Embate entre governo Bolsonaro e militares acirra e relação “está por um fio”, diz colunista

Segundo Chico Alves, humilhação de Pazuello e confronto entre Salles e Ramos explicitam a discordância entre governo e militares

(FOTO: MARCOS CORRÊA/PR)

Jornal GGN – Os embates nas últimas semanas na cúpula do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) sinalizam “que os militares de alta patente podem desfazer a parceria com o presidente”, observou Chico Alves, em sua coluna no Uol, publicada neste sábado, 31.  

Segundo o colunista, “já nos primeiros meses de gestão, os generais descobriram que não iriam ser tratados com a deferência que esperavam”, uma vez que os próprios filhos de Bolsonaro se encarregaram de ofendê-los, o que motivou a saída de generais do governo. 

Mas, a possível estabilidade conquistada pelos militares que restaram no governo, foi abalada na última semana. “Tanto os generais da reserva quanto os da ativa não engoliram a humilhação a que Bolsonaro submeteu o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ao suspender o acordo para compra da vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com cientistas chineses”, escreveu Chico Alves. 

“Pela primeira vez, generais da reserva, que já faziam críticas indiretas ao governo, foram às redes sociais para criticar tanto o desequilíbrio de Bolsonaro quanto a submissão de Pazuello”, destacou o colunista. 

Além disso, o desentendimento entre o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o general da reserva Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, pioraram o cenário. 

“Dentro e fora do governo, nunca houve a verbalização tão explícita das discordâncias entre Bolsonaro e os militares”, completou.

Redação

5 Comentários

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  1. Militares são muito bons inclusive os da reserva, mas lá nas casernas, porque uma parcela (militares) aceitou fazer parte da quadrilha de enganadores dos brasileiros chefiados pelo “Bozó” que com suas atitudes de menino mimado vai ter o respeito dos brasileiros fora “Bozó” com toda sua quadrilha.

  2. E consolidando-se a derrota do trampismo, Bolsonaro e os militares servis dos EUA ficarão sem parceiros até nas Américas. Se agora vivem no purgatório, 2021 vai ser um inferno que vai afetar muito a total falta de repertório para lidar com a crise. Que os filhos aproveitem bem o final de ano, porque depois os golpistas e a própria situação, não os trarão nenhum tipo de sossego.

  3. Ainda bem que o Brasil nao tem inimigos (externos). Com essa capacidade de previsao e planejamento que nossos comandantes militares possuem, ja teriamos capitulado ha muito tempo!

    Alias, quantos minutos voces acham que eles resistiriam num campo de batalha, tipo assim a Siria, Iraque ou Afeganistao, antes de bater em retirada? Um dos seus maiores temores e ter que enfrentar a Venezuela pra valer e sujar as botas e os pneus dos jipes de sangue e lama.

    O unico sangue que eles conhecem e dos proprios brasileiros.

  4. Acredito que possa haver alguns militares insatisfeitos com os últimos acontecimentos, mas sinceramente não trabalharam tanto para chegar ao poder e largar depois de alguns meses. Historicamente sempre capturaram o poder para ficar, e pouquíssimas vezes foi para melhorar o País. É mais fácil armarem alguma armadilha para o Bozo cair, oportunidades que não falta. Mas, antes precisam fazer o dever de casa que os neoliberalistas nacionais e internacionais estipularam. Sangrar o Brasil e esmagar o povo. Nisso são especialistas.

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