Patrocinadores de evento nos EUA bancaram Moro e Barroso, enquanto Dodge levou marido e recebeu da União

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil
 
 
Jornal GGN – Raquel Dodge viajou às custas da União para participar de um simpósio nos Estados Unidos, onde também estiveram Sergio Moro e Luís Roberto Barroso. A procuradora-geral da República recebeu do Ministério Público o valor das passagens e mais um total de R$ 11,2 mil por 7 diárias. No evento em Harvard, ela palestrou por uma hora. Já Moro e Barroso foram custeados por “patrocinadores”. 
 
A reportagem de Severino Motta, no BuzzFeed, não especificou o valor das despesas de Moro e Barroso, mas relatou que Dodge levou o marido na viagem. Para justificar a decisão, a Procuradoria informou que “por questões de segurança”, Dodge não pode viajar sozinha e achou que sairia mais barato levar o marido no lugar de um assessor.
 
Como acompanhante de Dodge, o marido Bradley Dodge não recebeu diárias, apenas as passagens, que foram reembolsadas pela procuradora-geral, no valor de R$ 5,2 mil. Qualquer assessor do MPF teria direito às diárias.
 
O Buzzfeed também revelou que Moro e Barroso não foram bancados pela União, mas pela Associação dos Juízes Federal do Rio de Janeiro e Espírito Santo, que custeou as despesas do juiz e do ministo com “recursos do próprio simpósio, captado por meio de patrocínios e apoiadores”.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

22 Comentários

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  1. Se Moro e Barroso não fossem custeados pelo evento

    Eles pagariam suas passagens com o dinheiro do auxílio moradia, já que eles têm várias casas próprias, inclusive em Miami.

  2. Dinheiro mal gasto….qual a

    Dinheiro mal gasto….qual a relevância desses eventos para a administração publica? Nenhuma…..

     

    Deveriam entrar com uma ação civil publica pedindo o ressarcimento dessa quantia, em um momento em que o governo joga aposentados por invalidez e pessoas que estão no seguro por acidente de trabalho na rua para economizar, e se propoe adiar o reajuste do funcionalismo por falta de recursos, gastar com esse tipo de viagem é afronta ao bom senso……..

  3. Um doce para quem adivinhar

    Um doce para quem adivinhar as razões para o “juíz” Moro e seu colega Barroso serem patrocinados por empresários que a mídia brasileira fez questão de “esquecer” quem foram.

     

  4. decarregando o peso mor(t)o?

    Nas “corruptas” empresas privadas quando o funcionário se ausenta por motivos particulares os dias são descontados!!!!

    Os incorruptíveis magistrados no convescote Harvard de estudantes tupiniquins estão acima da carne seca?

  5. Na Matemática da PGR

    Nassif: somos um povo de sorte. Já imaginou essa dona falando por 2 ou 3 horas? É que na matetrmática financeira da PGR o cálculo é potencializado. Se 1 hora dão sete diárias, 2, são 7 elevada a 7. Se 3, teremos 49 elevado a 7. E assim suscessivamente. Nem vou dizer de quatro horas. O número seria astronômico. E aida são favoráveis a reforma trabalhista e da seguridade social. Dizem que cada um tem a PGR que merece. Temos essa.

  6. Lula não pode

    Vamos ver se eu entendi o Barroso e o Moro vão dar palestras pags por empresas que amanhã por algum motivo podem ser julgadas por eles, enquanro o Lula depois de sair da Presidência tem suas palestras e valores pagos questionados, é isso mesmo? 

    Uma outra pergunta qual o valor recebido pelo moro, barroso e a pgr? É algo sigiloso? Eles declaram esse valor ao IR? Eles não ão obrigaos a informar não só os valores mais quem foram os patriocinadores?

    Outra pergunta ninguém acha que tem algo de muito errado nessa relação promiscua?

  7. Quanto mais tentam explicar, mais se lambuzam de m#$@%

    Essa turma da ORCRIM lavajateira não tem nada de ‘sutileza’ ou ‘sofisticação’, como muitos ainda insistem em considerar. Se não podemos (e não devemos) JAMAIS subestimar as capacidades dois inimigos, também não devemos sobrestimá-la. O golpe de Esado, seus comandantes e atores coadjuvantes e contratados são hoje muito bem conhecidos.

    Os golpistas estão cheios de poder porque controlam TODO o aparato estatal inclusive e sobretudo o de repressão. O sistema judicário braileiro foi ‘comprado’ e cooptado pelo alto comando internacional do  golpe, que fica nos EEUU. A banca financeira internacional, setor bélico, petrolífero e empresarial dos EUA e outros países capitalistas centrais, além das agências e departamentos de investigação e espionagem dos EUA constituem esse alto comando. As FFAA brasileiras, por omissão, cumplicidade, conivência ou participação direta, fazem parte da trama golpista, assim como as oligarquias brasileiras (em especial as das finanças, do agronegócio, da velha política e do empresariado vira-lata ou de sucursais de multinacionais estrangeiras).

    As oligarquias da política são atores secundários e devem ser engolidas pelas ORCRIMs midiáticas e judiciárias. Os principais inimigos internos do Brasil são hoje o sistema judiciário e  as FFAA, as oligarquias financeira e do agronegócio e a oligarquia da velha política. 

    1. É vero, os Golpistas controlam o aparato de repressão

      https://www.google.com/search?q=manifesta%C3%A7%C3%B5es+rossi+agress%C3%A3o&safe=active&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjDntjo39faAhUDUJAKHfdTBxYQ_AUICygC&biw=1600&bih=766#imgrc=0de6AkGIY8VImM:

      https://www.google.com/search?q=manifesta%C3%A7%C3%B5es+rossi+agress%C3%A3o&safe=active&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjDntjo39faAhUDUJAKHfdTBxYQ_AUICygC&biw=1600&bih=766#imgrc=v98f4xnzr_0XMM:

      Os Golpistas controlam o aparato de repressão somente porque os Oprimidos não se unem nem se organizam a fim de se auto-defenderem das agressões de qwue são vítimas seculares.

       

      “Do rio que tudo arrasta se diz que é violento

      mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem”.

      Brecht neles!

  8. “Como acompanhante de Dodge,

    “Como acompanhante de Dodge, o marido Bradley Dodge não recebeu diárias, apenas as passagens, que foram reembolsadas pela procuradora-geral, no valor de R$ 5,2 mil.”

    Que beleza!

    A procuradora-mor usa servidores públicos para fazer o serviço particular de reserva e compra de passagens para o “procurador-consorte” e, depois, é só ressarcir aos cofres públicos que fica tudo bem?

    Coisa esquisita, a parquet diz que levou sua cara metade porque, por motivo de segurança, ela não pode viajar sozinha. Nesse caso, não seria mais adequado ir com um agente da PF? Será Mr. Dodge adepto de lutas marciais ou bom de tiro?

    Outra coisa! O que fez o feliz casal nas horas vagas? Uma hora de palestra e sete diárias??? A conta não bate.

    PS. Mr. e Ms. Dodge devem ter se sentido em casa com esses nomes. Perfeito em época de “cooperação” USA/Brazil. Brazil com “Z” mesmo.

  9. A procuradora pobre
     

    Se barroso receberia no Brasil dos cofres do Tribunal de Contas , mais de 40 mil reais por uma hora de palestra, Dodge, nos states deveria receber muito mais, afinal, “estaria nos representando”. Isso só vem provar o desprestígio da respeitável em relação ao seu parceiro no cenário da justiça.

    Comparativamente ela foi mais ética.

  10. Prezados camaradas
    1 –

    Prezados camaradas

    1 – “corrupssão” no dos outros é refresco

    2 – 11 contos por 7 diárias (R$ 1600,00/dia). Quantas famílias DIGNAS é possivel sustentar POR MÊS o que estes canalhas recebem por diária

    3 – O evento (“simpósio” onde aprendem a baixar as calças para seus patrões) deve ter sido na faixa (isto é, os “patrocinadores” – ou investidores? ou compradores, já que estes sujeitos e sujeitas vivem se vendendo) deve ter sido uma boca livre (estadia e despesas pagas, inclusive um rango caprichado). Então, embolsaram dinheiro grátis

    4 – Se havia patrocinadores, a madame de cara rebocada fez uma viagem oficial para receber diárias?

    É impressionante a dissolução ética, a amoralidade, a cara de pau e a senvergonhice da casta dominante.

    Estão bulindo com fogo, a Revolução Francesa começou assim (com o descaso para com a população) e a aristocracia acabou com a cabeça espetada numa lança 

  11. Não se olvide que o evento

    Não se olvide que o evento foi idealizado, patricionado e promovido por um grupo de estudantes da Universidade de Havard e do qual a filha do Ministro Barroso é dirigente. 

    A se saber:

    https://www.diariodocentrodomundo.com.br/as-questoes-a-ser-esclarecidas-sobre-o-evento-com-moro-e-barroso-em-harvard-por-donato/
     

    As questões a ser esclarecidas sobre o evento com Moro e Barroso “em Harvard”. Por Donato

     “Em Harvard”

    “Em Harvard, Moro diz que lei e democracia estão sendo fortalecidas”, estava no G1 da Globo; “Em Harvard, Moro cita O Poderoso Chefão”, na manchete do Uol, e foi esse o diapasão na grande mídia a respeito do evento desta última segunda-feira.

    Bem, esse ‘em Harvard’ confere um peso, uma importância, uma aura de sublimação que a coisa não teve.

    O simpósio ‘Harvard Law Brazilian Association Legal’ foi organizado e realizado por um centro acadêmico formado por alunos e ex-alunos brasileiros da Escola de Direito de Harvard. Ou seja, não foi exatamente a Harvard Law School.

    Guardadas as proporções, é como se umas tantas palestras tivessem ocorrido no Centro Acadêmico XI de Agosto e a grande mídia noticiasse como sendo um congresso da USP. Calma lá.

    Entre os palestrantes, o onipresente Sergio Moro, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o ministro do STF, Luís Roberto Barroso e também o Marcelo Bretas que palestrou no painel “Luta contra a corrupção”.

    Bretas, para quem não se lembra, é o juiz que acumula o auxílio-moradia com o de sua mulher (o que é ilegal) e que tem patrimônio de mais de R$ 6 milhões em imóveis.

    Aqueles que estiveram acompanhando mais de perto também tomaram conhecimento de que o tal simpósio era um ‘evento anual’ da Escola de Direito da Universidade de Harvard, transparecendo algo tradicional. Também não é isso.

    Foi suprimida da maioria das reportagens que esta era a primeira edição do evento. E que, coincidentemente (ou não), Luna Barroso, filha de Luís Roberto Barroso, está estudando em Harvard há pouco tempo.

    Ela faz pós-graduação em Direito na universidade americana desde agosto do ano passado. E seu pai foi palestrante.

    Um curso desses em Harvard tem um custo anual de aproximadamente US$ 45.000, mais US$ 3.959 em taxas e cerca de US$ 800 a US$ 1.200 em livros. Sem moradia nem alimentação. Entre os patrocinadores do simpósio, a FIESP e a Firjan.

    A quem interessa tudo isso? Por que magistrados ausentaram-se do país para palestrar para brasileiros fora do Brasil? O que há de objetivo nisso?

    Aparecer na mídia internacional e prestar contas ao mundo, mostrar que aquela ‘Liga da Justiça’ está pronta para aniquilar o Coringa, o Pinguim e o Charada?

    Há alguns dias as emissoras repetiram à exaustão uma entrevista de Moro para um sitezinho chinês como se fosse a coisa mais importante do mundo naquele momento.

    Mais pareceu que o intuito era mostrar que o juiz fala inglês. Complexo de vira-lata é pouco.

    Em inglês também ele falou (há controvérsias quanto ao idioma, mas vamos em frente) o seguinte, no simpósio para brasileiros:

    “Na primeira cena de ‘O Poderoso Chefão’, Don Corleone recebe um homem, Bonasera, que pede ajuda do poderoso chefão porque sua filha apanhou do namorado e de um amigo. Bonasera foi lá pedir ajuda do poderoso chefão para que ele mandasse homens para bater nos dois. Depois de algum drama, o poderoso chefão concorda em ajudar, sem matar os homens como Bonasera queria, mas mandando pessoas baterem neles. Bonasera pergunta no fim da cena o que Don Corleone quer em troca, e o Poderoso Chefão dá uma resposta bem interessante. Ele disse: ‘Não quero nada agora, mas um dia, talvez um dia, eu vá te pedir algo e então precisarei que você retorne o favor’”.

    Como a citação restou enigmática, Moro explicou o que estava querendo dizer com aquilo: “(Serve para mostrar que) nos esquemas de corrupção sistêmica, não necessariamente você vai encontrar uma troca específica, o ‘isso por aquilo’”.

    Na mesma hora em que o juiz falava em outro continente, o MTST ocupava o tríplex do Guarujá com a finalidade de que a ‘troca específica’ precisa ser provada no mundo jurídico, fora dos cinemas e da máfia.

    Qual o intuito desse tipo de ‘simpósio’? O que foi dito ali de esclarecedor?

    Nada.

    Em agosto de 2016, mais uma vez nos EUA, em Washington (quem paga todas essas viagens?), Sergio Moro respondeu em uma palestra o porquê de não agir com o PSDB com a mesma volúpia que apresenta para com petistas.

    Na ocasião, o juiz disse que não julgava casos relacionados ao PSDB porque investigações sobre o partido não chegavam a ele. Bom, aí ele disse uma verdade. Mas precisa ir até os Estados Unidos para isso?

     

     

  12. Bem…

    Bem…quero toda a prestação de contas,notas fiscais dessas viagens.patrocinadores e finalidades dessa participação,de preferência numa apresentação em power point.kkkk

  13. As perguntas

    1. Segundo o critério do Moro aplicado a terceiros, isso não seria propina, disfarçada de patrocínio?

    2. Patrocínios ou coisa dessa natureza são vedados pela Lei?

    3. Dodge, Barroso e Moro receberam diárias também?

    4. Dodge, Barroso e Moro receberam proventos, ainda que ausentes de suas funções?

    5.  Qual a razão de irem sempre ao mesmo país?

    6. Dodge, Barroso e Moro quantos dias no ano se afastam para as tais palestras?

    7. Dodge, Barroso e Moro ausentam-se de suas funções mais que outros ocupantes dos mesmos cargos (comparar com atuais      e passados)?

    8. E finalmente, Dodge, Barroso e Moro não tem trabalho não? 

     

    1. Não há nada de errado nesse comportamento das Excelências

      Como disse Elio Gaspari no artigo de título ‘A impaciência imperial de Aécio’,

      “A pista de Cláudio incomoda, mas deriva de uma visão patrimonialista do poder”.

      https://oglobo.globo.com/opiniao/a-impaciencia-imperial-de-aecio-13424050

      A Dodge, o Moro, o Barroso e todos esses Barnabés não se beneficiam de propinas, pois eles tem uma visão patrimonialista do poder. Simples assim.

      Portanto, às favas com os escrúpulos, né, Elio?

      Por falar nisso, como ficou a questão do Aecioporto?

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