A automação ferroviária – uma saída ao desastre econômico do setor

A análise dos resultados do 3º Trimestre de 2015 das 3 maiores operadoras independentes de carga, a FCA-VLI, a RUMO-ALL e a MRS Log, apresentados na tabela a seguir, demonstram que o setor continua em decadência. Foram mais de quatro centenas de milhões em perdas atuariais aos credores, só no trimestre. Esse custo de oportunidade perdido penalizará a sociedade. Ficaremos mais pobres, pagaremos mais impostos ou ambos.

 

As ferrovias são cronicamente ineficientes, consomem mais recursos do que os clientes à remuneram. Essa equação é imperfeita, fica em desequilíbrio. Só se equaciona com recursos públicos na forma de subsídios. O valor de uso é menor que o custo de reposição. Os acionistas recebem remuneração inferior ao de títulos públicos.

O público precisa entender que ferroviais são inoperantes para disputar o mercado de cargas gerais. Se um ramal depender de carga geral para viver, estará condenado ao fracasso econômico. Isso acontece devido a incompatibilidade da tecnologia ferroviária tradicional atender bem os clientes disponíveis no mercado.

Mas isso não precisa ser assim para sempre. O material ferroviário é superior nas suas qualidades intrínsecas, mas o modelo operacional põem tudo a perder. A automação é a resposta para essa ineficiência operacional, ela tem atributos para se tornar um novo produto ferroviário muito mais atraente e competitivo no mercado de cargas gerais.

Não tema a vergonha de investir enganado na automação ferroviária, apenas tenha certeza de que ela é uma estratégia justa, verdadeira, orientada ao mercado e possível de ser executada. Assim, sua atitude será sempre uma decisão honrada. A automação é legítima porque o modelo tradicional é um fracasso só, é uma tentativa orientada ao mercado e as tecnologias estão disponíveis para serem testadas.

Entenda o que os números dizem sobre as operadoras ferroviárias, elas são empresas zumbis. Que o modelo da ferrovia tradicional é incompatível com a demanda. Prova do fracasso é que os ramais mais deficitários cortam a região mais rica do Brasil. As ferrovias morrem de cede em meio a um mar de cargas gerais. O problema é qual carga está em disputa? A ferrovia tradicional só se viabiliza para demandas de cargas homogêneas. Tudo é mais difícil para a carga geral (heterogênea). A idade de ouro das ferrovias não acabou por falta de ferrovia, da mesma forma que a idade da pedra não acabou por falta de pedra. Foram os usuários que a abandonaram. A estratégia para resgatar as ferrovias precisa pensar no cliente de carga geral, hoje perdido para a rodovia. A automação é uma estratégia de conquista do mercado de cargas gerais pela alta qualidade e pelo baixo custo que pode oferecer.

Fornecedores e empresas prestadoras de serviço estão prontas para desenvolver uma unidade digitalmente controlável num exíguo prazo de 1 ano.

A automação permitirá que a indústria ferroviária cresça onde hoje ela não prospera, no trato com a carga geral.

A automação abrirá novos espaços na mobilidade de cargas. Ela beneficiará os usuários com seus atributos superiores dos materiais, numa forma de servir superior. Custo, segurança e  comodidade.

Contribua para a re-engenharia da operação ferroviária no crowdfunding:

http://www.kickante.com.br/campanhas/automacao-de-vagoes-ferroviarios

 

Att.

Sérgio Torggler

Redação

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