Corregedoria vai ouvir 32 PMs sobre chacina

 
Jornal GGN – A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou que a Corregedoria da Polícia Militar irá ouvir todos os policiais militares que trabalhavam em Osasco e Barueri na noite da chacina que deixou 18 mortos.
 
32 PMs do 42º batalhão, de Osasco, e do 20º batalhão, em Barueri, prestarão depoimentos na condição de testemunhas para colaborar nas investigações.
 
Nesta segunda (17), o secretário de Segurança Pública também disse que tem uma lista dos suspeitos dos ataques na Grande São Paulo, afirmando que eles foram praticados por ao menos dez pessoas, divididas em três grupos.

 

Da Folha

Corregedoria começa a ouvir 32 PMs sobre chacina na Grande SP

A Corregedoria da Polícia Militar começa a partir desta terça-feira (18) a ouvir todos os policiais militares que trabalhavam em Osasco e Barueri, na Grande SP, na noite da chacina mais violenta do ano.

 
A Secretaria da Segurança confirmou a convocação de 32 PMs. São homens e mulheres do 42º batalhão, de Osasco, e do 20º batalhão, em Barueri, que prestarão depoimentos na condição de testemunhas para, segundo o governo, colaborar nas investigações.
 
Na noite de quinta (13), 18 pessoas morreram e seis ficaram feridas nas duas cidades, em um intervalo de três horas. Os crimes ocorreram dentro de um raio de 10 km.
 
O secretário da Segurança de São Paulo, Alexandre de Moraes, disse nesta segunda (17) que a polícia já tem nomes de possíveis envolvidos na chacina. Sem dar detalhes se são policiais, Moraes informou que essas pessoas foram “indicadas” por testemunhas e estão sendo investigadas para serem tratadas como suspeitas. “Avançamos muito”, disse o secretário, que também afirmou que os ataques foram praticados por ao menos dez pessoas, divididas em três grupos.
 
“Nós conseguimos definir a existência de três grupos distintos. Um grupo que atuou em Barueri, porque as armas são as mesmas nos dois eventos de Barueri, não só os estojos encontrados no local do crime, como também os projéteis nas vítimas. E dois grupos diferentes, que atuaram com armas diferentes, com veículos tem diferentes também em Osasco.”
 
Na sexta-feira (14), horas após a contagem oficial de mortos e feridos dos ataques na noite passada, o secretário informou que a Corregedoria da corporação só entraria na apuração se houvesse fortes indícios da participação de policiais militares no crime. Também defendeu os policiais que prestavam serviço naquela noite quando questionado por repórteres.
 
“O policiamento da área estava realizando o policiamento. Exatamente por isso… se vocês pegarem as imagens do primeiro evento, o primeiro evento ocorre em poucos minutos. Em rápidos minutos, depois de avisado, o policiamento já chegou.”
 
Autoridades suspeitam que a chacina pode estar relacionada à morte de um policial durante um assalto a um posto de combustível em Osasco (na Grande São Paulo).
 
Policiais militares dos batalhões de Osasco, Barueri e outras cidades da Grande SP trocaram mensagens por celular combinando vingar a morte. A tese de participação de policiais nos ataques foi reforçada com a entrada da corregedoria nas investigações.
 
Perguntado o que achava do possível envolvimento de membros da PM, Alckmin disse que o governo de São Paulo não descarta nenhuma hipótese.
 
RECOMPENSA
 
Cidadãos que contribuírem com as investigações da chacina mais violenta do ano na Grande São Paulo poderão ser recompensados com R$ 50 mil, caso as informações que entregarem às autoridades ajudem nas apurações.
 
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta segunda-feira (17) que o caso foi incluído no programa de denúncias. Para receber a recompensa, a pessoa com informações deve fazer sua contribuição pela internet, no endereço www.webdenuncia.org.br. É garantido sigilo absoluto.
 
Alckmin classificou o crime como “gravíssimo”. “Pelo número de mortos e feridos. Enfim, há a necessidade de esclarecer a relação entre elas [mortes]. As causas disso e a prisão dos criminosos.” O tucano também manifestou solidariedade às famílias das vítimas. 

 

Redação

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