O ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal instaure um inquérito policial para investigar grupos neonazistas, neofascistas e extremistas no Brasil.
No documento, o ministro diz que o noticiário já vem informando a “crescente ocorrência de discursos de ódio e práticas de intolerância por grupos neonazistas, neofascistas e extremistas”.
“De acordo com as referidas produções jornalísticas, há de indícios de comunicação de brasileiros com grupos de outras nações, bem como a utilização da internet para disseminação e articulação de condutas criminosas”, complementa.
O ofício foi assinado por Dino durante a madrugada desta quinta-feira (06) e encaminhado ao diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues.
Crimes práticados pelos grupos extremistas
Ao pedir a investigação, Dino cita que há diversos crimes previstos pelas práticas dos grupos neonazistas, entre eles a de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, estabelecidos na lei 7.716/1989.
Também listou a lei 10.446/2002, que dispõe de crimes de repercussão interestadual e internacional, que utilizam de “rede mundial de computadores que difundam conteúdo misógino, definidos como aqueles que propagam o ódio ou a aversão às mulheres”.
Nas redes sociais, o ministro afirmou que a “proliferação de ódio na sociedade, inclusive por uma internet desregulada e com empresas irresponsáveis”, “incentivos ao armamentismo e à ideologia da morte” e “agrupamentos nazistas e neonazistas” estão entra as causas da “ampliação das tragédias” que estão ocorrendo no país.
Episódios violentos
Nesta quarta-feira (05), um homem de 25 anos invadiu uma creche em Blumenau e matou 4 crianças com uma machadinha. Na semana passada, uma professora foi morta por facadas em uma escola em São Paulo.
Nesta semana, o governo intensificou estratégias para impedir o avanço de violências nas escolas. Em encontro com Flávio Dino, entidades estudantis entregaram formalizaram o documetno “Paz nas Escolas”, que busca saídas para os ataques.
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