Como o MMA afetou o juizo do Ministro Fux

Sugerido por Lucas C.
 
Do Estadão
 
Fux cita MMA para desqualificar suposta agressão de deputado a mulher
 
Em seu voto no STF, ministro disse que nem mesmo um profissional suportaria espancamento de 40 minutos, como alegava a acusação; processo criminal contra Arthur Lira foi aberto
 
06 de dezembro de 2013 | 16h 39
 
Mariângela Gallucci e Felipe Recondo – O Estado de S. Paulo
 
BRASÍLIA – Em sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) que decidiu na quinta-feira, 5, pela abertura de processo criminal contra o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), acusado de agredir a mulher após a separação do casal, o ministro Luiz Fux, relator do inquérito, recorreu às lutas de MMA ao apresentar seu voto contra a ação. Em sua argumentação, ele desqualificou o depoimento da ex-mulher, dizendo que nem mesmo um profissional da competição das artes marciais mistas, na qual vale quase tudo, suportaria um espancamento de 40 minutos, como alega a acusação.
 
“Não só por experiência pessoal, mas porque tenho um gosto específico por esporte, o ministro Marco Aurélio também sabe que nem num torneiro de Mixed Martial Arts (MMA) se permite que uma pessoa apanhe por 40 minutos. Porque uma surra de 40 minutos é conducente à morte”, explicou Fux, que pratica jiu-jítsu. “Não conheço murro de mão fechada que não deixa marca”, completou adiante, observando que o exame do Instituto Médico-Legal (IML) encontrou apenas lesões na mulher, como hematomas nos braços e nas pernas. Ouça o voto de Luiz Fux.

 
Apesar da discordância de Fux, os ministros do STF concluíram, por 6 votos a 3, que existem indícios suficientes para a instauração de uma ação penal. Entre esses indícios estão um primeiro depoimento da vítima e de uma testemunha relatando as agressões, além do laudo do IML constatando os hematomas.
 
Apenas os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes acompanharam o voto de Fux. Os outros seis ministros presentes ao plenário atenderam ao pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que a denúncia contra o deputado fosse recebida e o processo fosse aberto. Com isso, o parlamentar passou à condição de réu. Em sua sustentação oral, Janot destacou um depoimento segundo o qual a mulher teria inclusive sido arrastada pelos cabelos.
 
Em seu voto, o ministro Marco Aurélio Mello relembrou trechos da acusação e citou estatísticas alarmantes sobre agressões sofridas por mulheres no País. Segundo ele, 1 em cada 5 mulheres já sofreu algum tipo de agressão. “Como o Supremo Tribunal Federal, nesta quadra, pode dizer que não há base, em termos de materialidade, em termos de indício de autoria, para receber-se essa denúncia?”, questionou Marco Aurélio.”Receio muito as consequências dessa ótica prevalecer.”
 
Após ouvir os votos de colegas, o ministro Luis Roberto Barroso, que havia se posicionado contra a abertura do processo, pediu para modificar sua posição. A defesa do deputado sustentou que ele não agrediu a ex-mulher. Segundo a defesa, ela afirmou ter sido agredida durante cerca de 40 minutos, mas apenas teriam sido identificados quatro hematomas nos braços e nas pernas. Além disso, a suposta vítima e a testemunha, empregada doméstica da família, teriam voltado atrás em seus depoimentos.
Luis Nassif

33 Comentários

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  1. Aprovam as agressões, acham que as mulheres merecem apanhar

    Que belo exemplo dão Fux, GM e Toffoli ! E Fux, tentando dimensionar como teriam sido as agressões, induzindo-os a crer que a vítima mentia, quando laudos confirmavam que houveram ?! Não importa se foram 40 min contínuos de ataques físicos ou não; mas eles sempre destacam os aspectos mais irrelevantes para desviar do foco de que a vítima foi agredida moral e fisicamente. Não há o que discutir, há materialidade do delito e denúncia da promotoria e pronto. Nem deviam perder tempo com detalhes sórdidos de como teria sido, nesse momento não. Revelam a postura machista que a mulher sabe porque apanhou . São moralistas travestidos de juízes.

  2. A resposta que Manuela

    A resposta que Manuela D’Avila deu ao dep. Diogo não sei o que, serve para o Fux. Mas, cá entre nós: que pobreza de argumentos! O bom é que vão expondo sua indigência moral intelectual. O ruim é que, apesar disso, são inatingíveis e vão continuar a falar bobagem por muito tempo.

    Aproveitando o “brilhantismo do Fux”, sugiro que os blogueiros sujos lancem uma coletânea das pérolas (ou jaboticabas) do judiciário nesses tempos de vasta exposição das mesmas. Serviria ao mesmo tempo como livros de humor e estudo de casos para diversos profissionais. São tantas e podem se perder no vasto mundo da internet.

  3. O Ministro “SAMBARILOVE” é

    O Ministro “SAMBARILOVE” é dose. Depois de afirmar e declarar em Plenário durante o “justiçamento”  da AP0470, em que o “cabe aos réus comprovar a sua inocência e não à acusação provar que eram culpados”, depois dessa, “esperar” o que desse ministro?. Então, na questão deve ter consultado seu Presidente para saber o que dizer. Mencionar o MMA é a sua conclusão. Esquece que nesse MMA tem lutador que morre em 5″ seg. e no caso em questão, o mesmo deve ter “recebido” orientação de quem entende do assunto. É de inteira PERPLEXIDADE esse Ministro e Corte. 

  4. “Lição pedagógica” do “mensalão”

    Esse é o Judiciário que, muitos acreditaram, após o “mensalão’ não daria trégua para os políticos, então tá, só se esqueceram que a “licção pedagógica” do STF foi dirigira tão somente ao PT.

  5. vergonha! na africa porque
    vergonha! na africa porque nao deixavam os pretos votarem, sabiam quem iria ganhar a eleição. no brasil vejo muitas mulheres chamarem a Presidente Dilma de dilmão, pode até não votarem na Dilma caso achem que ela nao esta fazendo uma boa administração, mas, apelar para preconceito vai ajudar estas pessoas agirem desta maneira. bate em mulher e muito feio, mas um ministro usar essa agurmento é ridiculo, e pura má fé, tem gente morre ao cair de um bicicleta, caminhão passar por cima de um carro não acontecer nada com o motorista.

  6. Pelo amor de Deus, naõ me

    Pelo amor de Deus, naõ me batam por 40 minutos, mas vejamos: está se criticando o ministro pela notícia veiculada. Uma vez que o cara bateu na mulher, nem questiono se foi um ou quarenta minutos. Mas desconhecendo o que está no processo, se esá escrito que o sujeito bateu po quarenta minutos, o que o juiz vai fazer, o laudo pericial é condizente?. Põe que apanhou e pronto, mais que suficiente, o tempo , que pode ser até de 40 minutos, não deve alterar o julgamento, no meu pobre enender.

    Mas livara a cara do indivíduo por causa desse precisismo é extrapolar, não há como negar.

  7. Pelo amor de Deus, naõ me

    Pelo amor de Deus, naõ me batam por 40 minutos, mas vejamos: está se criticando o ministro pela notícia veiculada. Uma vez que o cara bateu na mulher, nem questiono se foi um ou quarenta minutos. Mas desconhecendo o que está no processo, se esá escrito que o sujeito bateu po quarenta minutos, o que o juiz vai fazer, o laudo pericial é condizente?. Põe que apanhou e pronto, mais que suficiente, o tempo , que pode ser até de 40 minutos, não deve alterar o julgamento, no meu pobre enender.

    Mas livara a cara do indivíduo por causa desse precisismo é extrapolar, não há como negar.

    1. O do paraguai e de honduras,

      O do paraguai e de honduras, rsrs. É claro que para o merval pereira é o contrário (ainda mais com a “nova compósição”).

  8. Ah bom… segundo o Fux,

    Ah bom… segundo o Fux, foram “apenas” alguns hematomas nos braços e pernas. Que mal há no fato da mulher apanhar um pouquinho, né? Segundo o Fux, Toffoli e Gilmar, nada demais. E o fato da mulher e a babá terem voltado atrás? Nem questionaram se elas foram ameaçadas, todos sabem que espancadores também ameaçam e suas vítimas têm medo, sim. 40 minutos? Imagina! Todos sabem também que pessoas podem ser torturadas por dias e sairem com poucas escoriações. As afirmações do Fux são tão verdadeiras quanto a negritude dos seus cabelos. Quando há ministros no Supremo(de onde parte todos os exemplos a serem seguidos pelo Judiciário) que acham “normal” espancamento de mulheres, como vamos nos espantar que alguns juízes de primeira instância, delegados, etc também achem normal mulheres levarem pancadas.

    1. Há lá tempo!

      A espancada certamente não ligou um cronômetro para registrar por quanto tempo exatamente foi seviciada. Qualquer um que passa por uma situação aflitiva sabe que um segundo parece durar um século. Menos o min. Fux! Já que ele acode ao MMA para fundamentar sua tese, acudo eu ao MdA para avalizar o que digo.

      “Três meses, três minutos! Eis toda a verdade da vida. Se os pusessem na grelha, como são Lourenço, cinco minutos eram cinco meses. E ainda se fala em tempo! Há lá tempo! O tempo está nas nossas impressões. Há meses para os infelizes e minutos para os venturosos!”

      Machado de Assis, Linha reta e linha curva, in Contos fluminenses

  9. O ministro Fux se supera a

    O ministro Fux se supera a cada dia. Essa comparação, mais que insultosa à vítima, reflete a total falta de senso desse integrante da Suprema Corte.

    Quando menino, nas nossas “peladas”, sempre que um jogador do time se destacava pela ruindade a gente pedia em corro:

    -Fulano, pede para c……e sai!

    Assim, de posse dessas reminiscências, conclamo:

    -Ministro Fux, com todas as vênias possíveis, PEDE PARA C……..E SAI!

  10. Há muitos questionamentos à

    Há muitos questionamentos à Lei Maria da Penha. Mas a lei está vigente, de modo indiscutível. E ela não fala que são necessários quarenta minutos de pancadaria, em uma sessão de MMA, Jiu-Jítsu ou que seja, para que seus ditames estejam configurados. Estranhíssimo o que disse Luiz Fux. O STF está cada vez menos jurídico e mais dado a espalhafatos Eis o que diz a lei:

    TÍTULO II

    “DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER

    CAPÍTULO I

    DISPOSIÇÕES GERAIS

    Art. 5o  Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:

    I – no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;

    II – no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;

    III – em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.

    Parágrafo único.  As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.

    Art. 6o  A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos humanos.

    CAPÍTULO II

    DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR

    CONTRA A MULHER

    Art. 7o  São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:

    I – a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;(…)”

    ___

    Perguntar não ofende (às vezes…): quem nomeou o ministro Fux?

  11. E o Tóffoli, cada dia mais

    E o Tóffoli, cada dia mais mostrando que não vale um tostão furado.

    Gilmar, tudo bem, esse nunca enganou ninguém…

  12. O inacreditável voto de Fux em processo de violência doméstica

    Que tal este trecho do voto de Fux: “Não é possível que um processo criminal que conduza a uma restrição de liberdade de direitos de um acusado tenha como base de uma parte intensamente interessada”. É o mesmo Fux que condenou réus na AP 470 com base no depoimento de Roberto Jefferson. 

    Seria irônico se não fosse trágico. Esta expressão, usada pelo relator Luiz Fux em inquérito envolvendo violência doméstica, bem que serviria para definir a própria argumentação dele no caso. No dia 05/12/2013 o STF julgou o inquérito 3156 que diz respeito a uma suposta agressão de um deputado contra a ex-esposa numa disputa pela guarda do filho. Em sua sustentação, Fux desqualificou o depoimento da vítima com base no gosto dele pelas lutas MMA – Mixed Martial Arts. Segundo o raciocínio de Fux, se um lutador de MMA, preparado fisicamente, mal suporta uma luta de três rounds, logo, a mulher, mais frágil, mentiu ao dizer em depoimento que foi agredida durante 40 minutos. Outro ponto curioso da fala de Fux é ter colocado dúvida um processo criminal em que remanesce como única testemunha a própria vítima, já que a empregada doméstica, que testemunhara a agressão, mudara sua versão. Afirmou Fux: “Não é possível que um processo criminal que conduza a uma restrição de liberdade de direitos de um acusado tenha como base de uma parte intensamente interessada. Este é o primeiro aspecto que eu destacaria.”. Roberto Jefferson e os réus da AP 470, o “mensalão”, que o digam. Ainda segundo Fux, a “materialidade das lesões não foi comprovada”, apesar de o PGR Rodrigo Janot, no oferecimento da denúncia, ter dito que houve exame do laudo de corpo de delito, que constatou hematomas na vítima.

    Os votos dos outros ministros – dos que acolheram a denúncia – colocaram as coisas nos seus devidos lugares. As primeiras palavras de Rosa Weber, como que uma resposta à “teoria MMA” de Fux, foram demolidoras: “Eu estava aqui a me perguntar: qual é o tempo de um tapa?” – questionou a ministra. Depois, Marco Aurélio Mello lembrou bem a recorrência de casos em que a mulher é agredida e depois se arrepende da denúncia – seja por sentimentos ou seja sob coação do agressor – ficando o dito pelo não dito. A lei 11.340, mais conhecida como Lei Maria da Penha, prevendo isto, torna o arrependimento (da denúncia) inócuo, ou seja, uma vez que houve a comprovação da agressão, a denúncia toma luz própria – independente da vontade da pessoa agredida. Marco A. Mello não cita, mas vale lembrar que o próprio presidente da Corte, Joaquim Barbosa, já esteve envolvido num conflito parecido cujo estopim, por coincidência, teria sido uma discussão pela guarda do filho. Tal episódio, que trouxe grande desconforto entre ministros STF quando se discutia a indicação de Barbosa para a Corte, só foi contornado após a ex-mulher do ministro redigir uma carta em que afirmava que a agressão teria sido mútua. Joaquim Barbosa não compareceu à sessão do inquérito 3156 – tendo sido a presidência exercida pelo vice Ricardo Lewandowski.

    http://www.youtube.com/watch?v=wz4AVJxP7tc

     

  13. O Básico e o Acessório

    40 minutos apanhando (pode ter sido uma discussão comprida, intermediada de agressões físicas no meio) não é o mais relevante do caso (durante quantos minutos o Barbosa bateu na sua ex-mulher?), assim como discutir se cabiam mesmo 430 Kg de pasta de cocaína no Helicóptero dos Perrella, ou era um pouco menos.

    Chamar a atenção de números acessórios é uma tentativa de desqualificar o principal. Aliás, já não se fala mais do helicóptero?

    1. Esse negócio do heliPÓptero

      Esse negócio do heliPÓptero tá pegando mal pra caramba pq esse silêncio indica um envolvimento pesado das instituições com o tráfico de drogas internacional… Nem falo nada. Qdo, aqui mesmo no blog, discutimos acerca da tomada do MPF pelo crime organizado, lembramos que uma coisa é estar refém de instituições republicanas corrompidas dentro de limites aceitáveis. Outra coisa é estar refém de bandidos. Todo mundo conhece as regras, ou melhor, A REGRA do tráfico de armas e drogas. CEROL! Tamos indo bem…

  14. NassifEsse é a nossa Suprema

    Nassif

    Essa é a nossa Suprema Truculência Fodona com nossos Minister´s Mixer´s Art´s…..

    Que quadro pintamos heim?

     

  15. Essa da empregada ter voltado

    Essa da empregada ter voltado atrás em seu depoimento, independente se ela valia como testemunha ou não, nada tem a ver com o caso em si. Ninguém se mete numa briga dessa, e diante de um juiz muda de posição por mero acaso.

    Essa história tá parecendo aquela música: “… um tapinha não doi”.

    Todo homem que bate numa mulher, marcando-a, como se faz com o gado, deve ir pro xilindró. Nem que seja por pouco tempo, e pra aprender a respeitar mulher, e deixar de ser covarde. Assim mesmo, ainda acho que não deve ser por muito pouco tempo, afinal muitos deles ficam na prisão remoendo a ideia de sair dela pra dar cabo da vida da infeliz que só apanhou uns tapas anteriormente. 

    Vi aquele abestado do Marcelo Resende dizer uma coisa interessante: “Se a gente fizess durante este programa um levantamento do número de mulheres que assinou B.O. nas delegacias, e a quantidade desse documento policial que cada uma assinou, quem sabe a Justiça não nos ouviria e melhoraria esse quadro triste”.

    Um caso emblemático foi da cabeleireira, que assinou 08, e quando estava pra assinar o 9º foi assassinada, a queima-roupa, no ambiente de trabalho, com nove tiros. 

    A minha diarista levou um tapão danado na cara, do marido, foi à Delegacia, e o delegado disse: “Como a senhora não tem vergonha de vir aqui por uma bobagem dessa; um tapinha”. Vi-a com o olho pigmentado de sangue, isso quase uma semana depois do incidente. Imaginei como ficara na ocasião.

    Acho que somente eses homens, tipo Fux, ou Barbosa, podem achar normal essa nossa realidade. Nunca vi tanta denúncia contra o machismo, e, no entanto, a coisa prossegue como banal, porque delegados, em primeiro lugar, e muitos juízes, em segundo, detestam a Lei Maria da Penha. Eu mesma já ouvi de advogados e desembargador que essa lei é contra os homens. Ou seja, a depender deles, mulher alguma terá paz.

  16. Para o STF, que se fucks o direito

    O STF se fucks em sua mediocridade, mas o pior é que estamos todos nessa…

    A nova jurisprudência total e irrestrita ditada pelo STF: o juíz deve matar no peito e gritar bem alto: “A lei sou eu!!!”

  17. Detalhe é que não se tratava

    Detalhe é que não se tratava do julgamento do mérito, mas apenas da admissibilidade da ação; ou seja, Fux achava que o político nem processado deveria ser.

    É esse o nível das indicações da dupla Lula/Dilma. Tanta gente boa ficou de fora do STF, para poderem escolher “um sergipano, um negro, uma mulher, um lambe-botas…”

    1. Ai  caramba, não acredito que

      Ai  caramba, não acredito que eu vou defender o Fux…

      “Detalhe é que não se tratava do julgamento do mérito, mas apenas da admissibilidade da ação; ou seja, Fux achava que o político nem processado deveria ser.” 

      Eu acho que esse é que é foi o problema, Charlie; não havia qq razão para que não se admitisse para saber o que, de fato, ocorreu. O resto, eu tô achando um pouco de sacanagem… O relator, ouviu e CONSIDEROU as alegações do MPF e da defesa, debateu sua posição com o plenário, esclareceu que não se tratava de acobertar violência doméstica, inclusive, lembrando que tinha mãe, era pai de filha, etc… Enfim, procedeu normalmente, e chegou a uma conclusão. Poderia ter se convencido ou não, como aconteceu. O problema não está na decisão de um magistrado ou no voto, dele. O que a gente reclama aqui, o tempo todo é a falta de fundamentação nos votos e isso NÃO ocorreu, nesse caso. Pode ter contecido tudo… ah o juiz era amigo da advogada; era vizinho do cara; é machista; enfim, qq coisa mas o fato é que, na hora de fechar a conta, o fez com base no que constava do inquérito… perícia, depoimentos, etc… Foi acompanhado por 2 ministros e o resto acompanhou o Ministro Teori. Podemos concordar ou não com a decisão dele mas é assim que funciona e tem que funcionar, desde sempre. O livre convencimento é isso e não aquela zona do não tenho nada mas tô convencido… isso aí é intuição ou perseguição… Considerando TUDO, ele NÃO se convenceu… Só isso.

      Postei sobre isso, ontem e colo aqui, de novo:

      “É que a gente já te de implicância com os ministros do STF mas, a verdade é que ele, Fux, não se convenceu, exatamente, por conta do tempo da surra, do tal de punho fechado que não deixa marcas e hematomas de coloração que indicariam alguma coisa anterior ao dia da briga… O que eu acho que aconteceu é que ele pensou no sentido de desqualificar tudo por conta de eventuais exageros; tipo, ah isso aqui, com certeza, não aconteceu, então deve ser tudo mentira… Imagino que os que o acompanharam seguiram o mesmo raciocínio… De qq forma, não havia qq razão para que não se apurasse melhor, já que o laudo indicava mesmo hematomas nos braços e pernas, como explicou o Ministro Teori. Depois a Ministra Rosa Weber, ainda mandou bem, tentando alertar para a pouca importãncia da duração e perguntando qual o tempo de um tapa…  Ministro Barroso, voltou atrás, e eu não muito bem pq… ele havia entendido que os dois ainda estavam casados e por isso, teria acompanhado o relator mas como a advogada esclareceu que eles estavam separados, acabou acompanhando o Min. Teori…. Mas voltando ao Fux, para mim, ele estava achando que era armação. Ele não estava diminuindo a agressão sofrida, ele não se convenceu que ela ocorreu.” 

      Acho o limite da sacanagem, a mídia sair agora, tentando esculachar os ministros que ela usou para detonar a Corte; a gente já sabia que isso iria acontecer mas não tão rápido e nem tão baixo pq é um tema que afeta, profundamente, a sociedade e, em particular, o universo feminino. Na dúvida, a gente parte em defesa das mulheres pq sabe bem como a banda toca. Mas isso somos nós, o juiz vai ter que ver o que aconteceu para poder decidir. Se não for assim, o judiciário vai ficar refém e a gente tb. Ah mas essa questão me interessa, vai dizer o movimento feminista que não moveu uma palha em defesa das duas mulheres da AP 470 que cumprem pena a troco de nada, pq o senso comum ( que a gente sabe quem produz) indicava que eram culpadas…  Assim a gente gira em círculos e ficamos TODOS sujeitos ao controle midiático e, se nós, sociedade civil organizada, não conseguimos fugir dele, não podemos acusar os ministros de cumprirem cronograma da Globo. Se não for para ser independente, então, não há qq razão para a existência de Poder Judicário. E, como República sem Poder Judiciário, não existe… É bom que fiquemos atentos para não sermos levados nessas ondas que, de longe parecem marolas e qdo chegam perto, ou a gente mergulha ou estoura na cabeça da gente. A mídia vai vir prá cima do STF e, não tem outro jeito, a gente vai ter que escolher um lado. Eu não duvido que o próprio Ministro Barroso, já tenha alterado o voto já vislumbrando as consequências midiáticas da sessão… Isso parece razoável? como bem disse H. Chavez, qdo a gente morrer, a gente descansa da luta. Entre Mídia velha e STF, eu combato ao lado STF. Judiciário é pilar da República, essa mídia velha é entulho de ditadura e como entulho, deve ser descartado.

      1. Christiana, eu concordo

        Christiana, eu concordo contigo. Defender o Fux é brabo. Mas, me parece que, neste caso, ele se baseou muito na retratação da mulher – “O fato já se passara há muito tempo, e ela então aqui acompanhada de advogado, lá em sua comarca de origem, ela disse que a separação foi muito dolorosa, dos filhos, tinha problemas psiquiátricos, e que na verdade o que ela assentava, e ali sob o contraditório, perante juízo, com advogado, o que ela assentara é que houve uma discussão acalourada.” . Se a denunciante se retratou perante um juiz, acompanhada de um advogado, acho que muito pouco se poderia fazer para dar continuidade a ação. Agora falar em luta de sei lá o que, duração da surra etc. faz bem parte da falta de noção deste senhor. No Face do GGN há um apostagem contendo a integra ou parte do voto dele.

  18. E o Joaquim Barbosa, pelo

    E o Joaquim Barbosa, pelo menos teve a decência de não aparecer na sessão e votar num caso de espancamento de mulher. Seria muita cara de pau.

    1. Barbosão meteu o pé pq sabia

      Barbosão meteu o pé pq sabia que se ficasse presidindo ia ser piada pronta…

      Mas… por onde anda a Ministra Camem Lucia, tá em missão oficial? Oxi, tem um tempo que eu não vejo a ministra… será que tá acontecendo alguma coisa???

      Aliás, qdo é Mensalão, ninguém falta, sai  no meio, tá em missão oficial, sente dor nas costas, deixa outro presidindo a sessão… Curioso isso… parece dia de prova, qdo a gente descobre que aquela turma de 20, tem na verdade 80 alunos..

  19. Que vergonha alheia… Na

    Que vergonha alheia… Na próxima sabatina para ministro de STF que o Senado promover, tem que vir a pergunta obrigatória: já visitou o museu do DOPS em São Paulo e se informou sobre o que ocorria? Ou ficou em casa vendo MMA na Globo?

  20. Eu assisti e fiquei com uma

    Eu assisti e fiquei com uma impressão péssima da advogada que defendia o investigado, explico:

    para desmerecer a acusação feita pela ex mulher ela a acusou de outro crime, e a vitima nem estava presente para se defender. 

    Uma advogada, que é representante da OAB – nas questóes de prerrogativas dos advogados… Putz…que coisa horrorosa. As advogadas que se cuidem e chamem outros para defender suas prerrogativas.

    Quanto ao Fux, eu disse que ele daria aulas em post aqui do blog, lembram ?

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