Em 1999, Veja publicava contratos irregulares da Petrobras com Efromovich

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – Em dezembro de 1999, a Veja publicava uma reportagem contando como crescia o patrimônio empresarial de Germán Efromovich. Posteriormente veio a criar a OceanAir, transformá-la na Avianca, e angariar para o seu rol empresas do setor de petróleo, energia, aviação e construção naval. Mas em 1995, Efromovich fez sua pequena empresa Marítima, então responsável por verificar equipamentos de companhias marítimas colocando mergulhadores no fundo do mar, na empresa agora líder do grupo Synergy. 
 
O meio: vencendo quase todas as concorrências da Petrobras, sem cumprir contratos, sem ter os requisitos necessários, mentindo ter as condições, mantendo-se inadimplente e com a ajuda de seu amigo pessoal Antônio Carlos Agostini, que veio a se tornar superintendente de Engenharia da Petrobras, justo quando Efromovich venceu uma licitação de 720 milhões de dólares.
 
Hoje, a Petrobras é investigada por contratos irregulares desde 1999; os irmãos José e Germán Efromovich multiplicam seus lucros, e a Veja divulga a corrupção da Petrobras a partir de 2003.
 
Leia a reportagem de 1999:
 
Negócios inexplicáveis
 
Como a pequena Marítima ganhou quase todas as concorrências da gigante Petrobras
 
Até o final de 1994, o empresário German Efromovich era dono de uma empresa de pequeno porte que prestava serviços de manutenção submarina na área de petróleo, a Marítima. Seu trabalho era colocar mergulhadores no fundo do mar para verificar se os equipamentos das companhias para as quais prestava serviço estavam em ordem. Nessa época, a empresa funcionava numa casa ao pé de uma favela num subúrbio do Rio de Janeiro. Até aí, tudo normal. O que causou estranheza mesmo foi o fato de, menos de um ano depois, a insignificante Marítima, cujo patrimônio não chegava a 1 milhão de dólares, começar a ganhar quase todas as concorrências da Petrobras para a construção de plataformas de perfuração e exploração de petróleo. Uma área em que Efromovich não possuía a mínima experiência e que envolvia contratos superiores a 2 bilhões de dólares.
 
Essa façanha empresarial seria digna de figurar no livro de recordes. Mas a Marítima não conseguiu fazer mais nada direito a partir daí. Começou a descumprir todos os contratos, sempre contando com a vista grossa de quem deveria ser rigoroso com ela, a Petrobras. Entre os contratos estava o da superplataforma P-36, a maior do mundo, que chegou ao país há alguns dias, com um atraso de quatro meses. Pior: a P-36 só ficou pronta depois de a Petrobras ter sido obrigada a desembolsar 45 milhões de dólares, porque a Marítima não cumpriu sua parte no contrato. Se não fizesse isso, a plataforma só entraria em operação no final do ano que vem – e cada dia de atraso custa muito dinheiro, já que se inviabilizam todas as metas de produção de petróleo.
 
As proezas de Efromovich começaram a ser notadas no final de 1995, alguns meses após o superintendente de Engenharia da Petrobras, Antônio Carlos Agostini, ser promovido a diretor da área de exploração e produção da companhia. Agostini era conhecido de longa data de Efromovich. Nessa época, a Petrobras decidiu abrir concorrência para a construção de duas plataformas de produção de petróleo. O edital de licitação trazia, no entanto, uma cláusula que todos os participantes diziam ser impossível de cumprir: prazo de dezoito meses para a plataforma entrar em operação. Mas a Petrobras, então presidida por Joel Rennó, manteve-se irredutível alegando que havia empresas que se diziam capazes de cumprir o prazo. Essas “empresas” a que a Petrobras se referia era apenas uma – a Marítima. Para surpresa do mercado, foi ela a vencedora da concorrência de um contrato de 720 milhões de dólares. O que aconteceu a partir daí foi uma sucessão de absurdos. A Marítima não tinha projeto nem estaleiro contratado para a execução da obra e tampouco financiamento. Mas a Petrobras pareceu não se importar muito. Em 1997, a estatal fez nova concorrência e declarou vencedora a inadimplente Marítima.
 
A tendência de Efromovich, de 49 anos, para o blefe sempre pautou sua vida profissional. Quando sua empresa ainda estava começando, ele costumava impressionar os potenciais clientes marcando reuniões no Hotel Sheraton, um cinco-estrelas carioca. Na verdade, por causa do dinheiro curto, ele se hospedava em hotéis baratos na zona de boemia do Rio. Pegava o ônibus duas horas antes do encontro, atravessava toda a Zona Sul da cidade para chegar ao hotel e dar a impressão de que estava hospedado ali. Seu pulo-do-gato, porém, foi com a Petrobras. A companhia pediu que ele fizesse a manutenção de uma plataforma em 1988 e perguntou a Efromovich se o barco que ele possuía tinha condições de fazer o serviço. Efromovich não pestanejou. Disse que sim. Era mentira. Fez, no entanto, das tripas coração para adaptar seu barco ao serviço, comprometendo-se a trabalhar três anos de graça para um estaleiro que concordou em fazer a adaptação. Agora, pode estar chegando ao fim a era de Efromovich na estatal. A Petrobras se prepara para cancelar o restante dos contratos que estourarem o prazo combinado. “A Petrobras está sendo injusta”, afirma o empresário, um boliviano de forte sotaque, naturalizado brasileiro.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

21 Comentários

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  1. A internet tá lotada de
    A internet tá lotada de reportagens sobre a corrupção na Petrobrás antes de 2003. A velha mídia brasileira continua tratando seus leitores como débeis mentais. Ok. Muitos realmente o são, mas não são todos o tempo todo.

    1. Qual sua sugestão no combate à corrupção
      (   )Mais transparência e participação popular através dos Conselhos, o decreto foi derrubado pela Câmara, como retomar o tema da participação social e torná-lo realidade.
      (  ) Reforma política com fim do financiamento, por pessoas jurídicas, de campanhas eleitorais. Não tenho opinião formada quanto a coligações e demais pontos da reforma política.
      (  )Uma PEC para dar autonomia aos Tribunais de Contas, com criação de Órgãos de fiscalização das contas dos prefeitos e governadores.
      (   )Ampla reforma do Judiciário, com controle externo, bem como mudança na forma de indicação dos Ministros de Tribunais Superiores.
      (   )Punição severa para promotor/delegado/procurador que engaveta denúncias ou age de forma parcial na investigação, de forma a aprimorar e ampliar  o cerco policial, sem chance de existir os  “selecionados” para ir para o tronco.
      (  )Aprovar as propostas da presidente eleita para o combate a corrupção, no total de 5 pontos. Passa no Congresso?
      (   )Por a Abin em campo, com espiões nos setores de licitação. Senão a Abin, alguma forma de controle externo e transparência, com acompanhamento por parte da população pela internet.
      (   )Constar em lei que apenas servidores o quadro poderão ocupar diretorias(na prática já é assim)
      (   ) COAF….e retorno da CPMF mesmo que um valor simbólico, para reforçar a movimentação de montantes de dinheiro
      (  )Pesquisa acadêmica sobre o tema.
      (  )Busca de informações na internet já é uma boa atitude,já temos a mídia alternativa funcionando como contraponto à imprensa tradicional, os blogs tem funcionado como o outro lado da notícia.
      Mais sugestões, por favor

       

  2. Marítima e P 36

    O grande projeto da Marítima foi a P 36, aquela que afundou. Parece que junto às colunas de sustentação da plataforma subiam os dutos de gás. O gás explodiu, e a plataforma foi a pique.

    1. Bingo!!! Alguém já com muitos

      Bingo!!! Alguém já com muitos anos de Petrobrás (que já era engenheiro nesta época) me contou que a P-36 foi um projeto “guaribado” de uma embarcação já existente e que esta foi a razão da explosão. Entretanto, este foi um escândalo no governo FHC e estão TODOS SOLTOS!

  3. Naquele momento não se investigava: No máximo uma sindicância

    Naquele momento não se investigava: No máximo uma sindicância  interna com punição para os pequenos bagres. Quem foram os presidentes e diretores da Petrobrás antes de 2003? Que tal se investigar o aumento de patrimônio de todos eles, já que estamos em tempos de depuração:

     

    A Marítima, empresa de engenharia de porte relativamente pequeno, ganhou a maior parte das licitações para contratações de plataformas pela Petrobras na gestão de Joel Rennó no comando da estatal, levantando suspeitas, até agora não comprovadas, de que houvesse irregularidades nas concorrências.

    São Paulo, quarta-feira, 30 de agosto de 2000 

    Funcionários de alto escalão são suspeitos de negligência em contratos que podem ter dado prejuízo de US$ 468 mi
    Petrobras demite dois por irregularidade

    DA SUCURSAL DO RIO 

    A Petrobras demitiu dois funcionários de alto escalão e retirou os cargos de chefia de outros dois, sob suspeita de ter cometido irregularidades ou agido com negligência na gestão dos contratos das plataformas marítimas P-38 e P-40. As irregularidades podem ter causado prejuízos à estatal nos contratos que têm o valor total de US$ 468 milhões.
    O presidente da estatal, Henri Philippe Reichstul, disse que “não ficou claro se houve favorecimento” às empresas responsáveis pelos contratos. A sindicância feita pela estatal foi encaminhada ao TCU (Tribunal de Contas da União) e à Procuradoria da República no Rio para que esses órgãos decidam se as investigações devem prosseguir.
    “Nós não somos polícia”, disse Reichstul, ao explicar os limites da sindicância da empresa. Até o final da tarde de ontem, nem o Ministério Público nem o TCU confirmaram o recebimento da documentação.
    As obras, contratadas com o grupo japonês Mitsubishi, foram subcontratadas à empresa de engenharia brasileira Marítima Petróleo, que, por sua vez, entregou a execução final dos serviços ao estaleiro Jorung, de Cingapura. As duas plataformas devem chegar ao Brasil em outubro, com seis meses de atraso em relação aos prazos originais.
    Os funcionários demitidos foram Alceu Barroso Lima Neto, ex-superintendente do Serviço de Engenharia, e Roberto Orzechowsky, que era chefe dos empreendimentos, nome dado na Petrobras aos responsáveis pelo acompanhamento de contratos.
    Na época das contratações das plataformas, o presidente da Petrobras era Joel Mendes Rennó e o diretor de engenharia, Antonio Carlos de Agostini.
    As demissões ocorreram há cerca de 15 dias. De acordo com as conclusões da sindicância interna feita pela Petrobras, Orzechowsky, na condição de responsável pelo acompanhamento dos contratos, teria deixado de repassar à direção da empresa informações importantes sobre os contratos, permitindo que decisões erradas possam ter sido tomadas.
    Lima Neto, principal executivo do Serviço de Engenharia, teria endossado, de forma negligente, os documentos recebidos do chefe dos empreendimentos.
    Antes de ser demitidos, Lima Neto e Orzechowsky já não ocupavam mais cargos de chefia. O primeiro estava atuando na área de meio ambiente da empresa e o segundo estava como assistente da direção da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras para a comercialização de combustíveis no varejo.
    Outros funcionários da Petrobras -Luiz Carlos Quintella e José Carlos Fonseca- foram afastados dos cargos de chefia que estavam ocupando, permanecendo como seus funcionários.
    Na época que ocorreram os problemas, os dois ocupavam cargos no Serviço de Engenharia, que, de acordo com as conclusões da sindicância, incluíam entre suas incumbências o monitoramento das informações dos contratos, o que não teria sido feito.
    A Marítima, empresa de engenharia de porte relativamente pequeno, ganhou a maior parte das licitações para contratações de plataformas pela Petrobras na gestão de Joel Rennó no comando da estatal, levantando suspeitas, até agora não comprovadas, de que houvesse irregularidades nas concorrências.
    A P-38 e a P-40, as duas plataformas em questão, são, respectivamente, um navio-cisterna e uma plataforma de produção com capacidade para produzir 150 mil barris de petróleo por dia.
    Procurado ontem pela Folha, Rennó disse que não tinha contato direto com os funcionários demitidos e que ficou sabendo ontem que eles teriam “tomado decisões que não estavam previstas” pela diretoria da empresa.
    A Folha obteve dois números de telefones de Alfeu Lima Neto, mas os recados deixados nas secretárias eletrônicas de ambos não foram respondidos. Os outros três punidos não foram localizados pelo jornal.

    http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi3008200030.htm

  4. É o pig

    Um pig mais que corrupto faz a sua delação premiada, aponta quem ele quer da maneira que quer. Qual o problema? Desde quando chantagem e calúnia se feitos pela imprensa são crimes? Nunquinha.

    Mas os velhos tempos é que era bom. Denúnicas ficavam como denúncias, até que fosse engavetada. Bons tempos. Não havia corrupção. Nenhuma. Nadinha. 

    1. o jornal GGn está esperto.

      Exatamente: o odio ao PT ,plantando,criado,alimentado pelo cartel midiatico tem colhido o contrario provocados pelos seus excessos. Esse odio ao PT, tornou o Brasil mais transparente,com maior visibilidade.Os milgares,Lula/Dilma existem graças a internet . O “como funciona’ no salvelindo é debitado ao  PT que passou a existir desde 2003..Como diz o filosofo da tv cultura ,O cartel midiatico pensava estar esvaziando um saco de batata,quebrou a cara ,o saco é de farinha ,cada balançada,sacudida sai mais um pouquinho.

  5. Impediu de crescer mais ?

      Alguem deu bola para estas reportagens ?  Só quem lê a Veja, e se acha bem informado, pois os Efromovich não deram a minima, aliás em nada impediu que eles crescecem cada vez mais, incluido novos contratos com a Petrobrás, e outros entes estatais, como a Marinha do Brasil, FAB, MJDPF etc..

       Tirando o EISA e Maua ( estaleiros do Synergy), que estão no “bico do corvo” ( A Synergy afirma que as dificuldades financeiras são frutos do cancelamento da encomenda de 10 navios encomendados pela PDVSA, mas o mercado naval refuta a tese, afirmando que foi descontrole de custos), devendo a entrega de navios de apoio para a Petrobrás ( 4 ou 5), e com sério atraso na entrega de dois barcos patrulhas de 500 ton ( Classe Macaé) para MB, as demais empresas do Synergy, vão bem. A Digex cumpriu os contratos com a FAB referente aos C-130, e atende varias cias. aereas em manutenção de aeronaves, a TurboServ é a maior representante técnica na América Latina da P&Whitney, e já contratada pela FAB para a reforma dos motores PT-6, a AEQ/Sinergy é fornecedora de explosivos, tanto para o mercado civil, como para o militar.

         Os vants da Policia Federal, os Heron, e seus sistemas, quem contratou, venceu a licitação, faz a manutenção, treinamento no Brasil e Israel, é uma joint-venture, da Synergy ( Flight Tecnologies ) com a israelense IAI ( Israel Aircraft Industries).

          Denuncia de imprensa, neste caso: bom negócio.

    1. A plataforma era da Maritima,

      A plataforma era da Maritima, seu desdobramento deu origem a um processo da Petrobras contra a Maritima em Londres,

      a Petrobrs ganhou, a Maritima foi por muitos anos “empresa non grata” na Petrobras.

      O boliviano (hoje colombiano) German Eframovitch deu aula em cursinho supletivo em São Bernardo, onde segundo diz ele, Lula foi seu aluno. No Brasil o irmão José tambem nascido na Bolivia é brasileiro, assim as leis que exigem nacionais controlando empresas aereas são atendidas, na Colombia a Avianca é de um colombiano, no Brasil a Avianca é de um brasileiro, mas os dois são de nascença bolivianos.

      De positivo tem a extrema modestia, atendem a todos com educação, os empregados da Avianca gostam dos irmãos,

      o José jantando na Lanchonete da Cidade naAlamaeda Tietê no ano passado, um amigo disse “”mas será que esse pobre porteiro tem dinheiro para pagar o jantar?” e antes que o amigo se levantasse para uma contribuição avisei-o que era um bilionario vestido como porteiro.

      1. O porteiro virou bilionário

        O porteiro virou bilionário através de negócios suspeitos com a Petrobrás e isso nunca foi investigado. Isso deveria ser feito agora, não

  6. vigilância da Receita

    Esse festival de trapaças e desvio de dinheiro público, por que nunca foi percebido pela Receita? Hoje, se um sujeito qualquer fazer uma transação financeira pelo banco superior a dez ou vinte mil reais, o banco pede CPF, comunica ao Coap ou Cofap (não sei). Agora, os jornais noticiam depositos bancários para pessoas físicas em torno de dez ou 20 milhões, ficais da prefeitura que passaram a ter propriedades incompatíveis com os seus ganhos salariais e oificiais. Por que a mídia não contesta ou não enfoca essa ausência de vigilância da Receita?

    1. Notícia de hoje ( o gobo )

      Notícia de hoje ( o globo ) informa que toda essa operação lava jato foi originada quando o Coafi encaminhou ao Ministério Público relatórios sobre essas movimentações financeiras ” atípicas ” em altíssimo grau.

  7. Veja

    Em resumo, em 99 a Veja denunciava corrupção do governo FHC. Em 2014, denuncia corrupção no governo Dilma. Em 99, as matérias da Veja eram usadas pelos petistas para pedir o “Fora FHC”. Em 2014, as matérias da Veja são golpistas.

    Curti.

    1. Vc usa de má fé

      Vc usa de má fé ou é muito burro prá não perceber que o que está se mostrando é que na Era FHC raramente a midia denunciava e quando fazia isso, apesar de denúncias incontestáveis nunca eram investigadas. Quanto ao Fora FHC, informe-se antes de falar asneiras:

      É mentira que o PT, na oposição, pregava o “Fora, FHC!”

      Autor: Eduardo Guimarães, no blog da cidadania


       

      O slogan “Fora, PT!”, que permeou a campanha do candidato derrotado à Presidência Aécio Neves, foi ouvido novamente na terça-feira (4/11), durante a chegada do tucano ao Congresso. Aguardavam-no parlamentares e militantes do PSDB entoando gritos de “presidente” e “Fora, PT”

      Abaixo, vídeo do primeiro momento da chegada do tucano ao Congresso, que precedeu os gritos de “Fora, PT”.

      Durante a campanha eleitoral, o slogan “Fora, PT” chegou a figurar no “espaço nobre” da Folha de São Paulo, naseção Tendências/Debates. Um dos mais eminentes ideólogos tucanos, o historiador Marco Antonio Villa, chegou a usar esse slogan como título de artigo.

      Durante a recente campanha eleitoral à Presidência, o “fora, Dilma” ou “fora, Lula” ou “fora, PT” foram usados à larga pela militância tucana em seus carrões importados. Esse uso foi estimulado pelo PSDB.

      Que fique registrado que o candidato Aécio Neves e seu partido JAMAIS condenaram oficialmente o “fora, Dilma”, entre outros.

      Porém, a cada acusação de “golpismo” feitas por petistas – de carteirinha ou não” – os tucanos respondem com a mentira de que, quando era oposição a FHC, o PT adotou o slogan “Fora, FHC”.

      Essa mentira vem sendo repetida inclusive por colunistas da grande mídia alinhados ao PSDB, como, por exemplo, Merval Pereira, de O Globo, quem, há 4 dias, afirmou que, quando era oposição, “O PT lançou o grito de guerra Fora, FHC”.

      Essa é só mais uma das muitas mentiras e distorções dos fatos que os tucanos e a mídia alinhada com eles não param de espalhar.

      À diferença de Aécio Neves e de seu partido, porém, Lula e o PT, quando na oposição, condenaram, OFICIALMENTE, a grita dos setores mais radicais do partido pelo “Fora, FHC”.

      Veja bem, leitor, não é que petistas deram declarações soltas contra o slogan igualmente golpista “Fora, FHC”. Foram Lula, o PT e até José Dirceu, em Congresso Nacional do partido, que aprovaram posição oficial contra o “Fora, FHC”.

      Não me consta que Aécio e o PSDB tenham feito o mesmo. Nem oficialmente e nem extra-oficialmente. Alguns tucanos, como Geraldo Alckmin ou Xico Graziano, têm condenado o golpismo. Mas Aécio, não. E muito menos o PSDB, ao menos de forma oficial.

      E quem diz que Lula e seu partido condenaram OFICIALMENTE o “fora, FHC” não é este blogueiro, mas matéria do jornal Folha de São Paulo de 28 de novembro de 1999, abaixo reproduzida.

       

       

    2. Ozzy, até cretinice tem

      Ozzy, até cretinice tem limite. O que se condena da midia na operação Lava Jato nao são as reportagens em si, mas as insinuações de que toda a roubalheira da Petrobras começou nos governos Lula/Dilma.

  8. Pena de morte

    A todos que comentaram acima… meu único desejo era um plebiscito para pena de morte para corruptos… apenas isso.. não iríamos mais discutir quem roubou quem… está na cara que o José efromovich subiu do nada, já trabalhei em uma empresa do grupo, a sede era na rua Carlos Weber em uma casa velha… isso em meados de 1990.. agora tem um prédio de 7 andares que é a atual sede na rua columbus.. 

    Só não entendo porque o Sr. José Efromovich ainda anda até hoje com o seu versailles 1995 vinho… 

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