“Catástrofe geracional”: ONU diz que reabertura segura das escolas deve ser prioridade

"Uma vez que a transmissão local do COVID-19 esteja sob controle, levar os alunos de volta às escolas e instituições de ensino o mais seguramente possível deve ser uma prioridade", disse secretário-geral da ONU

The Guardian

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, alertou na terça-feira (4/8) que o mundo enfrenta uma “catástrofe geracional” por causa do fechamento das escolas em meio à pandemia de coronavírus e disse que levar os alunos de volta à sala de aula com segurança deve ser “uma prioridade”.

Guterres disse que em meados de julho as escolas estavam fechadas em cerca de 160 países, afetando mais de 1 bilhão de estudantes, enquanto pelo menos 40 milhões de crianças haviam perdido a pré-escola.

Isso aconteceu com mais de 250 milhões de crianças que já estavam fora da escola antes da pandemia e apenas um quarto dos estudantes do ensino médio nos países em desenvolvimento saem com habilidades básicas, disse ele em um comunicado em vídeo.

“Agora, enfrentamos uma catástrofe geracional que pode desperdiçar um potencial humano incalculável, minar décadas de progresso e agravar desigualdades arraigadas”, disse Guterres ao lançar uma campanha da ONU “Save our Future” (Salve Nosso Futuro).

“Uma vez que a transmissão local do COVID-19 esteja sob controle, levar os alunos de volta às escolas e instituições de ensino o mais seguramente possível deve ser uma prioridade”, disse ele. “A consulta com pais, encarregados de educação, professores e jovens é fundamental”, acrescentou.

Para reabrir escolas é preciso fazer testagem em massa e rastreamento, diz estudo da UCL

 

1 Comentário

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  1. É o tipo de leitura certa que será lido no contexto errado. Claro, é o Brasil.
    Quando países da UE iniciaram a abertura, aqui aconteceu algo parecido, naquele esquema “pico de mortes”, “estabilidade de mortes” (como bem frisou o Nassif, é como dizer que a inflação está estabilizada, mas lá no alto…).
    Aqui, não há a menor condição de abrir. Só que tem gente que não liga lé com cré. O negacionismo não é um comportamento político simplesmente, é um comportamento psicológico individual, que evita a ansiedade e o pânico. A doença acontece ali, acolá, ou mesmo não existe. Enfrentar a pandemia não é um sinal de coragem quando ancorado no negacionismo, é medo. Arrogância também não.
    O que encarar quando você é obrigado a discutir com o fulano da esquina que teima em ficar próximo a você e quando chama a atenção te xinga? Pense nisso, caro leitor. Seria melhor o “salve-se quem puder” e se seu filho contrair Covid-19 e transmitir para seus familiares, inclusive os mais frágeis? Como dizer para um mané qualquer que é uma doença sistêmica e que uma pessoa pode ter o vírus mas nem sempre desenvolve sintomas e também pode transmitir?
    Sem conhecimento, a pessoa se apoia no vizinho, naquilo que recebe pelo zapzap, no amigo tão ou mais mané que ele. É um negócio complicado: quando começou a pandemia no Brasil – antes de providência governamental – eu já fazia distanciamento social e realizava procedimentos como uso do álcool gel e as pessoas riam. E eu dizia, “dê uns vinte dias que vou cobrar esse boleto”. Quando fui cobrar, descobri que já tinha morrido o parente de um.
    No caso do Brasil, a tragédia geracional já dura há um bom tempo. A ONU está certa, mas acho que não serve para o nosso contexto.

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