Acerto em delação de Funaro atrasa denúncia de Temer na Câmara

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto-montagem: Brasil247
 
Jornal GGN – A Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu recuperar o acordo de delação premiada de Lúcio Funaro, considerado o principal operador financeiro do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e outros peemedebistas. O acordo foi ajustado sobre a cláusula que trata de improbidade administrativa. A demora pode afetar o envio da denúncia contra Temer na Câmara dos Deputados.
 
O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), havia pedido aos procuradores da República que fizessem o ajuste no acordo, que tramita em segredo de Justiça. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, a delação foi devolvida pela PGR nesta quinta-feira (31).
 
Agora, Fachin precisará analisar as modificações feitas por Janot antes de homologar o conteúdo. Nos bastidores, correm informações de um possível risco de perda da delação, o que prejudiciaria as acusações contra Cunha e alguns peemedebistas, inclusive o próprio presidente da República, Michel Temer e seus auxiliares.
 
A esperada segunda denúncia contra o mandatário, que deve ser enviada nos próximos dias pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve incluir os depoimentos de Funaro. Funaro delatou a cúpula do PMDB, incluindo Eduardo Cunha e os principais auxiliares do presidente. Entretanto, só podem ser adicionadas após a homologação. Por isso, a demora no acerto da delação do operador retarda, também, a possível peça contra Temer na Câmara.
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

2 Comentários

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  1. Há quem diga que a denúncia

    Há quem diga que a denúncia de que Fachin teria sido…Está dando seus frutos!

    Aliás, como estes juízes mudam! Alguns por simples notinhas de canto de jornal, outros…Raramente por acidente aéreo, raramente. Aliás, se judiciário é chancela para dizer se houve ou não golpe, 64 não foi!

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