Últimas testemunhas, parlamentares são ouvidos em ação da Lava Jato contra Palocci

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
[email protected]

 
Jornal GGN – Em depoimento prestado ao juiz Sérgio Moro por videoconferência, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e os deputados federais Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Paulo Pimenta (PT-RS) negaram as suspeitas da Lava Jato contra o ex-ministro Antonio Palocci, de ter obtido propina para atuar em favor da Odebrecht, entre 2006 e 2013.
 
Questionados pelo advogado de Palocci, Alessandro Silvério, os parlamentares afirmaram não ter conhecimento de que atuou para beneficiar qualquer empresa ou o Grupo Odebrecht o ex-ministro da Casa Civil, durante o governo de Dilma Rousseff, e da Fazenda, durante o governo de Lula.
 
Palocci foi alvo da 35ª fase da Operação Lava Jato e está preso desde o dia 26 de setembro, acusado de crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Conforme já divulgou o GGN, a estratégia dos investigadores é condenar o ex-ministro como ponte para a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
 
“Eu não me lembro de nenhuma iniciativa por parte dele como ministro para tratar de assunto legislativo porque, normalmente, cabe a coordenação política de governo e à Casa Civil. Quando há algum tema, digamos, de destaque onde o líder do governo, eventualmente, tem que encaminhar a posição do próprio governo, só nessas situações, você eventualmente fala com ministro da Fazenda ou de outra pasta, que são assuntos específicos”, disse Chinaglia.
 
https://www.youtube.com/watch?v=h12uFtDdsm8]
 
Já o deputado Paulo Pimenta afirmou que “jamais” teve conhecimento da suposição de Antonio Palocci atuar, enquanto ministro, na defesa de interesses de empresas, seja a Odebrecht ou a Braskem.
 
https://www.youtube.com/watch?v=fOy1FF5Qcls
 
Em seu depoimento, o senador Lindbergh Farias ressaltou, ainda, que Palocci era um dos ministros mais respeitados no governo Lula e disse nunca ter ouvido falar sobre as acusações de que o investigado teria atuado em favor de empresas ou, sequer, em financiamento de campanhas eleitorais. Também afirmou que Palocci nunca lhe pediu emendas parlamentares para beneficiar empresas.
 
[video:https://www.youtube.com/watch?v=cb2JcHFPAtc
 
Os parlamentares foram as últimas testemunhas de defesa do ex-ministro, em um dos processos da Lava Jato. Após a audiência, ainda nesta sexta-feira (31), Sérgio Moro inicia a fase de interrogatório dos réus do processo, seguindo até o dia 19 de abril, quando já está agendadas as audiências com Palocci e seu ex-assessor, também réu neste processo, Branislav Kontic. 
 
Imediatamente após os interrogatórios, os investigadores e a defesa apresentam suas alegações finais, que são levadas à Sérgio Moro para proferir a sentença final.
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

2 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Cadê a prova para prender ?

    Qual é a prova que existe contra Palocci ?

    Contra Serra sei que existe uma conta de US$ 23 milhões na Suíca. Contra Aécio existe aquela conta em  Liechtenstein.

    Ambos estão soltos e Palocci preso há 6 meses…

    Qual a prova contra Palocci ?

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador