Barroso, intérprete e personagem do jeitinho brasileiro, por Luis Nassif

Um dos estereótipos de brasileiro mais repetidos pela sociologia de orelha de livro é o do falso malandro, o sujeito propenso às pequenas espertezas, ao “jeitinho”, à malandragem menor. A cultura popular está coalhada desses exemplos, de Pedro Malasartes e Macunaíma, às raposas, coelhos, todos vistos como símbolo desse caráter errático do brasileiro.

Na mídia de massa, tornou-se célebre a campanha protagonizada pelo jogador Gerson, de “levar vantagem em tudo”.

Nos últimos tempos, o principal propagador dessa visão tem sido o Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em um paper famoso, um amontoado de lugares-comuns, mas mantendo o formato de ensaio, com Sumário, Introdução, levantamento histórico e conclusão, e um título com jeito de autoanálise – “Ética e Jeitinho Brasileiro: porque a gente é assim?”, Barroso deu início à sua épica brasiliana.

Nela, brande suas expressões favoritas – “iluminismo” e “civilizatório” – e sua humildade intelectual, de tratar o texto como Ensaio e expor seu humilde propósito:

“Na Parte I, comento brevemente aspectos da colonização do Brasil, para concluir que começamos tarde e fomos herdeiros de tradições menos iluministas do que, por exemplo, os Estados Unidos. Na Parte II, analiso a categoria sociológica do jeitinho, identificando seus (poucos) traços positivos, seus aspectos negativos e contextualizando-o em suas influências sobre a realidade contemporânea brasileira. A conclusão é que o jeitinho brasileiro tem custos morais elevados e, na maior parte de suas manifestações, deve ser superado pelo avanço civilizatório”.

Na Introdução, define o “jeitinho” brasileiro:

“Na sua acepção mais comum, jeitinho identifica os comportamentos de um indivíduo voltados à resolução de problemas por via informal, valendo-se de diferentes recursos, que podem variar do uso do charme e da simpatia até a corrupção pura e simples. Em sua essência, o jeitinho envolve uma pessoalização das relações, para o fim de criar regras particulares para si, flexibilizando ou quebrando normas sociais ou legais que deveriam se aplicar a todos. Embutido no jeitinho, normalmente estará a tentativa de criar um vínculo afetivo ou emocional com o interlocutor”.

No “Ensaio”, cita a estranheza de um cliente inglês com a falsa intimidade de um funcionário brasileiro.

Não há novidade nem profundidade nas elucubrações de Barroso. Mas suscitam um desafio instigante: identificar quem é o personagem no qual Barroso se baseou para suas conclusões, a síntese definitiva e fatal do “ser brasileiro”, o brasileiro macunaímico, esperto, malandro, que muda de opinião de acordo com as circunstâncias.

Quem quiser ler o ensaio, clique aqui. Quem quiser contar a quantidade de vezes que ele se proclamou “homem bom”, “do bem”, “que só faz o bem”, consulte o Google. “Barroso e iluminista” aparece em 112 mil menções; “Barroso e civilizatório” em 87.500 menções.

Quem quiser saber como Barroso às vezes choca interlocutores estrangeiros com a falsa cordialidade clique aqui

Mas vamos a uma análise de caso mais detalhada. 

O garantista que virou punitivista

Ontem, em evento na Associação dos Advogados de São Paulo, perante uma plateia de advogados,  Barroso defendeu a Justiça contra o “clamor público”.

“Em matéria penal não há espaço nem para criatividade judicial, nem muito menos para ativismo judicial e tampouco para clamor público e menos ainda para ouvir voz das ruas. Eu não acho que se mude o país com o Direito Penal, nem com vingadores mascarados. Mas o Direito Penal tem um aspecto civilizatório”. (CQD: toda declaração sua tem que ter o “civilizatório” e o “iluminista”).

Pouco antes, no dia 12 de junho, criticou publicamente a decisão de seus colegas do STF, visando coibir os abusos na condução coercitiva para interrogatório. Segundo Barroso, foi uma “manifestação simbólica daqueles que são contra o aprofundamento das investigações” e que visaria “atingir e desautorizar, simbolicamente, juízes corajosos”.

O que levou Barroso a mudança tão rápida de opinião, na AASP, foi a mesa anterior do encontro. Nela, o ex-Ministro Nelson Jobim fez duras críticas à desmoralização do Supremo, na gestão Carmen Lúcia. E mirou um tipo peculiar de Ministro, aqueles que

“precisam do STF para construir suas biografias. A maneira mais “infantil” de fazer isso é o ministro se voltar contra o presidente que o indicou. A segunda maneira, mais sofisticada, é romper antiga jurisprudência para ficar com a “paternidade” de uma nova”.

Estava ali o desenho a bico de pena de Barroso.

Na mesma mesa, o ex-Ministro Cesar Peluso disparou:

“Qual é o problema dessa postura ditada por algumas decisões ou pelo teor aparente de algumas decisões? É passar ao povo a ideia de que os juízes não são instituídos para julgar, mas para serem justiceiros. A função da magistratura é apenas a de julgar. A revolução, seja ela de que ordem for, é papel das instâncias políticas e da sociedade civil, não é função do Judiciário”.

O discurso de Barroso visou apenas contemporizar, e se adaptar à plateia do momento. Afinal, essa flexibilidade é um dos traços do brasileiro de almanaque, imaginado por Barroso.

Os dois Barrosos

Em sua carreira como advogado, Barroso sempre apelou para esse estilo, de trabalhar seu marketing pessoal investindo em temas legitimadores e, ao mesmo tempo, atuar como advogado, por vezes ajudando a legalizar práticas nocivas.

O advogado e Procurador da Justiça Luís Roberto Barroso ganhou notoriedade defendendo no STF causas como casamento homossexual, direito ao aborto, enquanto o advogado (e Procurador) ganhava dinheiro dando pareceres reservados à Eternit em defesa do amianto. A defesa de teses civilizatórias era pública. O parecer em favor do amianto foi discreto. Consta que Barroso preferiu leva-lo impresso aos Ministros, em vez de passar pelos sistemas digitais da corte.

Esse mesmo estilo está sendo utilizado, agora, em sua atuação pública. A visibilidade conquistada, o discurso punitivista associado a uma capacidade ímpar de autoelogio (ele se define como um “iluminista”, um “agente civilizador”, um homem que só faz o bem) acabou expondo o caráter de Barroso de uma forma ampla.

Chegou ao Supremo com fama de garantista.

Uma reportagem de Maíra Magro e Luísa Martins, em O Valor, descreve bem essas mudanças de tática de Barroso.

“A performance penal do ministro surpreende ainda mais porque ao ser nomeado, bem ao final do julgamento do mensalão, ele dizia pregar o direito penal mínimo. Votou a favor da aceitação dos embargos infringentes, que garantiram a revisão do julgamento de alguns réus, e disse que o caso era um ponto fora da curva. Na época, foi interpretado como crítico de uma suposta politização do STF”.

Em 3 de junho de 2015, dizia ele, a respeito das penas aplicadas no “mensalão”:

Acho que logo ali na esquina do tempo, passadas as paixões políticas, qualquer pessoa que examine com frieza e isenção esta matéria chegará a esta conclusão. Isso sem demérito a quem quer que pense diferentemente, mas ali havia casos, por exemplo, de pessoas condenadas por corrupção ativa cuja pena foi elevada em 18%, 20%, presentes as circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Penal. As circunstâncias previstas no artigo são grau de culpabilidade, antecedentes, personalidade do agente e consequências do crime. E aí, quando analisou-se o crime de quadrilha ou bando, presentes as mesmas circunstâncias judiciais — os mesmos antecedentes, a mesma personalidade, as mesmas circunstâncias, as mesmas consequências — a pena foi majorada em 75%. Não há lógica que sustente isso”.

No dia 3 de abril de 2018, o outro Barroso dizia que  

“Juiz tem que construir essas soluções criativas e argumentativamente. É contingência dessa pluralidade. Não pode fazer por seu sentimento pessoal, precisa interpretar o sistema constitucional, escutar o sentimento social e construir solução constitucional adequadamente”.

Como observou o advogado e colunista do Justificando, Márcio Paixão 

“para Barroso, o Supremo é uma esquizofrenia que ora consiste “na vanguarda iluminista que empurra a história e tem papel contramajoritário”, ora “deve considerar o sentimento social na interpretação das leis”. Mas e se o sentimento social for constituído por bílis, ódio, rancor e mal secreto?”.

As razões da mudança

O que o levou a mudanças tão profundas?

Relembrando seu voto sobre o mensalão, Barroso contou:

Uma especulação possível é que isso foi feito para evitar a prescrição. Ou eventualmente assegurar que se condenasse alguns réus cumprissem pena em regime fechado. Mas, não é possível majorar artificialmente a pena aplicável para escapar da prescrição. Qualquer jurista dirá que isso não é legítimo. E, consequentemente, a minha convicção é que, aplicados os percentuais razoáveis de majoração da pena, o crime estava prescrito. Eu sei que a opinião pública toda esperava o contrário, porém ali talvez tenha sido o momento que definiu a minha vida como juiz. Qualquer pessoa, mas sobretudo um juiz, e mais ainda um juiz constitucional, deve fazer, na vida, o que é certo e, eventualmente, suportar as consequências. E elas foram muito penosas naquele momento. Porém eu me inspirava ali numa passagem famosa, atribuída a Sócrates: “É melhor sofrer uma injustiça do que cometer uma injustiça”. Ah, fui massacrado pela imprensa”.

Mas o “massacre” da imprensa, ataques de blogs de ultra-direita – que hoje o enaltecem – foram suficientes para Barroso Malasartes encontrar outros caminhos menos íngremes para sua escalada.

O aumento de penas no mensalão, criticado por Barroso, foi o mesmo procedimento adotado pelo TRF4, aumentando as penas aplicadas a Lula, no caso do tríplex, para evitar a prescrição. Não se ouviu uma crítica de Barroso porque, àquela altura, surgia em cena o Outro Barroso, o punitivista desvairado, invadindo as atribuições do Executivo e do Legislativo, ao votar contra o indulto de Natal ou, reinterpretando a Constituição, restringir o foro privilegiado de parlamentares. Sempre de olho na opinião das ruas, filtrada pela opinião do sistema Globo, a quem Barroso segue fielmente.

Conforme o Valor:

Uns o acusam de ter se somado, talvez por vaidade, talvez por pretensões políticas, aos que conclamam uma cruzada anticorrupção para salvar o Brasil – atitude que, partindo de um juiz, comprometeria a tão almejada imparcialidade”.

Essa mesma surpresa foi manifestada pelo subprocurador-geral da República aposentado Francisco Dias Teixeira, em comentário publicado na sua página no Facebook, sob o título “Maturidade e Mudança”, saudando o novo-velho Barroso:

“Nunca é tarde para se modificar. O ministro Luís Roberto Barroso, que já era um jurista maduro quando ingressou no Supremo Tribunal Federal, e no meio do julgamento do mensalão, começou decidindo pela cartilha do ‘garantismo’: sem demonstrar grande indignação diante dos fatos criminosos, e com base numa teoria liberal, ao réu, sobre a prova, absolveu acusados do crime de formação de quadrilha, e, posteriormente, concedeu indulto a condenado por crime de corrupção.

Mas, agora, na Lava Jato, parece seguir a escola do ‘ativismo’: implacável em seus atos e decisões, exultante em suas declarações, considera inconstitucional a concessão de indulto a corrupto”.

Em abril passado, o ex-garantista chegou ao ápice defendendo que o princípio da presunção da inocência não pode impedir prisões.

“O cumprimento da pena se torna uma necessidade em função da garantida da ordem pública”, afirmou. 

Justificou-se, como homem bom que só faz o bem:

Eu aplico a todos, ricos e pobres, o mesmo direito penal. Não trato os pobres como se fossem invisíveis e os ricos como se fossem imunes. Nem viro os olhos paro outro lado se o réu for poderoso”.

O Barroso que anulou a Castelo de Areia

Assim como no episódio do amianto, havia dois Barroso em ação. De um lado, o juiz que admitia os abusos legais, o estado de exceção, porque “vive-se uma situação de exceção”.

No entanto, no mesmo momento coube a ele avalizar a mais notória operação de acobertamento de crimes do Brasil moderno: a anulação da Operação Castelo de Areia, interrompida por uma decisão do Ministro César Ásfora, alegando que toda a operação se baseara em uma denúncia anônima e, por isso, deveria ser anulada.

A Procuradoria Geral da República (PGR) apelou para o STF mostrando que o juiz Fausto de Sanctis tinha autorizado a escuta com base, também, em investigações prévias da Polícia Federal. O caso foi parar com o Ministro Barroso. E nosso intimorato linha-dura guardou na gaveta durante todo o ano de 2014.

À medida em que a Lava Jato ia avançando, apareciam os mesmos personagens da Castelo de Areia, como o presidente da Transpetro Sérgio Machado e uma enorme relação de projetos, que batia com aqueles identificados nos arquivos de Alberto Yousseff.

Três procuradores da República foram à Suíça levantar mais dados. Voltaram com informações, pressionando Barroso e se pronunciar sobre o recurso extraordinário.

No dia 18 de fevereiro de 2015, o Ministro Barroso, aquele que admite a quebra da legalidade em nome do combate à corrupção, entendeu que “tanto a inicial quebra do sigilo dos dados telefônicos do recorrido quanto as demais interceptações telefônicas autorizadas pelo juízo de origem tiveram como único ponto de partida delação anônima”. E decretou o fim da operação.

No dia 31 de março último, durante o Seminário “Diálogo entre Cortes: fortalecimento da proteção dos direitos humanos”, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, o honrado Barroso apregoou (https://goo.gl/s8p4AH).

“É impossível não sentir vergonha pelo que está acontecendo no Brasil e não podemos desperdiçar a chance de fazer com que o futuro seja diferente. Nós nos perdemos pelo caminho e precisamos encontrar um caminho que nos honre como projeto de País e nação”.

Algum tempo depois, na histórica “Conferência Brasil”, de alunos da Universidade de Harvard, fez a famosa palestra tentando entender “porque a gente é assim”.

 “Improviso, sentimentos e interesse pessoais acima do dever, compadrio, cultura da desigualdade, quebra de normas sociais e violação da lei que vale para todos não são traços virtuosos, não podem fazer parte do charme de um povo e muito menos ser motivo de orgulho. Nesses exemplos, o jeitinho nada tem de positivo e consiste, na verdade, em desrespeito ao outro, em desconsideração à sociedade como um todo e em condutas simplesmente criminosas. É preciso retirar o glamour do mal e tratá-lo como tal: como um problema que precisa ser superado.”

E, assim, Barroso tornou-se não apenas o intérprete, mas a síntese desse Brasil que emergiu da Lava Jato.

Como diria o grande estudioso da malandragem brasileira, Bezerra da Silva,

“Para tirar meu Brasil dessa baderna, só quando o morcego doar sangue e o saci cruzar a perna”

 

Luis Nassif

32 Comentários

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  1. A ele se aplica com perfeição a definição

    totalmente injusta que, num dia de fúria, Napoléon Bonaparte fez do seu ministro das Relações Exteriores, Talleyrand: ” um monte de m…. numa meia de seda”.

  2. Prezado Nassif
    Dicró e

    Prezado Nassif

    Dicró e Bezerra da Silva já diziam dos “iluministas”:

    “o povo suando na batalha

    e vc de chapéu de palha

    curtindo essta bandalha

    Cala a Boca, canalha!”

    Verdadeiro Canalha – Dicró e Bezerra da Silva

  3. Nada pior do que sociologo
    Nada pior do que sociologo amador. Barroso, o camaleão, não tem nem tique de sociólogo. Logo a sua tentativa de explicar o tal jeitinho brasileiro produziu uma peça tão grotesca e desajustada que resvalou na comédia.
    Aliás o tal jeitinho não existe como tal, e muito menos é brasileiro. É caso de apropriação sem autorização de propriedade intelectual coletiva. Quem duvida que pegue um avião e vá conhecer o México, ou a China ou a Rússia ou a India… onde o povo é Mestre na arte de transgredir regras para ganhar o seu de cada dia e onde a corrupção e várias vezes maior que aqui.

    1. E se fosse aqui?

       

      Aproveito a deixa de se convidar o ministro Barroso para ir conhecer outras repúblicas corruptas, algumas nem tanto repúblicas assim, para incluir no roteiro o imão do Norte, referência de democracia e virtudes republicanas para todo e qualquer colonizado sul-americano, esteja onde estiver e ocupe o cargo que ocupar.

      Sequer dar-me-ei ao trabalho de citar as estrepolias de Donal Trump. Além de estarem em curso, são tão inusitadas, por despudor, burrice ou malcaratismo que, por estas plagas, são criticadas até pelo admiradores do American way life que as consideram uma anomalida, um erro de percurso na longa e prófícua trajetória da democracia ianque.

      Vamos voltar um pouco no tempo e mirar para GWB, o filho pródigo do petróleo texano e a sua War on Terror. Mas, vamos fazer uma pequena brincadeira, um exercício de humor negro. Vamos imaginar que, no mesmo enredo, trocássemos a geografia e parte do elenco. Brasil ocupando o lugar dos USA, Lula na cadeira do GWB, Emílio Odebrecht nos sapatos de Dick Cheney e a Halliburton chamando-se CNO. Então, depois de bilhões de dólares dos contribuintes atirados no lixo (por desperdício e corrupção), milhares de mortos, um país inteiro destruído, a empresa do Emílio ganhando – sem licitação – contratos para fornecimento ao Exército Brasileiro e para reconstrução do país arrasado descobre-se que a razão alegada para instaurar essa verdadeira zona era mentira do Lula e do PT.

      Seria ou não o maior escândalo de corrupção da história, desses de provocar orgásticos furores em todo o Judiciário de Barroso e Moros, no MPF dos Power Points de Dallagnol e na Globo de Bonner? Ia faltar pano amarelo no mundo.

      Deu no NYT

      “Dick Cheney’s old company Halliburton has profited from the mess in Iraq at the expense of American troops and taxpayers. While Halliburton has been engaging in massive overcharging and wasteful practices under this no-bid contract, Dick Cheney has continued to receive compensation from his former company.”

      After listing some instances of Halliburton overcharging alleged by Pentagon auditors, Mr. Kerry asserted: “While Dick Cheney claims that he has gotten rid of all of his financial interests in Halliburton, he’s actually received $2 million in bonuses and deferred compensation from his former company since taking office in 2001. And the independent Congressional Research Service found that under federal ethics law, Dick Cheney did have a lingering financial interest in Halliburton.”

       

        

       

        

  4. Vá para onde for
     

    Barroso, fundamentado no seu próprio entendimento, jamais deixará de  ser o brasileiro com o jeitinho  típico que descreve.

     “Improviso, sentimentos e interesse pessoais acima do dever, compadrio, cultura da desigualdade, quebra de normas sociais e violação da lei que vale para todos não são traços virtuosos, não podem fazer parte do charme de um povo e muito menos ser motivo de orgulho. Nesses exemplos, o jeitinho nada tem de positivo e consiste, na verdade, em desrespeito ao outro, em desconsideração à sociedade como um todo e em condutas simplesmente criminosas. É preciso retirar o glamour do mal e tratá-lo como tal: como um problema que precisa ser superado.”

     

     

  5. Sensacional

    O rei está nú! Ele e toda a sua corte!

    Vivam os artistas, poetas e jornalistas que expõem toda a nudez envergonhada de seu tempo.

  6. golpe

    Toda gente que não se rebelou e que com seu silêncio aceitou o gole de estado é golpista.

    Todos do STF barrozinhos incluidos, muitos do judiciário, muitíssimos das forças armadas, jornalistas de programa, representantes do povo em causa própria, governadores e prefeitos, enfim a poha toda, com tudo.

    Amoêdos, Osmarinas, Ciros e o resto da cambada, idem. Batedores de penico e caçarolas, bodes, e todos os mais que fingem normalidade são golpistas. Compradores do présal, da produção e distribuição da energia elétrica, da base de Alcântara, da EMBRAER, companhias aéreas que agora cobram diferente por malas, previdências privadas, alto funcionários públicos, e todo aquele que não queria ver pobre em avião, idem. Todo borra botas que chama Temer de …Presidente é golpistaaaaaa!

  7. Gostaria muito de saber como

    Gostaria muito de saber como se deu a indicaçao do barroso para o stf. Será que foi usado o tal “jeitinho com chame e simpatia”? Será que também fez peregrinaçoes pedindo apoio ou será que como o fachin, “vendeu uma coisa” e depois, mostrou a que veio”???  

  8. As universidades brasileiras e a fonte envenenada

    Embora entenda que o cerne da crítica desta coluna não seja esse, dado que é o malabarismo retórico do personagem principal, movido a soberba, mesmo assim não me contive em criticar o mal que abala todo intérprete do Brasil. E quem melhor diagnosticou essa doença foi Jessé de Souza

    Todos nós, sem exceção, da esquerda à direita, bebemos de uma fonte contaminada. E o veneno dessa fonte, que todos experimentamos na academia, faz com que passamos a nos ver (com um espelho redutor) a partir do outro (com uma lente de aumento). Em outras palavras, somente conseguimos nos descrever nos vendo como inferiores em relação a outros povos superiores. Nunca somos autênticos, ou melhor, somos autenticamente inferiores. Somos piores, subdesenvolvidos em comparação às sociedades melhores, desenvolvidas.

    Enfim, a água dessa fonte faz com que nos enxerguamos como um país que poderia ser resumidamente descrito como patrimonialista. Essa visão, idealmente inferiorizada, construída na academia também se traduz como: compadrio, populismo, cordialidade (que aceita, como um amor preguiçoso, o descumprimento das leis). E dos floreios acadêmicos se desliza para a rudeza popular, de nos vermos como malandros, desonestos, iletrados, preguiçosos. Que valoriza o corpo em detrimento da elevação do espírito. Que cultiva o samba e o futebol, com seus corpos suados, em detrimento da leitura e da ópera, de vestes limpas e perfumadas. Somos um Brasil inferior, pobre e subdesenvolvido, comparativamente à Europa, EUA, Coréia e Japão, superiores, ricos e desenvolvidos.

    E antes que alguém diga que não é possível outro olhar, senão aquele em perspectiva comparativa, eu pergunto, em qual povo, contemporêneo de sua época, Hegel, Kant, Nietzsche, Heidegger, etc. se inspiraram (comparativamente) para construirem suas interpretações sociológicas?

    Ora, são interpretações universais.

    Isso por que eles são deuses?

    Não. Isso é porque eles não se vêem como inferiores. Nosso mal é nos vermos como inferior, quando somos iguais. Tão bons e tão ruins, tão nobres e tão mesquinhos quanto qualquer sociedade que já existiu. Pior ou melhor, é pura idealização. Uma construção mental de povos que se afirmam como imperialisas ou como colonizados, quando na sua essência são todos idênticos. E há infinitos exemplos para demonstrar essa dicotomia presente em todas as sociedades.

    Enfim, precisamos parar de beber dessa fonte envenenada construída pela nossa academia.

     

     

  9. Tal qual Bolsonaro, Barroso gosta de levar vantagem em tudo

    Olha o Bolsonaro se manifestando:

    “Conselho meu e eu faço: eu sonego tudo que for possível. Se puder, não pago (imposto) porque o dinheiro vai pro ralo, pra sacanagem. Prego sobrevivência. Se pagar tudo o que o governo pede, você não sobrevive”.

     

    Bolsonaro é um homem honesto, tão honesto quanto o Maluf, já que ele, juntamente com o Maluf e outra Troglodita, foram os únicos deputados citados pelo Alberto Youssef que não foram buscar dinheiro na Petrobrás.

  10. Se Barroso fosse um cidadão

    Se Barroso fosse um cidadão do Japão, diante desse histórico narrado por Nassif, com certeza cometeria suicídio. Como brasileiro, tornou-se um juíz-cadáver. 

    1. Prezado WG
      Cadáver caro esse

      Prezado WG

      Cadáver caro esse capeta: 33 contos por mês + as mordomias imorais que recebe

      É melhor usar o dinheiro que vc desperdiça com esse traste paar pagar professores, profissionais da saúde e segurança; além de umas 120 famílias com bolsa famíla. é dinheiro mais bem gasto

  11. muito bom
    Parabéns Nassif. Confesso que não sou um leitor assiduo de seus artigos, mas este é sem dúvida fundamental para quem quer entender pelo que estamos passando. Fica clara a falta de assessoramento jurídico e psicológico que os presidentes Lula e Dilma tiveram em suas escolhas de ministros do STF (e de outros poderes tmb). Agora é tarde para lamentar. Barroso, Facchin, Carmen Lúcia, Rosa Weber…..eita….ao contrário do que diz o min Lewandosky, a verdade não há de prevalecer!

  12. A verdadeira tragédia do

    A verdadeira tragédia do maravilhoso conto de Robert Louis Stevenson, “O Médico e o Monstro”,  está em seu erro interpretativo da realidade. Dr. Jekyll, o Bem, toma uma poção para virar “Mr. Hyde”, o Mal, transformação reversível após certo tempo. No real, o que vemos é sempre os “Jekylls” mudando para “Hydes”, nunca reversível, nunca ao contrário. Quando temos a impressão de que um desses nossos jekills se transforma em hydes é que eles sempre o foram, apenas esconderam essa faceta com uma poção de ilusão cujo efeito termina com a concretização do objetivo. Mas, coitados, essa poção ilusionista tem efeito neles também, jekylls ou jecas ? A História responderá.

  13. Depois desse artigo demolidor

    Depois desse artigo demolidor em que foi feita autópsia de um farsante nada mais resta a dizer.

    Cumprimentos Nassif!

  14. Enfim

    Enfim, um hipócrita perfeito. E tenho certeza que ele mesmo lerá ou alguém fará chegar ao seu conhecimento esse artigo-espelho, talvez alguém dos seus “colegas” de Corte, para a sua vergonha.

  15. Artigo “dos dois Barrosos”
    É, vaidade mata. Que o diga FHC, velho… carcomido… pra quem só resta Paris. O “ensaio analítico” do Min. Barroso peca por ñ incluir entre os defeitos civilizatórios do brasileiro, isso, a vaidade, que tranborda do caráter da elite de Pindorama.
    Ele poderia ao menos, mea culpa, ter reconhecido isso, dando alguma originalidade acadêmica ao que ele escreve.

  16. Firme e Forte

    Apesar das críticas do Nassif  o Ministro Barroso segue firme e forte, firme contra a constituição e forte como um castelo de areia.

  17. #

    Não foi o iluminista civilizador quem disse há pouco tempo que “o juiz deve estar em sintonia com a sociedade”?

    Ele disse isso para negar a liberdade ao Lula. Como se toda a sociedade estivesse a favor de sua prisão.

    À época lembo que comentei aqui neste blog: “se quiser estar em sintonia com a sociedade, basta olhar as pesquisas de intenção de voto: Lula lidera todas elas.”

     

    1. Isso mesmo.
      Barroso: “É
      Isso mesmo.
      Barroso: “É preciso interpretar a constituição em sintonia com o sentimento social“.
      Os argumentos de Barroso fizeram surgir imediatamente indagações indignadas sobre como aferir esses sentimentos.
      Juristas denunciaram que esse tipo de solução poderia ser muito perigosa porque atendia ao momento de descompromisso com a Constituição para atender a populismos.
      Barroso, portanto, estava propondo interpretar a Constituição a partir do senso comum.
      Um horror!

      1. #

        O cara é um camaleão da Justiça: se adapta a qualquer ambiente (situação) de acordo com a vontade dos poderosos da grande mídia, especialmente a Globo, a Folha, o Estadão e a Veja.

        Não passa de um COVARDE! 

         

         

  18. Galera, quando acabar esta

    Galera, quando acabar esta baderana, porque um dia istro tem que acabar, como se elegerá o pior brasileiro desta época macabra. São tantos que fica difícil saber quem é o pior. Os caras competem na cara dura pra ver quem faz mal maior à nação. Então vejamos; moro, barroso, fachin gilmar, bento carneiro, r weber, kojak, dalgnol,dodge, janot…….

  19. O “Self made Man” americano

    O “Self made Man” americano faria que LULA, se ele tivesse nascido lá, fosse tratado com maior respeito por ter feito coisas que doutores não alcançarão!

    Um desprezo cultural absurdo, quantos quartos escuros LULA não teve de enfrentar até conquistar sua sabedoria?

    Ele deveria estar sendo ouvido, analisado, mas está preso!

  20. Metamorfoses Ambulantes
    O GOLPE também é para isso:
    STF e judiciário com suas Metamorfoses Ambulantes.
    Eu quero sentenciar agora o oposto do que sentenciei antes!
    Afinal, convicções e interesses “evoluem” ou convicções mudam conforme os interesses.
    Está comprovado: leis e constituição se servirem aos interesses e convicções dos concurseiros togados podem até ser conveniente usadas!

  21. Hoje em dia é assim. Ministro

    Hoje em dia é assim. Ministro virou artista, ficou famoso fala de tudo. Desde sexo até a origem do universo.

    PQP. Nem consegui ler os trechos selecionados do Nassif. Puroa asco desse tipo de gente bossal, tola e irresponsável.

  22. Artigo brilhantemente fundamentado

    Artigo muito bem escrito e com argumentação precisa. Seria bom que houvesse alguma chance de autocrítica a partir de sua leitura.

  23. Em algum momento o Supremo

    Em algum momento o Supremo precisa dar um cavalo de paul no Merval Pereira. Ele diariamente no seu horario na CBN dá o ROTEIRO dos votos, decisões e pautas do STF, diz como cada um vai votar, o que cada Ministro pensa, ele se posiciona como

    o Maestro do Supremo. Ele ostenta um poder oculto, de quem esta no minimo bem informado, o que deixa mal a Corte.

    Hoje ele deu toao caminho da decisão sobre o PT, de hoje ao proximo dia 4, como vai ser, como será decidido.

    Na Suprema Corte dos EUA, modelo divino do sistema Globo, ninguem sabe absolutamente nada antes de um julgamento.

  24. bom post.

    Será que existe outro país que as opinião dos juizes têm tanta repercução? 

    Será que existe outro pais em que um cidadão comum sabe de cor o nome de todos os ministros do supremo?

    Será que existe outro país em que as transmissões da tv supremo têm tanda audiencia?

    Das duas, uma:

    ou nós estamos muito à frente dos outros paises ou estamos irremediavélmente para atrás!

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