Os quatro anos de governo Jair Bolsonaro (PL) foram responsáveis por um aumento de 59,5% da taxa de desmatamento da Amazônia em relação ao visto nos governos Dilma e Temer, chegando assim à maior alta percentual desde 1988, quando começaram as medições por satélite.
Dados divulgados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) apontam uma estimativa de 11.568 km2 devastados apenas no ano de 2022, área equivalente à da Jamaica.
Embora o índice tenha sido 11% menor em relação ao visto em 2012, há 13 anos não era registrada uma taxa tão alta nos nove Estados da Amazônia Legal. A média anual sob Bolsonaro foi de 11.396 km2, contra 7.145 km2 no período anterior (2015-2018).
Confira abaixo uma tabela comparativa dos índices de desmatamento ao longo dos últimos anos:
*Sob Collor não há base de comparação, já que a série histórica começa em 1988.
**Para Itamar, Dilma 2 e Temer são considerados dois anos de mandato em comparação com os dois anos anteriores.
***O dado referente a 2022 é uma estimativa do Inpe, a ser consolidado no primeiro semestre de 2023.
Segundo o Observatório do Clima, os dados de 2022 revelam uma explosão do desmatamento no Amazonas, o único a ter aumento no corte raso neste ano – ao todo, foram derrubados 2.607 km2, um incremento de 13% em relação a 2021. O Pará, mesmo com a redução de 21%, ainda lidera o ranking, com 4.141 km2 desmatados em 2022.
“O regime Bolsonaro foi uma máquina de destruir florestas. Pegou o país com uma taxa de 7.500 km2 de desmatamento na Amazônia e o está entregando com 11.500 km2. A única boa notícia do governo atual é o seu fim”, afirma Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima.
Os dados do Inpe estão prontos desde o dia 03 de novembro, mas o governo optou por escondê-los até o encerramento da COP27, a conferência do clima de Sharm El-Sheikh, no Egito.
Este é o segundo ano consecutivo em que o ministro do Meio Ambiente vai à conferência do clima com os dados e deixa para divulgá-los depois.
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