O direito à alimentação está sendo “amplamente ameaçado pela mudança climática”, disse o alto comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos, Volker Turk.
Ele destacou o papel dos tribunais que atuam em litígios climáticos para que estes façam com que empresas e governos respondam por seus atos, maneira de, pelo Judiciário, obrigar que Estados e iniciativa privada se responsabilizem.
A fala ocorreu na sessão do Conselho de Direitos Humanos, nesta segunda-feira (3), onde Turk enfatizou que os eventos climáticos extremos estão “destruindo plantações, rebanhos, pesca e ecossistemas inteiros”.
Tal ordem de eventos tornou-se particularmente dramática por outro fator. Mais de 828 milhões de pessoas passaram fome em 2021. Ocorre que a crise climática deve lançar outros 80 milhões ao risco da fome até 2050.
As Nações Unidas, conta Turk, perceberam que os impactos são mais sentidos por pequenos agricultores na África Subsaariana, na Ásia e na América Latina. Os impactos, garante Turk, irão se espalhar e “nenhum país será poupado”.
Há como limitar
O secretário-geral da ONU, António Guterres, lembrou que a ciência afirma ainda ser possível limitar o aumento da temperatura global a 1,5C°. No entanto, é necessário agir imediatamente. Turk, por isso, apelou ao futuro das crianças.
Ele ainda pediu que a próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, COP 28, seja o “ponto de virada que o mundo tanto precisa”.
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