Temporada de tragédias das chuvas: a geologia dos excluídos

Especulação imobiliária, falta de planejamento urbano e ocupações de áreas de risco: ingredientes da tragédia das chuvas

A chocante tragédia ocorrida no Rio de Janeiro, com, até o momento em que escrevo este texto, 249 mortos em decorrência das fortes chuvas que precipitaram sobre a região serrana do Rio de Janeiro, é reflexo da perversa relação da falta de planejamento urbano, especulação imobiliária e descaso do poder público local.
Não é a primeira vez que uma tragédia desse porte ocorre, infelizmente, não será a última vez.
O senso comum faz qualquer pessoa mirar na catástofre como resultado do excesso de chuvas.  Também é.  Mas a falta de planejamento urbano e a ocupação de áreas de risco pelas populações mais pobres inflam essa triste estatística.
 
(…)O arquiteto e urbanista Nabil Bonduki, falando ano passado a Rede Brasil Atual, a respeito das inundações e deslizamentos ocorridas em Angra dos Reis, Salvador e São Paulo, explicou que as “soluções imediatas” de remoção, servem apenas para deslocar populações de uma área de risco para outra área de risco onde ainda não ocorreu tragédia semelhante: “Quando a prefeitura tira pessoas de áreas de risco, só reproduz o problema… Ao dar o “cheque-despejo” aos desalojados, que tiram as pessoas de uma área de risco mas só permitem que elas dirijam-se para outra área em condições igualmente problemáticas. “Com aquele valor não se encontra nada e esse pessoal vai para outra área. Você pode até dizer: tiramos 5 mil famílias de área de risco, mas aí elas vão para outra”.

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Redação

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