Confiança do empresário do comércio paulistano cai 27,4% em 2015

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) atingiu 74 pontos em dezembro, um crescimento de 1,7% em relação a novembro. Em comparação com o mesmo período de 2014, porém, houve queda de 27,4%. O levantamento foi elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Na avaliação por componentes, o Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) registrou queda nos doze meses de 2015. Em dezembro, o índice atingiu 33,3 pontos – considerado o menor patamar da série histórica, com um recuo de 0,9% em relação a novembro e de 51% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Já o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC), que alternou o movimento ao longo de 2015, marcou a terceira elevação consecutiva, passando de 113,1 pontos em novembro para 113,3 pontos em dezembro, leve alta de 0,2%. A principal contribuição veio da expectativa dos comerciantes em relação ao futuro da economia brasileira, que melhorou 0,4%, na base mensal, atingindo 91,4 pontos.

Outro componente que ganhou força foi o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), que mede a propensão dos empresários em relação a novos investimentos. Com alta de 5,3% ante novembro, o índice atingiu 75,4 pontos. A maior influência partiu do Indicador de Contratação de funcionários (IC), que subiu de 11% para 88,4 pontos – o que pode ser explicado pela contratação de temporários para atender ao maior movimento do fim de ano.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, a alta do indicador deriva da expectativa dos empresários em relação às vendas para o Natal e não indica uma recuperação da confiança no curto prazo. “Enquanto não houver uma sinalização clara de que as reformas e os ajustes necessários para a retomada do crescimento econômico serão feitos, a tendência é que o indicador permaneça na zona de pessimismo, próximo aos menores patamares da série histórica”.

A desconfiança com as condições econômicas é generalizada entre os portes de varejistas. A confiança dos proprietários de empresas com mais de 50 funcionários piorou 34,5%, no comparativo anual, e 2,6% em relação a novembro, atingindo os 71,4 pontos. Já para as empresas com até 50 empregados, houve queda de 27,3% em relação a dezembro de 2014, mas alta de 1,8% na comparação mensal (74,1 pontos). “Desde maio que a confiança das empresas com até 50 empregados não superava a dos varejistas maiores. Além disso, esta é apenas a terceira vez em toda a série histórica que isso ocorre”, ressalta a entidade.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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