Sugerido por Sérgio T.
Do Autossustentável
Boliviana constrói casas de garrafas PET para famílias carentes em 20 dias
A cada dia descobrimos uma nova utilidade para os resíduos que produzimos. Prova disso é o reuso da garrafas. São inúmeras coisas que podemos fazer através da reciclagem deste produto. A artesã boliviana Ingrid Vaca Diez desenvolveu uma técnica para construir casas com as garrafas. Algo improvável, que pode ser a solução para a moradia de famílias de baixa renda.
Casas de Botellas é o nome da iniciativa criada pela boliviana Ingrid Vaca Diez. Envolvida com trabalho voluntário desde pequena e apaixonada por artesanato, a advogada de Santa Cruz de La Sierra teve a ideia de construir casas de garrafas PET para famílias em situação de extrema pobreza após uma briga com o marido, que não aguentava mais a quantidade de ‘entulho’ que Ingrid guardava em casa para trabalhos manuais. “Dá para construir uma casa com esse monte de PET”, reclamou o parceiro em tom de ironia – o que bastou para acender uma luz na cabeça da boliviana.
Para construir uma “Casas de Botellas” (casas de garrafas) é necessário, garrafas PET, garrafas de vidro, cimento, cal, areia, cola, sedimentos, resíduos orgânicos, aros e glicose. A primeira casa edificada por Ingrid teve 170m² e nela foram utilizadas 36 mil garrafas plásticas de dois litros.
As garrafas, recheadas de resíduos e sedimentos diversos formam as paredes, que após amarradas, são fixadas com cal e cimento. Como a casa criada por Ingrid se tornou um projeto social, os outros materiais necessários para o acabamento, inclusive os móveis, são doados por empresas ou instituições regionais.
14 anos depois de começar o projeto, a boliviana já tem no currículo mais de 300 moradias construídas para famílias em situação de extrema pobreza – não só na Bolívia, mas em outros países da América Latina, como Argentina, México, Panamá e Uruguai.
Ingrid garante que é possível construir uma casa em 20 dias, com a ajuda de cerca de 10 voluntários – contando os futuros moradores, que ela faz questão de que participem do processo para dar mais valor à moradia. O problema é que falta matéria-prima e mão de obra disposta a trabalhar “apenas” para ajudar o próximo.
Construir no Brasil está nos planos da boliviana, que está bem animada. Para ela, o povo brasileiro é mais receptivo ao trabalho voluntário e também tem a cultura da reciclagem mais sedimentada, em relação aos outros países da América Latina, o que facilita a coleta das garrafas PET. Com tanto entusiasmo, certamente a advogada vai conquistar o coração de muita gente boa por aqui. Vem logo, Ingrid!
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que ideia genial! adorei.
que ideia genial! adorei.
Mulheres inteligentes são
Mulheres inteligentes são perigossísimas!!! Adoro cada uma delas…
Se a grande maioria que fica
Se a grande maioria que fica só reclamando, colocasse a mão na massa, o mundo poderia melhorar e muito. Excelente idéia !
A casa na últma foto ficou
A casa na últma foto ficou mais jeitosa,caprichada. Pelo que pude depreender das fotos o processo é bem mais complicado do que a construção com tijolos por exemplo ,que são o que as garrafas devem substituir. Só parece valer a pena nos casos em que há absoluta impossibilidade de acesso a tijolos ou semelhantes.
No Brasil já se faz casa com garrafas pet
Não sei se copiaram a tecnologia de Ingrid Vaca Diez, mas o certo é que por aqui já se usam tais garrafas para fazer casas.
Por exemplo, ver em
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1249458-5598,00-PASTOR+CONSTROI+IGREJA+COM+MIL+GARRAFAS+PET+EM+SC.html