Papa quer que ‘pecado ecológico’ entre na pauta da doutrina oficial da Igreja

Antes do ‘pecado ecológico’ a única vez em que o Papa alterou o Catecismo foi para incluir a pena de morte como inadmissível em todas as circunstâncias.

Jornal GGN – O Papa Francisco pretende incluir o ‘pecado ecológico’ na doutrina oficial da Igreja. A decisão vem depois do Sínodo da Amazônia. Em encontro com advogados, o Papa declarou que pretende inserir novo conceito no Catecismo, em proposta que surgiu no evento de outubro.

A notícia foi dada pelo G1, em matéria de Felipe Domingues, nesta quinta-feira.

O Sínodo terminou há quase duas semanas e o tema foi Amazônia, nele foi aventada a questão do ‘pecado ecológico’ como parte da doutrina da Igreja. A intenção de incluir tal pecado no Catecismo, que é o livro que resume o pensamento da Igreja, principalmente em questões de fé e moral, faz com que a ideia deixe de ser a visão pessoal do Pape e passe a ser oficialmente ensinada pela Igreja.

Antes do ‘pecado ecológico’ a única vez em que o Papa alterou o Catecismo foi para incluir a pena de morte como inadmissível em todas as circunstâncias. E, embora o Papa Francisco já tivesse mencionado ‘conversão ecológica’ em sua encíclica ‘Laudato Si’, de 2015, o conceito de ‘pecado ecológico’ partiu durante discussões no Sínodo da Amazônia.

Ali foi proposto por bispos, missionários e especialistas em Amazônia, que o desrespeito à natureza seja visto como uma nova forma de pecado, por representar um ‘desrespeito ao Criador’, ou seja, Deus, e à sua obra, que são o planeta Terra e todos os seres.

Sínodo propõe resoluções que são repassadas ao Papa. E cabe a ele decidir o que fazer a partir daí. Enquanto o Sínodo acontecia, o Papa criticou duramente as queimadas na Amazônia. E, agora, durante o encontro com a Associação Internacional de Direito Penal, o Papa declarou que a destruição do meio ambiente não é um comportamento ‘justo’ e, portanto, não pode permanecer sem nenhuma punição.

Na ocasião, Francisco fez críticas ao que chama de ‘idolatria de mercado’, e declarou que ‘alguns setores econômicos têm mais poder que os próprios estados’.

Redação

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