Lava Jato: quando megaoperação se torna mega-advertência, por Janio de Freitas

Situação curiosa: o Delcídio tratado como parlapatão, pelo que disse ao Cerveró filho, merece crédito absoluto quando incriminador de Dilma e Lula, e volta a ser declarante desprezível quando nega as incriminações.

Jornal GGN – Quando uma megaoperação se torna mega-advertência para os autores da operação. Na coluna à seguir, Janio de Freitas levanta os pontos mal explicados da ação da última sexta-feira (04), de condução coercitiva de Lula e funcionários do seu instituto para prestar depoimento na polícia federal. Destaca a estranha orquestração entre mídia e judiciário, e a clara ilegalidade da decisão de Sérgio Moro, juiz que conduz a Lava Jato. 

Folha de S.Paulo

Isto foi

Por Janio de Freitas

Nos seus dois anos de ação que se completam neste março, o juiz, os procuradores e os policiais da Lava Jato vieram em crescendo incessante nos excessos de poder, mas o ambiente em que esbanjaram arbitrariedade não é mais o mesmo. O exagero de prepotência faz emergirem reações em ao menos três níveis.

O que se passou de quinta (3) para a sexta (4) passadas não foram ocorrências desconectadas. Foram fatos combinados para eclodirem todos de um dia para o outro, com preparação estonteante no primeiro e o festival de ações no segundo. O texto preparado na Lava Jato para entrega ao Supremo Tribunal Federal, como compromisso de delação de Delcídio do Amaral, está pronto desde dezembro. À espera de determinada ocasião.

Por que a intermediação para o momento especial foi da “IstoÉ”, desprezada pela Lava Jato nos dois anos de sua associação com “Veja” e “Época”? É que estas duas, na corrida para ver qual acusa e denuncia mais, costumam antecipar na internet os seus bombardeios. A Lava Jato desejava que a alegada delação de Delcídio só fosse divulgada na quinta-feira, véspera das ações planejadas. A primeira etapa funcionou sem falhas, até para “IstoÉ” lembrar-se de si mesma.

Ainda no começo da noite de quinta, Ricardo Boechat deu com precedência e correção, no Jornal da Band, a íntegra da nota em que Delcídio negou confirmação ao “conteúdo da reportagem de IstoÉ” e negou “reconhecer a autenticidade dos documentos acostados ao texto”. Mas a conduta comum aos jornais, TV e rádios foi tratar como verdadeira a alegada delação de Delcídio. Nos dois jornais mais relevantes, o desmentido só foi referido na 21ª linha das 31 sob a grande manchete (“O Globo”: “Embora o senador diga que não confirma a reportagem”, e muda o assunto). Nas 54 linhas sob a grande manchete na edição nacional da Folha, nenhuma referência ao desmentido, no entanto citado em parte com destaque no interior.

Situação curiosa: o Delcídio tratado como parlapatão, pelo que disse ao Cerveró filho, merece crédito absoluto quando incriminador de Dilma e Lula, e volta a ser declarante desprezível quando nega as incriminações. Uma oscilação que pode ser política ou ter qualquer outra origem, mas jornalística não é. Em tempo: o filho de Cerveró foi mandado para o exterior.

As ações da sexta-feira quase santa foram sintetizadas, não por acaso, no título do artigo, naquele dia mesmo, de um dos irmãos em fé de vários integrantes da Lava Jato: “Destituição de Dilma é missão cristã”. Do pastor evangélico Wilton Acosta, presidente do Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política. Adequado texto de fundo para a chegada da Polícia Federal à moradia de Lula, levando-o; e para as invasões do Instituto Lula e do sítio em Atibaia. Com base em razão assim exposta uma semana antes pelo procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, ao falar da obra no sítio: “Eu desconfio” (de relação entre Lula e empreiteiras). Mas procurador e policial que desconfia não vão para os jornais. Vão trabalhar. Para esclarecer sua desconfiança e dar ao país informações decentes.

Em São Paulo, em São Bernardo, no Rio, em Salvador, pelo menos, houve amostras eloquentes de que os ânimos da militância dos mais sofridos está próximo do ponto de descontrole. Um aviso à Lava Jato de que sua “missão cristã” não pode continuar tão mais missão do que cristã. Em paralelo, o pronunciamento de Lula, revivendo o extraordinário mitingueiro, não apenas deixou pasmos os que esperavam vê-lo demolido, a ponto de que também a Globo transmitiu-o ao vivo. Calmo, desafiador, o pronunciamento abriu a única perspectiva conhecida de restauração do PT, com Lula em campo pelo país afora, e já enfrentando os que pretendem extinguir os dois.

O ministro Marco Aurélio de Mello, ele quase sempre, convocou diante das atitudes de Sergio Moro: “Precisamos colocar os pingos nos is. (…) Amanhã constroem um paredão na praça dos Três Poderes”. Apontava a ilegalidade da decisão de Moro referente a Lula, e foi forte: “paredão” remeteu ao “paredón” dos fuzilamentos nos primórdios da revolução cubana. Considera que Moro age por critério seu, não pelos da legislação. O resultado são “atos de força”. E “isso implica retrocesso, não avanço”. Marco Aurélio não falou só por falar.

A megaoperação resultou em mega-advertência à Lava Jato.

Redação

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  1. Manifestação contra Moro e Globo na sede da Globo Rio

    Está ocorrendo agora uma manifestação contra o Juiz Moro e a Globo na porta da REde Globo na Rua Von Martius no Jardim Botânico, Rio de Janeiro. Há muitos carros da Polícia lá. O trânsito foi parcialmente interrompido. Há pelo menos um carro de som e muitas bandeiras.

  2. O bom combate

    Não erre na conta dos erres.

    Erre nenhum é pouco, dois erres são demais.

    O bom combate se trava.

    não contra moinhos de vento

    nem contra morrinhos de excremento.

    Um erre é a conta exata: identifica e dimensiona.

     

    O bom combate não é contra o lobo

    que diz que a poluição sobe o rio (a partir de 2003),

    jamais desce.

    Há um G antes de “lobo”.

     

    O bom combate deve tmandar aos infernos

    certos parasitas eternos

    (só lhes muda o nome)

    desde sempre a minar o Brasil.

    Já foram movimento, hoje são partido… DB.

    Estes sempre serão governo – e sempre minarão os governos.

     

    Outros, mais modernos

    (modernos por “liberalidade”, se permitem),

    são traficantes de órgãos –

    traficantes internacionais, por óbvio.

    E pelo jeito já receberam de seus clients

    o valor antecipado…

    Senão, por que esse erro de condução,

    essa afoiteza coercitiva?

    Esses – para esses não há remédio nenhum.

    Só o combate é remédio.

     

     

     

     

  3. Semana quente

    Posso estar enganado, tirando a manifestação corajosa do Ministro Marco Aurélio, não devemos aguar nenhuma outra manifestação por parte dos integrantes do STF. Eles estão acuados e com medo. Estão dando uma demonstração clara que não estão à altura do desafio que o cargo exige (deixo de fora o Gilmar. Bem, o Gilmar….). A condução de Lula foi um teste. Durante essa semana a Vara Autônoma de Curitiba deve partir pra cima de jornalistas independentes. Somando com as manifestações, poderemos na próxima semana, assistir a prisão do Lula. Caso isso aconteça, a queda da Dilma é uma questão de dias, pois dissolve de vez a sua frágil base. Lula, forças progressistas e forças legalistas não podem baixar a guarda essa semana. 

    1. Estranho

      Ontem e hoje não houve postagens no Blog da Cidadania, do Eduardo Guimaráes.

      Tb não vi no Cafezinho, nem no Viomundo. Ricardo Kotscho tb.

       

  4. Além do desmentido as contradições de um texto .

    Apenas complementando  os pontos levantados por Jânio,   ainda falta saber sobre o que está escrito ( ou não) nas restantes 400 páginas de depoimento.  No caso de que exista uma delação, o vazamento seletivo escolheu das 400 págindas  apenas Dilma e Lula . Será que Moro e companhia vão agora defender o sigilo.? O procurador, que parece uma caricatura,  histrionicamente se diz indignado com vazamentos. E isto foi aproveitado pelo famigerado Waack, que na maior cara de pau   já anunciou que há indícios de que da meia noite às 6 da manha,  os alvos teriam escondido documentos.   Como a criação literária na republica de Curitiba jamais leu Trevisan ou Leminski, nota-se que o texto lido tem trechos  muito similares aos que foram lidos  para falar de Dirceu.  Será que poderíamos acusá-los de plágio? Inclusive as acusações de chefe de Megaoperação criminosa, baseado nos mesmos argumentos. Argumentos inclusive que foram negados pelo próprio STF. Afinal Dirceu foi absolvido do crime  de formação  de quadrilha no julgamento do mensalão.

    Mais ainda ,há uma clara alusão ao dominio de fato e também  contradições com as acusações contra Dirceu. Na prática a força tarefa ( como gostam de se denominar ) inocentou Dirceu, quando afirma que  quando ele deixou a Casa Civil, foi substituido por alguem do alto escalão. Neste caso a força tarefa esta afirmando agora, que Dirceu não tinha mais poder nem meios de continuar delinquindo.  E portanto o Juiz Moro ou mentiu ou mantem Dirceu cativo  ilegalmente.

     A peça literária além de plagiar outros documentos, vai juntando mais e mais contradições, como por exemplo a utilização da mesma acusação para inculpar várias pessoas. ( Acho que há um erro do ponto de vista legal.)  No caso , nesta nova peça literária, a indicação dos diretores  da petrobrás, é agora prerrogativa de Lula. Lembrem que este foi o argumento utilizado para a prisão de Dirceu, assim como foi o argumento recusado contra  Aécio.  Da mesma forma a peça acusatória mistura várias instâncias judiciais diferentes que vão de questões fiscais  ao caso Petrobrás. Incluindo o fato de que não há sequer um único documento em que se possa supor a ligação de qualquer benefício do Instituto Lula da Lils ou do proprio Lula a dinheiro da petrobrás, mas apenas suposições. Todas as ligações aventadas poderiam ser igualmente feitas e atribuidas ao Instituto FHC . Nos resta ainda saber se as palestras de FHC foram feitas através de uma firma ou através do proprio Instituto. Neste caso será que poderíamos questionar  uso indevido das finalidades do Instituto?  Será que os funcionarios do Instituto FHC, colaboraram ou não em suas palestras. Já que a delação de Delcidio já mencionou corrupção envolvendo a petrobras e a compra de uma refinaria na argentina, Moro e sua força tarefa deveriam levar coercitivamente o presidente FHC, para preservá-lo é claro. Embora eu acredite que  neste caso Janot  viria a publico defender o arquivamento para evitar constrangimentos.

  5. O Chile de Allende e o Brasil cindido.

    O ex-ministro Renato Janine Ribeiro publicou no Facebook, em 14.01.2016, o pequeno mas oportuno post abaixo. As trincheiras e os campos estão demarcados, os ânimos estão se exaltando nos espaços públicos, confrontos já estão acontecendo. A questão que se apresenta é se um dia o Brasil voltará ao normal. Creio que nunca mais, a exemplo do Chile. 

    “Um amigo me conta do Chile, anos 70. Antes e sobretudo depois do golpe, as famílias racharam. Irmãos pararam de conversar, de se ver, de desejar feliz natal ou aniversário. Isso continuou pelas gerações seguintes. Primos irmãos nem se conhecem, em terceiro grau nem sabem que existem. Triste. Dava um romance, poderia ser de Isabel Allende ou Garcia Márquez.”

  6. Para que serviam os fuzis?

    Estamos tão acostumados ao arbítrio e os desmandos da polícia que não notamos o mais grave em todo este mandado de condução coercitiva, os fuzis que carregavam os membros da Polícia Federal.

    Nos jornais, na TV e nos Blogs apareceram inúmeras fotos de Policiais Federais portando fuzis no meio de uma cidade para cumprir um mandado que para a maioria dos juristas pareceu ilegal, mas que no momento passa a ser um detalhe.

    Forças Policiais servem para manter a ordem e a lei, logo qualquer polícia do mundo quando faz uma ação se prepara convenientemente para executá-la, ou seja, segundo alegações, válidas ou não, verdadeiras ou mentirosas dos procuradores da Lava a Jato, ou pelo juiz Moro, as forças da Polícia Federal estavam lá simplesmente para evitar que hordas de simpatizantes do presidente Lula impedissem o cumprimento do mandado.

    Não julgando se o mandado era ou não legítimo, considerando que a presença da Polícia Federal estava lá para garantir o cumprimento do mesmo e que isto fosse legal ou não, vamos a um fato inquestionável: Para que serviam os fuzis?

    Este é o fato que ninguém questionou. As forças da polícia militar nas mais diversas ações de controle de multidões, de forma legal ou ilegal, agindo dentro ou fora da lei, JAMAIS LEVAM PARA A MANUTENÇÃO DA ORDEM FUZIS SEMIAUTOMÁTICOS COMO FEZ A POLÍCIA FEDERAL. Cassetetes, armas com balas de borracha, gás de efeito moral, canhões de água, ou seja, equipamentos não letais são empregados pelos policiais militares.

    Agora por que a polícia militar quando se vê a frente de manifestações com uma quantidade de manifestantes que podem chegar a ordem de centenas dos milhares até o milhão não levam fuzis automáticos para reprimir os manifestantes? Simplesmente porque qualquer policial sabe que quando se leva uma arma para qualquer coisa é para que se for necessário ela deverá ser utilizada.

    Insisto, a Polícia Federal levou para a operação FUZIS SEMIAUTOMÁTICOS de grosso calibre, ou seja, levou armas que devem ser utilizadas contra traficantes nas fronteiras, contra bandidos encastelados e armados em qualquer lugar, porém JAMAIS contra cidadãos em manifestações públicas.

    Vamos aos fatos, se houvesse alguma manifestação que tentasse impedir o mandados legais ou ilegais do juiz Moro. O que fariam os policiais federais armados de fuzis SEMIAUTOMÁTICOS?

    Só teriam dois caminhos, fugirem da multidão ou atirarem contra ela.

    Na primeira hipótese teríamos a total e completa desmoralização da ação policial, podendo até num extremo os policiais verem suas armas apreendidas pela população. Na outra hipótese temos outra probabilidade, o massacre de manifestantes desarmados!

    Talvez as pessoas não tenham se dado conta, e talvez neste ponto deva o poder executivo agir para impedir atos de tal natureza. A Polícia Federal agiu completamente fora da lei, pois não pode colocar em risco os policiais e também os prováveis manifestantes.

    A ação da Polícia Federal e dos demais integrantes da Lava a Jato foi COMPLETAMENTE IRRESPONSÁVEL, e um ato de irresponsabilidade como tal deve ser PUNIDO, simplesmente porque o potencial deste ato é INIMAGINÁVEL e com um potencial criminoso imenso..

    1. Perfeito

      Muito bom Tche Maestri.!!!!!!!! 

       

      PS: Moro vai dizer que era apenas brincadeirinha. E  apesar da violência explicita desta cena , Waack vai se preocupar com a violencia dos manifestantes, e implicitamente isto mostra o medo profundo que esta força tarefa tem . 

      1. Ninguém se deu conta do potencial criminoso do ato.

        As pessoas estão tão preocupadas em verificar de o mandado era legal ou não, que esquecem que a própria ação da Polícia Federal, de acordo com as declarações de Moro e dos Procuradores, tinha um potencial criminoso muito maior do que aprópria ilegalidade ou não do ato jurídico.

        Só e em países extremamente anti-democráticos em situações extremas com decretação de Estado de Sítio que as polícias saem as ruas com armas letais para evitar manifestações, é algo que deve ser deniunciado mundialmente, pois vai arrepiar qualque comandante de polícia do MUNDO.

      1. Estas não são armas não letais empregadas contra multidões.

        Tem outras fotos mais claras e alguns filmes que mostram claramente se tratarem de armas semiautomáticas de 9mm.

    2. O objetivo, no caso, era o

      O objetivo, no caso, era o mesmo dos artigos de Merval Pereira e do Noblat no o globo hoje: atemorizar quem pensa em se manisfestar pela democracia, inclusive já os nomeando como milícia petista, portanto, de acordo com o receituário fascista, sem direito a respeito algum.

      1. Não, o objetivo era criar um clima de confronto armado.

        Vou reproduzir aqui o que coloquei no meu Blog, não sei se o Nassif vai ter coragem de promovê-lo a artigo, pois é extremamente grave.

         

        A Polícia Federal manda um recado incrível e estúpido. Ela quer ação armada!

        Ninguém se deu conta do que representou a ação contra Lula, era uma incitação à quebra da normalidade democrática.

        A Polícia Federal foi prender Lula, conforme juristas mandados de Condução Coercitiva em lato sensu é uma privação temporária da liberdade, ou seja, uma prisão, armada com fuzis semiautomáticos para evitar que manifestantes impedissem a execução do mandado.

        Parece algo simples e usual, porém a pergunta que ninguém faz é o porquê do emprego de armas semiautomáticas de grosso calibre para impedir a interferência de manifestantes?

        Parece simples, se por um acaso houvesse algum grupo numeroso de manifestantes a Polícia Federal teria que impedir estes manifestantes, para impedir manifestações às polícias militares empregam cassetetes, gás de efeito moral, canhões de água ou em casos extremos balas de borracha. Jamais uma manifestação no Brasil após o governo do General Geisel empregou armas letais contra manifestantes.

        Em 1966 presenciei manifestações em que a Brigada Militar, polícia militar do estado do Rio Grande do Sul, foi com fuzis (não automáticos) e calou baionetas contra a multidão, porém depois das épocas mais sinistras dos governos militares, governos Castelo Branco, Costa e Silva e Médici, o uso deste tipo de armamento não era utilizado. Porretes de borracha ou de madeira ou mesmo cargas da cavalaria onde os cavalarianos utilizavam suas espadas batendo de prancha e não de talho (ou seja, de lado e não com a lâmina) eram empregadas.

        Nas mais diversas ações das polícias em todo o mundo em 99% dos casos as polícias agem sem armas letais, porém a Polícia Federal vai a um local com armas de grosso calibre onde poderiam, segundo julgamento das próprias autoridades, haver manifestantes.

        Fica claro aqui a tática que é empregada, os policiais vão com armas letais para, segundo informações dos próprios inspiradores da ação, evitar a interferência de multidões, ou seja, para ferir mortalmente ou matar manifestantes caso estes avancem contra eles!

        Caso ocorresse a ação da Polícia Federal matando ou ferindo gravemente manifestantes desarmados, provavelmente a reação daqueles que são contra as ações dos membros da Lava a Jato, subiria de tom levando estes últimos a pensarem em atitudes nada comuns de defesa de sua integridade no momento de proceder a manifestações.

        Em resumo, a mensagem que a Lava a Jato manda ao Brasil é que eles estão dispostos a causar um verdadeiro confronto armado no país, simplesmente para levar o país ao caos e provocar interferência militar.

        1. Verdade Rdmaestri A nota do Moro deixou claro isso…

          Sim o confronto entre os apoiadores de Lula, e Polícia Federal era evidente e claramente esperado pela Lava Jato, só os coxinhas tolos não acham que a situação é só combate a corrupção. Quando vi a nota do Moro, eu achei um absurso ele colocar mais da metade da nota, senão total, preservar a integridade de Lula, e não digo nada se nessa brincadeira, não ia sobra uma “bala” para o Lula se houve um confronto entre apoiadores e a Polícia Federal.

    3. Observação perfeita. Nassif,

      Observação perfeita. Nassif, suba isso para a capa do blog. O governo deve explicações sobre o uso de fuzis pela PF.

    4. Os desmandos de sexta-feita

      Os desmandos de sexta-feita foram tantos que esse impressionante detalhe quase passava batido. Muito bem observado!

      1. Para mim são atos premeditados!

        Está se procurando o confronto ao nível insurrecional da população. Lembre-se que a maioria dos levantes populares em todo o MUNDO começam a partir de ações da polícia contra manifestantes.

        Tem uma ação bem articulada atrás disto tudo.

  7. A Nota do MPF é um escárnio ao Estado Democrático de Direito

    A Nota do MPF é um escárnio ao Estado Democrático de Direito.

    O mandado de condução coercitiva tem que ser precedido por um mandado de intimação para comparecimento onde conste hora, dia e local para o depoimento. é o que determina o art. 260 do CPP, ao dizer que o mandado de condução coercitiva deve conter os requisitos do art. 352 do mesmo código, que determina que no mandado deve constar entre outros requisitos, o motivo, a data e a hora em que o cidadão será ouvido.

    Os atos processuais são feitos com rigorosa formalidade para impedir o arbítrio, o despacho do juiz Sérgio Moro, concedendo a condução coercitiva se o cidadão se recusar ao “convite”, que seria feito no mesmo instante é uma ofensa a inteligência das pessoas. Não existe intimação para comparecer “agora”. Essa Nota do MPF é um escárnio contra a sociedade, contra as garantias individuais e contra o Estado Democrático de Direito.

    Como se sabe as normas jurídicas são sistematizadas e assim devem ser analisadas e, na lacuna legal do CPP quanto ao prazo de antecedência para as intimações, utiliza-se o CPC, que determina que a intimação para comparecimento para audiência deve ser feita  com antecedência de 24 (no mínimo) da data marcada, o que todos sabem que não ocorreu no caso da “intimação” do cidadão Luiz Inácio Lula da Silva.

    CPC art. 192. “Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas 24 (vinte e quatro) horas.”

    Além do que, a revelação de que esse tipo de condução é uma praxe dentro da operação complica ainda mais os integrantes da Lava Jato e do Juiz Sérgio Moro, pois a nota do referido Juiz, ao explicar a motivação da condução coercitiva, foi de que era para evitar tumulto e preservar o “Lula”, contudo se foram centenas de conduções coercitivas no mesmo molde como diz a nota do MPF, as explicações do Juiz Sergio Moro, colocando o caso do “Lula” como “sui generis” cai por terra e fica, cabalmente demonstrada a forma ditatorial e ilegal como essa operação é conduzida, colocando todos os seus integrantes sob suspeita e sendo obrigatório que todos respondam pelos excessos na forma da lei, pois PROMOTORES, DELEGADOS E JUIZES DA LAVA-JATO NÃO ESTÃO ACIMA DA LEI,  termos que eles adoram utilizar para tentarem justificar seus atos.

    E, nem precisaria estender, mas a tentativa de menosprezar o instituto do habeas corpus, quase querendo dizer que o referido instituto é um impecilho desagradável e desnecessário para o ordenamento legal e que os cidadãos não deveriam ter esse direito. Isso demonstra o quão autoritário os integrantes dessa operação se tornaram, pios o referido instituto foi uma conquista de séculos de luta pelas forças democráticas em todo mundo civilizado.
     

  8. STF

    A semana que começa é que vai nos dar a direção que a Lava Jato tomara daqui para frente, dependendo, é claro, das manifestações do STF, PGR e outros. Alias, o Janot não se pronunciou até hoje? E também como fica a posse não posse do novo ministro da Justiça.

    Preocupam-me duas coisas: o silêncio de Ministros do Supremo tais quais Lewandowisk e Luis Roberto Barroso. Barroso, pelo que entendi, esta acuado. Quanto a Lawandowisk…. Seu mutismo teria algo a ver com a tal reunião com Dilma e Cardozo em Lisboa? Ele quer se mostrar distante do atual governo?

  9. Certamente o Moro e seus

    Certamente o Moro e seus secretários já ouviram contar aquela história da guilhotina, cujo inventor foi o primeiro a batizála. Lembrando Tancredo, excesso de esperteza não faz bem para os espertos!

    Essa longa história que não termina mais da lava jato lembra aquele livro do Machado de Assis, que conta uma historinha de um boticário (atual farmaceútico) que foi prendendo todo mundo até o dia sua própira prisão!!!!

     

    O Ministério Público também não vai escapar das garras dos impolutos do amahã, pode ter certeza que desenvolverão leis camisa de força para os procuradores voltarem para a caserna. 

  10.  
    Muito interessnante tentar

     

    Muito interessnante tentar prender o Lula com base em dosconfiança enquanto um caminhão de provas reais enviados pela Justiça da Suíça passam voando como uma manada de elefante e ninguém finge que vê!!!!!

  11. Acho que uns do principais

    Acho que uns do principais erro do PIG, foi transmitir ao vivo o discurso do Lula.

    Eles, como disse o Janio, não esperavam um Lula altivo, vibrante sarcástico.

    Muito pelo contrário, esperavam um Lula deprimido, cabisbaixo praticamente se rendendo.

    O erro do PIG foi fazer propaganda politica do Lula fora do horário eleitoral. Deixaram o homem falar… agora aguentam.

    E mais, deram condições para o Lula criar o slogan e a logomarca da campanha de 2018, como alguém já disse.

    ” A jararaca voltou”

  12. Muitos estão falando do

    Muitos estão falando do silêncio e do medo de alguns ministro do SFT.

    O que vai fazer o STF tomar decisões, e pender para um lado ou para o outro, será as movimentações das ruas.

    Se a passeata do 13 fizer mais barulho do que vem fazendo os apoiadores do governo, Moro e coxinhas ganham força, caso contrário perdem.

    Vamos ver quem tem mais competência para incendiar às ruas e influenciar as decisões dos ministros.

    Porque agora, no clamor das ruas, o que menos importa e o saber jurídico.

    Vale muito mais a sensibilidade de cada juiz.

  13. Derrotada na tentativa de golpe, a Globo apela para os militares

     Globo apela e agora pede socorro aos militares

    :

    Fonte: http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/219863/Globo-apela-e-agora-pede-socorro-aos-militares.htm

    Assustada com a onda de solidariedade ao ex-presidente Lula, que inflamou sua base de apoio junto aos movimentos sociais, a Globo, que ajudou a implantar uma ditadura militar no Brasil em 1964, agora usa dois de seus colunistas, Merval Pereira e Ricardo Noblat, para espalhar que os militares estão prontos para colocar ordem na casa; “Militares colocaram tropas à disposição para garantir a ordem pública”, disse Merval, que classificou os cidadãos que defendem a democracia como “milícias petistas”; “Os generais estão temerosos com a conjugação das crises política e econômica e com o que possa derivar disso. Cobram insistentemente aos seus interlocutores do meio civil para que encontrem uma saída”, avisa Noblat; Globo tentará repetir 1964?

     

    6 de Março de 2016 às 07:42

     

     

    247 – A Globo, que ajudou a implantar uma ditadura militar no Brasil, e dela se beneficiou amplamente, construindo de mãos dadas com os generais o maior monopólio de comunicação do mundo, volta a flertar com os quartéis.

    Assustada com a onda de solidariedade que se formou em relação ao ex-presidente Lula, composta por juristas, sindicatos, movimentos sociais, entidades estudantis, artistas, intelectuais e, sobretudo, pessoas comuns que ascenderam socialmente durante seus dois governos, a Globo usou dois de seus principais colunistas, Merval Pereira e Ricardo Noblat, para disseminar a tese de que os militares estariam prontos para colocar ordem na casa – assim como em 1964.

    Eis o que escreve Merval Pereira, no artigo “Em busca da saída”, publicado neste domingo:

    “Já há algum tempo, diante do agravamento da crise político-econômica, militares de alta patente estão conversando com lideranças civis de diversos setores da sociedade, e agora consideram que está na hora de o mundo político encontrar saídas constitucionais para o impasse em que estamos metidos, com o Congresso, que é o único caminho para uma solução em moldes democráticos, paralisado diante de sua própria crise”.

    Merval diz ainda que “alguma coisa terá que ser feita, e rápido”. Ele qualifica ainda todos os cidadãos de bem que se manifestam em defesa da democracia como “milícias petistas”. Eis o que escreve o principal porta-voz dos interesses da Globo:

    “As milícias petistas mobilizadas na confrontação física nas ruas podem transformar o país em uma Venezuela, e quanto mais os fatos forem desvelados, mais a resposta violenta será a única saída”.

    O curioso é que ontem as agressões, como no Instituto Lula e na sede do PT em Belo Horizonte, foram perpetradas por milícias antipetistas, que há anos vêm sendo manipuladas pela Globo. Agora, assustada com a reação popular, a Globo, de novo, pede socorro aos militares.

    Leia, aqui, o histórico editorial, com 50 anos de atraso, em que a Globo se desculpa pelo apoio ao regime militar de 1964.

    Leia, ainda, o o artigo de Ricardo Noblat, sobre a suposta entrada dos militares em cena: 

    A crise ganhou um novo componente. E ele veste farda e pilota tanques

    05/03/2016 – 06p1

    Ricardo Noblat

    A condução coercitiva de Lula para depor à procuradores da Lava-Jato não foi o fato que marcou a escalada preocupante da crise política que abala o país e ameaça derrubar o governo.

    A crise ganhou um novo componente. Ele veste farda e tem porte de arma. Sua entrada em cena, ontem, foi o fato mais importante do dia em que o país quase parou, surpreso com o que acontecia em São Paulo.

    Não é comum ver-se um ex-presidente da República, o primeiro operário entre nós a chegar ao poder, ser conduzido por agentes federais na condição de investigado em bilionário escândalo de corrupção.

    Nunca antes na história deste país…

    O episódio serviu para demonstrar a solidez de uma democracia reinaugurada por aqui há apenas 31 anos. A lei deve ser igual para todos. Um ex-presidente não merece tratamento especial.

    O receio de que a ordem pública virasse desordem foi o que assustou os militares, levando-os a se manifestarem por meio dos canais disponíveis para isso. Há muito que eles não procediam assim.

    Um batalhão do Exército, em São Paulo, foi posto de sobreaviso caso os protestos contra e a favor de Lula resultassem em violência, e as polícias militar e civil perdessem o controle da situação.

    Geraldo Alckimin não foi o único governador avisado de que poderia contar com a ajuda do Exército se pedisse ou se a presidente da República a autorizasse.

    Integrantes do Alto Comando do Exército telefonaram para os governadores dos Estados mais sujeitos a conflitos entre militantes políticos e os preveniram para a necessidade de manter a paz social.

    O elenco de autoridades alcançadas pelos telefonemas de generais foi mais amplo. E incluiu ministros de Estado e líderes de partidos, de quase todos os partidos. Os do PT ficaram de fora.

    A tensão entre os generais foi desatada quando militantes políticos se agrediram diante do prédio onde Lula mora em São Bernardo. E atingiu seu pico com o discurso de Rui Falcão, presidente do PT.

    Enquanto Lula era interrogado na delegacia da Polícia Federal no aeroporto de Congonhas, Falcão pregava a ida para as ruas dos adeptos do PT e a realização de manifestações ruidosas.

    Foi um duro discurso, embora pronunciado no tom ameno que caracteriza as falas de Falcão. De imediato, as várias instâncias do partido começaram a se mobilizar em obediência à nova palavra de ordem.

    Até então, a máquina do PT parecia inativa, perplexa. No twitter, por exemplo, os termos mais em uso se referiam à prisão de Lula. Nas horas seguintes, os termos mais populares passaram a ser “golpe” e “ruas”.

    Os generais estão temerosos com a conjugação das crises política e econômica e com o que possa derivar disso. Cobram insistentemente aos seus interlocutores do meio civil para que encontrem uma saída.

    Não sugerem a solução A, B ou C. Respeitada a Constituição, apoiarão qualquer uma – do entendimento em torno de Dilma ao impeachment ou à realização de novas eleições. Mas pedem pressa.

    Por inviável, mas também por convicções democráticas, descartam intenções golpistas. Só não querem se ver convocados a intervir em nome da Garantia da Lei e da Ordem como previsto na Constituição.

     

  14. Segundo a comentarista…

    Segundo a comentarista e jornalista Eliana Lobo Mau, informando, eu acho que de sua casa disse que o ministro Teori estava trabalhando nesse domingo. Sabe o que penso? Essa ação desastrada do Moro o deixou em mal lençóis.

    1- Moro montou o circo em prejudicar o Lula e quem vai sair prejudicado é ele, pois o mesmo foi criticado não somente pela militância, mas também por alguns políticos da oposição como ex-ministros e por vários juristas e principalmente pelo ministro do STF, eu penso que não será mais possível o Moro continuar no caso, algo me diz que o mesmo e o tal Fernando ou quem sabe a equipe toda seja substituída.

    2- Como bem disse Mino Carta que eu tanto admiro sendo certeiro em suas declarações em seu vídeo dizendo: “A atitude jurídica policial com a condução coercitiva ao ex- presidente para um interrogatório juntamente com mulher e filhos é uma mudança de patamar fatal político social. A truculência policial marcou a conspiração golpista acendo o fósforo e ao ouvir ontem o Lula, disse que suas palavras tinham muito valor mostrando-se um homem sereno, decido, convencido de sua lisura e disposto a voltar ao poder trazendo temor a Casa Grande”. https://www.youtube.com/watch?v=rBPOQUMA1tAhttps://youtu.be/rBPOQUMA1tA

    Esse golpe já estava montado, a Globo sabia, o Merdal sabia por que por descuido soltou a língua no jornal das 10h junto com a Renata Frofrete achando que ninguém iria perceber, mas o eu avisei no blog dos amigos Lula ao Edinho Silva e até mesmo aqui no blog do Nassif que havia uma armação e dito e feito ás 7 a PF invade a casa de Lula montando o circo e  confirmando o golpe.

     

  15. XÔ globo

    Xô satanaz ! Ah! os EGRÉGIOS ESTÃO COM MEDINHO ? Quem permitiu que esse louco chegasse ao ponto que chegou, heim sr. janota, o traidor?. Se ocorrer um banho de sangue, os srs. serão os culpados e não os militantes do PT, que já devem estar sendo chamados de terroristas, por quem carrega fuzis nas mãos e LULA, o novo Bin Laden

    Já ia me esquecendo do Teori, outro que está acabando com a justiça em nosso pais.

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