Deputado e advogados pedem demissão de procuradores de Curitiba em reclamação ao CNMP

O material indica que os procuradores de Curitiba agiram em conluio com Sergio Moro e vazaram informações sigilosas da operação às autoridades internacionais, em troca de ajuda para processar investigados.

Jornal GGN – Os advogados Carol Proner, Fernando Hideo e Marco Aurélio Carvalho, a pedido do deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), encaminharam ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP),uma reclamação pedindo investigação e eventual punição, com demissão, dos procuradores da Lava Jato em Curitiba, por causa de novas infrações disciplinares reveladas pelas mensagens apreendidas na operação Spoofing.

No documento, apresentado no dia 07 de fevereiro, eles pedem “apuração em processo administrativo disciplinar” e “caso sejam confirmadas a lesão aos cofres públicos ou dilapidação do patrimônio nacional; a prática de ato de improbidade administrativa; a incontinência pública e escandalosa que comprometa gravemente, por sua habitualidade, a dignidade da Instituição; ou a revelação de assunto de caráter sigiloso, que conheça em razão do cargo ou função, comprometendo a dignidade de suas funções ou da justiça, seja aplicada a pena de demissão aos reclamados, nos termos do art. 240, inciso V, da Lei Complementar nº 75/1993.”
As mensagens hackeadas do Telegram da Lava Jato foram compartilhadas com a defesa de Lula por ordem do Supremo Tribunal Federal. Os advogados do ex-presidente estão analisando o conteúdo e enviando comunicações à Corte.
O material indica que os procuradores de Curitiba agiram em conluio com Sergio Moro e vazaram informações sigilosas da operação às autoridades internacionais, em troca de ajuda para processar investigados.
Para os advogados, os membros do Ministério Público descumpriram o dever de “guardar segredo sobre assunto de caráter sigiloso que conheça em razão do cargo ou função”, entre outras infrações.
A reclamação de Proner, Hideo e Carvalho requer que o CNMP peça cópia das mensagens da Spoofing ao Supremo, além de “cópia de todos os acordos de leniência e delações premiadas celebrados pela Força Tarefa da Operação Lavajato, dos registros de comunicação e demais documentos relativos à cooperação com agentes e grupos estrangeiros” aos procuradores antes liderados por Deltan Dallagnol.

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