Como o mercado enredou o Banco Central

Por trás das teorias econômicas, existe o que se chama de economia política – a análise das medidas econômicas a partir dos interesses de grupos internos ou externos.

É uma obra de arte política a maneira como o mercado se apropriou internacionalmente das políticas econômicas nacionais e manteve esse predomínio mesmo após o fim da utopia com a crise de 2008.

A elevação da taxa Selic pelo Banco Central é o exemplo acabado.

***

A base do controle foi, primeiro,  amarrar a taxa Selic ao combate à inflação. Em tese, aumentam-se os juros em casos de inflação de demanda – com a economia aquecida. Aumentando os juros, há redução da demanda por crédito. E com menos compras, os preços deixam de subir.

Como já demonstrei em várias colunas, funciona em economias nas quais é pequena a diferença entre a taxa básica e a taxa cobrada na ponta do tomador.

No Brasil a diferença entre a taxa básica e a taxa de empréstimo é tão acentuada que é praticamente nulo o impacto da alta da Selic sobre o crédito.

Mesmo assim, criou-se toda uma articulação pavloviana em torno dos juros. Se a inflação aumenta – mesmo que por motivos que nada tenham a ver com a demanda – forma-se uma atoarda infernal nos mercados exigindo o aumento da Selic. Para conter a demanda, seria muito mais eficiente restringir o crédito. Mas quer-se aumento da Selic.

É um coro tão afinado e unânime que acaba condicionando o comportamento das grandes empresas varejistas. A empresa reajusta os preços simplesmente porque acha que outras empresas irão reajustar se a Selic não subir.

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O limite para a alta de juros é o do crescimento da dívida. Se a dívida pública começa a crescer, como proporção do PIB (Produto Interno Bruto), acende a luz amarela nas agências de risco – cuja análise orienta os grandes fluxos internacionais de capital.

Há dois caminhos para contê-la: ou reduzindo o peso dos juros ou cortando outras despesas.

***

Até aí são práticas internacionais, questionáveis ou não. A esperteza do mercado consistiu na jabuticaba, no termômetro encontrado para balizar a questão fiscal.

Há duas formas de medir as contas públicas: o superávit nominal ou o superávit primário.

O primeiro mede tudo o que o governo arrecada menos tudo o que ele gasta, incluindo aí os juros pagos; o segundo mede a receita menos as despesas, excluindo os juros pagos.

A lógica financeira indica que não é possível reestruturar uma empresa endividada sem incluir formas de reduzir o peso dos juros. Na lógica pública, o correto seria o acompanhamento do superávit nominal.

Mas o governo não conseguiu vencer esse jogo de braço. E as expectativas do mercado passaram a tomar por base exclusivamente o superávit primário.

Graças a esse modelo de análise econômica, o Tesouro brasileiro nem discute os juros, mesmo sendo o maior tomador de recursos da economia. Pelo contrário, ele permite ao BC definir a taxa que quiser levando em conta não a capacidade de pagamento do Tesouro, mas essa miragem do combate à inflação.

***

É um nó górdio que esteve prestes a ser cortado por Dilma, no primeiro ano de governo. Depois, os erros da Fazenda e do Tesouro enfraqueceram o governo perante o mercado.

É a demonstração da dificuldade de se governar um país chamado Brasil.

Luis Nassif

101 Comentários

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  1. Primeiro lugar Nassif você

    Primeiro lugar Nassif você não demonstrou nada. No méximo você demonstrou que o canal do crédito é imperfeito no Brasil. Porém a política monetéria é muito mas complexa do que o simples canal do crédito.  Leia um pouco:

     

    http://www.bcb.gov.br/htms/relinf/port/2012/03/ri201203b6p.pdf

    http://www.bcb.gov.br/htms/relinf/port/1999/06/ri199906b4p.pdf

     

    Falo isso sem querer ofende-lo. Minha tese de doutorado é exatamente sobre a interação entre mercado bancário e política monetária.

    Mas economia não deveria ser feita apenas com base em argunmentos bem construídos. É necessário testá-los empiricamente.

    E para demonstrar que o canal de crédito não funciona é bem mais complexo do que achar altamente porvável que ele não funcione no Brasil.

    Segundo isso não elimina a relação entre a taxa de juros e a inflação. Simplesmente mostra que um dos canais de transmissão estão entupidos.

    Mas o canal cambio, por exemplo ainda funciona e ele tem duas vertentes: o canal cambio via custos e o canal cambio via demanda. Ou seja diser que o controle da inflação se dá predominantemente via cambio não significa que a taxa de juros seja incapaz de controlar a demanda, e que portanto existe uma relação forte e estável entre: juros, demanda e inflação.

    Eu não gosto disso mas infelizmente economia e política monetária é um pouco mais complicado.

     

    1. Henrique

      um artigo de 3.200  toques não é uma tese acadêmica e não esgota a complexidade da política monetária. Você vai encontrar nos meus artigos, aqui no blog, as análises sobre as implicações da política monetária nos juros, na atividade econômica e nas expectativas. Mencionei aqui apenas um dos efeitos, o impacto nas contas públicas, o baixo efeito no nível de atividades e a maneira torta com que administra expectativas. Vou preparar um artigo maior e publicar junto com seu comentário, inclusive analisando os efeitos deletérios dos demais canais de transmissão. Espero contar com sua tréplica para enriquecermos o debate no blog.

      1. Quem fala é um leigo em

        Quem fala é um leigo em economia, mas o que me surpreende, e aqui não é uma crítica pessoal, é que descestes a lenha no BC com a política de juros quando do governo Lula e agora com a Dilma. Pombas, será que aquele bando de écnicos não consegue enxergar o que você vê?

      2. Luiz, depois da chegada dos zumbis pro-Barbozão,

        agora vejo intervenções massivas e longas de gente tipo “economistas de bancos” que querem destruir este espaço anti-pensamento único.

        Certamente se trata do efeito eleições 2014.

        O terrorismo econômico está a toda.

        O mais “engraçado” nesta turma de  “economistas de bancos”, é que a variável CAMBIO é totalmente deixada de lado nas suas “análises”, sob o pretexto extraordinário que como o CAMBIO varia, já que ele é flutuante, então não há como estudar o efeito por exemplo da desvalorização de real de R$ 1,60 / US$ 1,00 (nível do meio de 2011) para os atuais R$ 2,30 / US$ 1,00.

        Nunca foram numa indústria ver o efeito deste cambio. São “economistas de bancos”, e veem o mundo como uma extensão dos bancos.

      3. Explicando,
        Qualquer série de

        Explicando,

        Qualquer série de dados temporais pode ser decomposta em dois componentes: tendência e flutuação. Em geral o estudo de séries temporais de dados busca verificar os fatores que determinam a tendência e os diversos tipos de flutuação. Além disso, estuda-se a existência de histerese. A histerese é a tendência de um material ou sistema de conservar suas propriedades na ausência de um estímulo que as gerou. No caso de uma série de dados temporais a histerese ocorre se os fatores que determinam a flutuação também influenciam tendência.

        A inflação é uma série de dados temporais, pois podemos ordenar os dados seqüencialmente ao longo do tempo. Em geral a inflação é influenciada por três fatores: (i) um fator de realimentação, também conhecido como inércia, expectativa ou conflito distributivo (nas teorias mais marxistas), que correlaciona à inflação presente com uma expectativa inflacionária baseada na inflação passada e/ou futura; (ii) um fator ligado a demanda, que relaciona a inflação ao hiato do produto, ou seja, a demanda acima da capacidade produtiva; e (iii) um fator de custos, que relaciona a inflação à variação de preços relativos como custos agrícolas, petróleo ou cambio.

        A inércia pode ser completa, quando o repasse da inflação passada mais esperada é igual a inflação passada, incompleta quando apenas parte da inflação passada e da esperada são repassadas e portanto o repasse é menor do que a inflação passada, ou “explosiva” quando o repasse da inflação passada e da esperada é maior que a inflação passada.  Esta inércia tem origem nos mecanismos de indexação podendo ser eles formais ou informais. Entre os mecanismos formais podemos citar leis que atrelam os reajustes do salário mínimo aos índices de inflação ou contratos de reajuste dos preços dos aluguéis. Mecanismos informais são baseados na formação de expectativas dos agentes o que condiciona a taxa de inflação corrente e, por extensão, a taxa de inflação futura.

        Em geral a teoria ortodoxa considera que há inércia completa ou praticamente completa (e o trade-off entre inflação e desemprego, portanto entre inflação e crescimento, inexiste no longo prazo, no qual o crescimento é dado por fatores ligados a oferta), que o componente de custos que são choques aleatórios de média zero, e que a tendência da inflação é determinada pelo hiato do produto.

        Logo cabe a ao Banco Central usar a taxa de juros para controlar a demanda e, portanto a tendência de inflação.

        Autores heterodoxos criticam esta visão sobre a teoria da inflação devido a três fatos. (i) A inércia pode não ser completa, pois os agentes não são capazes de unilateralmente determinarem seus preços. Ajustes salariais devem ser negociados, ajustes nos preços dos produtos devem levar em conta a reação dos concorrentes, ou seja, todo ajuste de preço pressupõe a necessidade de alguma forma de negociação ou conflito. Assim a inflação inercial tem como causa fundamental o conflito distributivo, mais especificamente a incompatibilidade distributiva estrutural existente entre trabalhadores e empresários, apesar disso não se descarta a possibilidade de se incorporar outros elementos que também funcionam de forma a indexar a economia, como a indexação formal. (ii) Os custos que não são choques aleatórios de média zero, na verdade exibindo uma tendência positiva. (iii) E os choques de demanda tendem a ser amortizados pela economia, pois o produto potencial se ajusta ao produto corrente (ou seja, existe histerese do produto – http://www.ie.ufrj.br/images/pesquisa/publicacoes/teses/2006/raiz_unitaria_histerese_e_inercia_a_controversia_sobre_a_nairu_na_economia_norte_americana_nos_anos_1990.pdf).

        Assim as críticas a política de metas de inflação no Brasil segue duas vertentes. Uma que afirma que o existe uma baixa eficiência da política monetária para conter a inflação por dois motivos: a taxa de juros não é eficiente para conter a demanda e existem preços administrados que não estão correlacionados com a demanda. Para essa vertente é necessário aperfeiçoar o regime de metas e complementá-lo de forma a levar em conta as peculiaridades brasileiras. Outra vertente diz que a tendência da inflação não esta correlacionada com a demanda e que, portanto, o próprio regime de metas deveria ser abandonado.

        Sua crítica esta na primeira vertente, ou seja, você acha que existem imperfeições nos canais de transmissão da política monetária.

        A teoria ortodoxa elenca cinco canais de transmissão da política monetária: i) a estrutura a termo da taxa de juros; ii) o crédito; iii) as expectativas; iv) o preço dos ativos; e v) a taxa de câmbio.

        i) A estrutura a termo da taxa de juros: as decisões de investimento e de consumo de bens duráveis são pautadas pela estrutura a termo da taxa de juros. Um aumento da taxa Selic aumenta as taxas de juros de médio e longo prazo, o que provoca uma redução do investimento e do consumo – principalmente de bens duráveis – o que induz uma redução da demanda agregada, reduzindo a inflação.

        ii) O crédito: um aumento da taxa Selic reduz a quantidade de recursos disponíveis para empréstimos. Com isso ocorrerá uma redução da oferta de crédito. Além disso, o aumento das taxas de juros provocado pelo aumento da Selic (com descrito acima) afeta negativamente o custo de capital e as estimativas de fluxo de caixa dos agentes econômicos reduzindo assim sua disposição a demandar crédito. Assim, haverá uma queda do investimento e do consumo de bens duráveis, o que induz uma redução da demanda agregada, reduzindo a inflação.

        iii) As expectativas: um aumento na taxa Selic influencia negativamente as expectativas quanto ao comportamento futuro da economia que, por sua vez, afetam as decisões correntes dos agentes econômicos quanto aos níveis de investimento e consumo.

        iv) O preço dos ativos: um aumento na taxa Selic reduz o preço das ações, pois reduz as expectativas de crescimento da economia e de lucro das empresas, além de reduzir o valor dos títulos públicos pré-fixados. A redução da riqueza financeira desestimula o consumo e o investimento, o que induz uma redução da demanda agregada, reduzindo a inflação.

        v) A taxa de câmbio: um aumento da taxa Selic ocasiona a valorização da moeda doméstica. Por sua vez, a valorização da taxa de câmbio transmite os efeitos da política monetária diretamente, através da redução do preço doméstico dos bens comercializáveis importados, e indiretamente, ao reduzir os preços dos produtos domésticos devido a redução do custo de produção – pela redução do preço dos insumos importados – e devido a competição com produtos importados mais baratos.

        Para críticos como você:

        i) a estrutura termo da taxa de juros é de curtíssimo prazo no Brasil pois praticamente inexiste crédito longo prazo privado pois o crédito é muito caro e o investimento é financiado pela TJLP via BNDES entre outros fatores. Assim a Selic possui pouca influência no investimento e no consumo de bens duráveis.

        ii) O crédito não é influenciado pela Selic pois as taxas de juros do crédito livre são muito altas e logo são pouco afetadas pela variação na Selic.

        iii) Em relação aos ativos existe um efeito riqueza às avessas pois a existência das LFTs faz com que um aumento das taxas de juros aumente a riqueza financeira dos agentes.

        Dessa forma devido ao entupimento dos demais canais os únicos canais que sobram são o das expectativas e do cambio.

        E o sobreuso do cambio tem efeito deletério sobre a economia.

    2. Concordo

      O Nassif defende que a SELIC pouca ou nenhuma relação com a inflação. Cita que a Dilma baixou os juros como uma coisa boa, mas esquece de citar que a inflação subiu de maneira assombrosa nesse período. Então a queda dos juros que foi seguida pela alta da inflação foram coincidências completamente desconexas? É essa sua tese? De que a inflação crescente no Brasil nada teve de relação com a SELIC ter sido diminuída? 

      Os “erros do tesouro e fazenda” são exclusivamente os culpados? Você esquece que o tesouro e a fazenda estavam seguindo exatamente a mesma cartilha que a presidente impôs, que incluía queda dos juros como uma das ações coordenadas, junto com o controle do câmbio e aumento da participação dos bancos públicos.

      Não faltaram avisos, de todos os lados, que baixar os juros e simultaneamente aumentar despesas do governo (aqui incluso crédito de bancos públicos) vai apenas gerar inflação sem crescimento. Não podemos notar que o resultado colhido foi EXATAMENTE esse? 

      A lição aprendida disso deveria ser como o colega acima sugeriu: ler mais e conhecer caminhos empiricamente comprovados  antes de inventar teses que nunca  obtiveram sucesso em lugar algum do mundo e defendê-las como uma receita de sucesso que só não ocorre porque o “capitalismo não deixa”.

      Ao invés de admitir os erros passados e seguir os caminhos que comprovadamente funcionam, vemos artigos como esse do Nassif, defendendo repetir em um espaço menor de 24 meses exatamente os mesmos erros. É a tese de que a Dilma não insistiu o suficiente no erro. Como se mais do mesmo fosse gerar resultados completamente diferentes, em vez de gerar mais do mesmo.

      Seria possível pensar que é a realidade dos fatos (e não uma sociedade secreta de capitalistas) que fez com que a Dilma desistisse de suas invencionisses econômicas? Ela achava que podia baixar a SELIC sem qualquer impacto na inflação, como você defende no seu artigo. Ela percebeu, após 2 anos de alta inflação e baixo crescimento, que não é bem assim. O mais triste aí é que nós brasileiros tivermos de ser vítimas dessas invencionisses a ponto de a inflação voltar a aparecer nas pesquisas como uma das maiores preocupações das pessoas, para que a presidente finalmente aprendesse o que vinha se recursando a aprender (e que o Nassif ainda se recusa) a lição básica de que juros tem sim impacto na inflação.
       

      1. caro colega, infelizmente

        caro colega, infelizmente teoria econômica é algo que se adquire em árduos anos de estudo, o que poucos aqui neste blog têm…. jornalistas, advogados, etc, falarem de economia seria como se estivessem falando de fisica quantica…valeu!!

      2. “Amir Khair: Os alimentos

        “Amir Khair: Os alimentos foram o vilão da inflação com a subida de preços que ocorreu desde maio do ano passado, puxando o IPCA para cima. Quando esses preços passaram a cair a partir de abril deste ano, puxaram o IPCA para baixo.

        Os serviços apresentaram razoável estabilidade em torno de 8,3%, pouco influenciando na inflação. Os preços monitorados registraram forte redução no período, apresentando inflação de 1,0% nos últimos 12 meses. A Petrobrás tem servido aos propósitos do governo federal para segurar a inflação ao ser obrigada a subsidiar a gasolina e diesel, com sérios prejuízos à estatal.

        Fica claro que o que influiu na inflação nesse período foram os alimentos e os preços monitorados. Como a Selic não influi no comportamento dos alimentos, que respondem a choques climáticos ou entressafras, e não influi também nos serviços e nos preços monitorados, que são definidos pelo setor público, o governo usou indevidamente a Selic para controlar a inflação.”

        http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-erro-do-copom-ao-elevar-a-taxa-de-juros-,1102874,0.htm

        Ver tendências em:

        http://tijolaco.com.br/blog/?p=10882

         

    3. Segundo uma teoria do duplo

      Segundo uma teoria do duplo equilíbrio, a inflação poderia ser controlada quer com uma taxa de juros alta, caracterizando o mau equilíbrio, quer com uma taxa de juros baixa, caracterizando o bom equilíbrio.

      Numa rápida pesquisa que fiz de oito países emergentes (Rússia, China, Índia, África do Sul, Austrália, Indonésia, México e Turquia) sobre a relação entre inflação e taxa básica de juros., constatei que a inflação  média desses países é de 5,25% a.a., não muito diferente da do Brasil, e a taxa real básica de juros é 0,16% NEGATIVA.

      Esses países usam o bom equilíbrio (como, aliás, todos os países desenvolvidos);

      A taxa básica real de juros no Brasil é de 4,2% atualmente. O Brasil é um dos poucos, senão o único país que insiste no mau equilíbrio.

       

      Independente de sofisticadas teorias econômicas, isso me diz que há algo errado por aqui.  

       

    4. Qual e a solução então?

      Lí seus links, e se bem não sou formado em economia, me atrevo discutir os pontos por eles levantados, assim como os levantados pelo Nassif, e a contestar o que considero ser uma unicidade no pensamento acadêmico sobre política monetária e fiscal, vinda de fora, que não aponta para modelos que sirvam aos interesses de uma nação em desenvolvimento como o Brasil.

      A principal crítica do Nassif ao coro da mídia tradicional é a irrelevância do aumento da SELIC para conter o aumento da demanda, e por conseguinte, segundo o consenso acadêmico, a inflação, dado o enorme spread entre a taxa básica e a taxa de juros ao consumidor. Pelo que entendí dos papers, existe um hiato temporal entre o aumento da taxa básica e seus reflexos na inflação, de 4 trimestres a 9 trimestres, que é onde se sentem a pleno os efeitos da mudança na taxa de juros, que ao seu critério, deve ser entendido antes de elaborar qualquer crítica.

      Ao mesmo tempo, os outros canais de transmissão da taxa de juros, como o câmbio, são afetados mais rápidamente pela mudança, e por conseguinte, tem efeitos mais imediatos: a alta dos juros aprecia a moeda, reduzindo os preços dos insumos importados, reduzindo preços de produtos que utilizam esses insumos, e desloca a demanda dos produtos nacionais para os importados, mais baratos, reduzindo a inflação.

      Sobre o impacto nos preços dos ativos, o aumento dos juros reduz as expectativas dos lucros das empresas de capital aberto, diminuindo os preços das ações dessas empresas, reduzindo a riqueza, e por conseguinte, a tendência ao consumo dos possuidores desse tipo de ativo. Em economias maduras, onde grande parte da poupança nacional está alocada nesse tipo de investimento, a mudança nos preços do mercado acionário transmite-se mais rápidamente ao consumo do que em economias como a brasileira, onde apenas uma pequena parte da população tem esse tipo de ativos.

      O consenso entre a academia e os bancos centrais é de que a taxa de juros é a principal ferramenta no controle da inflação, pelos motivos acima explicados. O banco central americano, de certa forma innova dentro do consenso, pois além do seu mandato de estabilizar os preços e as expectativas sobre os mesmos, também persegue um nível determinado de crescimento e de desemprego, tanto utilizando a taxa de juros, ou num mundo pós crise onde a política de juros chegou ao seu limite (ZIRP ou Zero Interest Rate Policy), através de mecanismos não ortodoxos como a expansão monetária (QE ou Quantitative Easying) e a compra de títulos públicos e privados, deprimindo as taxas de juros de longo prazo e resgatando títulos privados de longo prazo desvalorizados, para sustentar o sistema financeiro e tentar insuflar crédito na economia real. Nesse sentido, não é o mercado local que conseguiu convencer o BCdoB a aumentar juros para combater a inflação, como aponta Nassif, esse é o consenso internacional.

      A minha crítica ao modelo atual executado pelo BCdoB e pelos governos do PT tem a ver com os efeitos dessa política monetária sobre: a) a taxa de câmbio de longo prazo, apreciando a moeda e levando o país ao déficit em conta corrente e detonando a oferta nacional para atender a demanda estimulada pelas políticas fiscais e pela expansão do crédito; b) a contradição, por conta da forma como a dívida brasileira está estruturada, entre uma SELIC alta que deprime o consumo por um lado, mas por outro aumenta os ingressos com juros dos detentores de poupança ou títulos da dívida, fundos DI e outros instrumentos afetados pela alta da SELIC, funcionando como um “pé no freio e outro no acelerador”; e c) a disociação entre a política monetária e fiscal: enquanto o BCdoB aumenta os juros, o Governo aumenta os gastos, eliminando o efeito buscado de reduzir o consumo para conter a inflação.

      Acredito que são esses os erros, dentre outros, que levam ao país a realizar voos de galinha reiteradamente: O Governo iniciou em 2002 uma política de aumento dos juros para modificar as expectativas inflacionárias, ao mesmo tempo que realizou arrocho fiscal e abriu o fluxo de capitais externos. Isso provocou um “choque de credibilidade” no mercado de capitais a respeito da seriedade do Governo Lula com o compromisso do pagamento da dívida soberana, acalmando os mercados, reduzindo a taxa de câmbio pela mudança de expectativas, ao mesmo tempo que começavam os programas de transferência de renda para os setores mais necessitados da população (a custos muito menores que os do arrocho, mas com impacto muito maior na popularidade e governabilidade do Lula). Inicialmente, tal como apontado pelo paper, a redução na taxa de câmbio reduziu as expectativas inflacionárias, assim como o aumento na taxa de juros. Num contexto internacional de alta demanda por commodities, sendo o Brasil um dos principais produtores, o ingresso de capitais externos pelas exportações, num momento inicial de consumo deprimido, permitiu ao país saldos expressivos na balança comercial, mantendo a conta corrente positiva e permitindo o acúmulo de reservas. Foi um círculo “virtuoso” num primeiro momento, que permitiu rápidamente a inversão da curva de juros, estimulando o consumo, enquanto o país continuava acumulando reservas, e pelo imenso diferencial de juros internos com os externos, somada a liberação do fluxo de capitais, manteve as condições para a continua apreciação do Real, impactando positivamente na inflação.

      Só que a trajetória de longo prazo dessas políticas já não garantía a sustentabilidade do crescimento, por vários motivos intrínsecos, e ainda, com a eclosão da crise em 2007 e as mudanças na política monetária nos EUA, esses motivos se exacerbaram. O país hoje, após 12 anos dessas politicas, encontra-se numa situação de estagnação, inflação alta, baixo investimento, baixa participação da indústria na economia e vulnerabilidade nas contas externas. O modelo atual esgotou-se como motor do crescimento e a prosperidade. O país encontra-se a beira de uma crise severa senão muda rápidamente o rumo.

      O câmbio apreciado não somente tem o efeito “benéfico” no curto prazo de reduzir a inflação e aumentar o consumo. Tem um efeito maléfico no longo prazo: reduz a competitividade da indústria local, aumentando os custos dos produtos transacionáveis no mercado internacional, diminuindo a capacidade de exportar manufaturados num primeiro momento, e depois de se defender dos importados, perdendo participação no mercado local e deteriorando a qualidade dos empregos oferecidos. Aumenta o apetite dos investidores externos pela especulação, arbitrando taxas de juros turbinadas pela apreciação cambial, e estimula os gastos externos de uma parcela da população mais acomodada ao mesmo tempo que desestimula a vinda de turistas extrangeiros por conta dos altos custos internos em moeda internacional. O resultado, nesse caso, é um rombo de 20 blhões na conta turismo num país com clima tropical, 5.00km de praias e que conta com a simpatía do mundo inteiro.

      A contradição das políticas fiscais e monetárias (aumento dos juros e aumento dos gastos) anula os efeitos “benéficos” da alta dos juros (combate a inflação), deteriora a credibilidade do governo, e aumenta a parcela destinada ao serviço da dívida, reduzindo a capacidade do governo de aumentar o investimento. Ao mesmo tempo, o aumento dos juros também afeta os preços dos ativos, reduzindo as expectativas de lucros das empresas, e a atratividade do mercado de capitais como destino seguro da poupança dos investidores, que preferem a segurança dos títulos públicos ao invés do risco de investir em empresas nacionais.

      Para finalizar, a expansão do crédito elevou os preços dos imóveis de forma expressiva, fomentando uma bolha no mercado imobiliário, e o endividamento das famílias a níveis perigosos de sustentabilidade.

      A saída que imagino é a seguinte: 1) redução do gasto público, 2) redução concomitante das taxas de juros, 3) redução do crédito 4) aumento dos impostos sobre fluxos de capital externo 5) utilização das reservas para financiar o déficit em conta corrente e o aumento do investimento. Tudo isso em meio a um verdadeiro esforço do Governo nacional para melhorar as condições para a produção: diminuição da burocracía, simplificação tributária, aumento da celeridade do Judiciário na área comercial

      Acredito que essas medidas, executadas com moderação, e a firmeza na redução do gasto público, se bem podem ter efeitos imediatos “negativos” (aumento da taxa de câmbio com o conseguinte impacto na inflação), trarão os efeitos benéficos no longo prazo que o país precisa para iniciar um processo de desenvolvimento sustentável: aumento da participação da indústria na economia, aumento da taxa de crescimento do PIB, diminuição da carga tributária, ampliação do mercado de capitasi, estímulo ao emprendedorismo, aumento do investimento, diminuição do déficit em conta corrente.

      O único caminho para o crescimento de uma nação é aquele financiado com poupança interna. Não há nenhum caso no mundo de um país que tenha alcançado o desenvolvimento financiado por capitais externos.

      Nada disso deve afetar o rumo da política social do governo, ou os direitos dos trabalhadores. Não acredito que sejam esses os entraves ao crescimento do país, senão todo o contrário. A defesa dos direitos dos trabalhadores e as políticas de redistribuição da riqueza são fundamentais para manter o mercado consumidor interno aquecido. O investimento em educação, saúde e segurança interna são a base de para ter uma mão de obra qualificada, produtiva e feliz. A grande economia que o governo deve fazer é nos juros e amortizações da dívida pública pagos, que sugam quase 50% do orçamento da Nação, maniatando o poder de investimento do Governo nacional. Mas sem a defesa da indústria e do setor privado como motor do crescimento da nação, o país está condenado a permanecer subdesenvolvido, contentándo-se apenas com manter sua posição como produtor de produtos primários, com baixa tecnología, e a alternar momentos de euforía consumista com estagnação.

      1. Você esta abordando um

        Você esta abordando um quantidade enorme de assuntos ao mesmo tempo. Assim fica difícil separar os efeitos, e o que você critica. Aliás alguns efeitos aos quais vc se refere não fecham em um único modelo teórico (ou seja, são incompatíveis)

        Basicamente você concorda com a visão tradicional de que a inflação é provocada pelo escesso de demanda e que é necessário um aperto fiscal para que possamos reduzir a taxa de juros e desvalorizar o cambio.

        Eu pessoalmente não concordo com essa visão. Mas é uma opinião válida (e repetida pela mídia a exaustão).

        Mas você assim como o Nassif acredita que dada as idiossincrasias da economia brasileira, o banco central não tem controle sobre demanda doméstica o que atrapalha seu controle sobre a inflação.

        Mas acho que algumas pessoas devem ter em mente que é possível que essa visão esteja errada.

        Em modelos de crescimento mais heterodoxos o produto potencial é função do produto corrente e e o investimento é função da espectativa dos agentes sobre a demanda futura.

        Nesse caso, cortar gasto público e o crédito é matar duas das três fontes de demanda autônoma. Ficamos então dependentes da demanda externa.

        Esse é o caminho adotado pela China, ou seja, crescer puxado pelas exportações. Na minha opnião existe um limite para esse caminho.

  2. nassif, ao ler seu texto eu

    nassif, ao ler seu texto eu senti falta de uma alternativa clara para manter o tal nó górdio que, segundo você, Dilma estava quase desatando, de fato desatado. É muito generalista falar incopetência da Fazenda e do Tesouro. Será que as medidas “incompetentes da Fazendo, caso não tivessem sido tomadas, iriam garantir que Dilma mantive um estado de “nó desatado”? Para quem acompanha o seu e outros blogs de economia, e que não é economista, como no meu caso, fica claro entender que toda essa balbúrdia em torno do binomino SELIC-infllação é um engodo profundo. Esses dias no programa da Waldwogel, “Entre Aspas”, ao ouvir uma das “vozes do mercado”, o careca Schwartzam..sei lá o que,  falar  logo lembrei da sua série “Cabeças de Planilha”. Tudo parece um exercicio de numerologia, um pensamento mecanicista de dar nojo. Mais uma vez ele tocou a cantinela e deixo claro que a ruptura das “reformas estruturais” ocorreu em 2006. Esse ano entro Guido Manetga, é isso? Daí a raiva dos “fortes”? não sei…

  3. “Há dois caminhos para

    “Há dois caminhos para contê-la: ou reduzindo o peso dos juros ou cortando outras despesas.”

    Tipo: fator previdenciário que tira dos pobres para dar aos ricos.

    Acabou de ser aumentado para foder mais ainda os mais pobres.

    Enquanto isso, aumenta-se a selic para dar aos rentistas.

    Não seria melhor aumentar o IOF?

  4. Economia política????????????????

    Em outras palavras significa: economia para se ganhar eleições, ou economia para se reeleger.

    Vou ser negativado por maioria aqui, mas é esta a economia realizada desde que o Brasil foi descoberto.

    E quem fizer economia diferente será rechaçado no primeiro mandato. 

  5. Boa análise e leva a perguntar qual seria a solução?

    Muito boa análise. Clara e fiel aos fatos. Atinge o cerne de um dos principais problemas do país. Sua análise me leva a perguntar qual seria a solução realista, considerando as condições políticas e econômicas do país?

    Se não decifrarmos o enigma dessa esfinge ela continuará a nos devorar como tem feito há décadas, enquanto os bancos, rentistas e seus “economistas” e procuradores da mídia riem de nós.

    Será que o Nassif, mesmo correndo o risco de imprecisões poderia sugerir algumas soluções? Agradeço desde já.

    1. A solução vem sendo dita todo

      A solução vem sendo dita todo o dia, no que o pessoal do blog chama de PIG.

      É simplesmente controlar as contas do governo e ficar menos dependente de emprestimos. A partir do momento que o governo fique menos dependente de emissao de títulos de dívida o mesmo poderá controlar o futuro da nação. Mas para colocar as contas no eixo não pode ser populista e tem que ser realista, coisa difícil nos dias de hoje.

      1. Solução no pig?! Só pode

        Solução no pig?! Só pode estar de sacanagem. Os caras que ficam falando no pig são os mesmo que estavam na equipe economica do FHC. Que fez exatamente isso que o Nassif repudia agora, e em doses maciças!!!

        Combateram qualquer soluço de volta da inflação com juros. Chegaram a 45%! e entregaram a Lula a 25. Apesar disso a inflação foi a 12%, e agora o governo, que o pig diz que faz tudo errado, trouxe para 6%. E last mas não least quebraram o Brasil tres vezes.

        A solução está no pig sim. Só se fizer o exato oposto do que dizem

        1. Caro Juliano
           
          Tem muito

          Caro Juliano

           

          Tem muito economista sério dando a receita faz tempo. No primeiro governo Lula, Palocci tinha como meta zerar o déficit nominal e mantinha a economia nos trilhos. Infelizmente Dilma é da corrente contrária e foi forte oposição a Palocci dentro do governo Lula.  Precisamos ser sérios e ver que as coisas nao sao resolvidas em canetadas, enquanto o governo estiver dependente de emissão de títulos para cobrir déficits, pode ter certeza que os juros serão altos.

  6. Quntas matérias já saíram na

    Quntas matérias já saíram na grande mídia mostrando que o pagamento de juros é a maior despesa individual do governo?

    Quantas reportagens mostrando os bilhões a mais que se paga a cada 1% de aumento da Selic?

    Quantos colunistas que reclamam toda hora dos impostos se lembram de comentar que boa parte deles acaba no bolso dos bancos?

    Se a mídia mostrasse o quanto a taxa Selic alta custa para o país, talvez o governo tivesse condições de mantê-la mais baixa e pudesse usar outros mecanismos para controle da inflação (como o IOF, por exemplo).

    Mas eles fazem justamente o contrário: escancaram qualquer flutuação da inflação como se fosse um descontrole monumental e repetem à exaustão o mantra do aumento de juros para contê-la, escondendo da população a montanha de dinheiro que isso representa e que poderia ser aplicado na saúde, educação, segurança, etc.

  7. Caro Nassif e demais
    Acredito

    Caro Nassif e demais

    Acredito que  deveria ser: “Como as megascorporações enredaram os 200 países e como sair disso.”

    Saudações

     

  8. O bom e velho economês…

    Longe de titia desprezar o trato acadêmico, aquele olhar mais focado em determinado ponto de algum fenômeno, que por isto mesmo tende a ser a especialização da especialização deste tema…

    Mas é engraçado ler como algumas pessoas se inclinam a buscar soluções localizadas para assuntos globais…

    Titia como leiga tende as generalizações e aos simplismos: canal câmbio? canal inflação de demanda? canal juros? alô…alô….?

    Superávit nominal, primário? 

    Mercado? Afinal que cazto é mercado? É algo assim como opinião pública? Em ente sobrenatural que age por desígnios “sacralizados”?

    O troço tem nome: capitalismo. E o capitalismo tem donos (poucos, mas tem), embora nem sempre os paraísos fiscais deixem a gente saber quem são…

    E neste jogo, pouco importa se puxa para ali, ou torce um pouquinho para lá…

    Basicamente é o seguinte:

    Os donos do capital se associam aos Estados (finança) para levar as suas possibilidades de acumulação aos píncaros, lógico, que esta produção de riqueza exponencial não é acompanhada pela capacidade de alguns Estados (finança) em prover as condições necessárias de sobrevivência e inserção de toda esta gente no sistema, logo nascem as demandas sociais que custam mais dinheiro ao Estado-finança, que corre a banca para prover esta necessidade…

    Estas diferenças entre Estados têm razões históricas conhecidas, ou seja, o papel desempenhado na divisão mundial de tarefas desde as Revoluções Capitalistas (Francesa e Industrial)…

    Bem, por outro lado, para conseguir dinheiro para custear suas despesas com a manutenção da máquina estatal, que por sua vez atende as demandas impostas pela desigualdade gerada pela concentração de capital, os Estados agem nas diferenças entre os valores das moedas que mediam as transações entre as empresas capitalistas de vários países…Cada venda e compra entre empresas (ou investidores) de diferentes países, que negociam em diferentes moedas deixa reservas de dinheiro (mais forte – ou conversível) ou deixa um rombo…

    É claro que este não é um mercado simétrico, na medida que o “valor” destas moedas e o “valor” relativo das mercadorias não obedece a noção clássica de demanda e oferta, mas principalmente de injunções de política econômica e geopolítica enconômica…Com uso e abuso dos sacripantas do mercado: especialistas, agências de rating, e as “bíblias”…entram aí atmbém alguns “doutores”…

     A diferença entre o preço do dinheiro ou é chamada de juro ou é e câmbio…

    Mas a jogada de craque dos capitalistas para continuarem a manipular estas variáveis, de acordo com os ciclos capitalistas, inclusive as crises, que no fim das contas, são ótimos negócios para alguns, é solapar a capacidade tributária dos Estados-finança…

    É aí que reside a impossibilidade destes Estados-finança compensarem um pouco a eterna defasagem que continuaram a celebrar em seus acertos contábeis e orçamentários (fiscais)…

    Do ponto de vista interno, não faz sentido sobrecarregar os mais pobres, porque retira-se deles em tributos, mas depois tem que se compensar, de alguma forma, as suas carências, o que custa dinheiro do Estado, além do custo social em conflitos de toda ordem…

    Do ponto de vista externo, o tributo é a única forma dos Estados atuarem onde lhes é possível nesta enorme montanha russa…

     

    1. Nossa, titia, fiquei zonzo.

      Nossa, titia, fiquei zonzo. Essas coisas todas de que falou estão na análise marxista, titia? Às vezes tenho um sonho de ficar igual titia, cheia de sabedoria, e estudar isso,  mas depois penso: não seria melhor estudar latim? São tão difíceis e profundas essas teorias, é melhor deixar para mentes mais poderosas como a de titia. De toda forma estamos ferrados. Como tenho preguiça quando penso no mundo! Mas admiro muito titia, pois se mantém pensante e falante: podemos ser massacrados, mas o seremos pensando e falando, não é esse o mote, titia? 

      1. Curso Crise do Capitalismo Sergio Lessa

        Titia é uma intelectual orgânica que luta contra o capitalismo mundial Para continuar o curso de marxismo,  vamos olhar o video abaixo: Curso Crise do Capitalismo Sergio Lessa (sério e bom o video) Depois Titia vai nos orientar sobre a teoria critica e a escola de Frankfurt.

        [video:http://www.youtube.com/watch?v=XKxO1Px4F5s%5D

        .

        1. Aliança, pegue todas as

          Aliança, pegue todas as vítimas de Stálin, todas as vítimas de Hitler, todas as vítimas da Igreja Católica, elas não dão um décimo das vítimas que o liberalismo levou ao desespero e à morte. Sai fora com esse papo…

      2. Jogo

        Zezim,

        precisa ficar zonzo, não. O bagulho, como diz a Cristiana, não é tão complicado assim não. Alias, Marx simplificou muito bem a base dessa equação. Mas o que eles querem é confundir mesmo. Os jornalistas e comentaristas dixt econômicos seguem à risca o mote de Chacrinha: vieram para para confundir e não para clarificar. E assim, dizia Cazuza, transformam um Pais inteiro num puteiro…

        Saudação.

  9. Nassif, por favor, aponte

    Nassif, por favor, aponte para os leitores menos familiarizados com o debate economico, quais foram os erros cometidos pela Fazenda e Tesouro.

    Grato!

    1. Excelente proposição

      Acho que seria muito válido uma postagem em complementação a essa com os equívocos cometidos pelo governo na condução da política econômica. Até mesmo para saber se as decisões equivocadas tiveram como base erro de análise do governo ou resposta a oposição midiática.

      1. Prezado(a)

        Prezado(a) aliancaliberal,

        Foi muito gentil da sua parte enviar os videos, mas desconfio que o Nassif nao partilha o mesmo diagnostico com os 3 economistas acima citados. Como escrevi, “desconfio”, mas somente o Nassif poderia esclarecer, nao e?

  10. Nassif,
    Um grande problema

    Nassif,

    Um grande problema que vejo e que o Governo terá que enfrentar, cedo ou tarde, é a questão dos preços reprezados dos combustíveis.

    A Petrobrás continua vendendo combustível – gasolina e diesel – mais barato do que vem comprando no exterior.

    Como resover este problema ? Se os preços forem reajustados a gasolina passaria de uns R$ 3,00, que está hoje até uns R$ 3,30 ou 3,40. Seria um preço talvez meio absurdo.

    Uma saída é mexer no ICMS que é disparado o maior imposto dos combustíveis, mas daí entra no campo minado das finanças estaduais.

    É um problema sério que o Governo terá que tratar, o mais tardar após as eleições.

    1. Uma saída é aumentar a

      Uma saída é aumentar a produtividade da Petrobrás. A própria Dilma disse que essa situação poderia ter sido evitada, ou pelo menos amenizada, se a empresa tivesse cumprido as metas de produtividade.

      1. Eu acho que nao se aplica.

        Eu acho que nao se aplica. Foi retórica da Dilma.

        Ela vem comprando gasolina fora mais cara do que vende aqui. Como que aumento de produtividade vai resolver esse caso ? A única saída seriam as refinarias ficarem prontas e a produção aumentar para que ela pare de importar combustível. Coisa que vai demorar bastante, para um ou dois anos é inviável. Mesmo assim os preço são regulados internacionalmente. Não creio que seja o caso de o País subsidiar combustível.

    2. Não é somente a gasolina,

      Não é somente a gasolina, todos os preços controlados pelo governo estão defasados, preços livres tem uma inflação maior que 10 % ao ano.

      O governo esta empurando com a barriga os reajustes para depois da eleição.

  11. Entendo que os juros

    Entendo que os juros simplesmente subiram porque o Brasil está com o superávit negativo (déficit), então aumenta-se os juros para se vender mais títulos… O Brasil está precisando de dinheiro, depois que encheu os bolsos das grandes empresas reduzindo IPI (etc.), e não regulamentou as remessas de lucros ao exterior.

  12. Caro Nassif,
    A tua analise

    Caro Nassif,

    A tua analise esta correta, mas omitiu o fato de que aumentada a taxa basica de juros, ocorre um deslocamento de parte dos recursos destinados ao consumo para a poupanca, que se torna mais atrativa. Nao que seja algo radical, mas algum efeito sempre existe. Ainda hoje os analistas acusaram uma pequena variacao para menos na expectativa futura de inflacao. Talvez seja o efeito do aumento da SELIC. Perdoe-me se estiver equivocado.

  13.   Juros são uma alavanca

      Juros são uma alavanca utilizada para por em prática o Feudalismo 2.0, ou Turbofeudalismo, que é o modelo atual não só aqui (desde sempre, apesar de que em certos setores estamos na versão 1.1), mas em quase todo o planeta.

      Turbofeudalismo é a nova onda da volta aos bons velhos tempos, nos quais as pessoas comuns, grande maioria, dependiam de poucas outras que controlavam as engrenagens do sistema político e de produção, sistema no qual falar em direitos é palavrão. No máximo, disputam-se a tapa alguns privilégios, como ser terceirizado de empresa de nome, comprar o ‘exclusivo’ último modelo de iPhone ou passar a vida pagando prestações de carros novos, sem os quais você passa vergonha por causa do seu vizinho. Enquanto isso, louva-se o ‘direito divino’ dos bilionários, digo, dos senhores feudais de ganharem bônus pornográficos ou viverem de renda, sem o absurdo incômodo de pagarem impostos, que isso é coisa de servo.

      Só mais um alerta: CUIDADO! Seu cartão de crédito pode te transformar no antigo escravo por dívida, e a ideia é essa mesmo.

  14. Renegociação da dívida

    Bom, pelo que eu entendi, um passo importante a ser tomado para resover o problema seria o da renegociação da dívida com os bancos.

    Isso é de alto interesse para o país, mas também de interesse dos bancos. Se a dívida prejudicar seriamente a economia do país, os bancos vão ser prejudicados também. Ou eles acham que vão pegar um bote salva-vidas? Concordo que só o discurso de zerar o déficit primário não resolve o problema.

    Está faltando alguém que chame atenção para isso e inicie um movimento sério para a renegociação da dívida do Governo com os bancos.

    Para os que imaginam que esse problema seja novo: esse problema já dura muitas décadas e os governos têm sido reféns dos bancos por todo esse tempo.

     

     

    1. Meu caro
       
      Voce está indo

      Meu caro

       

      Voce está indo pelo lado errado.

      Nada de renegociação…. Tem que cumprir os contratos firmados.

      O caminho é controlar as contas públicas e não ficar emitindo dívidas e mais dívidas. O dinheiro destas emissoes não refletem em investimentos e melhorias para a população. O governo define a taxa, o governo emite os títulos, o governo arrecada com as emissoes e pessoas de bem que trabalharam a vida inteira economizando compram estes títulos que sao contratos. Qual o problema???? O problema é que ninguem discute para onde está indo o dinheiro dos títulos emitidos.

      Acorda Brasil !!!!!!

      1. O que ninguém discute é que o

        O que ninguém discute é que o país gasta mais de 12% da receita com juros, quando o normal em outros países é 7%, chegando ao máximo de 10%.

        O que também ninguém discute é a eficácia do aumento da Selic para conter a inflação. Desde abril deste ano, a Selic aumentou 2,75 pontos percentuais, uma enormidade, em termos internacionais, e a persectiva para a inflação em 2014 é de elevação, conforme o boletim Focus. 

        1. Pois é Ferruccio.
          Se gasta

          Pois é Ferruccio.

          Se gasta bem o dinheiro nao precisa ficar emitindo títulos e a dívida caí. Consequentemente paga-se muito menos juros. É muito simples, igual conta de padaria. O problema é o país gastar sem controle só emitindo títulos.

          1. Helbert,
            Não acho que é tão

            Helbert,

            Não acho que é tão simples assim.

            O governo tem controle sobre uma parte mínima das despesas (10% acho), não há muito espaço para redução. Falar que o governo deve reduzir gastos é fácil, o difícil é apontar quais os gastos que o governo deveria reduzir, seriam gastos  com benefícios sociais ou investimentos?

            Por outro lado, gastamos quase 5% do Pib com pagamento de juros, valor muito acima de outros países. O engraçado é que ninguém quer discutir isso.

            Dizer que os juros pagos são altos porque a dívida pública é alta é só meia verdade. Desde abril deste ano os juros básicos subiram 2,75 p.p, de 7,25% para 10%. Esse aumento não teve nada a ver com o nível da dívida, teve a ver com o combate à inflação e outras “coisitas mas” (necessidade de atrair capital externo, por exemplo).

            Uma coisa a lembrar, quando falamos em gastos, é que “gasto” tem uma conotação ruim. É ruim gastar (é o que eu sempre digo para minha mulher). Mas é preciso entender que “gastar” tem significado diferente para a economia familiar e a economia do país.

            É preciso lembrar que os gastos do governo ou das famílias representam pedidos às fábricas. Reduzir gastos é reduzir pedidos às fábricas, isto é, reduzir a atividade econômica.

            Não é tão simples assim, como poderia supor o dono da padaria. 

          2. Caro Ferruccio
             
            Muito bom

            Caro Ferruccio

             

            Muito bom seu comentário.

            Nao sou conhecedor das ciencias economicas, sou engenheiro eletricista. Mas como cidadao leigo a sensação que tenho é que boa parte do dinheiro que gastamos e nao temos,  vai para o lixo.  Quando se fala em gastos no Brasil sempre vem na mente a questão social, mas acredito que os gastos sociais sao a menor parte da fatia. O Brasil, como país tem que amadurecer e avaliar onde estão os problemas, por onde o dinheiro escorre??? A questao das aposentadorias é uma bomba que todo mundo bem informado sabe que é insustentável, mas e a coragem para enfrentar o problema e ser impopular. Sem a melhoria das contas públicas não vejo como o governo sair da maos dos juros altos, a partir de uma menor dependencia de captação de recursos os juros poderão ser mais civilizados.

             

            SDS

            Helbert Silva

          3. Falácia

            Falacia = engano que se faz com razões falsas ou mal deduzidas.

            O governo não tem problema nehum para captar recursos via divida pública… o aumento dos juros não tem como causa essa dificuldade.

  15. Economia politica = quando a

    Economia politica = quando a ciencia economica não é levada em conta para atender interesses dos amigos dos fazedores de politica.

    Nassif, você desconsidera que o grande impacto na demanda da alta de juros não é na restrição do crédito é sim no custo de oportunidades dos investidores.  Quem vai querer correr risco de investir no brasil se a ntn-b tá pagando 6,6% mais IPCA? Quem vai correr risco na bolsa de valores, capitalizando uma empresa produtiva, se uma uma LTN tá pagando 13,5% pré fixados?

     

  16. Após afrontar o mercado com a

    Após afrontar o mercado com a baixa do juros, a atual administração joga a toalha e se rende ao rentismo.

    Tudo em nome da “governabilidade” e à 2014!

  17. Não existe ciencia, não

    Não existe ciencia, não existe misterio, não existe regra. Para o governo compensar a diminuição dos lucros dos bancos, devido a baixa HISTORICA da taxa selic e os juros praticados pelos bancos estatais, e ainda para compensar a não nomeação para o Bacen de um amigo deles, banqueiros, o governo escancarou as portas. Nada diferente, nada anormal.

    De lamentar que os nossos empresarios – EMPRESARIOS – e não donos de botequins ou empreendedores de area pacificada, não aproveitaram a taxa de juros baixa para investir, perderam a oportunidade. Mas isso era de se esperar afinal nossos EMPRESARIOS não são gananciosos como os do resto do mundo. Se contentam com pouco: cortar salarios, desempregar quem ganha salario minimo, explorar mão de obra escrava, isto é, só observam as migalhas. Tanto que quando oferecem uma merreca por sua empresa – merreca em termos, evidente, eles vendem. É o que acontece todos os dias. É só observar. Agora vamos começar a ouvir a chiadeira desess EMPRESARIOS contra as taxas de juros altas. Enfim, a roda gira sempre no mesmo sentido. Quem aguenta!

  18. O segundo governo da Ilma. Presidenta da República Dilma

    Ficou claro que os juros pornográficos estão com dias contados no segundo governo.

    Agora é guerra aberta.

    As nuvens pretas estão sobre as finanças que deitam e rolam por aqui, com esta perspectiva sombria seus projetos são rebaixados de imediato e os seu ratings desabam.

    Penso que os bancos, braços deste polvo que sufoca o povo e a nação serão os ponta de lança de suas reações e depois quebram.

    Isto já é visível nos serviços e atendimentos que prestam no Brasil, com a qualidade deteriorando a olhos visto.

    Vão tentar produzir o máximo de dano possível para uma última virada de gato morto que blefa na chantagem.

    Acabou!

  19. O que importa para o mercado

    O que importa para o mercado não é os juros mas os lucros, podermos ter juros de 1000% e lucro de 1% , juros de 0% e lucro de 1% .

    O que importa é a lucratividade.

    O Brasil dois problemas graves que nunca são mencionados em análizes econômicas, o baixo nivel de poupança nacional, e a baixa produtividade da mão de obra.

    Adiciona na conta um estado que absorve a pouca poupança  nacional que existe temos o baixo investimento. 

     

    1. Adiciona na conta um estado

      Adiciona na conta um estado que absorve a pouca poupança  nacional que existe temos o baixo investimento. 

      Tradução para a Economia Política: vamos reduzir os gastos sociais com os parasitas(*) e as aposentadorias da velharia.

      (*) É como denomina, AL, o teu chapa liberal Luciano Ayan, os cadastrados no programa. 

          1. O pagamento dos juros da

            O pagamento dos juros da divida publica, empréstimos subsidiados do BNDES,Tarifas alfandegárias de proteção a determinados setores, Câmbio artificialmente desvalorizado beneficiando o setor exportador .

            Apenas as desonerações fiscais em nivel federal fica em torno de 5% do PIB. Um exemplo a industria automotiva tem um a tarifa de proteção efetiva de 180%.

            Outro exemplo e a zona franca de Manaus que é subsidiada pela união, os grupos de interesse depois de criados atraveis de subsidios estatais dificilmente largam o osso. 

            Sedeseja que eu traga numeros consolidados sobre o total de subsidios que o estado fornece da para pesquizar.

            Esta ai um “tabu” que ninguém toca.Se ainda não ficou claro só com o pagamnento de juros já da prova a minha afirmação. 

    2. Caro Aliança
      Quando você fala

      Caro Aliança

      Quando você fala em “baixo nível de poupança nacional” você se refere aos baixos salários, ao dinheiro sonegado ou aos enviados aos Paraísos Ficais?

      Saudações

  20. A economia é Política. Isso é

    A economia é Política. Isso é um axioma, portanto indiscutivel. 

    Se é Política, então o tecnicismo, ou para sermos mais compassivos, o rigor técnico-acadêmico não pode, nem deve ter a palavra final. 

    Todos os fenômenos econômicos são também sociais. Pode ser uma tautologia expressar isso, mas é fato. 

    O problema de algumas economistas, ou escola da Economia enquanto sob o julgo acadêmico, é o quase isolamento do mundo real. Modelos, equações, gráficos, de per si, muitas vezes são sacados sem as devidas ponderações com os agentes “lá fora”.

    Sim, existem várias correias de transmissão entre Política Monetária e Inflação. O doutor que acima contradita o Nassif, choveu no molhado. O aumento da taxa básica é apenas mais UMA delas. As outras são a taxa de câmbio, estoques monetários, volume de crédito e expectativas.

    Vamos aguardar a Ata do BACEN com as justificativas, palavra que rima com expectativas, a meu ver o fator preponderante para a inflexão na taxa. 

    Vale lembrar, por fim, que não só rentistas malvados vibram com a elevação da SELIC. Há os fundos de pensão com suas carteiras recheadas e respectivas metas de rentabilização. 

     

  21. Pouca vergonha

    Na minha opinião, Nassif, é a pouca vergonha e corrupção a causa para se deixar nosso país a mercê das “piranhas” financeiras, dos piratas, indivíduos que, pelo ganho de dinheiro, não tem pena nem da mãe dele, é essa raça que hoje domina nosso país  macomunado com esses outros bandos de criminosos que se costuma chamar de políticos, isso ainda vai derrotar nosso país, somo uma nação doente, é como um corpo na UTI onde se injeta um veneno falando depois para família, povo, que se está cuidando do paciente, isso vai acabar muito mal, o problema é que o brasileiro é alienado e desinformado, mas como disse Abraham Lincoln, Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo!!

    Essa corja já deveria ter silo levada para a cadeia pela PF há muito tempo, nosso país precisa é de crescimento verdadeiro de no mínimo 10% ao ano para absorver pessoas como eu que, apesar de ter uma sólida formação em engenharia, não consegue se recolocar no mercado de trabalho, precisamos de mais investimentos no setor público, investimentos em ciência e tecnologia, investimento em educação,  re-estatização do que foi privatizado de forma criminosa, se colocar por concurso público pessoas descentes no comando das estatais e acabar com esse negócio de dar privilégios a bancos e transacionais, mas para que isto aconteça é necessário que se tenha uma mudança na forma como esses presidentes são eleitos, não vou aqui me estender mais por falta de tempo e espaço, mas seu que você entende o que quero dizer!!

    1. Concordo plenamente com vc, o

      Concordo plenamente com vc, o problema se resume numa “cambada” que só quer lucro, lucro e mais lucro, que acredita  acontecerá em  outro governo. O Brasil que se dane, primeiro eu, segundo eu e terceiro eu, não é um mantra divulgado no mundo todo?  Haja Deus !

  22. É que o Nassif não quis dizer

    É que o Nassif não quis dizer que o problema da queda de braço entre governo e mercado, com o apoio irrestrito da mídia aos rentistas, são as eleições de 2014. 

  23. amigos, uma sugestão que

    amigos, uma sugestão que faço, vamos utilizar a wikipedia para entendermos um pouco o que são juros, a sua natureza, aspectos técnicos..a impressão que tenho é que a maioria dos amigos aqui nunca fizeram esse estudo… os comentários refletem isso… não vamos minar a credibilidade do blog com comentários sem nexo..isso é música aos ouvidos do PIG..valeu!!

      1. Os juros nascem com o

        Os juros nascem com o investimento, pelo que lhe devemos o esboço de nossas possibilidades no tempo. Isto porque só o tempo sustenta uma compreensão social do mundo – para a natureza de causas devidamente investidas em posição de um meio espacial – que falta inventar com as concepções correntes que conservam as mudanças da economia. 

        1. juros

          ” os juros sinalizam a quantidade de poupança genuinamente disponível.  Por ‘poupança’ entenda a quantidade de bens que não foram consumidos e que, portanto, estão disponíveis para serem utilizados em investimentos.  Mesmo em uma economia monetária os juros continuam sendo oriundos da preferência temporal das pessoas.  Quanto maior a poupança, maior a disponibilidade de bens e menor os juros monetários.  A quantidade de dinheiro poupada passa a ser um reflexo da abundância de bens.  A existência do dinheiro facilita em muito a questão da contabilidade – ao invés de ir a campo pesquisar quantos bens existem no mercado, basta olhar a taxa de juros vigente.

          http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=552

  24. VIVEM A DIZER E ESCREVER, QUE A VIDA QUER É CORAGEM

    Um governo, antes de qualquer coisa, tem que ser politicamente forte.

    Não é politicamente forte o governo que deixa cozinharem por 5 anos a prisão de expoentes do partido e ao fim desses, servi-los à mesa, no caso da Casa Grande, a prisão inusitada.

    Não é politicamente forte o governo que nesse tempo, não consegue levar nem mesmo um Policarpo “Caneta”, mequetrefe do segundo escalão do partido da mídia, a depor na CPI do Cachoeira, um Mauro Ricardo a depor no inquérito do escândalo “Ninho do ISS” ou o procurador De Grandis ser indiciado por não atender as solicitações feitas pelo governo suiço, sobre o escândalo internacional do Trensalão, justificando-se com “arquivo na pasta errada”.  

    Não é politicamente forte o governo que nesse tempo não enfrenta e financia a mídia partido que o combate, que consegue, entre inúmeras outras barbaridades, abduzir do noticiário a acidental apreensão, pela PF “amiga”, de “helipóptero” com quase meia tonelada de cocaína, em  propriedade que até hoje não fica claro quem seja o dono, em rota um tanto quanto estranha, envolvendo políticos ligados a candidato da oposição.

    Um governo não politicamente forte, se torna presa fácil à “turma da bufunfa” e só não sucumbe, pois enquanto houver democracia, o povo forte pode mante-lo no poder por receio da elite do atraso, alojada no alpendre da Casa Grande. 

    Antes da economia o governo precisa exercer o poder político de fato e direito, sem o que, não se trata a economia, entrega-se o poder de fato.

    Vivem a dizer e escrever, que a vida quer é coragem, pois é…

    1. Como sou muito leigo em

      Como sou muito leigo em economês, também vou pela analise política. Me parece que o governo Dilma tem perdido a guerra da comunicação. Nesse sentido a derrota na queda de braço com o mercado é mais um exemplo entre os elencados pelo Franciso.

      Peguemos a primeira vez que se falou em “volta da hiperinflação”. O episódio do tomate. Ali, embora quem não fosse mal-intencionado soubesse que era pura questão de safra, começou-se o terorrismo. O pig alardeou que se não aumentasse a selic, era prova de que o governo adimitia mais inflação.

      Até aí era o pig fazendo seu jogo de sempre, eu sei. Mas quando a “analista de economia” Ana Maria Braga apareceu na TV com aquele colar de tomates, era hora de agir.

      O pânico da volta da hiper puderia se espalhar sim. A Dilma não foi a TV explicar didaticamente que uma coisa não tinha nada a ver com a outra. E deu no que deu. O governo teve que aumentar juros, não para combater a inflação, mas para “provar” que não admitiria a volta dela. Senão fizesse a remarcação de preço viraria praga.

      Quantas vezes é preciso repetir o Velho Guerreiro? “Quem não se comunica se trumbica”

    2. Não é politicamente forte

      Não é politicamente forte quando tem de ter apoio de partidos nefastos (ou de aluguel, como queiram) ou apoiar oligarquias familiares ( e estão aumentando…)

  25. Com o aumento da SELIC,o banqueiro vai preferir títulos!!!

     

    Nassif,

    Me parece equivocado dizer que o aumento da SELIC diminui a demanda na forma que foi explicado. Primeiramente, o aumento dos juros diminui a oferta, pois é banqueiro quem regula a oferta ao mercado. Quando aumenta a SELIC, o banqueiro vai preferir aplicar em título público do que emprestar ao seu Manoel da padaria. pois é muito mais seguro emprestar para o governo.

    Trabalhei em um banco estatal, que em meados de 2003 e 2004 quando a SELIC estava lá no seus 20 e poucos, esse banco tinha 100 bi aplicado em título público, era o melhor negócio do mundo e não fazíamos “nada” nas agências. Depois que foi mudando. 

  26. O Banco Central está enredado pela política

     

    Luis Nassif,

    Sou leigo em economia, mas vou utilizar um questionamento que o Paul Krugman adota na crítica a determinados argumentos que parecem a ele sem muita consistência. Em casos de argumentos sem consistência ele pede para que se apresente o modelo em que argumento foi construído.

    O seu argumento é o do título deste seu post “Como o mercado enredou o Banco Central” de terça-feira, 03/12/2013 às 06:00. Então para você, o mercado prendeu em rede o Banco Central. Talvez se pudesse dizer que o mercado deu ao Banco Central um enredo que o Banco Central tem de cumprir.

    Para este seu argumento eu então demandaria que você apresentasse um modelo que permitisse verificar que o Banco Central está preso a um enredo em que o ganhador é o mercado e o perdedor é o Brasil. Aqui já seria necessário fazer uma distinção entre mercado nacional e mercado internacional, pois no sistema capitalista o mercado nacional faz parte do Brasil e, portanto, se o mercado nacional ganha, ganha também o Brasil. Não faço, entretanto, esta distinção. O que eu quero ver é um modelo que demonstre que nos quatros anos do governo de Dilma Rousseff, o Brasil venha a perder mais ou o mesmo tanto que em qualquer dos quatro anos dos quatro períodos presidenciais anteriores.

    E o modelo é fácil de ser construído. Basta multiplicar o juro real mensal pela dívida líquida. E o juro real pode ser calculado por três fórmulas diferentes. Ele é a diferença entre a taxa Selic e: 1) a inflação medida nos doze últimos meses, 2) a inflação medida anualizando a inflação do mês e 3) a inflação medida nos próximos doze meses. É claro que 1 e 2 são cálculos mais imediatos e o 3 é um cálculo defasado de um ano, mas que fornece a informação com mais precisão. De qualquer modo considero que no governo de Dilma Rousseff o valor encontrado para o cálculo proposto qualquer que seja o método adotado será o mais baixo. E isto demonstrará a inconsistência do seu argumento.

    O ruim no seu artigo não é tanto a inconsistência dele. O ruim é que ele não questiona se a política de combate à inflação é correta e deixa transparece que a política de combate à inflação (Via restrição ao crédito, aumento de cortes de despesas e aumento de receita) é mais fácil e dá melhores resultados.

    Em meu entendimento combater a inflação a todo custo não é correta sob o aspecto econômico. A política de combate à inflação só se justifica pelo aspecto político. Com inflação alta não há político que consegue se reeleger. E quem enredou o Banco Central nesta política de combate à inflação não foi o mercado, mas a emenda da reeleição. Os empresários que financiaram a emenda da eleição excetuando os do mercado financeiro cavaram a própria sepultura. E há ainda o regime de metas de inflação e outros mecanismos que foram construídos politicamente e aos quais tanto o governo como o Banco Central estão amarrados.

    Em relação às alternativas para o combate a inflação, eu lembro que o combate ao crédito talvez seja mais nefasto para a economia do que o aumento da Selic. É só ver com o que aconteceu com o consumo das famílias no levantamento do PIB do terceiro trimestre de 2013. Se ele tivesse sido reduzido qual seria a consequência para o PIB.

    Em relação ao corte dos gastos, eu avalio que as pessoas não tem a dimensão exata do que a redução dos gastos representa. Ontem eu dei uma olhada no post “A corrupção e o moralismo na política” de segunda-feira, 02/12/2013 às 08:42, colocado aqui no seu blog e originado de um comentário de Motta Araujo. Motta Araujo é de um conhecimento enciclopédico, mas em relação a corrupção a opinião dele é a de um leigo como a maioria de nós. Talvez por ser leigo também, eu até pensei em fazer um comentário elogiando a quase totalidade do post “A corrupção e o moralismo na política” cujo endereço é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/a-corrupcao-e-o-moralismo-na-politica

    Houve alguns pontos de discordância. Lá no post “A corrupção e o moralismo na política”, Motta Araujo redigiu o seguinte parágrafo:

    “Enquanto a corrupção vai sendo lentamente controlada com altos e baixos, no Brasil havia menos corrupção nos dois Governos Vargas do que há hoje, e olhe que Vargas não era um fanático combatente contra a corrupção, embora fosse pessoalmente honesto e obviamente a corrupção no Brasil vem crescendo ano a ano desde a Nova República”.

    Pareceu-me uma redação um tanto confusa, embora tivesse uma informação precisa, mas inconsistente, de que a inflação no Brasil esteja crescendo. É de se perguntar qual o modelo que ele tem que demonstra o argumento dele. Trata-se de informação de leigo, como a maioria de nós o é em relação à corrupção.

    Trouxe, entretanto, esta referência ao post “A corrupção e o moralismo na política”, para fazer uma comparação entre corrupção o corte de gastos. Suponhamos que se tenha um mecanismo que consiga trazer para os cofres públicos todo o dinheiro (sem exceção) ocorrido em toda corrupção, mas sem que as pessoas envolvidas possam ser condenadas e sem que também o dinheiro (todo o dinheiro de toda corrupção ocorrida) que retornou aos cofres públicos possa ter qualquer outra destinação. A pergunta que eu faço é a seguinte considerando que o dinheiro retornado da corrupção sem que possa ser utilizado assemelha-se ao corte de gastos: o que é pior para a economia: o corte dos gastos ou a corrupção (Numa situação em que não exista o mecanismo de recuperação do dinheiro da corrupção)?

    E o aumento da receita, ou é via venda de ativos ou é via aumento da tributação. O aumento da tributação passa, ou melhor, não passa pelo Congresso Nacional (Não vou entrar em detalhe mas há que se considerar também que até por razões de falha na metodologia de cálculo de inflação e em razão também de aspectos de indexação da economia, uma redução da tributação pode também reduzir a inflação). E venda de ativos o governo tem feito dentro das possibilidades que as circunstâncias oferecem.

    Então seu post “Como o mercado enredou o Banco Central” é inconsistente porque não prova o título que a ele foi dado e traz a sua antiga argumentação sobre a fragilidade da taxa de juro no combate a inflação. Não é frágil. Se o Banco Central aumenta a taxa em cerca de 10 pontos percentuais de uma vez o efeito será forte e bem imediato.

    E o seu post traz outra cantilena e catilinária sua no que diz respeito a Guido Mantega e Arno Agostin. Para você, o governo não conseguiu enfrentar o mercado em razão de erros da Fazenda e do Tesouro. Se você estivesse certo no que disse antes em suporte ao título do post “Como o mercado enredou o Banco Central”, o que em meu entendimento não há evidências que dêem razão a você, faltaria dizer quais foram os erros e o nexo causal dos erros com sua argumentação.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 03/12/2013

  27. Mídia e oposição engrossam
    Mídia e oposição engrossam coro fiscalista pra encurralar governo  Escrito por Paulo Passarinho   Correio da Cidadania, Sexta, 29 de Novembro de 2013

    O Banco Central voltou a elevar a taxa Selic, a taxa básica de juros, dando sequência a um processo iniciado em abril desse ano. Na ocasião, a Selic estava em 7,25% ao ano e foi elevada para 7,5%. Agora, esta taxa chega a 10%, após seis consecutivas elevações.

    Com essas medidas, somos o país que mais elevou a sua taxa básica de juros ao longo de 2013 e nos mantemos como o país com a mais elevada taxa real de juros, do mundo. Uma brutal contradição, para um país que, segundo o próprio governo, necessita “acelerar o seu crescimento econômico”. Afinal, o custo do dinheiro não é uma variável fundamental para o maior, ou menor, incentivo a novos investimentos produtivos?

    Mas, as contradições não se limitam a esse ponto. O processo de elevação da taxa Selic foi iniciado sob o pretexto de se combater a inflação. Contudo, esse tipo de “solução” para o problema inflacionário está vinculado, tecnicamente, a problemas decorrentes da existência de uma suposta pressão de demanda.

    No caso brasileiro atual, não há indicadores que possam nos assegurar que haja uma pressão das famílias, dos governos ou das próprias empresas que não esteja sendo possível de ser atendida pela estrutura de oferta que temos hoje.

    Não fosse isso, como explicar, por exemplo, os níveis de ociosidade da indústria ou o estoque de terras disponíveis para utilização produtiva ou para um mais adequado aproveitamento econômico? As razões da existência de pressões inflacionárias permanentes em nossa economia estão vinculadas, de forma mais precisa, à dependência de produtos e insumos importados (completamente sensíveis à taxa de câmbio), ao heterogêneo e diversificado setor de serviços (muito sensível aos reajustes reais do salário mínimo) e aos eternos desequilíbrios e tensões de uma economia extremamente oligopolizada, pelo lado da oferta.

    Com um elevado grau de concentração da renda e poder de mercado nas mãos de uma minoria e uma massa de pequenos e médios produtores ao lado de consumidores com níveis de renda muito baixos, o conflito distributivo é permanente. Os agentes econômicos mais poderosos querendo manter a ferro e fogo as suas privilegiadas posições de ganho no jogo econômico, e um gigantesco universo de agentes econômicos buscando ampliar a sua participação no bolo econômico, de acordo com as oportunidades que vão se abrindo, mas sempre de forma ávida e rápida. Afinal, para essa maioria, os níveis de remuneração e ganhos possíveis são quase sempre instáveis e temporários, no contexto de uma economia que se concentra cada vez mais.

    Mas, a grande ou maior contradição dessa reiterada política de juros altos – que, junto com a valorização do real frente ao dólar, é característica do modelo econômico em curso no Brasil, desde o Plano Real – é a nossa situação fiscal.

    Estamos assistindo a uma enfadonha polêmica envolvendo o governo, a oposição de direita e a mídia dominante sobre uma suposta leniência com as chamadas metas de superávit fiscal. O vilão seria o governo. A oposição de direita, em coro com os analistas econômicos da mídia e dos bancos, acusa o governo de perdulário, de deixar as despesas correntes do governo se elevarem, de não enfrentar – mais uma! – a reforma do sistema previdenciário, além de outras baboseiras.

    O raciocínio circular, que procura dar racionalidade a essa crítica de natureza fiscal, e falsa, alega que na medida em que o governo mostra fraqueza em cortar despesas – especialmente, despesas correntes – e, ao invés de ampliar o superávit primário, diminuí-lo, os credores do governo veem com cada vez maior desconfiança a elevação da dívida bruta do Tesouro e passam, por isso, a cobrar taxas de juros cada vez mais elevadas, para o refinanciamento desta própria dívida.

    O sofisma desta argumentação é que o fator mais dinâmico do endividamento público é justamente a despesa corrente com o pagamento de juros! A contenção de todas as demais despesas correntes e de investimentos é realizada justamente para – teoricamente – se pagar cada vez mais parcelas da dívida em curso, “sem se gastar mais do que se arrecada”, e assim, diminuir o endividamento do Estado. E é isso que, intensivamente, estamos fazendo desde o acordo com o FMI, em vigor a partir de 1999. Há 14 anos, portanto.

    Entretanto, desde então, a dívida jamais deixou de crescer de forma espetacular. Em valores nominais e levando-se em conta o volume de títulos públicos nas mãos do Banco Central – para as operações de curto-prazo – e dos credores da dívida pública, o valor desta dívida saltou de R$ 344 bilhões para mais de R$ 2,8 trilhões, de acordo com os dados disponíveis até o mês de setembro desse ano; em percentuais do PIB, a evolução do endividamento foi de 35% para 64%. São dados, portanto, que evidenciam que o motor do endividamento não está relacionado ao fato de o governo gastar mais do que arrecada, com as suas despesas com a manutenção da máquina pública, remuneração dos seus servidores, investimentos ou pagamento de obrigações constitucionais, como é o caso das aposentadorias e pensões do INSS.

    Curiosamente, a despesa corrente que desequilibra as despesas públicas é o pagamento dos juros, jamais questionado pelos economistas e analistas vinculados à defesa do modelo macroeconômico defendido pelo sistema financeiro. É como se este tipo de despesa fosse “natural”, impossível de ser questionada. E o motor dessa despesa é a taxa de administração da dívida pública, sempre igual ou superior à própria taxa Selic. Desse modo, por mais que “economizemos” recursos para a formação do superávit primário, vamos continuar a observar a elevação do endividamento público, com todas as manipulações interpretativas que temos visto ao longo de todos esses anos. Além, é importante frisar, das inúmeras ilegalidades cometidas pelo Banco Central, conforme demonstrado no relatório alternativo da CPI da Dívida Pública, elaborado pelo deputado Ivan Valente, do PSOL-SP, e presidente desta importante iniciativa parlamentar, concluída em 2010.

    Paulo Passarinho é economista e apresentador do programa de rádio Faixa Livre.

     

  28. Reforço o que foi dito por mim e companheiros do blog:

    – Haddad foi o único político que inovou, ao introduzir um IPTU progressivo. Por causa disso a mídia rentista quer a sua cabeça, espalhando desiformação e muitos otários pensam que o aumento de 20% é para todos. O governo federal deveria copiar o prefeito taxando as remessas de lucros, a exportação de matérias-primas, grandes fortunas, IR progressivo…

    – Por quê será, muitos que reclamam da alta inflação defendem aumento maior dos combustíveis??? O Brasil precisa de refinarias urgente para reduzir a importação, que a era Palocci atrasou suas construções…

    – Os impostos estaduais pesam mais que os federais, o ICMS dos estados tucanos (MG e SP) são os maiores do país, estados com muitos consumidores e que poderiam ser reduzidos para facilitar investimentos.

    – Paulo Skaf vive reclamando dos impostos, por quê não reclama de seus companheiros empresários?? O governo reduziu IPI, Folha de pagamento, mas eles não reduzem os preços.

    1. “Os impostos estaduais pesam

      “Os impostos estaduais pesam mais que os federais” é um engano a arrecadação de impostos  federais é maior que as estaduais.

      O total de impostos federais arrecadados pelos estados em 2012, 726 bilhões r$

      O total de ICMS arrecadado pelos estados, 353 bilhões.

      São Paulo arrecadou 117 bilhões r$ em ICMS.

      São Paulo arrecadou 287 bilhões r$ em impostos federais(desdes só retornaram 23 bilhões r$ para SP). 

      Minas Gerais 32 bilhões de ICMS, em impostos federais 38 bilhões r$ (destes 19 bilhões retornaram em transferências).

      Fontes:

      http://www.receita.fazenda.gov.br/Historico/Arrecadacao/PorEstado/2012/default.htm

      http://www.fazenda.sp.gov.br/relatorio/2013/novembro/tabelas/tabela11.asp

      http://www.sindifiscomg.org.br/arrecadacao

       

       

       

       

      1. Não confunda concentração de recursos com arrecadação:

        A alíquota do ICMS em Minas Gerais sobre a energia elétrica chega a 35%, isso inibe investimentos, a culpa pelo baixo crescimento industrial é do governo federal???? 

        O ICMS sobre a exploração mineral é menor que o industrial em Minas.

        Os empresários não reclamam, pois o ex-presidente da FIEMG (Robson Andrade) é um pau mandado do Aécio.

        Estados brasileiros deveriam cobrar IPVA de jatinhos, iates, helicópteros.

        O IPVA de um carro de luxo ou mais potente com o mais popular é praticamente o mesmo.

        1. “inibe investimentos” o que

          “inibe investimentos” o que inibe uma empreitada é a lucraiviidade, impostos são repassados aos consumidores (ate um certo limite), o que diminui o tamanho do mercado, fazendo perdermos ganhos de escala.

          Impostos prejudicam antes de tudo o consumidor.

        2. “A alíquota do ICMS em Minas

          “A alíquota do ICMS em Minas Gerais sobre a energia elétrica chega a 35%” esta aliquota é de consumidor residencial, o estado tem outras tarifas para a industria.

          Os estados da forma como esta extruturado a federação não tem mais espaço para redução de impostos sem comprometer a administração, Tarso Genro pegou a verba do IPVA para pagar 13° salário  dos funcionário do estado  do RS.

        3. O icms Minas é 40%

          O icms em Minas sobre energia elétrica é 40%. E o Robson Andrade não acha nada mas está meio chateado com o governo federal que tirou penduricalhos do preço da energia e a reduziu em 30%. Minas tem uma forte tradição de empresariado reacionário e golpista. O pig aqui, agora com a “itatiasia”, mistura de itatiaia com anastasia, é da época de Tiradentes.

  29. No final tudo se resume em

    No final tudo se resume em para onde vai o dinheiro, o tal mercado assinalou que a taxa teria que ir a 10 até i final do ano, por que e para que não se sabe, mas conseguiu; o absurdo da situação é que meia duzia de pessoas que não sabemos quem são, que não votamos, que não precisam dar explicações plausiveis para a opinião publica (não a publicada pois esta aplaude entusisticamente sem fazer aquela continha quando o aumento é dos salario minimo e aposentadorias: “cada real são tantos no orçamento”) tem o poder de liberar bilhões numa só canetada enquanto qualquer projeto, qualquer aumento para ser aprovado no congresso, passa por varias discussões, fases dentro do processo legislativo e muitas vezes leva anos para ser aprovado; isso deveria acabar, para se aumentar os juros libarando bilhões do orçamento uma discussão mais séria e envolvendo mais autoridades e a sociedade deveria acontecer.

  30. Extra. Genoino renuncia ao mandato

    José Genoino renuncia ao mandato de deputado federal

    Renúncia foi apresentada antes de decisão sobre processo de cassação.
    Condenado no mensalão, Genoino está em prisão domiciliar provisória.

    O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), informou nesta terça-feira (3) que o deputado federal licenciado José Genoino apresentou carta de renúncia ao mandato. Segundo Alves, o documento será lido em plenário na tarde desta terça.

    De acordo com Henrique Alves, a renúncia será publicada nesta quarta, com a convocação do suplente Renato Simões (PT-SP) para assumir a vaga em definitivo – atualmente ele exerce o mandato temporariamente devido à licença de Genoino.

    “Antes da aferição dos votos, o deputado André Vargas apresentou um documento de Genoino de renúncia ao mandato. Então, o processo de cassação nem chegará à Comissão de Constituição e Justiça”, afirmou.

    Supremo autoriza prisão domiciliar ou hospitalar provisória para Genoino (Foto: Rede Globo)JJosé Genoino ao se entregar à PF no dia 15 de
    novembro (Foto: Rede Globo)

    A Mesa Diretora da Câmara discutiria nesta terça a abertura de processo de cassação contra o parlamentar, mas o vice-presidente da Câmara, André Vargas, levou à reunião uma carta de Genoino com pedido de renúncia.

    Condenado no julgamento do mensalão, o deputado, que tem problemas cardíacos, foi preso no último dia 15 e levado para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, para cumprir pena em regime semiaberto. Dias depois ele passou mal na prisão e foi transferido para um hospital, do qual teve alta dia 23 de novembro, e está em prisão domiciliar provisoriamente.

    Genoino fez cirurgia em julho para tratar um caso de dissecção da aorta, uma grande artéria que sai do coração, de onde partem os ramos que levam o sangue para os tecidos do corpo. A estrutura da parede da aorta tem três camadas, para aguentar a pressão do bombeamento do sangue. A dissecção da aorta ocorre quando o sangue se desvia do interior da artéria para o interior da parede e passa a correr entre as camadas dessa estrutura.

    Para se recuperar, Genoino pediu licença médica à Câmara dos Deputados e, depois, entrou com pedido de aposentadoria por invalidez.

    Laudo feito por junta médica da Câmara diz que o petista não possui doença que justifique aposentadoria por invalidez. Eles opinaram por mais 90 dias de licença para que Genoino tenha condições de recuperação total da doença cardíaca. Depois deste período, ele passaria por nova perícia para verificar se está apto a trabalhar.

    Prisão domiciliar
    O ex-presidente do PT está em prisão domiciliar provisória por conta de seu estado de saúde e deve ter o pedido de prisão domiciliar definitiva avaliado nos próximos dias pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa.

    O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou parecer ao STF na segunda (2) no qual opina pela concessão de prisão domiciliar por mais 90 dias para Genoino. Ao fim do prazo, segundo o procurador, “deverá ser reavaliada” a situação de saúde do parlamentar.

    Para Janot, Genoino “apresenta graves problemas (delicada condição) de saúde e corre risco se continuar a cumprir pena no presídio”.”Sua permanência em cárcere, por pouco mais de dez dias, caracterizou-se por diversos episódios de pressão alta, alteração na coagulação e outros sintomas. […] O fato de o requerente não ter sido considerado portador de cardiopatia grave, por si só, não afasta a aplicação excepcional do artigo 117 da Lei de Execução Penal, que autoriza a prisão domiciliar”, afirma Janot no documento.

    O parecer foi feito a pedido do presidente do STF e relator do processo do mensalão, ministro Joaquim Barbosa,que decidiu enviar laudo médico feito por cardiologistas ligados à Universidade de Brasília (UnB) à Procuradoria e à defesa do deputado antes de decidir sobre o pedido de prisão domiciliar definitiva. O laudo afirmou que a cardiopatia de Genoino “não se caracteriza como grave” e que não há necessidade de tratamento domiciliar permanente.

    Em razão do estado de saúde de Genoino, Barbosa concedeu prisão domiciliar temporária até que saísse o resultado da avaliação da junta médica da UnB, nomeada por ordem do próprio ministro. A avaliação é um dos elementos que Barbosa vai levar em conta para decidir se autorizará o cumprimento da pena em prisão domiciliar. Agora que a Procuradoria enviou parecer, ele poderá tomar uma decisão.

    José Genoino foi condenado a 6 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa (4 anos e 8 meses) e formação de quadrilha (2 anos e 3 meses). Ele começou a cumprir a pena por somente corrupção ativa. Com relação à condenação por formação de quadrilha, entrou com recurso que será julgado no que vem.

    http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/12/jose-genoino-renuncia-mandato-de-deputado-federal.html

    1. caro Assis, valha-me Deus!

      caro Assis, valha-me Deus! nóis aqui enredado com o mercado selvagem facínora apostando contra o governo Dilma e a economia derretendo no fio da navalha…e vc vem interromper o debate num aparte de “novela mexicana mais do mesmo” para anunciar a renúncia de Genoino…pelo amor de Deus!

  31. conseguiram

    O mais grave é que o Guido Mantega conseguiu depois de tanto esforço colocar o país em recessão parabéns nem urubu pilotando jegue seria tão incompetente.

    é só cotar empréstimo para empresas a mais de 2% ao mês, desconto de duplicatas beirando os 3%, empréstimo pessoal a 4% ao mês; e alguma pessoa com um QI acima de uma minhoca acha que uma empresa tendo um capital de giro tão caro assim ao elevar a taxa de juro ao invés de forçar queda de preços leva justamente ao contrário.

    Neste ano já tivemos aumento na taxa de juros até para conter elevação de preço de tomate e outras idiotices

    E o mais ridiculo é que a oposição neste país é tão imbecil e corrupta que não chega a ser alternativa seria vc trocar ser assaltado por um ladrão de casa por uma quadrilha armada até os dentes. E colocar um maluco na presidência também não é alternativa até por que já tivemos 2 casos um na republica velha que chegava a falar com estátuas e outro que queria todo mundo vestido de verde e amarelo…um terceiro louco de atar seria demais.

    1. “O mais grave é que o Guido

      “O mais grave é que o Guido Mantega conseguiu depois de tanto esforço colocar o país em recessão parabéns nem urubu pilotando jegue seria tão incompetente.”

      Você não quis dizer Alexandre Tombini, presidente do Banco Central?

  32. Nassif Depois do Arminio

    Nassif

     

    Depois do Arminio Fraga agora é fogo amigo. Veja a reportagem do Delfim Neto no infomoney.

     

    Delfim Fala da grande  tempestade  e que o governo acabou com a Petrobras. Nao consegui colar o link e nem copiar o texto. Mas vale um post, pois o Delfim sempre foi um defensor deste governo e parece que abandonou o barco.

    “O que o governo fez com a Petrobras foi uma tragédia”, diz Delfim Netto – InfoMoneyVeja mais em: http://www.infomoney.com.br/onde-investir/acoes/noticia/3086396/que-governo-fez-com-petrobras-foi-uma-tragedia-diz-delfim

  33. “O que o governo fez com a
    “O que o governo fez com a Petrobras foi uma tragédia”, diz Delfim Netto – InfoMoney
    Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/onde-investir/acoes/noticia/3086396/que-governo-fez-com-petrobras-foi-uma-tragedia-diz-delfim“O que o governo fez com a Petrobras foi uma tragédia”, diz Delfim Netto – InfoMoney
    Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/onde-investir/acoes/noticia/3086396/que-governo-fez-com-petrobras-foi-uma-tragedia-diz-delfim

    http://www.infomoney.com.br/onde-investir/acoes/noticia/3086396/que-governo-fez-com-petrobras-foi-uma-tragedia-diz-delfim

     

    Vejam só o fogo amigo. Até Delfim Neto, fervoroso defensor do governo abandonou o barco.

  34. O “Espírito de Soros” enreda o governo Dilma

    já que seu Nassif desconfia “meio que por cima da carne seca…” que a gestão econômico-financeira do governo Dilma foi pro brejo da cruz do Chico Lopes Para Todos – enredada especulada vilipendiada pelo “Espírito Soros” do mercado tapuia, aquele soro na veia financeira londrina na famosa história neo-bíblica “do homem que quebrou o banco da Inglaterra ao ganhar US$ 1 bilhão apostando contra a libra esterlina, em 1992” – é bom recordar o ecumenismo filosófico de “mercado especulativo com pitadas de mecenato filantrópico” glorificado pela mística econômico-financeira global do mega-especulador-filósofo apatricida George Soros:

    do Valor Econômico

    George Soros, um “estadista sem Estado” por Milton Gamez, 15/03/2002

    Quem é George Soros? Se a medida for o dinheiro, definir o maior especulador financeiro de todos os tempos é fácil. Dentre seis bilhões de pessoas, Soros é o 37º homem mais rico do mundo, com uma fortuna pessoal de US$ 6,9 bilhões, segundo a última lista dos milionários da “Forbes”. Titã do capitalismo selvagem, Soros entrou para a História como “o homem que quebrou o banco da Inglaterra” ao ganhar US$ 1 bilhão apostando contra a libra esterlina, em 1992. Já uma avaliação moral de Soros é tarefa mais complexa. A reputação de predador de Wall Street ofusca até hoje as ações filantrópicas e as críticas consistentes ao capitalismo que Soros tem feito nos últimos anos. No último Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, ele foi chamado de “hipócrita” e “monstro”.

    Para o jornalista Michael Kaufman, ex-editor do “New York Times” e autor da recém-lançada biografia “Soros: The Life and Times of a Messianic Billionaire” (em tradução livre, “Soros: A Vida e a Era de um Bilionário Messiânico”, 345 páginas, Alfred A. Knopf, US$ 27,50), a melhor palavra para definir George Soros é “paradoxo”. Soros tornou-se um gigante do sistema econômico e social que agora quer mudar, para salvar a humanidade. “Soros é de uma arrogância arrebatadora”, diz Kaufman.

    Desde 1994, Soros doou cerca de US$ 3 bilhões para suas fundações filantrópicas em mais de 30 países, onde agiu em defesa do que ele chama de “sociedade aberta”, conceito antitotalitarista que herdou do filósofo austríaco Karl Popper, seu professor na juventude. Nos anos 40, o menino Soros sobreviveu ao nazismo em Budapeste e escapou do comunismo subseqüente, ajudando a derrubá-lo décadas mais tarde ao apoiar intelectuais no Leste Europeu. Radicado nos Estados Unidos, Soros é o único cidadão universal com uma política externa própria e recursos para implementá-la, a ponto de ser considerado para o Prêmio Nobel da Paz, relata Kaufman. É um filósofo frustrado que age como um “estadista sem Estado”. Desde criança, tem o desejo de mudar o mundo. Somente duas pessoas hoje em dia têm esse tipo de presunção, e agem em função dela. “Um é George Soros. O outro é Bin Laden”, afirmou Kaufman ao Valor.

    A biografia não foi autorizada por Soros. O bilionário, porém, colaborou com Kaufman e instruiu amigos e parentes a fazer o mesmo. O resultado é um livro rico em detalhes pessoais, que ajudam a entender o caráter complexo do financista. Suas aventuras fugindo dos nazistas na Segunda Guerra Mundial ou vendendo jóias e ouro no Mienk Cafe, em Budapeste, aos 14 anos, moldaram sua personalidade. Seu pai, Tivadar, um advogado internacionalista que falava esperanto e foi prisioneiro dos russos na Sibéria, também. A mãe, Erzebet, estuprada por soldados do Exército Vermelho, dominou o subconsciente de Soros até que uma crise de meia-idade o levou a sessões de psicanálise, aos 50 anos.

    A admiração do biógrafo pelo biografado não o impede de apontar algumas falhas de caráter de Soros, como a falta de lealdade ou a paternidade pouco atenciosa. Mas Kaufman coloca Soros no mesmo panteão de ícones libertários como Che Guevara e Mahatma Gandhi. “Soros é o intelectual público mais amplamente engajado de todo o mundo”, afirma, por telefone, na seguinte entrevista.

    Valor:
    O que o seu livro traz de novo após “Soros on Soros”, de Byron Wien e Kriztina Koenen?

    Michael Kaufman: Soros não tem paciência para explicar a si mesmo. Sua impetuosidade é memorável. “Soros on Soros” foi uma tentativa. Quando o conheci, no início dos anos 80, ninguém o via como um filantropo. Mas ele sempre aparecia apenas como outro homem rico, talvez um pouco melhor. Ele não é apenas “homus economicus”, não pode ser explicado da mesma maneira que os outros ricos. Soros é o intelectual público mais amplamente engajado de todo o mundo. No passado, pensávamos em pessoas como Che Guevara, André Malraux. A ironia é que ou eram revolucionários ou escritores, como Victor Hugo, Mahatma Ghandi ou Malcom X. Nenhum especulador financeiro está pessoalmente mais engajado na vida social de mais pessoas e lugares do que Soros.

    Valor:
    Há muitos Soros num mesmo homem: o gênio bilionário das finanças, o filósofo fracassado, o grande filantropo. Qual fala mais alto?

    Kaufman: Ele se descreveu como um especulador financeiro filosófico e filantropo. Essas três pessoas são muito importantes para ele. Soros navega entre os três e os une pela filosofia. Ele tem essa idéia de que fracassou em sua teoria da “reflexividade” (a noção da falibilidade humana descrita por Soros no livro “A Alquimia das Finanças”). Ele agora está numa quarta dimensão. É o estadista sem Estado. Sua inspiração foi Popper, mas seu verdadeiro herói foi John Maynard Keynes, o economista engajado que criou as instituições de Bretton Woods. Ele adoraria modernizá-las, criar uma outra instituição global de crédito além do FMI e do Banco Mundial.

    Valor:
    Qual é o maior sonho de Soros?

    Kaufman: Seu sonho é ser um homem contemplativo. Ele me disse seriamente que desistiria voluntariamente de sua fortuna se pudesse apenas ter escrito um trabalho de filosofia que pudesse ser lido pelas gerações futuras. Não acho que é uma mentira, é o seu moto. É um homem que sobreviveu aos nazistas sob um nome falso, que viveu num ambiente terrível para um judeu, que escapou de ser deportado e morto. Tudo era incrivelmente excitante para um garoto de 14 anos e deu a Soros um instinto de sobrevivência que é a origem de seu sucesso como financista. Ele viu seu pai assumir riscos naquela época que fazem o jogo contra a libra esterlina em 1992 parecer insignificante. Mesmo que fale essa língua filosófica popperiana, essencialmente ele está enraizado em competição, em sobrevivência, em um tipo de moralidade que nasceu quando ele tinha 14 anos.

    Valor:
    Soros se sente culpado, está pedindo perdão por seu sucesso financeiro?

    Kaufman: Não, não. Como financista, ele não gosta de todas as regras. Foi um predador em alguns mercados, sim, mas operava sob as regras vigentes. Ele diz que é uma atitude amoral, e não imoral. Por exemplo, ele gosta do euro e quer a integração européia. Mas com ela o espaço para a arbitragem das moedas diminui. Ele apóia a União Européia mesmo que ela acabe com o seu negócio. Seu pai era um esperantista. Soros é antinacionalista.

    Valor:
    Por que ele é tão criticado? Suas propostas não são boas o suficiente, como sua filosofia?

    Kaufman: Soros compara a fé nos mercados como a fé comunista no socialismo científico. Ele é visto com uma pessoa que peidou num lugar público. Fez fortuna com um fundo de “hedge” e agora fala sobre regulação internacional do capital! Suspeito que sua filosofia seja mesmo falha. Mas qual é o filósofo que tem hoje tanta projeção no público como Sartre teve? Ou Bertrand Russel? Não conheço ninguém. A filosofia tornou-se uma atividade recôndita.

    Valor:
    Soros será lembrado no futuro?

    Kaufman: Ao menos como filantropo. Ele está no mesmo nível de um Rockefeller, um McCormick. Na Rússia, eles vão reconhecer um dia que Soros fez tanto quanto qualquer país para preparar o caminho para a transição pós-comunista. Ele manteve Sarajevo viva. Um astrônomo russo deu o nome Soros a uma estrela. Um micróbio levou seu nome, crianças também. Como filósofo, Soros não estará no panteão de ninguém. Mas sua obsessão pela filosofia o torna diferente das outras pessoas. Desde criança, ele tem o desejo de mudar o mundo. É muito mais do que uma simples “egotrip”. Só há duas pessoas no mundo que hoje agem externamente nesse tipo de presunção. Um é George Soros. O outro é Bin Laden. Ossama bin Laden é um rico que montou uma teia de organizações internacionais para promover suas idéias de um mundo justo. Sua visão é sectária, autoritária, antidemocrática; é a sociedade fechada, teocrática, reprimida. Soros vai além da noção de Estado, busca uma realidade supranacional. Mas sua visão é democrática. Ele quer aumentar os padrões globais e trazer igualdade de oportunidades para quantos puder.

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  35. O maior problema não é a alta da SELIC.

    O problema é a baixa inteligência de trocar as causas do conhecimento econômico da realidade,  as quais se provê o acerto que se pretende estabelecer em uma cadeia demonstrativa para criar a moeda; e se atua em procurar investimentos, pelo ponto de vista de circuntâncias e convicções da idade média. 

  36. Artifícios sofismáticos ou teorias conspiratórias

     

    A meu ver, contador que sou com especialização em auditoria e gestão governamental, secundado por leituras de muita lenga-lenga sobre o tema durante uns cinquenta anos e, também, de ouvir empertigados e sisudos catedráticos, inclusive um que me disse cobras e lagartos porque, ao pedir a opinião dos alunos sobre a economia, eu respondi que era a responsável por todos os males da humanidade, isso de bancentral-selic-juros e que tais,  se não forem teorias conspiratórias, são por certo artifícios sofismáticos que a elite dominante sempre utilizou contra o povo, marcado que é para perder nas altas ou baixas de seja lá o que for.

    1. O DINHEIRO PARADO NOS BANCOS

      A verdade verdadeira é que os bancos estão com os cofres abarrotados de dinheiro e sem novos tomadores de empréstimos a médio prazo. Assim, como dinheiro parado não dá lucro e somente despesa, a banca financeira pressiona para ganhar mais juros comprando títulos do governo e manter sua lucratividade sem riscos, enquanto a demanda por dinheiro não vem. Não vivemos uma inflação de demanda e, sim, uma pressão inflacionária financeira provocada pelos banqueiros nacionais e internacionais. A população, altamente endividada nos últimos anos, não quer mais ver banqueiro oferecendo empréstimos a taxas anuais de mais de 100%. Por isso, sobra dinheiro na banca e a pressão pela SELIC de 10% a.a. ou mais.

  37. O pig quer salvar a petrobrás

    Até que em fim a moeda caiu e eu entendi que estou errado. O  aumento do juros é ótimo para o país, assim ele paga mais aos especuladores e eles readquirem a confiança no governo e no país que tanta falta faz. E os empresáriso estavam com razão de cara feia por isso.  Aumenta as despesas do governo, e muito, mas não tem aquele carater social desagradável, digamos, não é eleitoreiro,  e isto é outra vantagem.

    Outra coisa importante: ouvindo a globocbn hoje fui informado que o governo fez mal gestão e encheu a petrobras de sindicalistas e os economistas da globo propõem o aumento do combustivel para resolver o problema. Quer dizer, a globo aceita os sindicalistas e comunistas na teta da empresa e propõe a solução com o aumento do combustível. Isto é que é amor incondicional a petrobrás, e eu pensei que eu é gostava dela, petrobrás. Eles não disseram, mas quase, que ainda que provoque alguma inflação ainda assim vale a pena garantir um lucro extra para a companhia. A globo ama e quer salvar a petrobrás incondicionalmente, e nós não entendiamos. 

    O mesmo se deu com o corte do valor da energia: as estatais foram prejudicadas e foi uma choradeira geral. Em amvbos os casos, eu com meu egoismo querendo pagar menos na minha conta mensal não percebi a extensão do amor do pig às estatais. Peço desculpas.

    Onde pego meu diploma de economista “honoris causa”?

     

  38. DINHEIRO PARADO NOS BANCOS

    A verdade verdadeira é que os bancos estão com os cofres abarrotados de dinheiro e sem novos tomadores de empréstimos a médio e londo prazo. Assim, como dinheiro parado não dá lucro e somente despesa, a banca financeira pressiona para ganhar mais juros comprando títulos do governo e manter sua lucratividade sem riscos, enquanto a demanda por dinheiro não vem. Não vivemos uma inflação de demanda e, sim, uma pressão inflacionária financeira provocada pelos banqueiros nacionais e internacionais. A população, altamente endividada nos últimos anos, não quer mais ver banqueiro oferecendo empréstimos a taxas anuais de mais de 100%. Por isso, sobra dinheiro na banca e a pressão pela SELIC de 10% a.a. ou mais.

  39. Na verdade, isso se trata de

    Na verdade, isso se trata de uma derrota  do Governo no plano da comunicação com a sociedade, tendo em vista que quando se deu a “crise” do tomate culminando com as manifestações de Junho, não só o setor produtivo como a sociedade brasileira em geral deixaram Dilma sozinha no enfrentamento contra a galera do rentismo e a gritaria de suas vozes alugadas na mídia. Resultado foi a queda da popularidade  da presidente nas pesquisas. Então, ela cedeu!

    1. Aprendeu?

      Caio,

      Não cogita que a presidente possa ter aprendido o que se recusava antes (e que o autor ainda não aprendeu?)? De que os juros tem sim impacto na inflação. E de que ser tolerante com uma inflação persistentemente alta faz anos acabará por reduzir o poder aquisitivo de toda a população (especialmente a mais pobre)?

      Não percebe que aconteceu o que os economistas sérios disseram que ia acontecer? Ou acha que os empresários fizeram uma rodinha junto com a imprensa e decidiram aumentar todos os preços do país de birra? Lembro que o índice de ifusão (número de setores que experimentaram inflação) foi de mais de 75%. Quando o índice de difusão é tão alto assim é impossível que sejam aumentos combinados ou “choques pontuais” como o goerno defende, praticamente tudo aumnentou.

      Só quem pode criar inflação é o governo. Esse governo, contra todos os avisos, insistiu nas suas aberrações econômicas, e agora se esforça para corrigir os problemas que ele mesmo criou. 

      1. Selic x Inflação

        Meu caro,

        Permita-me. Seu ponto não se sustenta. No auge dos 12,5% a. a. do juro básico, a inflação (IPCA) acumulada em 12 meses atingia mais do que 7%. Isso foi no segundo semestre de 2011. Baixou-se a Selic meta até atingir 6,5% a. a. em 2012, a inflação cai para a faixa de 5,8% e lá permanece.

        E aí indago como pode sustentar a tese pândega da relação forte Selic x Inflação, dizer que o governo “aprendeu”…Deveria ocorrer a você que, diante dos fatos, a variação da inflação é em enorme, majoritária parte, explicada por outra causa que não a dita Selic.

        Vou além no levantamento dessas causas e coloco, humildemente, as hipósteses que sejam (1) a flutuação dos preços dos grãos em 2012, (2) desvalorizações cambiais, estas com impacto momentâneo, não perene, e (3) inflação de serviços, esta derivada do aumento sustentado de salários e do câmbio cronicamente sobrevalorizado. Este último, note é causado pela Selic alta que você vem a justificar.

        Já a análise da fraqueza que a relação defendida por você apresenta é reiteradamente feita neste blog.

        Saudações.

      2. Selic

        Caio!  0,5 POR CENTO AO ANO NÃO INTERFERE EM 14 POR CENTO AO MÊS NO CARTÃO, NO CHEQUE ESPECIAL, EM CARNÊS DOS GRANDES MAGAZINES, ETC…

         E N T E N D E U ? ? ? ? ? ? ?

  40. Hora do governo virar o jogo

    No mercado os contrários são os que bebem a água mais limpa. A Dilma têm uma janela de oportunidades nos próximos dois meses para virar o jogo.

    Alinharam-se oportunidades na área política interna e externa, o mercado já apostou suas fichas e não pode mais sair da mesa, aqui dentro estão alinhadas as condições para uma reforma no governo que  possibilita virar o jogo.

    Vontade política e ousadia:

    Se você quer ter sucesso

    Seja ousado,

    Seja o primeiro

    E seja diferente.

    Dilma, a reforma ministerial lhe dará controle para sair desta falsa sinuca, afinal, os juros pagos é que estão atrapalhando as contas públicas e os bancos, sabendo disto, forçam o aumento da já pornográfica taxa de juros.

    Não é hora de brigar de frente, dê uma canelada das boas nestes espertalhões, não é defaut e reprogamação escalanoda de pagamentos em função da mudança gravitacional ocorrida na terra.

    Dois meses para se estabelecer prioridades e um mêzinho para arranjar a fila.

    Enquanto isto, reprograma todos os ministéiros com 14 pastas e 72 secretarias.

    Acorda, Dilma!

  41. se os sonegadores pagassem…

    Embora tardiamente, vou meter minhar colher de pau que estava aqui mexendo o mingau. Fica-se discutindo se os impostos maiores são estaduais ou federais, se os juros estratosféricos ( para agradar a turma da bufunfa) derrubam a inflação que não é de demanda somente e que poderia ser contida por medidas heterodoxas, etc etc etc

    Embora sejam questões reais, creio que devemos ampliar a discussão. A classe média que protesta “contra tudo isso que aí está” parece não se dar conta de que paga imposto por si e pelos que não pagam. E não pagam porque corrompem os servidores do estado, como está se vendo no caso paulista do ISS e dos trens e metrô.

    Até agora não se repercutiu suficientemente o caso emblemático da Globo (ainda não mostrou  DARF), ou melhor, recebeu atenção dos blogueiros sujos mas logo se diluiu na névoa desmemoriada dos manipulados de sempre. Claro que a imprensa empresarial trabalha para substituir rapidamente as pautas que não lhe interessam. Eu, por mim, quando  olho para o jornal “o globo” penso logo em anedotário, quero dizer, as coisas periféricas que se empurram para os leitores com a finalidade de distraí-los do essencial.

    Hoje leio que os fiscais da fazenda atualizaram o sonegômetro. VAMOS FAZER UMA CAMPANHA PARA TIRAR O MINISTERIO DA FAZENDA DE SUA ACOMODAÇÃO. Que nossas vozes se ergam acima do ruído feito pelas” notícias” e discussões cuidadosamente plantadas pelos serviçais do juro fácil.

    A matéria abaixo merece ampla divulgação:

     http://www.jb.com.br/economia/noticias/2013/12/11/sonegacao-no-brasil-e-20-vezes-maior-que-gasto-com-bolsa-familia/

     

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