Desemprego explica inadimplência, diz pesquisa

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O desemprego é o vilão da inadimplência dos brasileiros: para 26% dos inadimplentes a perda do emprego é a explicação para as contas atrasadas, segundo pesquisa elaborada pela consultoria Serasa com 8.288 consumidores. O segundo motivo é o descontrole financeiro (17%), seguido pelo esquecimento de pagar (7%), o empréstimo do nome para terceiros (7%) e despesas extras com serviços, educação e saúde (7%). 

Na sequência, fraude (5%), alta dos preços (5%), diminuição da renda pessoal e ou familiar (5%). Os motivos atraso de salários e doença e ou morte na família corresponderam a 3% cada. O restante (15%), não identificou o motivo, não soube ou não quis responder.

No Sudeste, a porcentagem de pessoas que culpa o desemprego pela inadimplência é de 33%. O Nordeste vem em segundo, com 28% dos entrevistados afirmando ser essa a causa do nome sujo, seguido pelo o Sul, com 23% e o Norte, com 13%. A região Norte é a única do país onde a falta de trabalho não é mencionada como a principal razão para as dívidas não pagas: as despesas extras com produtos e serviços justificam para 21% dos inadimplentes locais.

Já no Estado de São Paulo, o desemprego é o protagonista para 34% das pessoas que estão com o nome sujo. O descontrole financeiro é a segunda razão da inadimplência para 19% dos paulistas. Em seguida, com 7%, o empréstimo do nome a terceiros e o esquecimento de pagar, com 6%.

“O trabalhador, que conta com o salário para sustentar a família, obviamente, tem motivos para se preocupar ao ser demitido”, diz a especialista em relações com os consumidores da Serasa, Karla Longo, em comunicado.“Mas o desespero não é bom conselheiro e atitudes intempestivas só vão agravar a crise. Colocar a cabeça no lugar, compartilhar a situação com a família e começar a fazer as contas, expor a situação e tentar uma boa negociação são os primeiros passos para encarar o momento. Os credores sabem das adversidades da economia e isso dá força para o consumidor pedir descontos e parcelamentos para conseguir limpar o nome”, afirma a especialista.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

2 Comentários

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  1. num pais que dito ordenamento

    num pais que dito ordenamento jurídico pemite banco corrigeir dívida em até alguns milhões de porcento acima da inflação, é pura sacanagem culpar o devedor por inadimplência. 

     

     

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    JURO DE 400% NO CARTÃO: NÃO TEM PREÇO

    http://super.abril.com.br/blogs/crash/ta-assustado-com-o-dolar-alto-olha-onde-estao-os-juros-do-cartao-no-brasil/?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_super

     

    COM CRISE OU SEM CRISE, BANCOS BRASILEIROS TÊM CADA VEZ MAIS LUCRO

    http://opiniaoenoticia.com.br/economia/com-crise-ou-sem-crise-bancos-brasileiros-tem-cada-vez-mais-lucro/#.Vc42ofuGy7E.facebook

     

    STF CONFIRMA LEGALIDADE DE MP QUE PREVÊ CAPITALIZAÇÃO DE JUROS

    http://veja.abril.com.br/noticia/economia/stf-confirma-legalidade-de-mp-que-definiu-juros-sobre-juros-no-mercado-financeiro

    NYT: JUROS NO BRASIL FARIAM AGIOTA AMERICANO SENTIR VERGONHA

    http://veja.abril.com.br/noticia/economia/nyt-juros-no-brasil-fariam-agiota-americano-sentir-vergonha

    NO CARTÃO, JUROS DE  QUASE 1000% AO ANO

    http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,no-cartao-juros-de-quase-1000-ao-ano,176932e

     

    BRADESCO TEM LUCRO LÍQUIDO DE R$ 4,12 BI NO TERCEIRO TRIMESTRE

    http://veja.abril.com.br/noticia/economia/bradesco-tem-lucro-liquido-de-r412-bi-no-3-tri

    1. Concordo, culpar os de baixo é bem mais fácil

      Quem oferta o crédito só falta jogar o dinheiro dentro do bolso do distraído. 

      Quem oferta bens à venda, só falta correr nas ruas atrás de incautos, concitando-os a levar a mercadoria, de qualquer jeito.

      Não tem havido limite ou distinção entre o que há de ético ou de aético nessas ofertas de crédito, persegue-se puramente o objetivo de ganhar dinheiro em cima do agir dos outros, a qualquer custo.

      Instituições de crédito, inclusive as oficiais, correm atrás dos idosos e/ou adoentados mostrando as maravilhas de botar dinheiro (dos bancos) no bolso sem maiores trabalhos.

      Quando alguém pega num caixa eletrônico a fita com o saldo no banco, lá vem um “saldo disponível”, que é um valor que já está agregando uma oferta dissimulada de crédito. Fácil de sacar e de se endividar.

      Ah, para se livrar de prejuízos, mesmo os causados direta ou indiretamente por essas criações de “facilidades”, quem oferta tais “créditos” dispõem de seguros, ou de redução nos impostos, ou de outros modos de continuar tendo lucros apesar de cometer o que se poderia  qualificar de verdadeiras falcatruas. 

      Enquanto isto, um Serasa estará sempre à mão para ajudar a dizer que, se algo está errado, a culpa é disto ou daquilo mas NUNCA do credor.

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