O caso Escola Base, 20 anos depois

Vinte anos depois, os antigos donos da Escola Base conseguem uma indenização mínima, perto dos prejuízos sofridos.

Aqui, o capítulo do livro “O jornalismo dos anos 90” em que trato do tema.

O artigo com que investi contra o linchamento da mídia foi em 8 de abril de 1994.

O caso Escola Base

O caso “Escola Base” foi herdeira direta da campanha do impeachment contra o ex-

presidente Fernando Collor. Depois que a campanha se esgotou, criou-se um vácuo nos

leitores. Estavam todos viciados em notícias catárticas, no escatológico, do mesmo modo

que viciados em morfina. A cada dia a mídia se obrigava a buscar manchetes e temas que

substituíssem o lixo da campanha do impeachment.

Foi nesse contexto que surgiu o episódio da Escola Base.

Como todo brasileiro, particularmente como pai, interessei-me vivamente pelo tema,

assim que a imprensa passou a divulgá-lo. No primeiro dia, havia declarações do delegado

responsável pelo inquérito sobre supostas orgias com crianças de quatro anos. A imprensa

ecoou em coro as acusações. Pouco espaço era dado aos acusados.

Eram eles Icushiro Shimada e Maria Aparecida Shimada , donos da Escola Base; Maria

Cristina Franca, professora da escola, acusada de abusar sexualmente de uma criança de 4

anos, coleguinha de seu filho na escola; Saulo e Mara da Costa Nunes, perueiros da

escola, acusado de abusar das crianças dentro da Kombi; e Maurício Alvarenga e sua

mulher Paula Milhin, sócia e professora, acusados de participarem do esquema todo.

Uma das poucas experiências que eu tive com cobertura policial foi no início dos anos 80,

no rumoroso episódio da corretora Tieppo. Na época era proibido investir fora do país,

especialmente devido à crise cambial brasileira. A corretora montou um esquema de

captação de recursos para aplicar nos novos mercados de derivativos que surgiam.

Apostou mal, perdeu dinheiro e explodiu o escândalo.

Todos os jornais cercaram os delegados incumbidos da investigação, entre eles Romeu

Tuma. Havia ampla disputa na cobertura, todos os jornais tratando de incensar os

delegados, para obter informações. Todos bebendo da mesma fonte.

Como chefe de reportagem de Economia do “Jornal da Tarde”, orientei os repórteres a

buscarem outras fontes. Em pouco tempo descobrimos uma versão totalmente diferente

daquela apregoada pela mídia. O caso era tocado por dois delegados do DOPS, um deles o

futuro senador Romeu Tuma.

A imprensa inteira estava atrás do caixa dois da corretora, que revelaria o nome dos

investidores que aplicaram no exterior. Um dia Tuma convocou os jornalistas para

informar que o caixa dois havia sido descoberto em um pequeno sobrado do bairro do

Ipiranga.

Corremos por fora. O repórter Celso Horta foi incumbido de conversar com as telefonistas

da corretora. Com elas levantou a informação de que as ligações para clientes especiais

tinha umas frases em código, para evitar grampos. E nenhum dos nomes apurados

constava da lista do Tuma.

Outro repórter foi despachado para o sobrado do Ipiranga com fotos de Tieppo e Tuma.

Localizou testemunhas que afirmaram que ambos se encontraram várias vezes por ano,

uma semana antes do anúncio oficial da descoberta do caixa dois.

Com essas informações convidamos o advogado de Tieppo para uma entrevista no “JT”,

onde, apertado por todos os lados, confirmou o acordo entre Tieppo e Tuma para jogar

planos quentes na investigação.

 

O episódio me deu a certeza de que, a exemplo dos repórteres, delegados e promotores

tendem a supervalorizar os casos dos quais se incumbem, obrigando a um cuidado

redobrado na análise de suas informações.

No caso Escola Base, o delegado aparecia falando muito, expondo vastas certezas, e não

apresentava fatos objetivos. Limitava-se a mencionar testemunho de meninos de quatro

anos. Nas poucas vezes em que foi ouvido, o proprietário da escola revelava genuína

indignação.

No terceiro ou quarto dia de cobertura, sugeri à chefia de reportagem da TV Bandeirantes

que ousasse o caminho oposto: apostar na inocência dos proprietários da escola. Mas o

clima, por demais candente, desestimulava qualquer movimento na direção contrária.

No dia seguinte foi anunciada a prisão de três casais da Escola Base. Naquele dia, decidi

entrar no assunto. Fazia um comentário diário no “Jornal da Noite”, e avisei o editor que

falaria sobre o caso.

Para minha surpresa, o editor me informou que o advogado dos acusados tinha entrado em

contato com a repórter da Bandeirantes –a emissora menos radical na cobertura— e

informado que dispunha de um laudo sobre o caso, segundo o qual havia dilatamento de

um por um no ânus do menino. Significava que, se houve penetração, não foi de adulto;

mas o mais provável é que tivesse sido uma assadura. Em vão o advogado tentava

convencer os jornalistas a divulgar o laudo.

Naquela noite fiz um comentário no Jornal da Noite, posteriormente transcrito pelo

jornalista Alex Ribeiro no livro “Escola Base – Os Abusos da Imprensa”:

“Bom, hoje eu não vou falar de economia, vou falar de um assunto que me deixa doente.

Toda a imprensa está há uma semana denunciando donos de escola que presumivelmente

teriam cometido abuso sexual contra crianças de quatro anos. Toda a cobertura se funda

em opinião da polícia. Está havendo um massacre. Mais que isso, está havendo um

linchamento. Se eles foram culpados, não é mais que merecido. E se não forem? Uma

leitura exaustiva de todos os jornais mostra o seguinte: não há até agora nenhuma prova

conclusiva de que a criança foi violentada por adulto. Não há nenhuma prova conclusiva

contra as pessoas que estão sendo acusadas. Tem-se apenas a opinião de policiais que

ganharam notoriedade com denúncias e, se eventualmente de descobrir que as denúncias

são falsas, vão ter muita dificuldade de admitir. Por isso, a melhor fonte não é a polícia,

neste momento. A imprensa deve às pessoas que estão sendo massacradas, no mínimo,

um direito de defesa, de procurar versões fora da polícia. Repito: é possível que as pessoas

sejam culpadas. Mas é possível que sejam inocentes. E se forem inocentes?”

Na manhã seguinte, aumentei o tom das críticas no programa da rádio Bandeirantes, no

qual participava ao lado de Salmoão Esper e José Paulo de Andrade. Naquele dia, escrevi

a coluna na “Folha” sobre o episódio, que saiu publicada no dia posterior. Foi a primeira

manifestação denunciando os erros de cobertura.

O massacre do japonês da Aclimação se dava no mesmo momento em que um banqueiro

de atividade polêmica se firmava na mídia, particularmente nas colunas sociais, como o

novo grande mecenas da cidade. Sua incensação serviu de contraponto ao massacre da

Escola Base.

 

8/04/1994 O japonês da Aclimação e o Mecenas

O japonês da Aclimação vai ajudar a brava sociedade brasileira a purgar seus erros e

permissividades. Desconfiou-se que em sua escolinha donos, professores e pais de aluno

praticavam abusos sexuais contra pequenos alunos de 4 anos de idade. Um roteiro para

Marques de Sade nenhum botar defeito.

Não há nenhuma prova conclusiva para as acusações. Não há sequer laudos que

comprovem definitivamente a prática de abusos sexuais. Um exame comprovou

dilatamento de um por um no ânus de uma das crianças. Pode ser vestígio de penetração,

seguramente não por parte de um adulto. Pode ser fruto de uma assadura. Depois disso,

há apenas informações arrancadas de crianças de 4 anos por pais desesperados.

Há o quadro já conhecido de policiais que se deslumbram com episódios que podem lhe

render popularidade, e de cobertura jornalística burocrática que se vale exclusivamente

da versão oficial.

Mas pode haver algo de maior impacto, para policiais e jornalistas, do que a suposição

de crianças de 4 anos—que poderiam ser filhos dos próprios leitores—sendo utilizadas

em sessões de filmes pornográficos?

Não há nenhuma foto, nenhum filme que comprove a versão, mas o que importa? Como

tem-se 50% de possibilidade do japonês da Aclimação ser culpado, está-se cometendo

apenas 50% de injustiça.

E toca-se a linchar o japonês e os pais de outros alunos de 4 anos, valendo-se dessa

grande prerrogativa de sentir-se fortalecido na companhia da unanimidade, para melhor

poder exercitar o supremo gozo de participar de um linchamento, sem riscos e sem

remorsos—uma espécie de realidade virtual da Disneyworld com vidas alheias, em que

se vive a sensação de perigo, sem correr riscos.

Pouco importa se o resultado final dessa investigação vier eventualmente a comprovar a

inocência dos acusados. Se errar, terão o álibi de estar errando em ampla companhia.

 

Lei e ética

O combate à corrupção não se faz em cima de leis, mas de princípios éticos

desenvolvidos pela sociedade como um todo. O primeiro círculo a coibir pr ticas erradas

é a família. O segundo, o círculo social. Se houver conivência com desvios, não há

aparato legal que resolva.

Em São Paulo, um banqueiro foi acusado de integrar o esquema PC Farias junto a

fundos de pensão e ao sistema Telebrás. Um grande empresário carioca, homem de vida

pública conhecida, e de boa reputação, acusou-o frontalmente de ter exigido propinas

para liberar uma licitação. Outro empresário, do setor de telecomunicações, acusou-o de

tê-lo procurado em nome do próprio PC Farias.

Nenhuma medida foi tomada pelo Ministério Público Federal para apurar os fatos. Fosse

apenas um empresário paulista, o banqueiro provavelmente teria sua vida investigada.

Mas é também genro de um senador da República.

A brava elite paulista transformou-o em seu mecenas particular, sem se preocupar sequer

em cobrar-lhe explicações cabais para as acusações. Ele é personagem ativo das colunas

sociais, sua casa é freqüentada por personalidades conhecidas da vida intelectual e

empresarial, suas festas elogiadíssimas, assim como suas virtudes de enólogo. Tem

dinheiro e é grande amante das artes. Um grande praça, sem dúvida.

Não se assuma a presunção da culpa. Pode ser que seja inocente. Pode ser que seja

culpado. O fato é que em nenhum momento as suspeitas provocaram sequer o

constrangimento, que é o sinal mais tênue de existência de princípios éticos regendo

relações sociais.

Mas pouco importa. O poderoso japonês da Aclimação está aí mesmo, para mostrar que

com a sociedade brasileira não se brinca.

 

Luis Nassif

39 Comentários

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    1. “Nassif, não por acaso, você

      “Nassif, não por acaso, você é o melhor!” (2)

      Lembremo nos, TODOS NOS, que o caso de Caio “confessando” receber dinheiro de “partidos” ainda esta pra ser feito…  pelo advogado e pelo delegado “presentes”.

  1. Excelentes reflexões,

    Excelentes reflexões, parabéns Nassif. Pena que parece não interessar ao povo, não sei o motivo da apatia, mas o povo não tem interesse pela verdade. Parece que só interessa o espetáculo.

  2. Só quero entender

    Uma empresa que fatura milhões de reais por mês, no caso o SBT, após mais de 20 anos, é condenada a pagar R$ 100 mil em indenização, era 300 mil mas o Judicário achou muito e baixou para 100 mil. Sem pena de prisão dos donos da emissora ou de quem que seja. Tudo isso ao mesmo tempo em que vemos petistas que não tem onde cair morto sendo condenados a pagar valorres até próximo a 1 milhão de reais além de anos e anos de prisão num julgamento farsesco, tão falso como o caso Escola Base e, por coincidência, também levado a cabo pela mesma mídia que tem técnicas e poderio para transformar inocentes em monstros. Triste. 

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=0_i0lLEg924%5D

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=o4GEEd86_0g%5D

    Publicado em 05/05/2012

    Uma história que mobilizou a imprensa nacional. Jornalistas que não questionaram a versão de um delegado. E a vida de seis pessoas foi destruída. O caso Escola Base completa 18 anos.

     

    1. Promotoria CSI

      O promotor do caso fez brilhante e correta exposição no tribunal. Fez uma “timeline” à la CSI minuto a minuto de tudo o que aconteceu naquela noite. GPS, sangue, luminol, pegada do sapato, marca da tela da janela na camiseta, roupa recém-lavada e jogada no balde, pingos de sangue no chão, altura de quem carregava a criança, marcas no pescoço compatíveis com as mãos da acusada, marcas nos pulsos, e principalmente a demonstração que somente quem sabia que a tesoura ficava na segunda gaveta do gabinete da cozinha teria tempo para cortar a tela e jogar a criança de lá. Somente alguém que morava lá poderia tê-lo feito. E mais: que pai, que madrasta, ao ver uma criança de 6 anos caída de uma janela, ao invés de ligar desesperadamente para o SAMU 192 “pelo-amor-de-Deus venham logo minha filha caiu da janela” liga para um pai e um sogro, advogados? Calmamente? Dá até pra imaginar o que falou ao telefone… “Pai, fizemos uma cagada, o que eu faço?”

      A exposição foi ainda mais correta e completa porque não precisava. As expressões dos rostos de Alexandre Nardoni e Ana Jatobá eram exatamente as mesmas de Guilherme de Pádua e Paula Thomaz assassinos de Daniela Perez. Está escrito em suas testas: CULPADO. Qualquer outra hipótese para a morte da menina Isabella, além de inverossímil, provou-se ser inviável do puro e simples ponto de vista temporal.

      Bem diferente do Escola Base onde não havia, como diria Ives Gandra Martins, “um fiapo de prova”.

  3. Um tributo a Luis Nassif

    Foi um caso escabroso, chocante. Luis Nassif deve se orgulhar. Foi corajoso ao não se submeter ao efeito manada e ter apostado na inocência dos proprietários e funcionários da Escola de Base. Provocou uma reversão no caso. Os acusados tiveram as vidas destruidas. Não sei onde foi parar a mamãezinha infantil, imbecil e irresponsável que provocou a celeuma trágica. Nada aconteceu ao Delegado, aos policiais e membros da imprensa. Só sei que passados 20 anos……essa indenizaçãozinha mixuruca é um escárnio. Fico indignado. Sinto nojo.

  4. Todo mundo culpa o delegado,

    Todo mundo culpa o delegado, a imprensa, etc. e acho que está certo. Entretanto, ninguém questiona a vagabunda da mãe daquela criança. A pergunta que faço e: por que essa mão vasculhava a bunda do filho? Será que não era ela a molestadora do próprio filho e foi pega por alguém fazendo isso e para se livrar lançou a denúncia contra a escola? Essa mulher deveria estar presa e pagar pelo que fez com 6 pessoas de bem. Ela é quem deveria pagar a indenização, pelo resto de sua maldita vida, para essas 6 pessoas que ela destruiu. Tenho certeza que se pesquisarem direito vão descobrir que essa mulher foi quem violentou o próprio filho.

    1. Um dos nomes para o coisa

      Um dos nomes para o coisa ruim é LEGIAO. Nunca aje só. Culpados foram desde a mãe até nós, leitores, que nos alimentamos do sangue dos jornais. Nos refestelamos no lixo e da desgraça alheias. A carapuça nos cabe. Afinal de contas, se a Imprensa vende esse tipo de produto é porque tem demanda. Não é mesmo? Adoramos tomar ciencia das desgraças, vícios e pecados dos outros, e se for de “famosos”, melhor ainda.

      É aquela velha história, o Diabo sempre são os outros. 

  5. Assim como  Andre, tenho

    Assim como  Andre, tenho muitas dúvidas no caso Nardoni. Aliás, dúvidas, não: tenho convicção de que o casal é inocente.

    1. Rogério, tenho duvidado de

      Rogério, tenho duvidado de todas versões dos últimos crimes últimos. Duvido que Marcelinho tenha chacinado os pais PMs, que Kue tenha se suicidado e auto extraído todos dentes pelas raizes, e que foram cachorros que removeram, cirurgicamente, todo rosto daquela senhora. Mas, no caso Nardoni parece que eram culpados mesmo. Digo, porque vi transmissão pela TV de imagens ao vivo da cena logo em seguida à queda. Aparecia pessoas em volta da menina, e o pai , distante, telefonando, depois soubemos ser para o seu próprio pai. Nenhum pai vítima inocente agiria assim. Qual pai relegaria passar os últimos instantes com a filha morrendo para buscar ajuda de advogado ? A menina ainda não tinha morrido, ele tinha que estar também perto dela, desesperando por socorro médico, na esperança de salvar-lhe a vida, essa é a atitude de qualquer pai na situação.

      1. Caso Nardoni

        Concordo. Tive a mesma impressão. A frieza do pai foi impressionante. Há um outro aspecto: a mulher do Nardoni. O assassino só pode ter sido um deles. Ambos foram condenados e nenhum atirou a culpa no outro. Estranha e macabra solidariedade.

        1. Solidaredade clássica quando

          Solidaredade clássica quando um é dominante e o outro submisso. E sempre foi muito claro apra mim que a madrasta era a dominante.

           

  6. o caso escola base

    Quero aqui parabeniza-lo por esta matéria,…as vitimas da Escola Base, seus proprietários, que em momento algum, duvidei que inocentes fossem!!! Trucidados foram!

    Pergunto: É a Imprensa Inrresponsável, é o Ministério Publico Inrresponsavel???…quem  responsável sera, por todo Mal/Mau, causado a essas pessoas???… vou mais longe, e ai com conhecimento de causa, pois sou vitima…, Tanto a Imprensa como o Ministério Publico, continuam a “DESTRUIR CIDADÕES DO BEM”, DIUTURNAMENTE NESTE PAÍS, POR  INTERESSES OS MAIS DIVERSOS,…POLITICOS, FINANCEIROS E /OU SIMPLESMENTE,VAIDADE!!!.

    OBS: SUJIRO QUE TRABALHE MAIS ESTE TEMA, POIS AS VITIMAS DESSES, SÃO MILHARES ,SE NÃO MILHÕES, NESTA INFELIZ NAÇÃO.

  7. jornalismo partidarizado

    Hoje, o caso sórdido de destruição de famílias, de esfacelamento de vidas que foi a denúncia infundada da Escola Base, está esquecido pela grande mídia. No entanto, o assassinato de reputações continua muito presente, agora impulsionado por um forte viés político. É nessa “vibe”que se inscrevem a contribuição financeira das FARCS para o PT, os dólares cubanos nas caixas de uísque, a ficha falsa da Dilma na FSP e toda a vasta contribuição da parceria Veja / Cachoeira / DemóstenesTorres.

  8. Crimes da Imprensa

    Seu(s) artigo(s) me inspiram; motivam-me a preparar-me, cada vez mais, para exercer a advocacia com ética; parabéns Nassif por nos obrigar a refletir!

  9. Parabens, Nassif:
     
    So não

    Parabens, Nassif:

     

    So não entendo porque o seu blog faz então campanha pelas biografias não autorizadas.

    Como voce diz, “vinte anos depois, os antigos donos da Escola Base conseguem uma indenização mínima, perto dos prejuízos sofridos.”

    Sera o que acontecera com muitos dos que forem injuriados em “biografias” não autorizadas.

    Por acaso, acabo de ler, agora, nesse mesmo portal, as afirmações de uma artista de televisão tendo que se justificar sobre uma “denuncia”, num programa de tv, a acusando de abandonar sua avo na desgraça.

    A moça afirmou que, nos seus vinte e tantos anos de vida, a tal avo, que ja havia abandonado na infancia a sua mãe e tia, jamais a procurou.

    A honra, a intimidade das pessoas deveriam ser considerados valores muito serios para estarem a disposição de qualquer um.

  10. ESCOLA BASE – A MÍDIA NÃO SE EMENDA

    Nassif……………a mídia não se emenda……………..fez escola…………ainda hoje se alimenta da desgraça alheia………com total irresponsabilidade, assassinando reputações….dá nojo destes abutres.

  11. Verdades

    Hoje o grande problema de nossa sociedade é o abuso do exercício de direitos. Como assim? Muitos acham que seus direitos se sobrepõem a de muitos outros. A imprensa  tem em muitos casos o costume de extrapolar em seu direito de liberdade de expressão. Temos vários exemplos de extrapolação, caso Carolina Dickeman com os Pseudos  jornalistas do Pânico, e tantos outros casos de “jornalistas” que com a desculpa de que são defensores da liberdade de imprensa escrevem e praticamente espionam a vida alheia.

    Muito me assusta hoje ver um bando de “jornalistas” conhecidos como papparazzi realizarem patrulhas com  mais de 10 destes esperando determinada atriz que tinha acabado de ser traída pelo seu marido. Poxa será que não podem respeitar um momento de dor de uma pessoa, sendo ela pública ou não.

    O caso da história de Base foi o cumulo da extrapolação de todos os meios mais podres do uso da imprensa, por pura necessidade de manchetes destruíram famílias, sonhos patrimônios, lembrando que populares invadiram a Escola e a destruíram.

    Quem paga por uma vida destruída, quem paga por sonhos abandonados, quem paga pela humilhação.

    Não importa o valor pecuniário, certos jornalistas orgulhem se vocês com muito profissionalismo destruíram vidas.

  12. Nassif concordo com quase

    Nassif concordo com quase tudo que você expôs, porém a própria polícia e autoridades na área da infância e adolescência alertam para dar total atenção a relatos dos infantes sobre toda e qualquer denúncia no que diz respeito a supostos abusos sexuais sofridos pelos mesmos. Alertam que principalmente crianças de tenra idade não mentem quando envolvidos nessa hediondez. Penso que nesse caso o que faltou foi investigação, negligenciaram provas, fizeram alarde sobre fatos inconclusivos e clamaram por holofotes numa tentativa de chamar atenção da mídia pela forma mais negativa possível.  Só o fato dos donos da escola, alguns pais, professores, motoristas, todos estarem envolvidos ao mesmo tempo já dava para desconfiar, abusadores de crianças não costumam agir em grupos, agem sempre com o mínimo de testemunhas ou comparsas possíveis mesmo que envolvam vários menores ao mesmo tempo.    Quanto a atitude dos pais e mães das crianças é compreensível que fiquem alarmados e aterrorizados ante qualquer indício e ou suspeita de abusos sexuais contra seus filhos, ainda mais nesse caso envolvendo crianças de tenra idade.  Cabia a polícia em primeiro lugar agir com investigação e inteligência.  Entendo que casos envolvendo abusos e supostos abusos contra crianças causam comoção social, e até provar que fucinho de porco não é tomada o estrago já foi feito.

    1. Pouco tempo depois aconteceu

      Pouco tempo depois aconteceu caso semelhante nos Estados Unidos. Uma mãe histérica achou que o filho de 4 ou 5 anos estaria sendo vítima de abusos sexuais. Levou-o a uma psicóloga que, predisposta a aceitar a denúncia, induziu o menino a referendar a fantasia da mãe. Liquidaram com a escola e, tempos depois, descobriram que não havia acontecido nada.

      1. ACUSAÇÃO

        Nassif,

        A menos que eu esteja enganado (porque há muitas histórias escabrosas como essa mundo afora), esse caso que você citou virou filme: “Acusação”, com James Wood no papel de advogado da família que era dona do colégio.

        Um filme pouquíssimo falado e que praticamente nunca reprisou em lugar algum (por que será?). Um caso impressionante do que você chama de “assassinato de reputações”: provas forjadas, depoimentos distorcidos, argumentações falaciosas… Um show de horrores horripilante!

        Quem puder, assista esse filme, mas cuidado! Não é para qualquer estômago…

  13. Esola Base e Outros Linchamentos, À Moda do Mentirão!
    Bom dia.

    Distint@s postantes do GGN.
    O caso Escola Base ilustra bem o quão importante é ter um tópico que venda, na base do “os fins justificam os meios”. Parabéns, Nassif, pelo seu profissionalismo e pela primazia em tentar a verdade factual, numa cultura onde o que importa é o que vende e ou deturpa.
    Não se pode não se traçar um paralelo com o Caso Itamaraty-Mirândola, nem tampouco não citar o caso do Atentado do Fokker da TAM: Prof. Leonardo, “… Exibicionista, fabulador e maníaco, é agora o suspeito número 1 da bomba da TAM”, asseverava, então, a Veja. Ambos os “acusados” foram massacrados e não tiveram a mínima chance de defesa.
    Em ambos os casos, como sói, as acusações eram manchetais e a retratação, se lha houve, em letras de bula de remédio.

  14. Já que o PSOL tem sido

    Já que o PSOL tem sido bombardeado pelas denúncias esdrúxulas da mídia, acredito que deveriam resgatar esse caso e utilizá-lo ao seu favor. Marchas em frente às emissoras lembrando os 20 anos do caso, seriam o mínimo que eu esperaria dos nossos partidos de esquerda, os quais, talvez sejam as maiores vítimas da truculência da mídia conservadora. Mas não… acho que vai continuar como está. Não vi um pio da grande mídia sobre o inquérito 2474 ou as novas estrepolias escabrosas de Gilmar Mendes (fora Carta Capital claro). E aparentemente nem 10% da população se preocupa com tais questões. Será que um dia minha alma será ressarcida por todos esses delitos cometidos pela imprensa contra toda lógica e racionalidade de nossa civilização? Será que não seria melhor ter me alinhado ao ”senso comum” dos poderosos e não me importunar mais com coisas como essa. Ser um lacerdinha, um coxinha… esses pelo menos parecem satisfeitos na realidade que criaram, não importa o quão torta e irracional ela se torne. Essa realidade pelo menos parece bem maleável a ponto de fazer Joaquim Barbosa virar um asno, quando votou contra a extradição de Battisti, mas transformando-o em “o herói maior da nação” durante o julgamento do mensalão.

    Não, infelizmente não consigo trocar os óculos. 

    Parabéns Nassif! Esse caso jamais poderá ser esquecido. Apesar de todos os percalços de nossa imprensa, acredito que a verdade é indestrutível e sempre prevalecerá. 

  15. Vinte anos de luta no

    Vinte anos de luta no judiciário para verem o valor da indenização ser reduzida para 100 mil réis no STJ.

    Agora, quando o ofendido é magistrado, os valores são bem maiores.

    Basta vasculhar o caso do Juiz Luiz Beethoven, que foi acusado pela mídia de “facilitar” a adoção de crianças quando atuava numa vara de infância no interior do Estado de São Paulo.

    Ele mandou ação de danos morais contra vários grupos de mídia e as condenações foram vultuosas.

     

  16. As pedaladas da imprensa

    http://migre.me/hZzt3 – Alcení Guerra, foi ministro da Saúde no governo Fernando Collor de Mello, de 15 de março de 1990 a 23 de janeiro de 1992 – quando a Globo e grande parte da imprensa, resolveu derruba-lo. Envolvido em um escândalo pela aquisição de bicicletas supostamente superfaturadas pelo Ministério, foi exonerado. Foi totalmente inocentado anos depois. Pergunto: Hoje quem tem conhecimento disso?

  17. injustiças

    Declaro que sou vitima do Ministério Publico de Minas Gerais, me declaro “INOCENTE”… por quatro anos eu e meus familiares somos vitimas de infamias, de ações do MP de Minas Gerais,.. e nem se quer fui ouvido ou instado , invadiram minha residência , transformaram a vida minha e de meus familiares, não nos dão satisfação, …destruiram-me profissionalmente,psicológicamente,impuseram pesadas cargas financeiras à minha familia, … E AI PERGUNTO,,,,, A  QUEM CABERA A REPARAÇÃO????, ELA NUNCA  OCORRERÁ!!! …EIS O EXEMPLO DA ESCOLA BASE!!!, INFELIZMENTE VIVEMOS EM UMA INFELIZ NAÇÃO,   AS PESSOAS DO BEM PAGAM MUITO CARO PARA TEREM UMA VIDA RUIM!!! E AS PESSOAS DO MAU / MAL…, POUCO OU NADA FAZEM PARA TER UMA VIDA TERRESTRE, MUITO BOA!!!, BASTEM QUE SEJAM DESONESTOS, HIPÓCRITAS… E QUE NÃO TEMAM A DEUS!!!

  18. “que bom” a IN justiça foi feita…

    Numa conta grosseira, pegue esses R$ 200.000,00 (R$ 100.000 cada) e divida por 240 meses (20 anos). Será o valor de R$ 833,34. E mais uma vez, a INjustiça foi feita! Onde está a premissa do poder econômico? O que é isso para as empresas de televisão? Irresponsabilidade completa… agora, se fossem outros os lesados… aí teríamos indenizações bem generosas…

    Só para constar… tive parentes que estavam em um shopping de São Paulo, onde o telhado desabou sobre eles. Tiveram ferimentos profundos na cabeça, deixando cicatrizes e sequelas emocionais. Uma das pessoas não consegue entrar em shoppings direito! Valor da indenização: R$ 10.000,00.

    Isto tudo é uma piada mesmo!

  19. Absurdo isso!!

    E se isso não foi também preconceito e inveja dos donos da escola?  estranho… parece q os proprietários sofreram xenofobia, pois são estrangeiros e os funcionários tb pagaram o pato.

    E se esses pais dos alunos q fizeram a denúncia mentirosa provavelmente são de nível baixo e resolveram bolar esse plano para acabar com  a vida desse cidadão aí de bem. esse tipo de gente é um perigo, pois além de querer fazer o mal por algum motivo de inveja principalmente, ainda tem na mente a vontade de obter dinheiro em troca com seu plano maléfico… só o q vemos nessa vida, tipos assim perversos. uma acusação dessas certeza eles pensavam q levariam muito dinheiro pois os “anjinhos” deles foram as vítimas. blá blá

    Ainda tem o fato desses menores de 3,4 anos ou mais q por serem crianças são consideradas perfeitas para grande parte da sociedade. pois afirmam q “criança é ser puro, incapaz de prejudicar, mentir, q vem de Deus” e todo o blá blá. q horror! com uma dessas completa meu pavor de chegar perto de qualquer menor mesmo ñ tendo passado por algo semelhante, fico pasmo.  quero distancia desses seres menores. forever!! 

    BRASIL: VERGONHA, LIXO!!! e a midia q errou nem se fala, uns abutres em busca de fama, poder e dinheiro. irresponsáveis. todos os mentirosos terão seu pago. imagine como esses menores estão hoje em dia… será que são gente de bem? adolescentes, jovens estudiosos?! ver p crer!!!

  20. COLEGIO BASE

    ACHO UM ABSURDO, ESSE CAMARADA CHAMADO SAULO CONHEÇO ELE MUITO TEMPO E HOJE TRABALHA COMIGOFAZENDO BICOS, POIS O MESMO SE FICAR PARA IRA FICAR XAROPE E POR ISSO DOU UMA FORÇA A ELE.

    TUDO QUE FALARAM DELE ACABOU COM ELE E FAMILIA.

  21. Lamentável

    Recentemente, no meu estado Paraná, houve um caso de escabrosa injustiça cometida contra quatro infelizes acusados de violentarem e matarem a menina Thayná, com repercussão nacional. O local onde eles trabalhavam, um parquinho de diversões de subúrbio, onde eles teriam “matado e violentado a menina” , foi depredado e incendiado por um bando de loucos ignorantes, alienados por notícias mentirosas da imprensa e da polícia. Aí uma pergunta: o MP derrubou a farsa contra os caras, que já estão soltos e protegidos no Programa de Proteção Á Testemunha (pasmem protegidos da polícia, que deveria proteger não somente eles, mas toda a sociedade), não se sabe exatamente quem matou a garota; quem vai pagar o parquinho de diversões destruído pelos alienados, quem vai ressarcir o dono do parquinho, que assim como os outros quatro, nada tinha a ver com o crime … esse cara com certeza é mais um que, destruído pela farsa de uma investigação capenga e a fúria de um povo burro e ignorante, terá que vender banana ou virar empregado dos outros com salário mínimo pra não morrer de fome, literalmente. Como será que fica a cabeça de uma pessoa que passa por tamanho sofrimento … acusações injustas …

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