Ditadura no Brasil é tema não pacificado – mas só para Weintraub

Ministro da educação considera tema “polêmico”; exame de 2019 foi o primeiro em dez anos a não tratar da repressão militar

Abraham Weintraub, Ministro da Educação. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil (via fotospublicas.com)

Jornal GGN – A ditadura militar é um “tema polêmico” e ainda não existe uma pacificação do que houve entre 1964 e 1985. A afirmação sem pé nem cabeça foi feita nesta sexta-feira pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub. O tema não foi abordado no Enem 2019.

O ministro participou de entrevista coletiva que tratava do balanço da última edição do Enem – pela primeira vez em 10 anos, a repressão militar não foi abordada no exame nacional do ensino médio. Lembrando que os conteúdos aplicados no Enem são usados como referência para as escolas do ensino médio.

“Como aqui no Brasil existe ainda uma coisa não pacificada de como foi o período do regime militar, o objetivo do Enem não é polemizar e sim selecionar as melhores cabeças. Nós, nem fui eu, o banco examinador resolveu não colocar [questões sobre a ditadura na prova], não é para ter questão polemica”, disse Weintraub, segundo informações do jornal Folha de São Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro já teceu elogios a torturadores e é um defensor do período da ditadura militar no Brasil. A necessidade de se reescrever a história e mudar a visão sobre o período militar ganhou força no ano passado, quando o deputado e filho do presidente Eduardo Bolsonaro defendeu em redes sociais uma revisão histórica sobre a ditadura em livros didáticos. O pente fino ideológico que removeu 66 questões da prova não pode ser esquecido.

1 Comentário

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  1. A cretinice e calhordice dessa gentalha não possui limites.
    São o que sempre foram: arbitrários ignorantes, autoritários analfabetos
    Aéticos e imorais.
    O que também é pacífico entre as pessoas de bem.
    Não pacífico é o atlântico, o mediterrâneo, por exemplo.
    Baita sem vergonha e sem cultura.
    Quadrilha é muito pouco: batalhão.

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