Mendonça diz que governo Bolsonaro e STF têm “maturidade” sobre conflitos

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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"Tenho certeza que há, de todos os lados, maturidade para, à luz dos conflitos, buscarmos o melhor caminho"

Foto: Agência Brasil

O ministro André Mendonça afirmou que há “maturidade” do governo de Jair Bolsonaro e do Supremo Tribunal Federal (STF) para lidar com conflitos.

“Todo debate político traz tensões”, disse, durante uma aula magna na Associação Paulista de Magistrados (Apagamagis), em São Paulo, nesta sexta (20).

O ministro minimizou os ataques constantes de Jair Bolsonaro a ministros do STF e a Corte. Segundo Mendonça, “é natural”.

“É natural que isso aconteça. O que é importante, e eu tenho certeza que há, é de todos os lados maturidade para, à luz dos conflitos, buscarmos o melhor caminho. Eu tenho certeza que é nesse direção que nós vamos caminhar”, continuou.

Nesta semana, Bolsonaro entrou com um processo contra Alexandre de Moraes, acusando-o de abuso de autoridade, nas investigações que colocam em mira o presidente, entre elas o inquérito das Fake News.

Sem chances de o caso prosseguir na Corte, a medida foi um gesto político-eleitoral. No Supremo, o relator Dias Toffoli não acatou ao pedido de Bolsonaro, alegando que um juiz não pode ser réu por “ser juiz”.

Bolsonaro insistiu e pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) que inicie uma investigação contra Moraes. Mesmo alinhado às posturas de Jair Bolsonaro, o procurador Augusto Aras indica não querer alimentar mais conflitos do mandatário com o STF e, até o momento, não respondeu ao pedido.

Na palestra, Mendonça também fez críticas indiretas a ministros do Supremo que dão declarações públicas e críticas. Chamando de “autocontenção”, disse de forma genérica que magistrados devem “evitar buscar tanto holofote, tanta entrevista”.

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Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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