
Infelizmente não deu para assistir ao programa ontem, devido a diferença de fuso. Dei uma olhada hoje pra ver se a EBC já tinha subido o vídeo, mas ainda não.
De qualquer forma, Nassif já adiantou um resumo dos principais pontos abordados e a visão do Min. Jacques Wagner. Vejam em: “Jaques Wagner, no Brasilianas: os alertas para o pós-impeachment“.
Destaquei algumas passagens, as quais comento a seguir:
>> A preocupação é com o pós-impeachment, o momento em que tiver que ser definido uma repactuação. O governo não poderá mais repetir os erros anteriores, de fechar-se ao debate público.
– É a preocupação de Wagner e de todos nós. Aceitei o desafio do “O xadrez da segunda rodada do impeachment” e tentei imaginar o panorama político no pós-impeachment e a esquerda “sem Lula” de 2018 em diante. Falhei miseravelmente. Desisti. Fiquei completamente exaurido sem conseguir que saísse nada.
>> Wagner confia muito no papel a ser desempenhado pelo ex-presidente Lula, por seu conhecimento do Congresso e do país como um todo. Considera que há uma enorme distorção da mídia em relação a Lula. O ex-presidente sempre foi um grande conciliador e hoje é apresentado como incendiário.
– Só mesmo quem compra a mídia familiar “at face value” (sem dar o devido desconto) embarca no “Lula incendiário”. A jararaca sabe usar o chocalho como ninguém mas sabe também quando convém ou não dar o bote – e aqui também como ninguém.
– Sobre a diferença entre a versão que a mídia familiar tenta vender e a que acredito estar mais proximal de Lula – o animal politico por excelência – recomendo, com muita humildade, a leitura de uma parábola de minha proporia autoria (que cabotino que eu sou! Quanta pretensão…). Postei ontem aqui no GGN, como resultado da dor de cabeça que Nassif me deu tentando pensar no pós-impeachment naquele “Xadrez…”. Aqui: Parábola Multi-Sincrética de Duas Tribos em Guerra
>>Na avaliação de Wagner, o governo teria uma margem de votos razoável para impedir o impeachment. Mas tem certeza, também, que a Lava Jato e a Procuradoria Geral da República casaram a agenda de eventos com a pauta política.
– Não invejo a posição dos estrategistas que terão de decidir entre pagar pra ver e confiar nos votos prometidos por “aliados” no plenário ou provocar desde já o STF, para tentar evitar o peso politico de eventual derrota.
– Mesmo não invejando quem tomara a decisão, escrevi um post sobre isso neste fim de semana com considerações para a tomada dessa decisão. Aqui: “Derrota na Comissão do Impeachment – Hora de Ingressar no STF?“. Não a toa a trilha sonora é “Nervos de Aço”. Aliás, menciono no texto tweets de J. Wagner justamente a esse respeito postados na sexta-feira passada.
– Ministro no twitter: ótima iniciativa! Continue fazendo ligação direta entre o governo e a frente democrática na sociedade através das redes sociais!
(Nota: tentei incorporar no post “Derrota na Comissão…” as contribuições de colegas advogados a esse respeito nos comentários feitos ao posts “Porque o Supremo precisa analisar o mérito do impeachment“, do Nassif, e “Porque o STF precisa apreciar o impeachment, por Romulus“)
– Puxando a brasa ainda mais para a minha sardinha (estou impossível hoje!), tentei relacionar a mudança dos ventos nos últimos dias – refletida na pesquisa Datafolha? – e sua potencial influencia como elemento a informar a eventual tomada de decisão pelos Ministros do STF. Aqui: Pesquisa Datafolha: Vento da Mudança vai arejar STF?

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