Argentina faz acordo com procuradores brasileiros para usar delações da Lava Jato

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Da Procuradoria Geral da República

Um acordo de cooperação judicial firmado entre as procuradorias-gerais da República brasileira e argentina oficializa que os tribunais do país vizinho passarão a aceitar as delações premiadas e acordos de leniência firmados no Brasil no âmbito da Lava Jato. Diversos casos relativos à empreiteira Odebrecht tramitam na Argentina e, com as informações e provas fornecidas pelo Brasil, será possível, pela primeira vez, acusar ex-funcionários envolvidos em irregularidades.

A assinatura do documento, ocorrida na sexta-feira (13), é resultado do trabalho da Secretaria de Cooperação Internacional do Ministério Público Federal (SCI/MPF). Nos últimos seis meses, Cristina Romanó, que está à frente da SCI, intensificou as negociações. O objetivo era conseguir que os países chegassem a um entendimento comum sobre os termos da cooperação jurídica. A Argentina estava resistente em conceder imunidade aos delatores em troca das informações, mas esse ponto foi superado graças às gestões da SCI.

“Depois de um trabalho longo de negociação e diálogo entre a SCI e autoridades argentinas, conseguimos chegar a um acordo para que as delações envolvendo corrupção na Argentina possam ser disponibilizadas aos procuradores de lá. Trata-se de um enorme avanço na relação de cooperação jurídica internacional entre os dois países e mais um grande passo na luta contra a corrupção”, destaca Cristina Romanó. Ela diz que o documento foi finalizado de forma a proteger os colaboradores e o conteúdo dos acordos celebrados no Brasil.

De acordo com informações da SCI, esse mesmo tipo de termo de compromisso – para envio de informações – já foi firmado com a Suíça, a Noruega e a Holanda. O único país que ainda não aceitou oficialmente o compartilhamento de delações do Brasil foi Portugal. Por conter dados sigilosos, a íntegra do acordo firmado com a Argentina não pode ser divulgado.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

13 Comentários

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  1. Brasil virou pais exportador de delação fajuta
    Brasil virou pais exportador de delação fajuta.

    …. so uma encomenda de avioes para uma emprresa estrangeira foi fechado em mas de 1 bi

    e o postico entregou a Embraer por 3 bi, 10% do valor que o pais investiu na empresa para que ela se tornasse a terceira maior do mundo….

    …tudo bem…deixamos de exportar aviões mas viramos exportadores de deduragem……

    ….o Brasil lavajeteiro assinou na sexta feira 13 exportacao de delacao pra Argentina..

    agora eh chamar os lavajateiros para dar de comer ao povo

    a mortalidade infantil voltou
    ….
    agora viramos pais exportador de delação fajuta, sem provas, diga-se de passagem….

    que merda!

    1. Brasil pode ganhar mercado ao destruir empresas Argentinas

      É mais ou menos o mesmo que exportar o crack… a dengue… a malária… a feiura… a Igreja Universal… o MBL… lembra o europeu doando roupa infectada com a varíola para os índios… 

      Vamos exportar desgraça por que a nossa ta sobrando!

      1. A “colaboração” é pra

        A “colaboração” é pra destruir empresas BRASILEIRAS na Argentina, multa-las e fecha-las. Não registro de semelhante insanidade na Historia Mundial, um pais perseguri suas proprias empresas no exterior.

        1. Se fosse só isso
           

          Acho, sinceramente, que o método lava jato deu tão certo que além de destruir empresas brasileiras na Argentina também vai servir para afogar as  aspirações políticas da esquerda local.

           

        2. Empresas Alemãs que colaboraram com o Nazismo sofreram menos!

          Vale a pena fazer uma comparação com a perseguição das empresas Alemãs que colaboraram com o Nazismo e hoje estão mais prósperas do que nunca…

          …com as empresas que colaboraram com o “petismo” e estão virando pó… serão varridas do mapa em menos de uma década.

           

          E o Mazaropi ainda é herói nacional!!!

           

           

  2. para baixo e descendo

    Não adianta só quebrar as empreiteiras brasileiras. Vão salgar os prédios que elas ocupam e tirar cada centavo dos controladores para que não ousem voltar. Estão acabando com a engenharia brasileira para entregar tudo para as empreiteiras americanas. Já se fala em 60 mil engenheiros desempregados, muitos dirigindo UBER.

    Já já o sejumoro deles vai multar as empreiteiras em 2,95 bilhões de dólares. Esse número está na moda, lançado pela Petrobrás/Temer/Parente.

  3. No pano de fundo a culpa

    No pano de fundo a culpa dessa situação surreal é dos Governos do PT. Foi entre 2003 e 2016 que o Ministerio da Justiça ABRIU MÃO de sua INDELEGAVEL prerrogativa de COM EXCLUSIVIDADE tratar de relações internacionais de natureza policial e judiciaria com outros Estados. A PGR não é Estado e não representa o Estado perante outros Paises.

    Relações internacionais sobre acordos de colaboração devem atender ao interesse do ESTADO nacional  e quem define  esse interesse perante outros Paises é o Presidente da Republica através de seu Ministro da Justiça,  O Ministro da Justiça Jose Eduardo Cardoso foi particalemnte descuidado com esse tema, deixando solto o campo dos acordos judiciarios.

    Consta em TODOS OS ACORDOS DE COLABORAÇÃO JUDICIARIA que é o Ministro da Justiça não é a PGR que define o interesse do Estado, é o Ministerio da Justiça, a PGR nem deveria ter uma Secretaria Internacional porque o MJ já tem um Departamento de Cooperação Internacional exatamente para administrar esses acordos.

    Nos Acordos de Cooperação Judiciaria constra EXPRESSAMENTE que a Autoridade Central do Acordo é o Ministro da Justiça de cada Pais e não o Procurador Geral, porque há situações em que não há interesse do Estado em colaborar com a Justiça de outro Pais, essa é uma visão que tem que ser diplomatica e de politica internacional e não juridica

    Cabe a Autoridade Central ver o TODO e o CONJUNTO dos interesses e não apenas ver a ideia de “colaboração” como algo neutro, de interesse universal e sem consequencias para a economia. Cabe a cada Estado defender SEMPRE suas empresas

    no exterior, é assim que fazem TODOS os grandes paises do mundo há séculos, não há logica em  ajudar outros Estados a persegui-las por nenhuma razão. Os salarios da PGR são pagos pelos contribuintes brasileiros e não pelos argentinos.

    Ajudar governos estrangeiros a PROCESSAR empresas brasileiras NÃO ATENDE AO INTERESSE DO ESTADO brasileiro.

    1. Andre Araujo está coberto de

      Andre Araujo está coberto de razão. O Brasil é provavelmente o único país do mundo em que o seu aparato judicial age livremente em favor de interesses contrários ao interesse nacional…

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