
Apertem os cintos, o Lulaworld 2021 já começou a decolar
por Fábio de Oliveira Ribeiro
A lista abaixo contém 33 matérias publicadas sobre Lula na imprensa internacional. Em todas elas o retorno do ex-presidente à arena política foi retratada de maneira positiva. Nenhuma resistência do mercado financeiro internacional é registrada. Muito pelo contrário, alguns jornais registram o fato de Lula não desencadear nenhum temor nos grandes investidores.
1- The Guardian, Inglaterra
O ex-presidente trucida a resposta ‘cretina’ de Bolsonaro à Covid em sua primeira aparição na ‘volta’
bit.ly/3bDKtCe
2- Le Monde, França
Lula fustiga as “decisões tolas” tomadas por Jair Bolsonaro na Covid-19
bit.ly/38v0R5U
3- El País, Espanha
Lula da Silva: “Sei que fui vítima da maior mentira jurídica dos últimos 500 anos”.
bit.ly/2N63qDW
bit.ly/3bCPefb
4- Público, Portugal
“A verdade prevaleceu”, diz Lula sobre a anulação das suas condenações. | bit.ly/2N6hqgX
bit.ly/3rEDiiu
5- Diário de Notícias, Portugal
Lula da Silva. “Vou dedicar o resto da minha vida a este país”
bit.ly/3t9j14Z
6- Alexandre Bandeira, entrevista (RFI, França)
“Sergio Moro foi o principal derrotado com anulação da condenação de Lula”
bit.ly/3crThua
7- Le Monde, editorial (Le Monde, França)
“Os novos desafios de Lula no Brasil”
bit.ly/3qCZ8BV
8- Il Messaggero, Itália
Brasil, Lula agradece ao Papa Francisco pelo apoio: “por enquanto, não penso em candidatar-me”
bit.ly/3eGBmTh
9- Expresso, Portugal
“Não tenham medo de mim”: Lula falou ao Brasil
bit.ly/3qCZ8Sr
10- El Diário, Espanha
Lula volta com política nas veias e na mente nas eleições de 2022
bit.ly/3l5BNaI
11- El Diário, Espanha
Lula: “Sei que fui vítima da maior mentira jurídica dos últimos 500 anos”
bit.ly/3rEvvkH
12- El Diário, Espanha
Lula evita manifestar-se sobre suas aspirações presidenciais
bit.ly/3l4rnYM
13- La Vanguardia, Espanha
Lula entra em campanha sem confirmar se aparecerá nas eleições presidenciais
bit.ly/3esYSTr
14- Deutsche Welle-en, Alemanha
Lula do Brasil detona as políticas ‘imbecis’ de Bolsonaro para a Covid-19
bit.ly/3qBWmN2
15- Euronews, Portugal
Lula não se compromete com 2022
bit.ly/2OpSLod
16- Zeitonline, Alemanha
Supremo tribunal anula sentenças contra ex-chefe de Estado brasileiro
bit.ly/30xuWNR
17- The Independent, Inglaterra
Brasil ‘Lula’ critica duramente Bolsonaro, evita comentar sobre nova corrida presidencial
bit.ly/3bDH8TH
18- Morning Star, Reino Unido
O regime de direita do Brasil teme popularidade de Lula
bit.ly/3eo8Qpc
19- Le Figaro, França
Lula pronto para desafiar Bolsonaro em 2022
bit.ly/3cl2291
20- RFI, França
“Não sigam nenhuma decisão imbecil deste presidente: tomem vacina”, diz Lula
bit.ly/3t9j1lv
21- El Periódico, Espanha
Lula: “Sei que fui vítima da maior mentira jurídica dos últimos 500 anos”
bit.ly/3vhoYi4
22- El Periódico, Espanha
O árduo regresso de ‘Lula’
bit.ly/3ldarPZ
23- Jornal de Notícias, Portugal
Lula da Silva: “A dor que sinto não é nada diante da dor de milhões” com a covid.
bit.ly/3v91ETT
24- El Mundo, Espanha; ABC, Espanha
Lula da Silva diz ter sido vítima de “mentira jurídica” | bit.ly/3qCZc4D
bit.ly/3bByghp
25- Financial Times, Inglaterra
Lula da Silva do Brasil retorna à luta política com ataque a Bolsonaro
on.ft.com/3l5FrBg
26- Les Echos, França
De volta à cena brasileira, Lula joga na polarização contra o Bolsonaro
bit.ly/3eu6VPO
27- Corriere della Sera, Itália
O retorno de Lula: “vítima de uma grande mentira, agora vamos nos unir contra o Bolsonaro”
bit.ly/3qCZdpd
28- Le Nouvel Observateur, França
Brasil: Lula faz campanha contra o Bolsonaro, mas ainda não é candidato
bit.ly/30uM1bg
29- The Times, Inglaterra
Lula, o herói da esquerda brasileira, está de volta para desafiar Bolsonaro
bit.ly/3qCZecL
30- Le Soir, Bélgica
Brasil: retorno inesperado de Lula à arena política
bit.ly/38uFeCB
31- The Irish Times, Irlanda
Lula retorna à luta política do Brasil com ataque Bolsonaro
bit.ly/38vx3pG
32- Tribune de Genève, Suíça
Lula, uma reviravolta sem precedentes e devastadora
bit.ly/2ONICSo
33- Spiegel International, Alemanha
Ex-presidente Lula chama a política de Bolsonaro contra a pandemia de “insana”
Essas matérias contrastam com a forma como parte da imprensa brasileira encarou o retorno do maior líder brasileiro à disputa política. Estadão, Folha e Rede Globo atacaram ferozmente o STF e/ou defenderam o legado do herói lavajateiro. Alguns analistas sérios, entretanto, notaram que com Lula na disputa presidencial as regras do jogo foram modificadas. Pré-candidatos como Ciro Gomes, Luciano Huck e Doria Jr. serão empurrados para o fim da fila. Uma polarização entre o ex-presidente petista e o genocida em exercício parece ser desejada pelos próprios bolsonaristas.
FHC já percebeu que Lula vence fácil essa disputa polarizada contra Bolsonaro. O Ministro Marco Aurélio do STF falou que a anulação das condenações foi uma bomba atômica.
A dualidade de narrativas é evidente. Enquanto a imprensa internacional reconhece que Lula foi vítima de uma perseguição ilegal promovida por um juiz evidentemente parcial, os jornalistas brasileiros comprometidos com os métodos lavajateiros insistem em tentar impedir Lula de disputar uma nova eleição.
Há quem não esconda que gostaria de ver Sérgio Moro disputando a presidência. A vitória dele, entretanto, é muito improvável. O espaço político que ele ocupou como juiz deixou de existir. O espaço político criado pelo genocídio favorece um candidato de esquerda (pouco importando se esse candidato será Lula ou alguém que ele apoie).
É interessante notar a deterioração do jornalismo econômico brasileiro. Os analistas econômicos dos jornalões, revistinhas e redes de TV, dizem que Lula é uma ameaça ao mercado. Mas os verdadeiros players do mercado dizem o contrário nos jornais especializados europeus e norte-americanos.
Lula se tornou grande demais para o Brasil ou foi o Brasil que ficou pequeno demais para Lula? A verdade geralmente está no meio termo entre dois extremos. A coleção impressionante coleção de matérias positivas sobre o ex-presidente petista no exterior revela que ele é um gigante. O sucesso do governo dele é um fato que a imprensa brasileira equivocadamente se recusa a reconhecer. Por outro lado, é evidente que o Brasil pós-golpe de 2016 se tornou um país mesquinho, medíocre, desprezível, triste e perigoso.
Bolsonaro ri da pandemia, desdenha a dor dos parentes dos mortos, desafia as recomendações da Organização Mundial de Saúde e continua impunemente sabotando a vacinação, desinformando a população e fazendo propaganda de remédios ineficazes. A imagem que ele projeta de si mesmo do Brasil e no exterior não poderia ser pior. Com ele na presidência nosso país continuará diplomaticamente isolado e corre o risco de ser colocado em Quarentena.
As notícias boas sobre Lula na imprensa estrangeira contrastam com as notícias ruins sobre a evolução da pandemia no Brasil. Irritado, Ernesto Araújo veio a público dizer que o Brasil não é uma Lulaland. Ele tem razão em parte, se o Brasil fosse uma Lulaland não veríamos 100 mil brasileiros morrerem por mês nos próximos meses porque o Judiciário e o Legislativo toleram um genocida na presidência da república.
O fracasso do chanceler de Bolsonaro é completo. Enquanto ele critica a Lulaland a imprensa internacional criou um Lulaworld. Todavia, os brasileiros não podem tirar proveito desse clima favorável ao retorno do ex-presidente ao Palácio do Planalto enquanto o STF não enterrar de vez a estaca no peito do vampiro togado das araucárias. Sérgio Moro era juiz político, virou político juiz e está prestes a se tornar a sujeita nos sapatos do maior líder brasileiro de todos os tempos dentro e fora do país. Mas enquanto Bolsonaro for presidente só poderemos dizer Ave Lula, morituri te salutant.

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