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O Ministério Público de São Paulo sugeriu que o coach Pablo Marçal (PRTB) aceite um acordo em que ele pagaria R$ 273,2 mil para por fim ao processo relacionado a uma expedição ao Pico dos Marins, em que 32 pessoas correram risco de vida para cumprir uma atividade do guru.
De acordo com a denúncia, Marçal é investigado por expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente.
Nos dias 4 e 5 de janeiro de 2022, o coach conduziu um grupo de seguidores em uma escalada ao Pico dos Marins, em Piquete (SP), no interior de São Paulo. A atividade tinha como propósito servir de fazer com que os pagantes acreditassem que, ao conseguir escalar o pico, eles também seriam capazes de superar os desafios da vida.
No entanto, Marçal não tinha qualquer qualificação para conduzir tal atividade, especialmente durante mau tempo. Ao longo do trajeto, o grupo enfrentou chuvas torrenciais, neblina, vento forte e pouca visibilidade.
O coach chegou a ser advertido por um dos guias contratados, sobre os riscos da excursão. Ainda assim, Marçal decidiu prosseguir, e expôs 32 pessoas a rajadas de ventos de 100 km/h e visibilidade de, no máximo, 10 metros.
Um dos seguidores decidiu abandonar o grupo para pedir ajuda. No fim, o guru e seus seguidores tiveram de ser resgatados pelos bombeiros.
De acordo com a denúncia do MP, os membros do grupo estavam “sem nenhum guia, com roupas inapropriadas para a travessia e encharcadas, parcialmente acampados fora da trilha do Pico dos Marins, os quais foram localizados pelos gritos, todos psicologicamente abalados”.
Na época, Marçal refutou a responsabilidade sobre o caso e chegou a publicar, nas redes sociais, que “só os irresponsáveis chegam no topo”.
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