Jornal GGN – O presidente Jair Bolsonaro deve usar o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) para dizer que as críticas de estrangeiros às queimadas no Brasil são equivocadas.
Bolsonaro citará dados oficiais declarando que houve recuos nos focos de calor, e que existe exagero na imagem criada no exterior sobre a política ambiental do país, e também reforçar o respeito à soberania dos países que formam a região amazônica e declarar que o Brasil trabalha para diminuir focos de queimadas e promover o desenvolvimento econômico de populações locais.
Enquanto Bolsonaro prega o controle das queimadas, dados do Inpe mostram que, apenas nos primeiros 14 dias de setembro, a região amazônica registrou mais queimadas do que em todo o mês de setembro de 2019, enquanto o incêndio no Pantanal já consumiu cerca de 16% de sua área, a maior destruição desde o início da série histórica, em 1999.
Por tradição, o presidente brasileiro é o primeiro a discursar no evento. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o discurso de Bolsonaro foi escrito nesta terça-feira (15/09) e a gravação deve ser enviada até essa sexta-feira (18/09). Entre os ministros consultados, estão Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Ricardo Salles (Meio Ambiente).