Juros do cartão de crédito chegam a 350,79% ao ano

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A taxa média de juros do cartão de crédito chegou a 350,79% ao ano, segundo levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Ao mês, a taxa do cartão está em 13,37%, o que representa um aumento de 0,34 ponto percentual em relação a julho. No cheque especial, a taxa média ficou em 218,17% ao ano (10,14% ao mês), com elevação de 0,04 ponto percentual na comparação com julho.

Das seis linhas de crédito pesquisadas, todas tiveram suas taxas de juros elevadas no mês (juros do comércio, cartão de crédito rotativo, cheque especial, CDC-bancos-financiamento de veículos, empréstimo pessoal-bancos e empréstimo pessoal-financeiras).

 A taxa de juros média geral para pessoa física apresentou uma elevação de 0,08 ponto percentual no mês (2,04 pontos percentuais no ano) correspondente a uma elevação de 1,13% no mês (1,61% em doze meses) passando a mesma de 7,06% ao mês (126,74% ao ano) em julho de 2015 para 7,14% ao mês (128,78% ao ano) em agosto de 2015 sendo esta a maior taxa de juros desde julho de 2009.

Para pessoa jurídica, a taxa de juros média geral para pessoa jurídica apresentou uma elevação de 0,03 ponto percentual no mês (0,55 ponto percentual em doze meses) correspondente a uma elevação de 0,74% no mês (0,90% em doze meses) passando a mesma de 4,06% ao mês (61,22% ao ano) em julho de 2015 para 4,09% ao mês (61,77% ao ano) em agosto de 2015 sendo esta a maior taxa de juros desde junho de 2009. As três linhas de crédito pesquisadas foram elevadas no mês.

Segundo a Anefac, uma série de fatores ajudam a explicar o recente ciclo de alta dos juros nas linhas de crédito, como o cenário econômico que aumenta o risco do crescimento nos índices de inadimplência.

“Este cenário se baseia no fato de os índices de inflação estarem mais elevados, haver aumento de impostos e os juros maiores reduzirem a renda das famílias. Agregado ao baixo crescimento econômico, poderá resultar no crescimento dos índices de desemprego. Tudo isto somado e o fato de que as expectativas para 2015 serem igualmente negativas quanto a todos estes fatores, leva as instituições financeiras a aumentarem suas taxas de juros para compensar prováveis perdas com a elevação da inadimplência”, diz a entidade.

Outros fatores que influenciaram as taxas foram o aumento das taxas de juros futuros por conta da turbulência política econômica, e o ajuste da carga tributária para o sistema financeiro no pacote fiscal que elevou a CSLL (Contribuição Social sobre o lucro líquido) de 15% para 20%, o que aumentou a cunha fiscal das instituições financeiras e que se refletirá no repasse para as taxas de juros das operações de crédito, diz a Anefac.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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