qual será o seu resultado, servindo as etapas processuais que se seguem entre a denúncia e a sentença apenas para cumprir ‘indesejáveis’ formalidades”.
 
Segue o esboço do documento: “Nessa última semana, a reportagem de capa de uma das mais vendidas revistas semanais brasileiras não deixa dúvida à gravidade do que aqui se passa. Numa atitude ignominiosa e tipicamente sensacionalista, fotografias de alguns dos réus (extraídas indevidamente de seus prontuários na Unidade Prisional em que aguardam julgamento) foram estampadas de forma vil e espetaculosa, com o claro intento de promover-lhes o enxovalhamento e instigar a execração pública. Trata-se, sem dúvida, de mais uma manifestação da estratégia em prejuízo da presunção da inocência das pessoas e da imparcialidade que haveria de imperar nos julgamentos dos acusados – que tem marcado, desde o começo, o comportamento desvirtuado estabelecido entre os órgãos de persecução e alguns setores da imprensa.”
 
O texto deverá apontar também: “Esta é uma prática absurda e que não pode ser tolerada numa sociedade que se pretenda democrática, sendo preciso reagir e denunciar tudo isso, dando vazão ao sentimento de indignação que toma conta de quem tem testemunhado esse conjunto de acontecimentos. A operação Lava Jato se transformou numa Justiça à parte. Uma Justiça que se orienta pela tônica de que os fins justificam os meios, o que representa um retrocesso histórico de vários séculos, com a supressão de garantias e direitos duramente conquistados, sem os quais o que sobra é um arremedo de processo, enfim, uma tentativa de justiçamento, como não se via nem mesmo na época da ditadura.”
 
Os advogados afirmam: “É inaceitável – como já se fez várias vezes, sendo a última e mais inadmissível em face de Ministro integrante de uma das mais altas Cortes do país – que magistrados sejam atacados ou colocados sob suspeita pelo fato de decidirem ou votarem (de acordo com seus convencimentos e consciências) pelo restabelecimento da liberdade dos réus, a ponto de se fazer necessária, em desagravo, a insurgência e a manifestação de apoio e solidariedade de entidades associativas de juízes. Isto é gravíssimo e além de representar uma tentativa de supressão da independência judicial, revela que aos acusados não está sendo assegurado o direito a um justo processo.”
 
Os causídicos da Lava Jato avaliam que “é de todo inaceitável, numa justiça que se pretenda democrática, que a prisão provisória seja indisfarçavelmente utilizada para estimular a celebração de acordos de delação premiada, como, aliás, já defenderam publicamente alguns Procuradores que atuaram no caso”.
 
“Num dia os réus estão encarcerados por força de decisões que afirmam a imprescindibilidade de suas prisões, dado que suas liberdades representariam gravíssimo risco à ordem pública; no dia seguinte, fazem acordo de delação premiada e são postos em liberdade, como se num passe de mágica toda essa imprescindibilidade da prisão desaparecesse. No mínimo, a prática evidencia o quanto artificiais e puramente retóricos são os fundamentos utilizados nos decretos de prisão. É grave o atentado à Constituição e ao Estado de Direito e é inadmissível que Poder Judiciário não se oponha a esse artifício.”
Redação

47 Comentários

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  1. em manifesto advogados criticam operação lavajato.

    O senado, o congresso nacional (se não tivesse, muitos de seus membros SUPOSTAMENTE envolvidos.) deveria toma uma atitude constitucional, afim de que coibisse as arbritariedades, cometidas por funcionários do estado.

  2. Qual o tamanho a régua de toda essa canalhice?

    A parte mais assustadora do manifesto dos advogados, mostra ao Brasil toda “medida” canalha que é usada na régua exercida na Sede da República do Paraná!

    “”Num dia os réus estão encarcerados por força de decisões que afirmam a imprescindibilidade de suas prisões, dado que suas liberdades representariam gravíssimo risco à ordem pública; no dia seguinte, fazem acordo de delação premiada e são postos em liberdade, como se num passe de mágica toda essa imprescindibilidade da prisão desaparecesse.”

     

     

     

  3. Uma manifestação que há muito esperava.

    Este documento me traz muita alegria afinal  e esperança de que não se permita que o Judiciário se torne uma inquisição e vilipendie a justiça e usurpe direitos que foram concedidos pelos cidadãos. No momento sob luz de uma mídia mal intencionada estão transformando uma luta legítima contra a corrupção   num cotidiano de violações de direitos. Juizes não são justiceiros, juizes não devem manter relações promiscuas com investigadores nem investigados. Juizes são auxiliares da justiça, devem julgar apenas documentos provas e ou depoimentos. Não podem financiar o orgão investigador, não podem em nome da delação  premiar réus confessos, não deve compactuar com a execração pública de suspeitos e muito menos de condenados. Um juiz não pode ser conivente com a incitação de  um linchamento publico.

    Eu gostaria que existisse um Conselho Nacional de Justiça que colocasse um freio e fiscalizasse estes orgãos que parecem que estão acima de tudo. Como pode um juiz do STF , ou um procurador geral fazer declarações publícas antes mesmo do julgamento e da coleta de provas e das defesas condenar pessoas e partidos. Do ponto de vista da justiça, estes deveriam ser impugnados em qualquer julgamento.  Quem como Moro  fez declarações tão fortes contra vários dos indiciados , antes mesmo das provas, é o mesmo que vai julgá-los.  Mas se  se curvar ganhará não apenas a liberdade mas uma verdadeira fortuna devidamente lavada.

  4. Vejam só como são as

    Vejam só como são as coisas.

    Nassa, o cara que luta pelo direito de resposta, nem publica o outro lado que está na MESMA MATÉRIA.

       Diz o procurador : Não estamos na Coreia do Norte….e argumenta .

        Não vou procurar a matéria ( antiga como quase tudo neste blog ) porque não estou com saco.

       Qualquer dia Nassa apresenta os números sorteados na Megasena da Virada.

     

  5. Fascismo ou Democracia

    Eu posso afirmar com todas as letras: Sérgio Moro é o líder de um grupo com valores fascistas que está corrompendo o Estado Democrático de Direito.

    Ou defendemos o Estado Democrático de Direito, ou seremos dominados por essa tirania vil que cresce a cada dia..

  6. Dando-se os pertinentes

    Dando-se os pertinentes descontos visto tratar-se de manifestação de partes interessadas, mesmo assim ainda resta um “saldo” a cobrar com relação a essa Operação Lava à Jato ou, para melhor qualificação, “prende a Jato e solta a solta à lesma”, por conta dos seus excessos ou excentricidades.

    A primeira delas é enfeixar na mão de um Juiz singular um processo tão abrangente como complexo. Diria Lula se inquirido: nunca na história deste país um magistrado concentrou tanto Poder quanto o exmo. sr. dr. Sérgio Moro. Sem exagero, se quisermos medirmos e entendermos o país no atual contexto temos que irmos à Curitiba pedir a benção desse rapaz que responde hoje, diretamente, por boa parcela do PIB nacional e outra tanta do “PIB político”.

    Poder igual só na antiga Roma quando os imperadores pelo movimento do polegar decidiam quem iria morrer ou sobreviver.

    Ave Moro! Os que vão morrer te saúdam!  

    1. Laranja vermelha amarga

      Por falar em Roma, “ave cesar”, rs, quando estive na Sicilia, na região de Cantania passando por Siracusa, Notto e outras, experimentei a arancia rossa moro. Uma laranja vermelha, bonita por fora, mas por dentro, amarga…

      E o caso Lava Jato é para ser investigado por um bom Sherlock Holmes porque todos foram longe demais, principalmente, Ave Moro!

       

  7. Aberração

    Com um mínimo de conhecimento jurídico, ou até mesmo de vida, vê-se que essa operação Lava Jato é uma verdadeira aberração. Tanto tempo sem que as autoridades máximas do Poder Judiciário tomem uma providência contra o juiz do caso. Inacreditável.

  8. O país precisa de justiça e

    O país precisa de justiça e não de juiz que age ao seu gosto. Esse Moro não deve continuar como juiz da lava jato. O STF precisa tomar uma posição; independente que a mídia goste ou não. Deve-se ser preservada a justiça e a constituição. Um juiz desse tipo que recebeu manifesto de dezenas de advogados e constitucionalistas não pode continuar. Nomei-se vários juízes e procuradores e que ajam com imparcialidade para o bem de nossa justiça. São tantos vazamentos que nos faz perder a confiança no judiciário… Que a lava jato vá afundo nas investigações e que puna com imparcialidade e justiça…

  9. DEMORÔ!

    O silêncio dos advogados em relação à tortura de Estado reintroduzida no Brasil pelo Judiciário e que agride a cidadania (excluídos juízes, desembargadores e ministros, pois não se sabe em toda a nossa história de um destes ter sido preso preventivamente, por um dia que seja) já estava ensurdecedor. Mas, antes tarde, do que nunca.

    Como juízes voltam-se contra a Sociedade desrespeitando direitos básicos dos cidadãos, é imperativo que, como primeiro passo, as organizações civis denunciem o descalabro. O segundo, é, por meio legislativo, conter a sanha linhchadora do Judiciário. Há outros passos que, se espera, não sejam necessários.

    E tu, OAB, por que te calas?

  10. Partes Interessadas

    JB eu não darei desconto por tratar-se de partes interessadas. Quando se coloca em dúvida, porque aquele que se defende é parte interessada,  se está questionando o direito de defesa. Qualquer , aquele que se defende, é parte interessada. porém o que deve se olhar é correção ou não dos argumentos. Não chamo de excentricidades as colocações e atos de Moro, de procuradores. Não chamo de excentricidades a utilização da imprensa e toda a pressão que exercem manipulando os fatos. Pois só posso encarar como manipulação o vazamento seletivo. Isto não é uma excentricidade. Não é uma excentricidade um juiz usar parte do erário ( 172 000)  para criar um factoide midiático para dar uma força aos pedidos de mais verba de uma corporação que investiga. Usando inclusive a insinuação de que os cortes seriam para prejudicar as investigações. Não é excentricidadde um juiz em conjunto com procuradores e policias gerarem vazamento de informações nas vésperas do julgamento de habeas corpus contra s prisões preventivas. Não é excentricidade juizes , procuradores e policiais se recusarem a investigar a lista de furnas e as denuncias  alegando que não diziam respeito ao foco da operação que seria a petrobras. Mas curiosamente reinvindicaram a investigaçã da nuclebras.  Me parece que não é nem excentricidade nem complexidade do processo, me parece que é sim um movimento para criação de um poder autoritário. 

  11. … saudades do saudoso Rui Barbosa do lulopetismo

    … saudades do saudoso Rui Barbosa do lulopetismo: o advogado-ministro jurisconsulto-supremo pau-pra-toda-obra-lulopetista, o notável pelé doutor MTB, o Águia de Brasília.

    doutor MTB, para usar uma metáfora futebolística tão ao gosto de nosso Lula, quando nas quatro linhas do jogo jogado da Justiça Brasileira: a que conta faz acontece e o principal CUMPRA-SE, era o genial jogador-advogado sempre mais avançado à frente do que intentava ousar pensar… o adversário inferiorizado e que então, doutor MTB, quando diante de uma penalidade máxima a favor enquanto que contra o poderoso cliente dono do poder, posicionado há dois passos largos para atrás da marca do pênalti, cobrava então com maestria o pênalti indefensável ao mesmo tempo quântico em que agarrava – graças ao princípio da incerteza de heisenberg aplicado ao direito – vossa excelentíssima cobrança magistral da penalidade máxima a qual, por dedução lógica do fato consumado, era também defendida pelo mesmo quântico doutor MTB, defendida para o alto, ou melhor, autos da torcida poderosa, com a maestria de um goleiro tipo Marcão do meu Eterno Palestra.

    1. Que confusão…

      Como diria o analista de Bagé, esta conversa tá mais enrolada que fumo de porta de venda. Vocẽ usa tantos adjetivos, metáforas e ironias, que não consegue dizer nada. Em uma democracia as críticas são bem vindas, mas se você deseja criticar, precisa aprender a ser claro. Explique a razão de sua discordância, mostre onde estão as falhas que você encontrou e defenda suas opiniões com clareza e respeito aos que pensem diferente. Isso faria muito bem a você.

  12. Peraí, parte interessada uma pinóia.

    Tentar colocar pecha de “parte interessada” em advogados de defesa é mais absurdo que a própria Lava a Jato.

    Parte interessada é todo e qualquer brasileiro que não está livre de ser atropelado por qualquer processo injusto.

    Ficam falando que advogados de defesa são partes interessadas, pois pergunto, a nossa legislação não prevê que o Estado ou mesmo qualquer pessoa acuse e que o acusado tenha defesa?

    Se quiserem inventarem um sistema em que não hajam advogados de defesa, que inventem, porém enquanto este existir o interesse é de todos.

  13. kakayadas

    Alguém tem dúvida de que esse Manifesto dos Kakays faz parte dos honorários?

    Tenho pra mim que foi assim: o Antonio Carlos de Almeida Castro(vulgo “Kakay”) escrevinhou e depois levou pra rapaziada assinar.

    …………………………………………..

    Seguem abaixo algumas kakayadas.

    “O momento é de muito trabalho. Só na Lava Jato eu tenho 11 clientes, entende? Eu gosto de fazer uma dedicação especial, pessoal, sou eu que faço as reuniões, que faço as teses, que defendo, que converso. Além de advogado, eu tento estar no dia a dia do cliente.”

    “”Eles podem ser pessoas importantes num momento específico, mas quando vem a fragilidade me ligam”, diz.

    “”Pega a Roseana (Sarney), por exemplo, nós ganhamos o caso dela. Mas até ganhar tem todo um embate, um desgaste pessoal. O presidente Sarney me liga e eu passo na casa dele no sábado às 20, às 22h, e converso com ele por 2h. É claro que é trabalho, mas é um prazer também. São pessoas interessantíssimas.” “

    “Fragilidade”?

    Quanto eufemismo…

    Dito com essa candura, o Kakay até parece um psicoterapeuta.

    Figurem a cena: Roseana no divã, e Kakay instruindo: “Não precisa me contar tudo e nem precisa me dizer a verdade.”

    “Não admito que nenhum procurador, juiz ou quem quer que seja diga que quer um país melhor do que o que eu quero”.

    Se tem um cara que não pode reclamar de Pindorama esse é o Kakay.

    “’Brasil vive criminalização da riqueza’”

    Kakay , por certo, tem simpatia pela tese do José Eduardo dos Santos – o Zedu de Angola -: a corrupção é momento necessário para a acumulação primitiva de capital.

    [Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160112_kakay_perfil_rs]

  14. O presidente da Associação

    O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, João Ricardo dos Santos Costa, em entrevista a O Globo, criminalizou a carta do Kakay:

    “Faltou sinceridade, idoneidade nessa carta. É assinada por profissionais que têm interesse nas causas. É lamentável esse ataque ao Judiciário. Esses advogados têm interesse pessoal na causa. É o negócio deles, que ganham seus honorários e se sustentam com esses clientes. Temos um sistema que permite vários recursos e, mesmo assim, eles não conseguem fazer valer os direitos fundamentais de seus clientes?! Ou há uma conspiração contra esses clientes?! Essa carta é uma manobra para pressionar o Judiciário e repudiamos esse tipo de procedimento. A sociedade tem que encarar esse manifesto como algo que não é de interesse público, mas de interesse privado”.

    1. O fato de ter interesse nas

      O fato de ter interesse nas causas é impeditivo da manifestação? Defender interesse tambem é crime? Numa democracia não há Poder isento de criticas. Que estranha visão de mundo e de democracia, se julgar no Olimpo dos deuses.

    2. Uai?

      Se a carta é uma forma de pressionar o judiciário, o que  são as  ações combinadas do PIG  então??  Força moral ??

      O Kakay só pisou na bola sendo, em certo termo, seletivo.   Não se lembrou dos milhares  de presos provisórios sem julgamento  Brasilzão afora !!

      O resto, concordo ” Impsem litro ”  !!

  15. Eu sempre falei…

    Eu sempre falei mal do Moro desde o primeiro dia  que ele assumiu a força tarefa, não vai ser agora que vou falar bem dele, porém, tb tem muitos juizes holofistas no Paraná e que tb são vazadores, mas não tem jeito o pior de todos eles é   o Moro o rei dos holofotes, o lambedor de bunda do PSDB, o superstar freelancer da rede Globo. Já faz tempo que eu falo que o juiz Sergio Moro deve dar lugar a outro juiz e outra equipe,porque ele (Moro e sua equipe) só quis se aparecer e a ajudar o país ficar mais na merda do que já estava.

  16. A parte que fala “suas

    A parte que fala “suas liberdades representariam gravíssimo risco à ordem pública” e depois “fazem acordo de delação premiada e são postos em liberdade, como se num passe de mágica toda essa imprescindibilidade da prisão desaparecesse” é uma discussão que venho tendo com colegas de direito, inclusive promotores, que em sua totalidade dizem que as fundamentações das prisões preventivas são manifestamente retóricas, já que nem a operação terminou e já tem delator que era uma “grande ameaça” para ordem pública e já está de férias e passeando de iate – sem contar na parcialida, seletivida e parceria com meios de comunicação.

  17. Que delícia !

    Reconfortante para mim ver o esperneio destes senhores que se tornaram milionários defendendo a impunidade daqueles que roubam, saqueiam, achacam o dinheiro pago pelos trabalhadores com o seu suor.

    Nunca jamais esses senhores se preocuparam com os milhares de presos provisórios ou com direito a progressão.

    Agora estão doidinhos porque sua velha tática de atacar o processo e não o mérito não está mais funcionando.

    Como disse Allende, muito mais importante que todos serem iguais perante a lei, é que a lei seja igual perante todos.

    Quando pela primeira vez um prisioneiro como Marcelinho Odebê, líder do tráfico de influência no Morro das Licitações é mostrado do mesmo jeito que os líderes do tráfico de drogas,  eles ficam todos alvoroçados.

     

    1. Todos teem direito a defesa.

      Todos teem direito a defesa. Indigno é vender sentença, o que se faz a torto e  a direito. Se abrissem o sigilo de muito servidores que São os heróis da moralidade midiatica, econtrariamos mais milionários que no Iate Club.

  18. Enquanto a lava jato com seus

    Enquanto a lava jato com seus vazamentos seletivos, e tratamento diferenciado de acordo com a cor partidária, mesmo não sendo advogado, subscreveria o documento.

    Mesmo para um leigo, percebe-se que a lava jato está quebrando normas, leis e regra do direito, com o intuito de atingir apenas um grupo.

  19. Zelites

    O Dr, Kakay é elite na mais fina e pura acepção da palavra.Defensor dos ricos e oprimidos pelo cinto que envolve os barrigões dos endinheirados.Palmas pra ele.

  20. Os argumentos são refutáveis?

    Ao invés de se criticar “advogado rico que defende réu rico e culpado, sic”.

    Por que não refutar seus argumentos:

     

    Argumentos – Parte I

    – … desvirtuamento do uso da prisão provisória …

    – Num dia os réus estão encarcerados por força de decisões que afirmam a imprescindibilidade de suas prisões, dado que suas liberdades representariam gravíssimo risco à ordem pública; no dia seguinte, fazem acordo de delação premiada e são postos em liberdade, como se num passe de mágica toda essa imprescindibilidade da prisão desaparecesse.

    – …processos sejam conduzidos por magistrado que atua com parcialidade, comportando-se de maneira mais acusadora do que a própria acusação.

    – Ademais, a sobreposição de decretos de prisão (para embaraçar o exame de legalidade pelas Cortes Superiores e, consequentemente, para dificultar a soltura dos réus) e mesmo a resistência ou insurgência de um magistrado quanto ao cumprimento de decisões de outras instâncias…

    – … desrespeito às prerrogativas da advocacia …

    – … sonegação de documentos às defesas dos acusados …

    – O desrespeito à presunção de inocência, ao direito de defesa, à garantia da imparcialidade da jurisdição e ao princípio do juiz natural…

     

    Argumentos – Parte II

    – … já se sabe, antes mesmo de começarem os processos, qual será o seu resultado, servindo as etapas processuais que se seguem entre a denúncia e a sentença apenas para cumprir ‘indesejáveis’ formalidades.

    – … vazamento seletivo de documentos e informações sigilosas …

    – … execração pública dos réus …

    – … reportagem de capa de uma das revistas semanais brasileiras … Numa atitude inconstitucional, … tipicamente sensacionalista, fotografias de alguns dos réus (extraídas indevidamente de seus prontuários na Unidade Prisional em que aguardam julgamento) foram estampadas …, com o claro intento de promover-lhes o enxovalhamento e instigar a execração pública.

    – Trata-se … de mais uma … estratégia de uso irresponsável e inconsequente da mídia, não para informar, como deveria ser, mas para prejudicar o direito de defesa, criando uma imagem desfavorável dos acusados em prejuízo da presunção da inocência e da imparcialidade que haveria de imperar em seus julgamentos – o que tem marcado, desde o começo das investigações, o comportamento … [dos] órgãos de persecução e alguns setores da imprensa.

    – … estratégia de massacre midiático passou a fazer parte de um verdadeiro plano de comunicação, desenvolvido em conjunto e em paralelo às acusações formais, e que tem por espúrios objetivos incutir na coletividade a crença de que os acusados são culpados (mesmo antes deles serem julgados) e pressionar instâncias do Poder Judiciário a manter injustas e desnecessárias medidas restritivas de direitos e prisões provisórias, engrenagem fundamental do programa de coerção estatal à celebração de acordos de delação premiada.

    – Magistrados das altas Cortes do país estão sendo atacados ou colocados sob suspeita para não decidirem favoravelmente aos acusados em recursos e habeas corpus ou porque decidiram ou votaram (de acordo com seus convencimentos e consciências) pelo restabelecimento da liberdade de acusados no âmbito da Operação Lava Jato, a ponto de se ter suscitado, em desagravo, a manifestação de apoio e solidariedade de entidades associativas de juízes contra esses abusos, preocupadas em garantir a higidez da jurisdição.

    1. Belos argumentos

      Todos muito comuns no judiciário brasilieiro.

      Adoro quando injustiças são aplicadas de maneira uniforme. heheh

      Como disse Allende, o mais importante é a justiça ser igual perante todos.

    2. Irrefutáveis

      Os argumentos são irrefutáveis, tanto que até agora ninguém os contestou. Espernearam lateralidades, mas nada consistente do ponto de vista lógico.

  21. não são só os leigos que

    não são só os leigos que estão indignados

    com a lava-jato…

    especialistas no assunto finalmente denuciam o

    que já foi denunciado várias vezes neste blog….

  22. Conspiração?Nao, o fato é venereo, C.Alberto!

    Nem precisa ser um bom Sherlock Holmes para perceber o que está por trás do que vem acontencendo no Brasil desde a reeleiçao do PT à presidencia do país. O resultado das urnas para os interessados nacionais e estrangeiros, tido como fava contada, foi contrariado entao o revide viria inevitavelemte, certo?  Quem comandaria o revide? Quem paga essa conta? Nós ou Eles? Eles quem? A Lava jato envolve a PF, e a PF representa quem? Uma sugestao para leitura e análise: 

    “— A vossa Polícia Federal é nossa, trabalha para nós há anos. […] Foi comprada por alguns milhões de dólares. […] Os Estados Unidos compraram a Polícia Federal…quem paga dá as ordens…” em entrevista à Revista Carta Capital, nas palavras de Carlos Costa, que chefiou o FBI no Brasil por quatro anos[do ano de 1999 á 2003], fala sobre como os EUA “compraram a Polícia Federal” e como a “ABIN se prostitui…” – Revista CARTA-CAPITAL, Edição 283, de 24/03/2004, publicado originalmente sob o título A HORA DA AUTÓPSIA, por Bob Fernandes, mas que foi republicado em 02/01/2016 no blog:  http://www.blogdobolche.blogspot.com.br/2016/01/policia-federal-brasileira-recebe.html sob o título “Polícia Federal Brasileira recebe mensalao dos Estados Unidos”. 

    Mais um trecho dessa entrevista publicada pela Revista Carta Capital, ediçao 283 de 24/03/2004: ” Uma das contas bancárias secretas utilizadas para receber o mensalão é a de número 284002-2, na agência 3476-2 do Banco do Brasil, em Brasília. O valor do mensalão depende do cargo que o indivíduo ocupa (delegado, etc.), mas em média gira em torno de 800 dólares por mês por cabeça.” [Acessem o link acima e leiam a entrevista completa, lá tem fotos etc e é muito informativa]

    E, por acaso hoje, no Conversa Afiada [link – http://www.conversaafiada.com.br/brasil/mino-denuncia-a-conspiracao-da-pf%5D foi publicado um artigo de Mino Carta da sua Revista Capital [destaques no texto sao meus] – “Vazamentos de informações sigilosas para a mídia nativa provam que a polícia trabalha a favor dos interesses da casa-grande. – “Já tivemos um exército de ocupação, convocado pela casa-grande em 1964. O gendarme indispensável ao golpe, a favor dos senhores com a bênção, não somente metafórica, de Tio Sam. De mais de uma década para cá, somos forçados a colher fortes indícios de que contamos com uma polícia para cuidar dos interesses da minoria privilegiada. Aquelas Forças Armadas derrubaram o governo. Esta polícia, ou pelo menos alguns de seus núcleos, conspira contra o governo. O tio do Norte está aparentemente mais distante, mas não desgosta de um satélite em lugar de um país independente. A postura conservadora da caserna, em momentos diversos francamente reacionária, sempre arcou com um papel poderoso, quando não decisivo, na história do Brasil. Hoje, graças também a um comando firme e responsável, mantém a atitude correta na moldura democrática, a despeito dos esforços da mídia nativa para oferecer eco a vozes discordantes de reduzido alcance. A defesa do status quo ficou para a Polícia Federal? A PF não foi treinada para a guerra, dispõe, porém, de armas afiadas para conduzir outro gênero de conflito, similar àquele da água mansa que destrói pontes. Um dos instrumentos usados para atingir seus objetivos com a expressão de quem não quer coisa alguma é o vazamento, a repentina revelação de fatos do seu exclusivo conhecimento, graças ao fornecimento de informações destinadas ao segredo e, no entanto, entregue de mão beijada e por baixo do pano a órgãos midiáticos qualificados para tanto, sem descaso quanto à pronta colaboração do Ministério Público.

    Leiam na íntegra os dois links citados aciima e tirem as próprias conclusoes.

     

  23. Bem advogado vive de defender

    Bem advogado vive de defender ladrão ou gente que tá errada na maior parte do tempo né?

    Achar advogado que ajude quem naõ tem dinheiro é algo complicado.

    A função dele é essencialmente inocentar culpados.

    Não me impressiono com esse tipo de coisa não

    Afinal se esses advogados fossem se manifestar POR DESCUMPRIMENTO REITERADO DO QUE DIZ A CONSTITUIÇÃO POR PARTE DO GOVERNO não fariam outra coisa.

    Entao deixam para falar quando a clentela endinheirada esta reclamando….

     

    1. Os advogados da Defensoria

      Os advogados da Defensoria Publica não cobram nada e fazem um excelente trabalho, os advogados que assinaram a declaração defendem reus que pagam e nem porisso lhes carece o sagrado direito de MANIFESTAÇÃO naquilo que julgam graves erros do sistema judiciario, ou será que não estamos numa Democracia?

      O fato de serem pagos não lhes desqualifica, funcionarios do Judiciario tambem se manifestam e não trabalham de graça.

      1. Estamos numa democracia e é

        Estamos numa democracia e é por isso que gente importante e biliardaria esta respondendo por atos questionaveis.

        Onde estavam esses nobres quando gente grauda dessa estirpe não aparecia de algema?

        Direito?

        Estado de direito?

        Eles estão reclamando isso só agora e só sobre isso?

        Por favor…rs

  24. Satiagraha x Lava jato

    O mesmo pessoal que enterrou a satiagraha está aplaudindo a lava jato. A picaretagem do grampo no STF foi apenas uma amostra da sordidez que moveu certos setores da imprensa para anular a investigação. O juiz e o delegado foram violentamente perseguidos pelos capangas do banqueiro, sendo que o tal esquema de “facilidades” se comprovou de forma incontestável. Aqueles 2 habeas corpus… bem, agora não vem ao caso.

    Aliás, prender banqueiro não pode. O tal esteves foi apanhado com uma cópia da delação do Cerveró mas o ministro Zavascki, a despeito de manifestar profunda indignação, mandou soltá-lo. O juiz e os bravos procuradores não querem saber quem cometeu o crime. 

    Há certos aspectos indiscutíveis na lava jato. A prisão preventiva está sendo usada para barganhar as delações. Fato. O sujeito é perigoso até o momento em que resolve “colaborar” com a investigação. Os interrogatórios são claramente direcionados, pois os investigadores tem alvos definidos. 

     

  25. Atraso intolerável

    A questão posta pelos advogados no manifesto nada tem a ver com inocência, ou não, dos acusados defendidos por eles. A questão é muito mais grave e ampla do que isto, e é o desrespeito pelo Judiciário de direitos que assistem aos cidadãos e que são sustentáculos da democracia, direitos que caracterizam os Estados modernos. Estado moderno é o Estado democrático de direito, e é o direito que vem sendo desrespeitado pelo Judiciário, por mais inacreditável que isso possa parecer. Os advogados, com esse manifesto, defendem todos nós, pois qualquer um de nós, na baderna judiciária disparada por um juiz cujos vencimentos estão em desacordo com a lei, pode ser preso sem culpa formada porque um juizeco qualquer decidiu assim ao arrepio da Lei. Curitiba é imenso salto de volta à barbárie, atraso inaceitável.

    1. Criminalização da advocacia

      A criminalização da advocacia, por quem se amedronta com o Tribunal da Mídia

      midiamedo

      Não há, para mim, ramo mais nobre do direito que a advocacia criminal.

      Porque nela não estão em jogo bens, rendas, impostos, contratos, querelas pessoais, familiares, questões de alta indagação constitucional.

      Está em jogo, muitas vezes, aquilo que Cecília Meirelles definiu como “uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda” : a liberdade.

      A minha geração formou-se admirando grandes advogados criminais ou, ao menos, arrastados ao campo do Direito Penal pelas necessidades de enfrentar o autoritarismo. Sobral Pinto, Heleno Fragoso, Evandro Lins e Silva, para ficar apenas naqueles que estão na história como marcos da democracia.

      Tirante os apresentadores de programas policiais, ninguém questionava a honra destes profissionais pelos crimes que seus representados tinham – ou não – cometido. Esta história de “advogado de bandido” é própria de meganhas de palitos nos dentes e cordão de ouro brilhando sobre a camisa desabotoada.

      Há, claro, advogados bandidos, como há médicos bandidos, jornalistas bandidos e até padres bandidos, como volta e meia se descobre um abusador de batina. Mas advogar, mesmo para possíveis criminosos, é uma arte nobre e é natural que estes profissionais vivam disto, como um médico vive dos pacientes e um engenheiro dos contratantes da obra. O que jamais impediu que muitos, muitas vezes advogassem de graça, curassem de graça ou projetassem de graça, como é belo exemplo o Niemeyer.

      Que o Ministério Público saltasse protestando contra a carta dos advogados também é compreensível: é o perseguidor, sua função, rebatendo quem defende o perseguido. Embora tenham fugido de abordar os questionamentos concretos dos advogados – a vinculação da prisão preventiva à concordância de tornarem-se delatores – é o que podia sair da cabeça de uma “força tarefa de Deus”, que baixou à Terra com suas inabaláveis verdades.

      Mais ainda porque contam, neste caso, com um juiz que só a eles dá ouvidos, diante do qual os advogados de defesa cumprem um papel protocolar e são uma chateação que tem de ser suportada até  que cumpram-se as formalidades da condenação.

      Mas foi deplorável ver o presidente da Associação dos Magistrados do Brasil, João Ricardo dos Santos Costa, dizer que as posições dos advogados refletem os seus “interesses particulares” como contratados – alguns deles – para defendê-los. Ou que diga que estão “atacando e tentando desqualificar o Poder Judiciário”.

      Atacar  decisões e atos do Ministério Público ou de integrantes do Judiciário é um dever do advogado, Excelência. E juiz não ficar ofendido pessoalmente com isso é condição básica do exercício de sua função, embora recentemente tenhamos passado a ver com Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes – e, agora, com alguns ensaios de Dias Toffoli –  o “chilique judicial” chegar à mais alta corte nacional.

      Não compreender isso é não compreender o papel – constitucional, inclusive – da advocacia.

      Tão grave quanto isso foi e é a ausência da Ordem dos Advogados do Brasil, que parece também estar vivendo um progressivo convencimento de que o advogado é algo como um “despachante judicial”. Contraditório, porque a Ordem comemora a nova lei que garante ao advogado o conhecimento de todos os elementos do inquérito, sob pena de nulidade absoluta de todos os elementos investigatórios e probatórios a que se negue acesso – o que, qualquer um sabe, foi o que menos ocorreu na Operação Lava Jato.

      Mais de uma centena dos mais conhecidos advogados do país faz um pronunciamento grave como o que fez e a Ordem “desaparece” em sua omissão?

      Talvez a associação de magistrados tenha reclamado e a OAB silenciado justamente por algo que é mencionado na carta, o eixo em torno do qual se desenvolvem os abusos na Operação Lava Jato e que, sem este fator, certamente teriam tido remédio nas decisões dos tribunais superiores, com o sistema de freios e contrapesos da Justiça funcionando.

      É o trecho que diz que “ a atuação do Poder Judiciário não pode ser influenciada pela publicidade opressiva que tem sido lançada em desfavor dos acusados e que lhes retira, como consequência, o direito a um julgamento justo e imparcial – direito inalienável de todo e qualquer cidadão e base fundamental da democracia.”.

      Mas a “publicidade opressiva” é a mídia de partido único e seu poder incontrastável que, até mais rápida e impiedosamente que o Dr. Sérgio Moro, acusa, julga e condena neste país, agora sem possibilidade até de recurso aos tribunais que a admitiram como instância suprema de julgamento, inapelável.

  26. Falando disso, cadê a Catta Preta?

    A advogada Catta Preta, depois que montou a primeira patota para delação premiada fugiu para Miami. Ameaçada por Cunha? Com honorários em dinheiro vindo da corrupção? Como boi de piranha para iniciar as delações premiadas?

    Há muito para criticar da operação Lava-Jato pelos nobres advogados, quem sabe começando por esclarecer este episódio da sua coleguinha?

    1. Faces da mesma moeda? Quem paga somos nós.

      Interessante a sua indagaçao: Ameaçada por Cunha? Com honorários em dinheiro vindo da corrupção? “Como boi de piranha para iniciar as delações premiadas?”.

       Bem, relembrar é viver – a tal “adevogada” trabalhou no escritório do ex-procurador e ex-desembargador Pedro Rotta[que já bateu com as botas]. Segundo informaçoes do próprio GGN[https://jornalggn.com.br/noticia/para-entender-o-jogo-do-impeachment-e-o-caso-catta-preta]: “uma breve pesquisa na Justiça Federal indicará que Rotta provavelmente foi o recordista na concessão de habeas corpus para grandes traficantes. Uma breve investigação sobre os bens que ficaram em nome da viúva mostrará parte da sua carreira jurídica. Como procurador, Rotta foi transferido para São Paulo por Golbery do Couto e Silva para resolver os problemas do Banco Cidade com a justiça. Posteriormente, tornou-se desembargador do TRF3. Foi através do escritório de Rotta que Beatriz conheceu seu futuro marido, processado por falsificação de dólares. Ela é peça central para entender o jogo da Lava Jato. Por que razão uma advogada criminal pouca conhecida, que transitava apenas pelo baixo submundo do crime, se tornou advogada de todas as delações? Quais seus contatos anteriores, para se tornar o canal entre os detidos e a força tarefa e o juiz Sérgio Moro? Quem bancava seus honorários, se não eram os detidos? E porque os detidos se valeram apenas dela para aceitar o acordo de delação?” Não é preciso decifrar o enigma Catta Preta para entender os desdobramentos do seu último lance, contra Eduardo Cunha. A frente anti-Dilma é composta de diversas cabeças, com poucas afinidades entre si. Mais cedo ou mais tarde as alianças de ocasião tenderiam a se desfazer, conforme já cantei há tempos aqui.”

      Pois é….perguntas legítimas a serem respondidas com calma e muita análise, nao?

      Pessoalmente, quando me lembro do nome Catta Preta me vem à memória o nome de outra figurinha, a tal “Sinhinho”, líder absoluta dos blakcblocs[infiltrados]no MPL de 2013, lembram-se dela?? A tal líder era ainda estudante, uma ilustre desconhecida, duranga e de família aparentemente sem grandes recursos, mas parecia unipresente e contar com bons recursos e influência, porque ela conseguia estar presente em manifestaçoes em vários estados[quem pagava as contas?]. A figura teve os seus minutos de fama no cenário e imprensa da época, inclusive na revista Veja-Lixo teve direito a ser protagonista da capa com fotografia intencional semelhante àquela muito conhecida do Guevara  – posar usando boina, olhar forte e angulo meio de perfil. Qualquer semelhança é mera coincidencia.

      Essa garota deixou um rastro de bosta por onde passou e muitos jovens incaustos, idiotas-úteis que compraram a suas idéias, foram presos e tiveram as suas vidas prejudicadas, aliás, soube que ainda há jovens presos por causa do desastre chamado “Sininho”. Por onde anda a jovem líder depois da sua “atuaçao” ou “contribuiçao” ao país no cenário daquela época? 

      Catta Preta e Sininho sumiram dos noticiários mas “causaram” no país, e sairam de cena da mesma forma como apareceram.. 

       

  27. Apenas apresentando o outro lado. Não estou defendendo.

    Nota Pública da Associação dos Juízes Federais do Brasil sobre a Operação Lava Jato

    Diante do manifesto de advogados da Operação Lava Jato com críticas à atuação do juiz Sérgio Moro, a Ajufe esclarece:

    A quebra de um paradigma vigente na sociedade nunca vem desacompanhada de manifestações de resistência. Gritam e esperneiam alguns operadores desse frágil sistema que se sentem desconfortáveis com a nova realidade nascente.

    Há décadas, a imprensa brasileira veicula notícias referentes a desvios de bens e recursos públicos, cujos responsáveis – políticos, empresários, pessoas poderosas – raramente pagavam pelo crime cometido. O poder financeiro lhes possibilitava contratar renomadas bancas de advogados para ingressar com infindáveis recursos protelatórios nos tribunais – manobras que, em geral, levavam à prescrição da pena e à impunidade do infrator.

    Tal quadro começou a se alterar nos últimos anos, fruto da redemocratização do país e da Constituição Federal de 1988. O Poder Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Federal vêm adquirindo cada vez mais autonomia, tanto do ponto de vista orçamentário como operacional. É aí que surge um novo capítulo na história do Brasil.

    A Operação Lava Jato coroa um lento e gradual processo de amadurecimento das instituições republicanas brasileiras, que não se colocam em posição subalterna em relação aos interesses econômicos. A Justiça Federal realiza um trabalho imparcial e exemplar, sem dar tratamento privilegiado a réus que dispõem dos recursos necessários para contratar os advogados mais renomados do país. Essa ausência de benesses resulta em um cenário incomum: empreiteiros, políticos e dirigentes partidários sendo presos.

    Aqueles que não podem comprovar seu ponto de vista pela via do Direito só têm uma opção: atirar ilações contra a lisura do processo. Fazem isso em uma tentativa vã de forjar na opinião pública a impressão de que a prisão é pena excessiva para quem desviou mais de R$ 2 bilhões, montante já recuperado pela Operação Lava Jato.

    A Lava Jato não corre frouxa, isolada, inalcançável pelos mecanismos de controle do Poder Judiciário. Além de respaldada pelo juízo federal de 1º grau, a operação tem tido a grande maioria de seus procedimentos mantidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4), pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

    Aludir genericamente a violações de regras do “justo processo” sem a correspondente ação judicial reparatória é mero falatório, fumaça, que não gera benefício nem para o cliente pretensamente protegido.

    O desrespeito aos direitos dos réus, por quem quer que seja, é uma conduta passível de questionamento. Nada impede que um advogado, se estiver certo da violação, postule a devida correção no âmbito da Justiça.

    Quando há provas de um vício ou equívoco processual, o natural é apresentá-las ao Tribunal, para que se mude o curso do caso. Quando elas não existem, uma carta nos jornais parece um meio de dar satisfação aos próprios contratantes. Os advogados não podem tirá-los da cadeia – as condenações estão sendo corroboradas pelas instâncias superiores do Judiciário – então, a única solução encontrada é reclamar em alto e bom som.

    Interessante notar como as críticas de alguns poucos advogados revelam o desajeito deles com este novo contexto. Tal se revela sobretudo na busca de neologismos marqueteiros. Chamar de neoinquisição o funcionamento das instituições republicanas é um desrespeito com as verdadeiras vítimas históricas da inquisição, que – todos sabemos – perseguiu, torturou e assassinou por motivos religiosos. Na ausência do que dizer, atacam desmedidamente e revelam escasso conhecimento histórico.

    A impossibilidade de se ganhar a causa dentro do devido processo legal leva a todo tipo de afronta à decisão tomada em juízo. O manifesto desse pequeno grupo de advogados dá a entender a ideia absurda de que o Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Federal se uniram com o propósito de manejar a opinião pública para pressionar o próprio Judiciário. Não só a história não é factível, como parece o roteiro de uma ficcional teoria da conspiração.

    A posição institucional da OAB, que mantém uma postura de respeito às instituições, é louvável. A maioria dos advogados têm respaldado as investigações conduzidas. Sabemos que a iniciativa de ataque à Lava Jato é isolada e decorrente do desespero de quem se vê diante da perda iminente e definitiva da causa. Diversos advogados têm endossado as ações da Lava-Jato, em pronunciamentos públicos. As leviandades expressas na carta não encontram eco na advocacia brasileira.

    Sobre os supostos “vazamentos” de informações sigilosas, destaca-se que os processos judiciais, em regra, são públicos e qualquer pessoa pode ter acesso, inclusive às audiências, salvo nas hipóteses de segredo de justiça de acordo com as previsões legais dos artigos 5º, LX, e 93, IX da Constituição. A publicidade dos processos e das decisões judiciais visa exatamente a garantir o controle público sobre a atividade da Justiça.

    A magistratura federal brasileira está unida e reconhece a independência judicial como princípio máximo do Estado Democrático de Direito. Assim, reconhece também a relevância de todas as decisões de todos os magistrados que trabalharam nesses processos e, em especial, as tomadas pelo juiz federal Sérgio Moro, no 1º grau, pelo desembargador João Pedro Gebran Neto, relator dos processos da Lava Jato no TRF4, e pelos desembargadores Victor Luiz dos Santos Laus e Leandro Paulsen, que também compõem a 4ª turma.

    No STJ, sabemos quão operosos são os ministros Felix Fischer, relator dos processos da Lava Jato, e Jorge Mussi, Gurgel de Faria, Reynaldo Soares e Ribeiro Dantas, que compõem a 5ª turma. Eles não se prestam à violação de direitos de qualquer réu.

    Da mesma forma, confiamos plenamente nos ministros Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, e Celso de Mello, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Dias Toffoli, que integram a 2ª turma, bem como nos demais ministros da Corte. Eles dão a garantia final de que os processos da Lava Jato correram conforme o devido processo legal.

    A magistratura brasileira avançou muito nos últimos anos, assim como a nossa sociedade democrática. Os magistrados não sucumbirão àqueles que usam o Direito e Justiça para perpetuar impunidades sob o manto do sagrado direito de defesa.

    Antônio César Bochenek
    Presidente da AJUFE

    1. Considerações sobre o manifesto

      Considerações sobre o manifesto de Antônio César Bochenek em nome da AJUFE.

      Bochenek fala em quebra de paradigma pelo Judiciário, especialmente pelo juiz Moro, de Curitiba, mas não diz qual. Qual paradigma foi quebrado? O paradigma da presunção de inocência? Se for, e parece que é, juiz não pode quebrá-lo, pois tal quebra de paradigma é ilegal. Ou será que não é essa a quebra de paradigma a que Bochenek se refere? A quebra seria então juiz de primeira instância ganhar mais do que a lei permite? Tem sido noticiado, sem qualquer desmentido, que Moro ganha R$ 70 mil/mês quando o máximo que a LEI lhe permite são cerca de R$ 30 mil/mês. Qualquer uma dessas quebras é vedada a juiz, pois, se não forem ilegais (e são), são ilegítimas.

      São fatos inquestionáveis a prisão de acusados sem prévia condenação judicial e o afrouxamento das restrições à liberdade dos presos mediante a chamada delação premiada. Tal prática é tortura de Estado: violenta-se o direito a liberdade do acusado por meio de argumentos subjetivos chinfrins, do tipo “copy and paste”, cuja verificação é impossível em instância superior, até que o acusado delate ou se autoincrimine (é incrível que tribunais superiores sustentem a perda da liberdade de cidadãos não condenados judicialmente com base em alegações vazias de coator). Dizendo de outra maneira: por meio de tortura psicológica e física, causa-se sofrimento ao acusado para que faça o que o Estado quer. Ditadores agem assim, não provam culpa de acusado, mas o torturam para que se incrimine e caguete. É isto o que está sendo feito na tal da Lava Jato. Não causará surpresa se o Judiciário, quebrando paradigma, reintroduza a prática de pau de arara para conseguir autoincriminação e caguetagem.

      Diz Bochenek: “Aqueles que não podem comprovar seu ponto de vista pela via do Direito só têm uma opção: atirar ilações contra a lisura do processo.” Engana-se Bochenek redondamente. Frente a um Judiciário corporativo e polarizado politicamente não resta aos cidadãos, mormente aos advogados, outro caminho que não seja o político. A Sociedade precisa saber que o Judiciário está desrespeitando, sem sustentação de voto, paradigmas como a presunção de inocência e o paradigma de que o ônus da prova cabe ao acusador. Isto tem de se tornar público porque ninguém deu a juízes a prerrogativa de mudar tais paradigmas.

      Bochenek, inacreditavelmente, diz o seguinte: “Fazem isso em uma tentativa vã de forjar na opinião pública a impressão de que a prisão é pena excessiva para quem desviou mais de R$ 2 bilhões, montante já recuperado pela Operação Lava Jato.” Ora, prisão sem condenação judicial, pois é disso que o manifesto dos advogados trata, nada tem a ver com montante de desvio. Nosso Bochenek incorre na falácia do espantalho, a falácia engana trouxa. Outra coisa notável que se depreende dessa infeliz declaração de Bochenek é a preocupação com que as denúncias cheguem à opinião pública. Ora, Bochenek, vazamentos de ilações do MPF e da PF que destroem a imagem de pessoas, muitos dos quais não passam de calúnias, podem ser levados à opinião pública, mas os desmandos do judiciário não. Ora, Bochenek.

      A Lava Jato, em um Judiciário politizado descaradamente, corre frouxamente, sim, porque o corporativismo judiciário a sustenta. O Judiciário, ilegalmente, quer criminalizar partido político, e mesmo a política, para ficar bem com a opinião publicada, e não pública, como Bochenek confessa subjacentemente em seu texto. Tribunais superiores, pressionados por juiz de primeira instância e pela mídia que se diz partido de oposição, seguem na esteira linchadora inaugurada por Curitiba. Não deve ser esquecido que esse juiz de primeira instância, o juiz Moro, assessorou a ministra Rosa Weber na elaboração do famoso voto da ministra no julgamento da AP 470 no qual está posto, em essência, que, mesmo sem provas, José Dirceu estava sendo condenado porque a literatura assim permitia. A politização do Judiciário, como o voto de Weber prova, isso sem se falar de Gilmar Mendes e Dias Toffoli, é de alto a baixo, por isto a declaração de Bochenek de que advogado pode ter sucesso na postulação de correção de aberrações processuais é totalmente falsa. Com esse Judiciário, postulações desse tipo, quando o paciente tem algo a ver com o PT, fracassam sempre.

      O resto do arrazoado de Bochenek é inepto e vazio, e não vale a pena qualquer consideração sobre ele.

      Estamos às portas da pior das ditaduras, a do Judiciário. É preciso, sim, que advogados e a OAB, que Bochenek aparentemente teme, lutem pela restauração de direitos básicos do Estado democrático de direito. Os paradigmas que Bochenek alega estarem sendo quebrados são paradigmas que sustentam o Estado democrático de direito, quebras que põem todos os cidadãos ao talante de juízes, afora o stalinismo judiciário que atribui a um único juiz o país inteiro como jurisdição. Os que lutaram pela democracia estão sendo traídos por essas quebras de paradigma perpetradas pelo Judiciário.

  28. Forjaram a assinatura do
    Forjaram a assinatura do ministro Dipp, o único jurista no meio desse bando que poderia passar algum verniz de legitimidade a esse manifesto pelo direito dos criminosos de colarinho branco poderem manter seus privilégios perante a Justiça. Perderam completamente a moral. Um advogado criminoso que falsifica até assinatura de ministro do STJ para defender uma causa, e ainda tem gente que aplaude! Fechem esse país e devolvam pros índios, nós fracassamos mesmo.

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