STF investiga outdoor que teria sido financiado por Diogo Castor, no inquérito das Fake News

O processo apura um outdoor em homenagem aos cinco procuradores da Lava Jato instalado em uma via de acesso ao aeroporto de Curitiba

Outdoor da Lava Jato em Curitiba – Foto: Reprodução

Jornal GGN – A Lava Jato está sendo investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito sobre as Fake News envolvendo autoridades. Entre as diversas informações e questionamentos, o processo, que tramita em sigilo da Justiça e que vinha se aproximando de membros da força-tarefa de Curitiba, apura um outdoor em homenagem aos cinco procuradores da Lava Jato instalado em uma via de acesso ao aeroporto Afonso Pena, em Curitiba, Paraná.

A publicidade incluía o procurador Deltan Dallagnol, que é o coordenador da Lava Jato em Curitiba, o procurador Diogo Castor de Mattos, Carlos Fernando dos Santos Lima, e os demais integrantes da força-tarefa do Paraná. Abaixo da foto, a frase: “Bem-vindo à República de Curitiba, terra da Lava Jato, a investigação que mudou o país”.

Não se tratando de um banner financiado por algum fanático da Lava Jato, o cartaz teria sido pagado pelo próprio procurador Diogo Castor. Foi o que revelaram as mensagens obtidas pelo The Intercept Brasil. Em uma das trocas de mensagens, Castor teria admitido a integrantes da Lava Jato que pagou a publicidade e, após este episódio, ele abandonou a força-tarefa, alegando problemas de saúde.

O caso se aprofunda quando documentos obtidos na investigação apontam que a peça teria sido encomendada por João Carlos Queiroz Barbosa, músico que diz não ter relação com a Lava Jato e que nega ter pago pelo banner. Castor se afastou da força-tarefa no dia 5 de abril, três dias após a Outdoormídia ter sido procurada pela PF, solicitando informações.

A empresa que instalou o outdoor informou que a pessoa que contratou a peça usou os dados de Barbosa. Caso confirmado, trata-se de falsidade ideológica, e que está sendo apurado no inquérito da Lava Jato. A Outdoormídia informa que concedeu as informações solicitadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e que a pessoa que contratou em nome de João Carlos Barbosa pagou R$ 4.100 pela propaganda, via boleto bancário.

De acordo com reportagem do Uol, Diogo Castor foi contatado e não quis se pronunciar. “A empresa recebeu um pedido. Foram solicitados dados do contratante, a imagem que seria exibida e a confirmação do pagamento. Tudo foi feito. Não imaginávamos que alguém pudesse usar dados de uma outra pessoa.”, disse a empresa ao Uol.

 

Redação

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