Varejo paulista perde mais de R$ 34 bi em faturamento até novembro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O faturamento real do comercio varejista do Estado de São Paulo atingiu R$ 46,8 bilhões em novembro, queda de 10,1% na comparação com o mesmo mês de 2014 e R$ 5,3 bilhões abaixo do valor alcançado em novembro de 2014. Este foi o menor faturamento para o mês desde 2009.

Já no acumulado dos onze meses de 2015, o varejo paulista teve retração de 6,5%, o que representa uma redução de R$ 34,2 bilhões nas vendas. Os dados foram divulgados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).

Entre as 16 regiões analisadas pela entidade, apenas o comércio varejista da região do Litoral paulista mostrou resultado positivo em novembro (1,3%), enquanto as demais apresentaram recuo em suas vendas.

Sete das nove atividades analisadas registraram quedas expressivas em novembro, das quais quatro delas, acima de 15%: concessionárias de veículos (-23,7%), materiais de construção (-20,6%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (-17,6%) e outras atividades (-15,6%). Somados, os quatro segmentos contribuíram negativamente com a retração geral com 9,8 pontos percentuais. Por outro lado, os setores de supermercados (3,5% e colaboração no resultado geral de 1 ponto percentual) e de farmácias e perfumarias (0,7%, sem contribuição significativa), foram os únicos que não recuaram.

Apenas na capital paulista, o varejo registrou queda de 7,2% em novembro na comparação com o mesmo mês de 2014 e atingiu o faturamento real de R$ 14,6 bilhões. É o menor faturamento  para um mês de novembro desde 2009. No acumulado do ano, a retração foi um pouco menor (-4,4%) e a 19º queda consecutiva nessa base de comparação, o que representa uma redução de vendas reais de R$ 7 bilhões em comparação ao mesmo período de 2014.

Das nove atividades analisadas, seis registraram queda, sendo que quatro retraíram acima de dois dígitos: materiais de construção (-21,5%), outras atividades, setor em que predomina o varejo de combustíveis (-19,1%), concessionárias de veículos (-15%) e lojas de móveis e decoração (-11,7%). Juntas, as quedas pressionaram negativamente o índice geral em 7,8 pontos percentuais.

No sentido oposto, as três atividades que conseguiram obter taxas de crescimento foram supermercados (4%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (1,9%), farmácias e perfumarias (1,7%), que somadas, amenizaram a queda geral em 1,5 p.p.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, além das baixas observadas no mês, o fraco desempenho dos setores de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-11,2%) é um forte indício de que nem mesmo as vendas promocionais da Black Friday de 2015 conseguiram impedir a forte redução das vendas do segmento.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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