Garimpo em terra indígena salta 1217% em 35 anos

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Quase a totalidade da exploração ilegal está concentrada nos territórios Kayapó, Munduruku e Yanomami, segundo estudo

Lideranças Yanomami e Ye’kuana se manifestam contra garimpo em suas terras, em novembro de 2019, na Terra Indígena Yanomami. | Foto: Victor Moriyama/ISA

A mineração ilegal em território indígena saltou 1217% em um período de 35 anos passando, passando de 7,45 quilômetros quadrados (km2) ocupados em 1985 para 102,16 km2 em 2020.

Os resultados são de estudo publicado na revista Remote Sensing, e elaborado por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Universidade do Sul do Alabama, dos Estados Unidos

Quase a totalidade (95%) dessas áreas de garimpo ilegal está concentrada em três terras indígenas: Kayapó, seguida pela Munduruku e a Yanomami.

Ao mesmo tempo, grande parte do garimpo ilegal dentro das terras indígenas na Amazônia Legal está relacionada à mineração de ouro (99,5%) e apenas 0,5% à mineração de estanho.

De acordo com o estudo, a atividade mais intensa está na terra indígena Kayapó, onde a estimativa da ocupação da área por garimpeiros em 2020 – de 77,1 km2 – foi quase 1.000% superior à encontrada em 1985, de 7,2 km2.

Na terra indígena Munduruku a atividade mineradora disparou a partir de 2016, passando de 4,6 km2 para 15,6 km2 em apenas cinco anos. O mesmo padrão foi encontrado na terra indígena Yanomami, onde o garimpo ilegal ocupava 0,1 km2 em 2016 e avançou para 4,2 km2 em 2020.

Com informações da Agência Fapesp

Saiba Mais

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador