Eliezer e Eike Batista

Um dos aspectos mais interessantes na biografia de Eliezer foi a relação com o filho Eike Batista.

Eliezer era profundamente família e se abateu nos escândalos conjugais envolvendo o filho e a nora, a belíssima Luma de Oliveira.

Escrevi tempos atrás que a megalomania de Eike, com seus projetos de infraestrutura, tinham como modelo Eliezer. Eike é um investidor diferenciado. Durante algum tempo, foi o homem mais rico do país. Mas seu objetivo era a de ser um visionário na infraestrutura, trabalhando com capital privado. Isso porque seus modelos de vida era Eliezer, Raphael de Almeida Magalhães e outros cariocas com visão de país.

Em 2012 escrevi artigo atribuindo a Eliezer a visão de Eike e recebi esse e-mail do pai:

Caro Nassif,

Em que pese o agradecimento por me ter citado em seu artigo, cumpre lembrar que o êxito do Eike em seus empreendimentos não é uma decorrência da minha consultoria ou capacidade de “pensar projetos grandiosos”. Trata-se da capacidade própria dele, resultado da sua audácia, conhecimento, sabedoria e iniciativa. Eike conhece o mundo de uma dimensão maior e sabe olhar de forma holística para tudo o que um empreendimento envolve. É desta visão mais ampla que deriva o modelo que ele chama de Visão 360°. Com apenas 23 anos, pegou empréstimo de 500 mil dólares com dois joalheiros para comprar ouro. Passados 15 meses, negociou 60 milhões de dólares, lucrou 6 milhões de dólares e criou a primeira planta aurífera aluvial da Amazônia. São 30 anos empreendendo, desde os anos 80, quando se tornou acionista e chairman de uma empresa listada na Bolsa do Canadá.  Até 2000, estruturou e implantou minas de ouro e prata em países como Chile e Canadá, além do Brasil. O maior orgulho de um pai é ser superado pelo próprio filho. Meus filhos me superaram nas ideias, rigidez de caráter e generosidade. Além de ser um empreendedor nato e de ter capacidade de ouvir diferentes opiniões, sempre fez questão de agir conforme a sua convicção. Os empreendimentos do Grupo EBX, de Eike, nos setores de logística, energia, indústria offshore, petróleo e mineração estão criando hoje milhares de empregos, gerando renda e contribuindo para a circulação de riqueza na sociedade.

Gostaria de revê-lo brevemente. 

Grande abraço,

Eliezer Batista

Luis Nassif

2 Comentários

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  1. Planta aurífera aluvial na Amazônia

    Conheço dois geólogos que trabalharam em empresas de mineração de ouro.

    A história que contam sobre os empreendimentos auríferos de Eike na amazônia são impublicáveis. Desde a pesquisa em mineração, feita pela Vale, que logo depois delcarava o desinteresse na área, e depois o Eike assumia, como o trabalho dos garimpeiros.

    Na década de 90 a casa de Eike no Rio de Janeiro foi invadida por uns jagunços. Encontraram a Luma com os filhos pequenos e foram embora. Mas eles não foram lá para cumprimentar o Eike.

    1. Os erros e os insucessos de Eike

      Os erros e os insucessos de Eike em nada, repito, em nada maculam as obras de Eliezer Batista. É preciso muito bem separar as coisas, com a devida maturidade que a análise merece.

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