Jornal GGN – A Secretaria de Estado da Saúde de Rondônia (SESAU), encabeçada por Fernando Máximo, inseriu leitos clínicos e de unidades de terapia intensiva (UTIs) inativos, em relatórios diários sobre a ocupação de hospitais com pacientes internados com a Covid-19. Segundo denúncia do Ministério Público (MP) estadual, a manobra teria sido praticada em dezembro e janeiro, a fim de evitar que a gestão do estado, por falta de leitos, fosse obrigada a decretar novas medidas de isolamento social para conter a transmissão da doença.
Hoje, no entanto, a capital Porto Velho enfrenta um colapso no sistema de saúde pública pelo excesso de contaminações pelo vírus e necessita transferir pacientes por falta de leitos, de acordo com informações do Uol.
Em meio à denúncia, o MP inicia terça-feira um inquérito civil público para aprofundar as investigações e apontar os responsáveis pela inclusão dos números nos documentos.
Constam nos relatórios, pelo menos, 30 leitos de UTI e 23 clínicos do Hospital de Campanha da Zona Leste, que foi desativado em 14 de outubro. Há no local camas e equipamentos, mas não tem médicos para abrir os leitos aos pacientes.
“Para poder camuflar os dados do relatório eles continuavam lançando esses leitos, mesmo estando inativos. E não só estavam inativos, como não havia nem sequer a possibilidade de ativá-los a qualquer momento por absoluta falta de profissionais médicos” afirmou à reportagem o promotor e coordenador estadual da força tarefa da Covid-19 no estado, Geraldo Henrique Guimarães.
Para o promotor, as ilegalidades tinham o objetivo de que a cidade de Porto Velho não regredisse de fase nas medidas de isolamento, uma vez que quanto maior a ocupação de leitos, mais ações de isolamento são previstas.
“Eles, aproveitando-se dos resultados fraudados, regrediram Porto Velho apenas para a fase dois, que permite ficar quase tudo aberto. Naquele dia, com os dados fraudados, estava 67% de ocupação dos leitos, contando os 30 leitos. Se tirássemos os leitos fraudados, iria para ocupação de UTI de 87,5%, o que teria levado automaticamente para a fase um —e era isso que eles não queriam”, afirmou Guimarães.
O governo de Rondônia ainda não se manifestou sobre a denúncia.
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Governador é coronel da PM eleito na onda bolsonarista (PSL) de 2018. E assim as canoas bolsonaristas, já furadas e fazendo água, vão afundando, mas levando junto a população para baixo. O boleto da ilusão, chega cedo, via negacionismo.