Jornal GGN – Policiais fortemente armados invadiram uma organização não governamental (ONG) que atua com comunidades remotas na Amazônia, na madrugada desta terça-feira (27). A sede do Projeto Saúde e Alegria (PSA), ONG premiada e que tem parcerias com a Natura, foi alvo de uma operação policial, que também prendeu quatro brigadistas voluntários, acusando-os de incendiar florestas para fundos internacionais.
A ONG que fica em Alter do Chão, no Pará, e realiza trabalhos em parceria com os brigadistas, enxergou a medida como perseguição de ambientalistas por parte do governo. Em nota, a Natura manifestou preocupação, ressaltou a importância do Projeto Saúde e Alegria e expressou solidariedade.
A Natura destacou que é parceira do PSA, juntamente com diversas organizações para o fornecimento sustentável de ingredientes naturais para a marca brasileira e disse se preocupar com os meios empregados pelos policiais para tratar de uma questão tão sensível, quanto o futuro da Amazônia.
Entre as atuações do Projeto Saúde e Alegria, são responsáveis por justamente realizar a prevenção de incêndios na região que também atua a brigada de incêndio de Alter do Chão, que tiveram seus integrantes presos pelos policiais na madrugada desta terça. A Justiça local também negou a libertação dos brigadistas, determinando a detenção preventiva por 10 dias seguidos.
Não somente a Natura como diversas outras ONGs, como o Greenpeace, denunciaram a medida como atos de perseguição do governo de Jair Bolsonaro, que é crítico das ONGs e já chegou a insinuar que foram elas as responsáveis pela omissão do próprio governo no desmatamento e incêndios florestais na Amazônia neste ano. As prisões dos brigadistas ocorrem três meses após essas acusações de Bolsonaro.
O caso chegou a ser manchete do jornal britânico The Guardian: “Polícia ataca escritório de ONG brasileira ligada a brigada que ajuda no combate aos incêndios na Amazônia”, é o título do periódico. “É uma situação kafkiana. Todos fomos pegos de surpresa sem entender o porquê”, disse o coordenador do Projeto Saúde e Alegria, Caetano Scannavino, ao The Guardian.
“Esta é uma ONG muito séria, cujo trabalho é reconhecido pela população local e internacionalmente”, disse o professor de humanidades da Universidade Federal da Bahia, Felipe Milanez. A associação indígena de Iwipuragã também saiu em defesa do PSA: “Conhecemos o trabalho sério e a honestidade de nossos brigadistas”.
O delegado responsável pela investigação, José de Melo Jr, negou que a atuação da polícia tenha dimensão política: “Observamos em algumas imagens que os brigadistas voluntários foram responsáveis por iniciar esses incêndios”, disse, de acordo com o The Guardian.
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segundo Breno Altman, Bolsonaro é pedagógico. Tô começando a acreditar nisso. Quem sabe agora os ambientalistas, que se dizem “apartidários”, vão entender que na política, como na vida, tem que ter lado, não dá pra ficar de fora, nem em cima do muro.
Bolsonaro é mero funcionário de financiadores de campanha. A policia federal junto com o ministério público investigam esses desmatamento e incêndios na região amazônica desde o ano passado e concluíram que os suspeitos são grileiros de terras públicas – Empresas do ramo imobiliário,mineradoras e fazendeiros da região – Você não lembra que o Bolsonaro na época de camapnha disse abertamente que a Amazonia não era nossa e que deveria ser explorada? e que também após toma posse do cargo de presidente, sucateou os institutos de preservação do meio ambiente, fazendo cortes em áreas destinadas a combate à incêndios. Inclusive criou um decreto INCONSTITUCIONAL de exploração mineral em reservas indígenas. A política partidária é uma farsa institucional criada para atender interesses econômico de banqueiros e mega-empresários nacionais e internacionais, e os único que estão fora dela é o próprio povo, traído,enganado e roubado em seus direitos.